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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM EXERCÍCIO FÍSICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

CARLOS HENRIQUE DE SOUZA

EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS


CAPACIDADES NEUROMOTORAS EM IDOSOS

Londrina
2015
CARLOS HENRIQUE DE SOUZA

EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS


CAPACIDADES NEUROMOTORAS
Cidade EM IDOSOS
ano
AUTOR

Relatório Técnico apresentado ao Centro de


Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade
Norte do Paraná, Unidade Piza, como requisito
parcial à obtenção do título de Mestre Profissional
em Exercício Físico na Promoção da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Denilson De Castro Teixeira

Londrina - Paraná
2015
CARLOS HENRIQUE DE SOUZA

EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES


NEUROMOTORAS PARA IDOSOS

Relatório Técnico apresentado à UNOPAR, referente ao Curso de Mestrado


Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde, Área e Concentração
Exercício Físico na Idade Adulta como requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre Profissional conferido pela Banca Examinadora:

_________________________________________
Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira
Universidade Norte do Paraná

_________________________________________
Prof. Dr. Vanessa Suziane Probst
Universidade Norte do Paraná

_________________________________________
Prof. Dr. Abdallah Achour Junior
(Membro Externo)

_________________________________________
Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes
Coordenador do Curso
SOUZA, Carlos Henrique. Exercícios para o desenvolvimento das capacidades
neuromotoras para idosos. 84. Relatório Técnico. Mestrado Profissional em
Exercício Físico na Promoção da Saúde. Centro de Pesquisa em Ciências da
Saúde. Universidade Norte do Paraná, Londrina. 2015.

RESUMO

As alterações biológicas decorrentes do processo de envelhecimento podem


levar o idoso a ter prejuízos na sua capacidade funcional, que por sua vez, pode
levá-lo à perda da sua independência física. A prática de exercícios físicos é
apontada como um dos principais recursos para a manutenção da funcionalidade
física, sobretudo exercícios que venham manter as capacidades neuromotras dos
idosos que estão relacionadas diretamente à manutenção da atividade funcional. Os
exercícios neuromotores, apesar de serem importantes para a manutenção da
capacidade funcional de idosos ainda são pouco trabalhados em programas de
exercícios para essa população. Com base nessas considerações, este trabalho tem
como objetivo desenvolver uma mídia para auxiliar profissionais de Educação Física
a prescreverem exercícios físicos para o desenvolvimento das capacidades
neuromotoras para a população idosa fisicamente independente. A mídia será
veiculada em DVD e incluirá exercícios para o desenvolvimento do equilíbrio
corporal, coordenação motora, tempo de reação e agilidade corporal. As estratégias
apresentadas contarão com exercícios individuais, em duplas e em grupos, com a
utilização de materiais alternativos e sempre que possível, de baixo custo.

Palavras-chave: Neuromotor. Exercício físico. Habilidades motoras. Idosos.


SOUZA, Carlos Henrique. Exercises for the development of neuromotor skills for
seniors. 84. Relatório Técnico. Mestrado Profissional em Exercício Físico na
Promoção da Saúde. Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde. Universidade
Norte do Paraná, Londrina. 2015.

ABSTRACT

The biological changes resulting from the aging process can lead the elderly to
take losses on their functional capacity, which in turn, can lead you to loss of physical
independence. The physical exercise is seen as one of the main resources for the
maintenance of physical functioning, especially exercises that will keep neuromotor
capabilities of elderly people who are directly related to the maintenance of functional
activity. Neuro-motor exercises, although they are important for the maintenance of
functional capacity of older people they are still little explored in exercise programs
for this population. Based on these considerations, this study aims to develop one
media to assist professionals of Physical Education to prescribe exercise for the
development of neuromotor abilities to physically independent elderly population. The
media will run on DVD and include exercises for the development of body balance,
coordination, reaction time and body agility. The strategies presented will have
performed individually, in pairs and in groups, with the use of alternative materials
and whenever possible, low cost.

Key words: Neuromotor. Physical exercise. Motor skills. Elderly.


Sumário

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................10


2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ........................................................................ 10
2.2 EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS .................. 12
2.3 EQUIÍBRIO CORPORAL ......................................................................................... 13
2.4 COORDENAÇÃO MOTORA .................................................................................... 14
2.5 TEMPO DE REAÇÃO............................................................................................. 15
2.6 AGILIDADE CORPORAL ........................................................................................ 15

3. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................17
3.1 IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA MÍDIA............... 17
3.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 17
3.3 ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DOS EXERCÍCIOS ......................................................... 17
3.3.1 Exercícios de equilíbrio ............................................................................ 18
3.3.2 Exercícios para Coordenação Motora ...................................................... 18
3.3.3 Exercícios de Tempo de Reação.............................................................. 18
3.3.4 Exercícios de Agilidade Corporal.............................................................. 18
3.4 CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL PARA A FILMAGEM DOS EXERCÍCIOS .................... 18
3.5 SELEÇÃO DE IDOSOS PARA A FILMAGEM DOS EXERCÍCIOS ...................................... 18
3.6 EDIÇÃO DO MATERIAL E FORMATAÇÃO DO PRODUTO ............................................. 19
3.7 REGISTRO DO MATERIAL E CARTÓRIO .................................................................. 20
3.8 APRESENTAÇÃO DOS DVDS ........................................................................ 21

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................68

REFERÊNCIAS .........................................................................................................69
7

1. INTRODUÇÃO

As mudanças biológicas decorrentes do processo de


envelhecimento e do estilo de vida, como a redução da massa muscular e óssea,
diminuição da capacidade cardiorrespiratória e redução da rede neural, podem
trazer prejuízos à capacidade funcional do indivíduo idoso. Isto porque, essas
alterações, que acontecem de maneiras diferentes, dependendo do sistema
corporal, de fatores genéticos e estilo de vida, podem ultrapassar o limite da
normalidade e serem acentuadas a ponto de provocar as incapacidades
precocemente. A literatura científica há muito tempo reforça a posição de destaque
do exercício físico como um importante recurso para minimizar essa degeneração,
constituindo-se em prática obrigatória para uma velhice bem-sucedida1.
Considerando esse contexto, pesquisas científicas têm oferecido condições para
que o planejamento de programas e prescrições de exercícios físicos para essa
população, estejam em constante evolução, na busca por intervenções mais
atrativas e eficientes. Uma das modalidades que há pouco tempo vem se
posicionando como ferramenta importante é a dos exercícios resistidos, até então,
pouco praticada por idosos, isto porque, quase não eram recomendados por
profissionais da área médica, por serem associados ao treinamento de fisiculturistas,
envolvendo assim preconceitos e desconhecimentos sobre as diferentes formas de
treinamento e seus benefícios 2. Com a evolução do conhecimento científico da
área, essa prática, é reconhecida atualmente, como uma das mais importantes
intervenções para a preservação da funcionalidade física do idoso 3,4.

