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Gestão da Área de Desporto e Reabilitação e Biomédica

Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO

Composição corporal de alunos do curso de educação física em uma Universidade


privada em Goiânia-GO

Luciano Vaz de Lima¹


Pedro Henrique Gomes Fernandes1
Ademir Schmidt²

___________________________________________________________________

Resumo: O atual estudo se caracteriza como uma pesquisa de campo de caráter descritivo, que teve como
objetivo geral avaliar a composição corporal e aptidão física dos acadêmicos do 6º período do Curso de
Educação Física em uma Universidade privada na cidade de Goiânia-GO. Participaram da avaliação 34 alunos,
sendo 17 do sexo masculino e 17 do sexo feminino, cuja faixa etária ficava compreendida entre 19 e 49 anos de
idade. Os dados foram coletados ao serem submetidos a testes de avaliação antropométrica, método usado em
investigação com base na medição das variações físicas e na composição corporal global; composição corporal,
que se trata das proporções do músculo, gordura, osso e outras partes essenciais do corpo humano; e massa
corporal, ou seja, a quantidade de matéria presente em um corpo. A realização dos testes teve como base o
protocolo de 4 dobras cutâneas de PETROSKI (1995), aplicado na predição de gordura corporal, e utilizando o
compasso Sanny e uma balança manual Wellmy, com capacidade de até 200kg. Ao empregar a equação de SIRI
(1961) obteve-se o cálculo do percentual de gordura corporal, e por meio de GUEDES (1995) foi calculado a
gordura absoluta e a massa corporal magra (MCM).

Palavras-chaves: Aptidão Física, Composição corporal, Percentual de gordura.

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_________________________
1
Discente do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
2
Professor do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira.
1 INTRODUÇÃO

Um corpo saudável requer certa quantidade de gordura para o adequado


funcionamento endócrino, para termorregulação, sistemas reprodutor e imunológico, assim
como absorção mecânica de choque e estoque de energia. Entretanto, o acúmulo em excesso
pode ser danoso à mobilidade e flexibilidade, modificando a forma corporal e sua
composição. Durante o passar dos anos tem sido observado um aumento da inatividade física
em todas as populações, atingindo, principalmente, a infância e adolescência, que estão
adotando um estilo de vida cada vez mais sedentário, sendo este um dos fatores que
contribuem para o aumento da gordura corporal, assim como o consumo de alimentos
hipercalóricos. Um dos principais fatores que contribuem para o aumento do sedentarismo
está relacionado aos avanços tecnológicos, sendo que, as pessoas permanecem muito tempo
em frente aos eletrônicos, acarretando, dessa forma, na redução da prática de atividade física
diária.
Nesse sentido, faz-se necessário o estímulo à adoção de estilo de vida mais ativo,
desde as idades mais novas até as mais avançadas, através de atividade física e exercícios
físicos, para a manutenção da saúde (FORTI, 1999).

A prática da atividade física deveria ser uma das principais intervenções para a
melhoria da saúde pública, já que pessoas que são fisicamente inativas apresentam
duas vezes mais risco de desenvolver doença coronariana e três vezes mais derrames
do que as pessoas ativas. A atividade física está associada com a melhora da saúde,
com a redução da morbidade e mortalidade além de proporcionar melhoras nos
aspectos psicológicos e sociais das pessoas que a praticam regularmente
(DONALDSON, p. 409, 2000).

(...)

O aumento da força muscular, o aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, o


aprimoramento da flexibilidade e amplitude de movimentos, a diminuição do
percentual de gordura, a melhora dos aspectos neurais, a redução dos fatores que
causam quedas, a redução da resistência à insulina ajudando no controle e na
prevenção de diabetes, a diminuição da pressão arterial, a manutenção ou melhora
da densidade corporal óssea diminuindo, assim, o risco de osteoporose, a melhora da
postura, a redução de ocorrência de certos tipos de câncer, podem ser considerados
alguns dos benefícios fisiológicos que a atividade física propicia ao organismo
(NIEMAN, p. 316, 1999).