Semelhantemente ao treinamento resistido, observa-se na


atualidade, que exercícios de habilidades motoras voltados para a manutenção e
melhora das capacidades neuromotoras, como equilíbrio, tempo de reação,
agilidade corporal e coordenação motora, ainda são pouco trabalhados nos
programas de exercícios físicos para idosos. Normalmente as intervenções se
pautam quase que exclusivamente em conteúdos voltados à aptidão física
relacionada à saúde como a força muscular, a capacidade cardiorrespiratória e a
flexibilidade. Diferentemente dos fatores que levaram à falta de indicação da prática
da musculação no passado, a pouca utilização dos exercícios neuromotores nos
programas de exercícios físicos para idosos parece estar mais relacionada ao fato
8

de ser uma área de pesquisa mais recente dos que os exercícios físicos voltados à
aptidão física relacionada à saúde e, consequentemente, por suas recomendações,
feitas por órgãos e instituições competentes, também serem mais recentes.
Sem desconsiderar a importância das capacidades voltadas à aptidão
física relacionada à saúde para a aptidão física e funcional do idoso, a inserção nos
programas de exercícios físicos de atividades para o desenvolvimento das
capacidades neuromotoras tem se mostrado necessária. Estudos têm demonstrado
que exercícios para o treinamento de habilidades motoras estão associados à
melhora no equilíbrio, redução de quedas, melhora na atividade cognitiva e na
atividade funcional 5,6,7. Mais recentemente, as recomendações do American College
of Sports Medicine8 para a prática de atividade física e exercício físico para adultos e
a específica para idosos, publicada em 2009, sugerem a inclusão de atividades
neuromotoras em programas de exercícios físicos para pessoas mais velhas,
principalmente as que possam auxiliar na manutenção do equilíbrio e na prevenção
de quedas.

As quedas são consideradas uma das maiores ameaças à saúde e


qualidade de vida do idoso por terem forte associação com as morbidades,
incapacidades e mortalidade. A incidência de quedas na população de idosos
aumenta com o avançar da idade9 e os estudos conduzem a conclusões pouco
animadoras com relação a elas, indicando que trinta por cento dos idosos com mais
de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez ao ano 10 sendo, aproximadamente
os mesmos 30% destas quedas resultando em uma lesão que requer atenção
médica. As quedas também são responsáveis diretas pelas fraturas, cerca de 10%,
alimentando em 90% as estatísticas de aumento de fraturas do quadril, situação,
que segundo Suzuki12, representa a sexta maior causa de mortes entre pacientes
com mais de 60 anos12. Muitos estudos que utilizaram exercícios de equilíbrio e
neuromotres verificaram efeitos positivos na mobilidade funcional e redução das
quedas de indivíduos idosos13.
Sendo assim, considerando que essas atividades ainda são pouco difundidas e
aplicadas na prática profissional, faz-se necessário a criação de materiais didáticos
que possam auxiliar os profissionais que atuam com exercícios físicos para idosos a
inserirem essas atividades em seus programas de exercícios físicos. Segundo
levantamento realizado, praticamente é inexistente no Brasil material com o
9

conteúdo proposto neste trabalho à disposição dos profissionais que atuam com
idosos. Acreditamos que o desenvolvimento de uma mídia, com conceitos, exemplos
de exercícios e dicas de planejamento para esse fim, atende as necessidades
profissionais e contribuirá para o desenvolvimento dessa área. A mídia,
particularmente o DVD, possui um formato mais dinâmico e se adequa às
características da proposta deste produto, pois permite uma visualização mais
adequada dos exercícios e o comportamento dos idosos na sua execução. Ademais
esse produto se enquadra nas Tecnologias de informação e comunicação (Tic’s),
estando em consonância com as propostas atuais governamentais, para a
disseminação de conhecimentos, sobretudo, nos cursos de graduação e
especialização.
Espera-se que o desenvolvimento desta mídia, com orientações
para a prescrição de exercícios neuromotores para idosos, possa contribuir com a
capacitação dos profissionais e futuros profissionais de Educação Física e de áreas
afins que trabalham com o movimento corporal, a aplicarem exercícios físicos para
as habilidades motoras, como uma alternativa para a preservação da capacidade
funcional de indivíduos idosos. Esse produto poderá ser útil como material didático
em vários âmbitos da formação profissional ao ser disponibilizado em instituições de
ensino superior, academias, clínicas de exercício e em sites especializados.
10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA – CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

A expectativa de vida de uma população é um dos indicadores mais


importantes de saúde. Seu aumento se deve à melhoria das condições de vida e de
trabalho, do nível educacional, de escolaridade e dos serviços de saúde. 14 É
importante ressaltar, que mesmo com o aumento da longevidade no mundo, o
envelhecimento, nem sempre vem acompanhado por uma vida saudável e melhores
condições de vida, ao contrário, ele pode trazer consigo o aumento dos processos
patológicos na pessoa idosa, levando-a a viver durante muitos anos com uma
baixíssima qualidade de vida.15 Envelhecer nessas condições acarreta custos
pessoais, sociais e médicos de amplas dimensões, condenando o indivíduo a um
sofrimento físico, psicológico e social de enormes proporções.
Já está bem documentado na literatura, que os agravos à saúde do idoso,
estão relacionados aos aspectos biológicos que se modificam com o passar do
tempo. Dentre as alterações destacam-se o aumento da gordura corporal, reduções
na massa livre de gordura e nos sistemas neural, cardiovascular, respiratório e
imunológico. Essas mudanças irão culminar em alterações na condição física e
funcional do indivíduo idoso como diminuição da aptidão cardiorrespiratória, força e
resistência muscular, flexibilidade e habilidades motoras com consequências
negativas na realização das tarefas do cotidiano. É digno de nota que as alterações
citadas são potencializadas por fatores sociais e ambientais como o estilo de vida
individual e as oportunidades sociais como nível socioeconômico, tipo de trabalho,
acesso a cultura, educação e assistência à saúde. 1,16
Em resumo, o complexo contexto que envolve o envelhecimento humano
e as alterações inerentes a este processo podem trazer consequências negativas à
capacidade funcional e à atividade física habitual do indivíduo idoso. À medida que a
idade cronológica aumenta as pessoas se tornam menos ativas e tendem a escolher
atividades com menores demandas energéticas;1,17 essa mudança no padrão da
atividade pode levar o indivíduo idoso a não conseguir atingir o nível de atividade
física recomendada para a manutenção da saúde. A contagem do número de
passos diários é uma das formas utilizadas para mensurar o quanto de atividade
física as pessoas realizam no seu dia a dia.
11

Outro aspecto importante nessa conjuntura é o aumento da


vulnerabilidade às quedas causadas pelos estados de fragilidade em que muitos
idosos se encontram. As quedas são consideradas uma das maiores ameaças à
saúde e qualidade de vida do idoso, por terem forte associação com as morbidades,
incapacidades e mortalidade. A incidência de quedas na população de idosos que
residem na comunidade aumenta com o avançar da idade. 18 Trinta por cento dos
idosos com mais de 65 anos de idade caem pelo menos uma vez ao ano. 19
Aproximadamente 30% das quedas resultam em uma lesão que requer atenção
médica e aproximadamente 10% resultam em fratura.20 As quedas são responsáveis
por 90% do aumento das fraturas do quadril e representam a sexta causa de morte
entre pacientes com mais de 60 anos.21
Além das lesões graves, as quedas podem trazer efeitos psicológicos
negativos ao idoso, tais como medo de cair de novo e falta de autoconfiança, que
repercutem diretamente na sua autonomia, independência funcional e qualidade de
vida.22 O medo de cair, não é um sentimento somente de quem já caiu e é
considerado um fator de risco determinante para que as quedas realmente venham
a acontecer. Geralmente, esse sentimento acarreta alterações físicas, psicológicas e
sociais importantes no idoso fisicamente independente, como a restrição na
realização das atividades motoras, perda da autonomia, diminuição nas atividades
sociais, sentimento de fragilidade, insegurança23 e até episódios de depressão.24
Estima-se que cerca de 20% da população idosa possui algum grau de
dependência física, necessitando de cuidados de terceiros e, somente 5% possui
uma ótima condição física e se mantém inserida regularmente em práticas de
exercícios físicos. Assim, aproximadamente 75% dos idosos são fisicamente
independentes e realizam suas atividades cotidianas normalmente, mais apresentam
baixa aptidão física e funcional, o que os colocam mais vulneráveis a contrair
doenças e agravos que levem a fragilidade física e a consequente dependência. 25
Esse quadro pode prejudicar a capacidade funcional dos idosos.
Com base nas informações apresentadas, a capacidade de manter as
tarefas do cotidiano na velhice é uma das principais preocupações dos profissionais
que atuam no campo do envelhecimento.26 A boa funcionalidade física traz
autonomia à pessoa idosa e contribui para melhora do seu estado de saúde e
qualidade de vida.27 Dentre os diversos fatores preditores da boa aptidão
fisco/funcional, a prática de exercícios físicos é cientificamente comprovada como
12

uma das mais importantes estratégias.28,29 Mesmo com todas essas evidências,
ainda se faz necessário pesquisar os efeitos de intervenções mais específicas de
exercícios físicos que possam contribuir com o desenvolvimento de programas
preventivos, sobretudo, com a população idosa fisicamente independente (75% dos
idosos), que ainda não evoluiu para estados mais graves de fragilidade. Nesse
sentido faz-se necessário o desenvolvimento das capacidades motoras dos
indivíduos idosos para que tenham melhores de lidarem com os desafios que o
mundo lhes exige.

2.2 EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS

As alterações biológicas decorrentes do processo de envelhecimento


desencadeiam redução no nível de aptidão física, podendo levar o idoso a ter
prejuízos na sua capacidade funcional e consequentemente à perda da
independência física.25,30,31 A prática de exercícios físicos é apontada como um dos
principais recursos para a manutenção da funcionalidade física do idoso, sobretudo,
quando são trabalhadas atividades para preservar ou ampliar as suas habilidades
motoras.
Os exercícios específicos para o desenvolvimento das habilidades
motoras, denominados de exercícios neuromotores, apesar de serem importantes
para a manutenção da capacidade funcional dos idosos, ainda são pouco
trabalhados em programas de exercícios para essa população. Esses exercícios
exigem maior concentração, ampliam as possibilidades de movimento e quando
trabalhado de forma lúdica, favorecem a descontração e a socialização, elementos
fundamentais para auxiliar os idosos a vencerem os desafios motores e cognitivos
do cotidiano.
Mais recentemente o American College Sports of Medicine em suas
publicações de 20091 e 20118, respectivamente nas recomendações para a prática
de exercícios físicos para idosos e adultos, indicam os exercícios neuromotores
como componentes dos programas de exercícios físicos para adultos mais velhos,
principalmente visando a melhora do equilíbrio corporal e a prevenção das quedas.
Os exercícios para o desenvolvimento das capacidades neuromotoras
são atividades com o propósito de desenvolver as habilidades motoras relacionadas
13

às capacidades de equilíbrio, tempo de reação, agilidade, coordenação motora e


ritmo. Essas capacidades são consideradas de fundamental importância para a
manutenção da atividade funcional das pessoas idosas. Esses exercícios também
estão relacionados à diminuição dos riscos de quedas, à manutenção e/ou melhora
dos níveis funcionais, e à contribuição para a manutenção da autonomia desses
indivíduos.8,25,32 Na sequência as capacidades neuromotoras serão abordadas.