O excesso de peso corporal tem sido considerado um dos maiores problemas de


saúde pública tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em transição econômica. O
excesso de gordura corporal pode acarretar problemas cardiovasculares, diabetes, lesões
articulares, lesões ósseas, problemas renais, entre outros.
O peso corporal é diferente de índice corporal, pois ele é representado apenas pelo
Quilograma, enquanto o índice corporal envolve fatores como MCM (MASSA CORPORAL
MAGRA) e gordura absoluta, apesar de basearem-se apenas no peso não significa que a
pessoa é obesa ou está com sobrepeso, a avaliação física nos dá os resultados que são
comparados com tabelas que indicam se a pessoa é atleta, está no padrão saudável ou está
com sobrepeso ou obeso.

A antropometria constitui uma “área-base” para o estudo do homem, sendo


indispensável para as medidas dos seguimentos corporais” (PETROSKI, p. 12,
2007).

Este trabalho aborda a da porcentagem de gordura, gordura absoluta e massa corporal


magra (MCM) dos alunos do 6º período do curso de Educação Física em uma universidade
privada na cidade de Goiânia-GO. A partir da coleta de dados utilizando a forma de avaliação
antropométrica duplamente indireta de dobras cutâneas chegamos aos dados de percentual de
gordura dos alunos.
Estes estudos serão comparados com padrões saudáveis de percentual de gordura e
IMC (índice de massa corporal), levando em consideração a MCM (massa corporal magra)
que nos da uma ideia se os alunos são ativos, atletas ou sedentários e estão no padrão
saudável.

3 OBJETIVO

3.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho é gerar a discussão da questão, e, ao final, explicar a


precisão da necessidade de mais estudos a respeito da saúde da população, geral dos jovens,
para que então suceda uma intervenção objetivando a melhoria da qualidade de vida.

3.2 Objetivos específicos


Ao procurar uma melhor captação do trabalho por parte do leitor, os objetivos
específicos são:
a) Abordar o tema, classificando as formas adequadas de cálculos relacionados à
massa do corpo;
b) Avaliar e discutir sobre os resultados encontrados, assim como, os procedimentos
para evitar as consequências advindas na falta de atividade física;

3 METODOLOGIA

Para o estudo, optamos pelo método de pesquisa que segundo CERVO E BERVIAN
(2002) se caracteriza por observar, registrar, analisar e correlacionar variáveis sem manipulá-
las, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno
ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
Participaram da pesquisa 34 voluntários (17 do sexo masculino e 17 do sexo
feminino) com faixa etária entre 19 a 49 anos (24,5±6,1), alunos do 6º período do curso de
Educação Física (2014/2) de uma Instituição De Ensino Superior privada na cidade de
Goiânia-GO.
A pesquisa ocorreu com as seguintes etapas: submetidos à avaliação antropométrica
de massa corporal e composição corporal, as medidas de massa corporal dos voluntários
foram obtidas através de uma balança manual de marca Wellmy (capacidade até 200 kg). A
composição corporal foi estimada através da medida da espessura de dobras cutâneas (EDC),
com base no protocolo de 4 dobras de PETROSKI (1995), utilizando um compasso de marca
Sanny. O percentual de gordura foi calculado através da equação de SIRI (1961), sendo a
gordura absoluta e a massa corporal magra (MCM) calculada de acordo com GUEDES
(1994).
Depois de estimada a composição corporal, os dados foram tratados com base na
estatística descritiva, utilizando o software Microsoft Excel (versão 2010) e comparados aos
padrões de referência disponíveis na literatura pertinente, alcançada através de livros, teses,
reportagens e em e-books online de acervos digitais gratuitos. Foram analisados estudos
elegíveis aqueles publicados de 1961 a 2015.

4 RESULTADO E DISCUSSÃO
O primeiro gráfico dos estudantes de educação física aponta a média do percentual
de gordura corporal, encontrando 15,3% do peso corporal de gordura para homens com um
desvio padrão de 5,1%. E para as mulheres 21,2% do peso corporal de gordura com um
desvio padrão de 4,6%.