2.3 EQUILÍBRIO CORPORAL

Equilíbrio corporal é a habilidade de controlar o centro de massa corporal


sobre sua base de sustentação. O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. Entende-
se por centro de Massa, o ponto que está no centro da massa corpórea total, ou
seja, a projeção vertical do centro de massa que também é denominado de centro
de gravidade. Já a base de sustentação é a área do corpo que está em contato com
a superfície de apoio, como por exemplo, os pés quando o indivíduo está em pé ou o
quadril quando o indivíduo está sentado em um banco e com as pernas
suspensas.33
O equilíbrio corporal é subdividido em equilíbrio estático e dinâmico. O
equilíbrio estático é a habilidade de controlar a oscilação postural durante uma
posição imóvel, como por exemplo, manter-se em pé com apoio bipodal, unipodal e
também na posição sentada.25 O equilíbrio dinâmico, é a habilidade do indivíduo
para manter o controle do centro de massa corporal enquanto se movem sobre a
sua superfície de apoio. Ocorre quando a posição do corpo muda de um local para o
outro como na locomoção ou, quando os movimentos da parte superior do corpo
desviam o centro de massa, obrigando o indivíduo deslocar a sua superfície de
apoio recuperando o equilíbrio, como por exemplo, em tarefas de apanhar um objeto
em uma mesa e controlar o corpo em pé em uma freada do ônibus coletivo.25,33

2.2.1 Sistemas Sensoriais que Influenciam no Equilíbrio

O processamento que envolve o controle postural necessita de


orientações com base em informações sobre a posição do corpo e sua trajetória no
espaço. Essas informações são fornecidas pelos sistemas sensoriais. O sistema
nervoso central recebe essas informações aferentes e seleciona respostas efetivas e
14

reguladas no tempo para a ação estabilizadora. A execução das respostas


programadas pelo sistema nervoso central é feita pelo sistema efetor, composto pelo
sistema musculoesquelético. Os sistemas sensoriais responsáveis pelo equilíbrio
corporal são: os sistemas visual, vestibular e somatossensorial. Na sequência,
Shumway-Cook e Woollacott33 e Spirduso25 apresentam as definições de cada
sistema.

Visual: ajuda a orientar o corpo no espaço trazendo informações ao sistema


nervoso central sobre a posição e o movimento do corpo e seus segmentos e a
obstáculos no ambiente a ser interagido.
Vestibular: é um sistema de receptores, localizado no ouvido interno, que fornece
ao sistema nervoso central informações sobre a posição e movimentos da cabeça
em relação às forças gravitacionais e de inércia.
Somatosensorial: fornece informações ao sistema nervoso central sobre a
superfície de apoio e ao movimento dos segmentos corporais, por meio dos
receptores articulares, tendíneos e musculares.

2.3 COORDENAÇÃO MOTORA

Coordenação motora é a habilidade de integrar sistemas motores com


várias modalidades sensoriais no controle do corpo no espaço para um movimento
eficiente. A coordenação motora depende dos componentes de aptidão motora de
equilíbrio, velocidade e agilidade, contudo, não está intimamente relacionada à força
e resistência.34 A coordenação é utilizada diariamente na realização das atividades
cotidianas, na prática de esportes e nas atividades de lazer.
A coordenação motora é classificada em global ou grossa e fina. A
coordenação motora global é a organização que permite o corpo utilizar grandes
grupos musculares para realizar uma tarefa de movimento como por exemplo correr,
saltar, arremessar e lançar. Ela também se subdivide em coordenação motora global
envolvendo os membros inferiores, os membros superiores e multimembros, ou seja,
movimentos coordenados envolvendo simultaneamente os membros inferiores e
superiores.35,36
A coordenação motora fina, utiliza pequenos grupos musculares para
15

realizar uma tarefa com precisão como em atividades manipulativas como escrever,
digitar, desenhar e recortar. Esses movimentos também são utilizados o tempo todo
na realização das atividades cotidianas como higiene pessoal, trabalhos laborais e
artesanais.35,36
Alguns autores também classificam a coordenação motora em
coordenação óculo-manual e óculo-pedal, que são movimentos coordenados
utilizando-se como parâmetros à visão e atividades manuais e à visão e movimentos
com os pés.37

2.5 TEMPO DE REAÇÃO

O tempo de reação é o período decorrente entre um estímulo e o início da


resposta voluntária que pode ser uma ativação muscular ou movimento corporal. O
tempo de reação pode ser simples, ou de escolha. O tempo de reação simples é o
tempo que um indivíduo demora entre um estímulo e a ativação voluntária da
musculatura para executar um movimento, ou seja, quando a tarefa envolve apenas
um estímulo e uma resposta. Já o tempo de escolha, diz respeito ao tempo que um
indivíduo demora entre estímulos e a ativação voluntária da musculatura para
executar duas ou mais opções de movimento, ou seja, quando a tarefa possui mais
de um estímulo e consequentemente um movimento específico para cada
estímulo.33,34
O tempo de reação é utilizado nas atividades cotidianas em que há
necessidade de reagir rapidamente frente a uma situação, como atender ao telefone,
avançar de carro em um sinaleiro, sair do elevador quando a porta se abre
automaticamente, entre outros.

2.6 AGILIDADE CORPORAL

A agilidade corporal é a habilidade de se locomover o mais rápido


possível em com precisão, em diversas direções, com alteração do centro de
gravidade.38,34 A agilidade é utilizada em tarefas que necessitam de velocidade e
mudanças de direção, como se deslocar rapidamente pela casa e desviar de um
obstáculo na rua. A melhora da capacidade de agilidade auxilia o idoso e ter mais
condições de reagir de maneira mais eficaz aos imprevistos que exigem movimentos
16

bruscos e rápidos e, desta forma a evitar quedas.


17

3. DESENVOLVIMENTO

Com base nas necessidades mencionadas na introdução, a construção da


mídia foi realizada nas seguintes etapas:

3.1 IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA MÍDIA.

Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico e de mídias existentes


na internet e a venda no mercado sobre exercícios relacionados ao desenvolvimento
das capacidades neuromotoras em idosos. Foram pesquisados sites que
comercializam materiais esportivos, livros impressos, E-books e sites de compras
que comercializam produtos diversificados nacionais e importados. Foi constatado
que o material relacionado a este objetivo é insuficiente em língua portuguesa, tanto
em material impresso como em mídia eletrônica. Com base nessa pesquisa,
justificamos assim, a necessidade do desenvolvimento deste produto. Esta etapa foi
realizada no segundo semestre de 2014, sendo que o levantamento bibliográfico foi
realizado em um tempo de aproximadamente seis meses e as pesquisas referentes
à existência de mídias sobre exercícios neuromotores em um período de 30 dias.

3.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Foi realizado levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos e outros


materiais relevantes para o embasamento teórico da mídia, como conceitos,
recomendações para o desenvolvimento de exercícios neuromotores, benefícios
entre outros. Os materiais foram consultados nas bibliotecas disponíveis no
município, acervo pessoal e bases de dados on-line (MEDLINE, SCIELO e
BIREME).

3.3 ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Nesta etapa foram criados e selecionados exercícios de caráter individual


e em grupos que contemplem as capacidades de equilíbrio, coordenação motora,
tempo de reação e agilidade, conforme detalhamento a seguir. A descrição dos
principais exercícios que farão parte da mídia estão apresentados no na sessão 3.8.
18

3.3.1 Exercícios de equilíbrio


- Equilíbrio estático.
- Equilíbrio dinâmico (exercícios em deslocamento e recuperado).
- Combinação de exercícios de equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico.
Obs: As propostas de exercícios foram organizadas com o objetivo de
desenvolver os sistemas sensoriais responsáveis pela manutenção do equilíbrio
corporal: sistema visual, sistema vestibular e sistema somatosensorial.

3.3.2 Exercícios para Coordenação Motora


- Coordenação motora geral (grossa).
Coordenação de membros inferiores
Coordenação de membros superiores
Coordenação multimembros
- Coordenação motora fina.

3.3.3 Exercícios de Tempo de Reação


- Tempo de reação simples
- Tempo de reação de escolha
Obs.: As propostas de exercícios foram organizadas com o objetivo de
desenvolver os sistemas sensoriais envolvidos no tempo de reação: visual, auditivo
e tátil.

3.3.4 Exercícios de Agilidade Corporal


- Exercícios com deslocamentos em velocidade máxima, nas mais diversas
direções e com alteração do centro de gravidade.

3.4 CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAL PARA A FILMAGEM DOS EXERCÍCIOS

Nesta etapa foi feita a seleção de profissional capacitado para as filmagens e


edição da mídia.

3.5 SELEÇÃO DE IDOSOS PARA A FILMAGEM DOS EXERCÍCIOS

Foram convidados seis idosos, cinco mulheres e um homem, fisicamente


19

independentes para as filmagens dos exercícios. Os idosos assinaram um termo de


consentimento, concedendo direitos para veiculação das imagens.

3.6 EDIÇÃO DO MATERIAL E FORMATAÇÃO DO PRODUTO

Nesta etapa as imagens foram editadas e adequadas para a apresentação e


comercialização. Os exercícios foram editados em três DVDs, seguindo o seguinte
roteiro:

DVD1 – Exercícios para Equilíbrio Corporal


- 60 exercícios com duração de 90 minutos

DVD2 – Exercícios para Coordenação Motora


- 39 exercícios com duração de 20 minutos

DVD3 – Exercícios para Tempo de Reação


Exercícios para Agilidade Corporal
- 19 exercícios com duração de 15 minutos
Em todos os DVDs o roteiro abaixo foi apresentado
1) Apresentação e objetivos da mídia.
2) Caracterização geral do processo de envelhecimento, alterações biológicas e
influências na capacidade funcional.
3) Conceituação e caracterização das capacidades neuromotoras.
4) Apresentação dos blocos e exercícios para cada capacidade.
5) Materiais utilizados.
Foram apresentados em detalhes os materiais utilizados nos exercícios.
6) Planejamento dos exercícios.
Nessa sessão foram apresentadas dicas para o planejamento e organização
dos exercícios neuromotores.

Obs.: Os DVDs mostram detalhes de execução, variações com diferentes


tipos de materiais e organização das atividades em exercícios individuais, em
duplas e em grupos.
20

3.7 REGISTRO DO MATERIAL E CARTÓRIO

Após a confecção, a mídia foi registrada em cartório para a documentação de


direitos autorais.
21

3.8 APRESENTAÇÃO DOS DVDS

TEXTO DE APRESENTAÇÃO DOS DVDS E DICAS PARA A PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS

OBS.: Além dos conceitos das capacidades neuromotras de cada DVD, os


textos abaixo também estão presentes, com o objetivo de informar o
expectador sobre a proposta do trabalho e como organizar as atividades.

APRESENTAÇÃO

As alterações biológicas decorrentes do processo de envelhecimento


desencadeiam redução no nível de aptidão física, podendo levar o idoso a ter
prejuízos na sua capacidade funcional e consequentemente à perda da
independência física. A prática de exercícios físicos é apontada como um dos
principais recursos para a manutenção da funcionalidade física do idoso, sobretudo,
quando são trabalhadas atividades para preservar ou ampliar as suas habilidades
motoras.
Os exercícios específicos para o desenvolvimento das habilidades
motoras, denominados de exercícios neuromotores, apesar de serem importantes
para a manutenção da capacidade funcional dos idosos, ainda são pouco
trabalhados em programas de exercícios para essa população. Esses exercícios
exigem maior concentração, ampliam as possibilidades de movimento e quando
trabalhado de forma lúdica, favorecem a descontração e a socialização, elementos
fundamentais para auxiliar os idosos a vencerem os desafios motores e cognitivos
do cotidiano.
Mais recentemente o American College Sports of Medicine em suas
publicações de 2009 e 2011, respectivamente nas recomendações para a prática de
exercícios físicos para idosos e adultos, indicam os exercícios neuromotores como
componentes dos programas de exercícios físicos para adultos mais velhos,
principalmente visando a melhora do equilíbrio corporal e a prevenção das quedas.
22

OBJETIVO DA MÍDIA

Apresentar propostas de exercícios físicos e orientação para a prescrição


de atividades para o desenvolvimento das habilidades motoras de indivíduos idosos
fisicamente independentes.

ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL

A mídia é composta por três DVDs, conforme especificações a seguir:


Volume 1- Exercícios para o Equilíbrio Corporal.
Volume 2- Exercícios para a Coordenação Motora.
Volume 3- Exercícios para o Tempo de Reação e Agilidade

INFORMAÇÕES RELEVANTES

PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Para melhor aproveitamento, estimulação do sistema nervoso e a


consequente melhora no desempenho motor do idoso, os exercícios devem ser
trabalhados no início das aulas, com o corpo descansado, destinando-se a eles 15 a
20 minutos por sessão.
Como sugestão, o profissional pode organizar um rodízio das
capacidades neuromtoras trabalhadas nas aulas, como o exemplo a seguir: sessão
1- capacidade de equilíbrio; sessão 2- capacidade de coordenação motora; sessão
3- capacidades de tempo de reação e agilidade; e nessa sequência, as capacidades
podem ser repetidas continuamente.
É importante destacar, que as capacidades neuromotoras propostas
nessa mídia possuem inter-relação umas com as outras, ou seja, ao se trabalhar a
coordenação motora, aspectos do equilíbrio, agilidade e tempo de reação também
podem ser trabalhados e assim sucessivamente. O importante é que o professor
atenda o princípio da especificidade da tarefa e organize a atividade a fim de garantir
o desenvolvimento da capacidade proposta na sessão. Dependendo do exercício, as
23

outras capacidades também serão estimuladas indiretamente.