25.0
21.2
20.0

15.3
15.0

10.0

5.1 4.6
5.0

0.0
Média Desvio Padrão

% de Gord. Masc % de Gord. Fem

Gráfico 1 – Porcentagem de gordura corporal

O segundo gráfico aponta a gordura absoluta dos estudantes que pode ser entendia
como: peso corporal vezes (gordura percentual/100). Os dados revelaram uma porcentagem
de 13,2% com um desvio padrão de 5,9 para os homens, e 13,0 para as mulheres com um
desvio padrão de 4,5. O MCM (massa corporal magra) apontou 70,2 com um desvio padrão
de 6,9 para os homens e 46,8 com um desvio padrão de 5,0 para as mulheres.

80.0
70.0 70.2

60.0
50.0 46.8

40.0
30.0
20.0
13.2 13.0
10.0 5.9 4.5 6.9 5.0
0.0
Masc Fem Masc Fem
Gord. Absoluta (Kg) MCM (Kg)

Média Desvio Padrão

Gráfico 2 - Gordura absoluta (Kg) e massa corporal magra (Kg)


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos resultados, podemos perceber que os estudantes de Educação Física do 6º


período de uma Universidade privada na cidade de Goiânia-GO, tanto a amostra masculina
como a feminina, apresentaram valores que caracterizam um padrão saudável de vida, tanto a
massa corporal quanto o percentual de gordura baseado nas tabelas de POLLOCK &
WILMORE (1993), desenvolvidas a partir de levantamentos extensivos e dados coletados e
que servem para indicar, por exemplo, os “pesos desejáveis”, e FOSS & KETEYIAN (2000)
que estabelecem padrões de percentuais ideais.
Devem ser realizados mais estudos com a mesma característica para obtenção de
uma base geral de como anda a saúde da população e dos jovens para que haja uma
intervenção para a melhoria da saúde e qualidade de vida.

A atividade física é colocada na sociedade contemporânea como uma ponte segura


para melhores situações de saúde. É uma função bastante ampla atribuída a um
único conceito, sintetizando a abrangência das inúmeras consequências do mesmo
sobre o organismo humano (MARQUES, p. 115,2010).

Logo, esse termo acaba por ser utilizado de maneira generalizante, pois é possível
que seja direcionado tanto ao controle do estresse, assim como a uma prática anti-sedentária,
como também para fins estéticos ou de melhora de performance atlética (LOVISOLO, 2002).

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2002.

DONALDSON, L. J. Sport and exercise: the public health challenge. Br. Journal of Sports
and Medicine, 2000.

FOSS, M. L., KETEYIAN, S. J. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. Rio de


Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000.

FORTI, V. M. A. Influência do treinamento físico aeróbio dobre as respostas


cardiovasculares e respiratórias em mulheres na menopausa com e sem
terapia de reposição hormonal. Tese (Doutorado), Faculdade de Educação Física,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

GUEDES, D.P. Composição corporal: princípios, técnicas e aplicações. Londrina: APEF,


1994.

LOVISOLO, Hugo. Atividade física e saúde: uma agenda sociológica de pesquisa. In:
MOREIRA, Wagner Wey; SIMÕES, Regina (orgs.). Esporte como fator de Qualidade de
Vida. Piracicaba: Editora Unimep, 2002.

MARQUES, Renato Francisco R. Qualidade de vida, atividade física e saúde: relações na


busca de uma vida melhor. São Paulo: UNICAMP, 2010.

NIEMAN, D.C. Exercício e Saúde: como se prevenir de doenças usando o exercício como
seu medicamento. São Paulo: Ed. Manole, 1999.

PETROSKI, E.L. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas para a


predição da densidade corporal. Tese de Doutorado. UFSM-RS, Universidade Federal de
Santa Maria, 1995.

PETROSKI, E. L. Antropometria: técnicas e padronizações. Porto Alegre: Pallotti, 1999.

PETROSKI, E. L. Antropometria técnicas e padronizações. Blumenau: Nova Letra, 2007.

POLLOCK, M. & WILMORE, J.H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição


para prevenção e reabilitação. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.

SIRI, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. In.
BROZEK, J.; HENSCHEL, A. Techniques for measuring body composition. National
Academy of Science, 1961.

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