Os exercícios devem oferecer desafios aos idosos, desde que sejam
possíveis de serem vencidos. Por isso, o profissional deve organizar os as
atividades respeitando a condição física e funcional do idoso, fornecer tempo
suficiente para a prática e seguir uma sequência pedagógica que permita o aumento
da complexidade nas tarefas gradativamente.
Quanto maior a variabilidade de exercícios e estímulos melhor será para a
ativação do sistema neurológico do idoso. Desta forma, o profissional deverá sempre
estimular a variação nas atividades de acordo com a descrição a seguir:
Execução: executar os exercícios em velocidade rápida, média e lenta. Em
atividades de lançamentos com trajetórias baixa, média e alta. A cognição também
pode ser estimulada mais diretamente, ao organizar exercícios que exigem maior
raciocínio.
Materiais: os mais variados tipos de materiais com diferentes tamanhos, pesos,
cores e texturas.
Ambiente: utilizar mudanças no ambiente da aula, como iluminação (pouca, média
e muita), espaços internos e externos e variações no ambiente da aula.
Complexidade da tarefa: trabalhar com exercícios de complexidade baixa, média e
alta.
As variações na organização e execução das atividades neuromotoras, já
mencionadas, permitem ao profissional exercer sua criatividade e adaptar os
exercícios à sua realidade, ou seja, aos recursos físicos e materiais que dispõe e ao
nível de desempenho motor dos idosos.
Os exercícios neuromtores possuem características que favorecem a
organização das atividades de forma lúdica e descontraída. Sendo assim, sempre
que possível o profissional pode adotar essas atividades, também, como estratégias
para a motivação e para aumentar a aderência à prática.

UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS

Não há limites para a utilização de materiais para o trabalho com os


exercícios neuromotores. Materiais industrializados e alternativos podem ser
utilizados. Os próprios idosos poderão auxiliar na arrecadação e confecção dos
materiais alternativos. Os materiais devem oferecer segurança à integridade física
24

do idoso.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE DA AULA

O ambiente físico deve ter espaço suficiente para a quantidade de idosos


participantes da aula. O local deve ser arejado e ventilado, com boa iluminação, com
piso antiderrapante, com banheiros e água potável a disposição.
25

DVD 1 – EQUILÍBRIO CORPORAL

Tela – Menu Principal

Tela - Menu Secundário


26

EQUILÍBRIO CORPORAL – CONCEITOS

Habilidade de controlar o centro de massa corporal sobre sua base de


sustentação. O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico.
Centro de Massa: ponto que está no centro da massa corpórea total. A projeção
vertical do centro de massa é denominado de centro de gravidade.
Base de sustentação: área do corpo que está em contato com a superfície de
apoio, como por exemplo os pés quando o indivíduo está em pé ou o quadril
quando o indivíduo está sentado em um banco e com as pernas suspensas.

ESTÁTICO
Habilidade de controlar a oscilação postural durante uma posição
imóvel, como por exemplo manter-se em pé com apoio bipodal, unipodal e
também na posição sentada.

DINÂMICO
Habilidade do indivíduo para manter o controle do centro de massa
corporal enquanto se movem sobre a sua superfície de apoio. Ocorre quando a
posição do corpo muda de um local para o outro como na locomoção ou, quando
os movimentos da parte superior do corpo desviam o centro de massa, obrigando
o indivíduo deslocar a sua superfície de apoio recuperando o equilíbrio, como por
exemplo, em tarefas de apanhar um objeto em uma mesa e controlar o corpo em
pé em uma freada do ônibus coletivo.

EXERCÍCIOS COMBINADOS
Exercícios combinando tarefas de equilíbrio estático e dinâmico, como
andar ou correr e parar com diferentes tipos de apoio, descolar-se com
manipulação de objetos e diferentes formas de deslocamentos.

SISTEMAS SENSORIAIS QUE INFLUENCIAM NO EQUILÍBRIO


Visual: ajuda a orientar o corpo no espaço trazendo informações ao sistema
nervoso central sobre a posição e o movimento do corpo e seus segmentos e a
obstáculos no ambiente a ser interagido.
27

Vestibular: é um sistema de receptores, localizado no ouvido interno, que fornece


ao sistema nervoso central informações sobre a posição e movimentos da cabeça
em relação às forças gravitacionais e de inércia.
Somatosensorial: fornece informações ao sistema nervoso central sobre a
superfície de apoio e ao movimento dos segmentos corporais, por meio dos
receptores articulares, tendíneos e musculares.

(SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010, SPIRDUSO, 2005)


28

EXERCÍCIOS PARA EQUILÍBRIO CORPORAL

Equilíbrio estático

Objetivos dos exercícios: permanecer na posição estática nas mais variadas


posições, com diferentes bases de apoio (posicionamento dos pés), diferentes
posicionamentos dos braços e diferentes posições do tronco.

Posição inicial- Em pé, pés paralelos, pernas afastadas, na largura dos ombros;
mãos na cintura, postura ereta e olhar voltado à frente.
Execução- Ficar parado sem se desequilibrar por tempo entre 10 a 30 segundos, de
acordo com a condição do idoso.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações: Os exercícios podem sofrer variações diminuindo a base de apoio dos
pés: pés unidos, em posição semi-tandem, tandem, pontas dos pés, apoio dos
calcanhares, apoio unipodal com variações do posicionamento da perna que perde o
contato com o chão (joelho flexionado paralelo ao joelho da perna de apoio, joelho
flexionado e com elevação próxima à altura do quadril, joelho estendido à frente,
extensão do quadril com joelho flexionado e estendido e abdução do quadril com
joelho estendido) entre outros.

Posição dos braços: Ao longo do corpo, mãos na cintura, mãos na cabeça, braços
acima da cabeça, braços à frente do corpo, braços para trás do corpo e braços
abertos com as mãos na altura dos ombros, na altura da cabeça, acima da cabeça,
entre outros.

Uso de Materiais: os exercícios com variações dos braços podem também ser
executados com objetos na mão com variações de peso e de tamanho (ex.: bola,
halteres, bastões, arcos, entre outros).
Outra variação é utilizando bases instáveis para as mesmas posições já
apresentadas como colchonetes, mini trampolim, disco de borracha, plataforma em
meia lua, meia bola, entre outros.
29

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios podem ser executados potencializando


o estímulo visual, ao serem executados com os olhos abertos e fechados, com
óculos escuros, vendados e com perturbação visual (exemplo de um terminal de
ônibus lotado e o idoso tendo que ler o letreiro do ônibus) e, a propriocepção, ao
executar as tarefas descalço, com tênis, e em superfícies instáveis.

Organização quanto à execução: esses exercícios podem ser executados


individualmente, sem apoio, com apoio na parede, bastão ou barra, para aqueles
com maiores dificuldades, como também em duplas, (frente a frente, de mãos dadas
ou no ombro), ou em grupos (em círculo, fileira ou coluna).

Tela - Exercícios de Equilíbrio Estático

Várias combinações podem ser executadas nos exercícios de equilíbrio


estático. As variações dos braços, com e sem material, podem ser combinadas
com as mais diversas posições dos pés, com objetivo de aumentar o grau de
dificuldade dos exercícios: quanto menor a superfície de apoio maior o grau de
dificuldade. O tempo de execução de cada exercício deve variar entre 10 a 30
segundos, de acordo com a condição do idoso.
30

Tela - Exercícios de Equilíbrio Estático

A complexidade da tarefa pode ser aumentada com a utilização de


equipamentos que trazem maior instabilidade ao equilíbrio, exigindo do idoso
maior esforço para a estabilização do seu corpo.

Tela - Exercício em Grupos


31

Exercícios estáticos também podem ser realizados em duplas e grupos


objetivando a interação, cooperação e melhor apoio nas tarefas complexas
auxiliando os idosos com dificuldades de equilíbrio.

Exercícios sentados para o equilíbrio estático

Objetivos dos exercícios: permanecer na posição estática, sentado, com variações


no posicionamento dos braços, tronco e pernas.

Posição inicial- Sentado no centro da cadeira, pés apoiados no solo, mãos e


braços à vontade.

Execução- Elevar os joelhos, tirando os pés do chão, inclinar o tronco levemente


para trás e manter o apoio do corpo sobre os ísquios. Parar neste ponto e sustentar
o corpo na posição mantendo o equilíbrio por um tempo entre 10 a 30 segundos, de
acordo com a condição do idoso.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


32

variações: Os exercícios podem sofrer variações com pequenas inclinações do troco


para frente e para trás:
1) Elevar os joelhos a uma altura mínima (tirar parte da coxa do acento), média
(um pouco mais alto) e máxima (o mais próximo possível do peito);
2) Alternar as pernas: um joelho flexionado e outro estendido, uma perna
subindo e a outra descendo e pernas afastadas (afastar, fechar e cruzar);
3) Maior intensidade: com os joelhos estendidos.

Posição dos braços: Ao longo do corpo, mãos na cintura, mãos na cabeça, braços
acima da cabeça, braços à frente do corpo e braços abertos com as mãos na altura
dos ombros, entre outros.

Uso de Materiais: Nesses exercícios o uso de materiais e atividades de manipulação


depende da condição do idoso de realizar a tarefa. Normalmente só a variação da
posição dos braços oferece por si só uma sobrecarga importante. Caso o idoso
esteja apto, podem ser realizadas variações diversas com objetos na mão, como foi
apresentado no Quadro 1.

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios podem ser executados potencializando


os estímulos visual e proprioceptivo, ao serem executados com olhos abertos,
fechados, com óculos escuros e com perturbação visual, e em superfícies instáveis
(colchonetes e discos).

Organização quanto à execução: esses exercícios podem ser executados


individualmente, sem apoio, com apoio na parede ou barra, para aqueles com
maiores dificuldades, como também em duplas, (frente a frente, lado a lado, de
mãos dadas ou nos ombros), em grupos (em círculo, fileira ou coluna).

Tela - Exercícios na Cadeira


33

Os exercícios na cadeira também podem ser realizados para trabalhar o


controle postural. Sua complexidade pode ser aumentada utilizando variações dos
membros superiores e inferiores.

Tela - Exercícios Complexos e Formas de Apoio-1


34

Tela - Exercícios Complexos e Formas de Apoio-2

Tela - Exercícios Complexos e Formas de Apoio-3


35

Nesta sessão a complexidade da tarefa deve ser aumentada de acordo com a


condição do idoso, tanto nos exercícios de equilíbrio estático como no dinâmico.
Diferentes formas de apoio devem ser utilizadas para oferecer segurança para
pessoas com dificuldades em exercícios complexos. A presença do professor
nesses exercícios é importante para conferir segurança e apoio necessário.

Equilíbrio Dinâmico

1- Exercícios sem deslocamentos


Objetivos dos exercícios: deslocar o corpo e centro de gravidade partindo da posição
estática para a dinâmica em posturas e movimentos variados. (Frente, trás, laterais)

Posição inicial- Em pé, pés paralelos, pernas em afastamento lateral, na largura


dos ombros; mãos na cintura, postura ereta e olhar voltado para um ponto fixo à
frente.
Execução- Inclinar o corpo para frente e para trás, até o limite máximo do
36

ponto de equilíbrio, sem tirar um pé da posição.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

1) Elevar o joelho direito até o peito, retornar lentamente a perna, voltando à


posição inicial, sem tocar o chão, levar para trás até inclinar o corpo à frente
chegando à posição de “aviãozinho”. Retornar lentamente até a posição
inicial. (Se houver necessidade, utilizar um apoio).

2) Os exercícios podem sofrer variações diminuindo a base de apoio dos pés:


pés unidos, semi-tandem, tandem, pontas dos pés, apoio dos calcanhares,
apoio unipodal com variações do posicionamento da perna que perde o
contato com o chão (joelho flexionado paralelo ao joelho da perna de apoio,
joelho flexionado e com elevação próxima à altura do quadril).

3) Em pé, posição unipodal, mãos na cintura, postura ereta e olhar voltado à


frente. Cones colocados na frente formando uma meia lua. Levar o pé à frente
para tocar o cone com a ponta do pé em cada um dos cones, sempre com
uma leve flexão do joelho da perna de apoio.
.
4) Tocar a ponta do pé na frente e o calcanhar atrás do cone,
5) Tocar os cones com as mãos, alternando a cada descida.
6) Utilizar circuito para grupos.

Posição dos braços: braços ao longo do corpo, mãos na cintura, mãos na cabeça,
braços acima da cabeça braços à frente do corpo e braços abertos com as mãos na
altura dos ombros.

Uso de Materiais: os exercícios com variações dos braços podem também ser
executados com objetos na mão com variações de peso (ex.: bola, halteres,
bastões, arcos, entre outros). Outra variação é utilizando bases instáveis como
colchonetes, mini trampolim, disco de borracha, plataforma em meia lua, meia bola,
37

entre outros.

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios podem ser executados potencializando


o estímulo visual, ao serem executados com os olhos abertos e fechados, vendados,
com a utilização de óculos escuros, com perturbação visual e, a propriocepção, ao
executar as tarefas descalços, com tênis, e em superfícies instáveis.

Organização quanto à execução: esses exercícios podem ser executados


individualmente, sem apoio, com apoio na parede ou barra, para aqueles com
maiores dificuldades como também em duplas, um de frente ao outro, com mãos
dadas ou no ombro e, também em grupos na forma de círculo, fileiras ou colunas.

2- Exercícios com deslocamentos

Objetivos dos exercícios: deslocar-se de diferentes formas sobre linhas (frente,


costas, lateral), madeiras, traves e superfícies instáveis.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

1) Caminhar sobre uma corda, colchonetes de várias alturas e densidades, uma


trave, um banco sueco, transpondo obstáculos que exijam elevação do joelho.
2) Caminhar em linha reta, contornar um arco, continuar caminhando, dar um
giro sobre o eixo e finalizar a caminhada.
3) Caminhar sobre uma linha, para frente até um ponto, retornar, deslocar para a
direita e retornar. Fazer um giro no eixo e repetir a sequência.
4) Em duplas: caminhando sobre duas cordas paralelas, de mãos dadas,
segurando uma bola um bastão ou outro objeto tanto de frente como de
costas.
5) Diferentes formas de caminhar podem ser executadas: andar para frente,
andar para trás, andar com as pontas dos pés, andar de lado e outras formas
de acordo com a condição do idoso.
6) Utilizar circuito para grupos.
38

Uso de Materiais: Carregar objetos, como bolas de borracha, bastões, arcos, no


momento da execução das tarefas de deslocamento. Materiais como fitas adesivas
coladas ao chão, madeiras com diferentes alturas, com comprimento de dois a três
metros, com superfícies retas e abauladas, traves de equilíbrio, banco sueco,
espumas e colchonetes podem ser utilizadas para os deslocamentos.

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios podem ser executados potencializando


o funcionamento dos sistemas visual, proprioceptivo e somatossensorial, ao serem
executados descalços, com tênis, em superfícies instáveis, com olhos fechados,
usando óculos escuros e com giros leves.

Organização quanto à execução: esses exercícios podem ser executados


individualmente, sem apoio, com apoio na parede ou barra, para aqueles com
maiores dificuldades como em duplas, em grupos na forma de círculo, fileiras ou
colunas. Nas atividades em duplas, podem ser trabalhadas atividades com o idoso
frente a frente com uma bola presa entre as testas dos dois participantes da dupla.
Como variação pode ser executada com a bola presa no peito, entre as barrigas ou
costas.

1- Exercícios em circuito

Objetivos dos exercícios: deslocar-se de diferentes formas em diferentes tipos de


organização e materiais. Executar de forma combinada exercícios de equilíbrio
estático e dinâmico.

Posição inicial- Parado no início da primeira tarefa do circuito.


Execução- Realizar as tarefas em deslocamento e estáticas seguindo a seguinte
sequência sem interrupção:

a) Caminhar normalmente para frente sobre uma linha.


b) Caminhar transpondo obstáculos (cones deitados e enfileirados no chão)
c) Parar sobre um arco e executar equilíbrio estático com apoio unipodal (20
segundos cada perna)
d) Caminhar de costas sobre uma corda.
39

e) Executar dois giros de 360º, um para a direita e outro para a esquerda sobre
um mini trampolim ou colchonete espesso.
f) Andar sobre uma ripa de madeira com altura de 1 cm e 2m de comprimento
com os olhos fechados.

OBS.: O idoso deve executar calmamente todas as tarefas. O objetivo não é a


velocidade na execução.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:
O uso de diferentes tipos de materiais e estímulos sensoriais que podem
aumentar a complexidade das tarefas, como exemplos abaixo.

Uso de Materiais: As atividades de deslocamento dos circuitos podem ser


executadas em diferentes trajetórias (linha reta, linha curva, linha quebrada, zique-
zague e outras). (Os deslocamentos podem ser feitos em bancos suecos, traves de
equilíbrio, linhas no chão, superfícies instáveis como gramado, caixa de areia,
colchonetes e trampolins). Todos esses deslocamentos podem ser executados com
objetos nas mãos como bastões, bolas, halteres, arcos entre outros. Esses objetos
também podem ser manipulados como quicar a bola, jogar para cima e pegar.
Os exercícios de equilíbrio estático que compõem o circuito também devem
apresentar variações quanto à postura e utilização de materiais, como os
apresentados na sessão de equilíbrio estático.

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios, tanto os estáticos quando os


dinâmicos podem ser realizados potencializando os estímulos visual, vestibular e
proprioceptivo, ao serem executados com olhos abertos e fechados, com o uso de
óculos, descalços, com calçados, com meias, em superfícies instáveis e giros.

Organização quanto à execução: esses exercícios combinados podem ser


realizados também em duplas ou pequenos grupos, como transpor as atividades de
mãos dadas.

Tela - Exercícios em Deslocamentos


40

Nos exercícios em deslocamento, superfícies diferentes poder ser utilizadas,


como linhas desenhadas no chão, madeiras e cordas. Vários tipos de
deslocamentos podem ser realizados como: para frente, para trás, para os lados, de
costas; com a ponta dos pés e calcanhares.

Tela - Equilíbrio Recuperado


41

Nesses exercícios forças externas são utilizadas para desestabilizar o idosos


para que ele faça os ajustes posturais necessários para recuperar o seu equilíbrio
de forma mais rápida e eficiente possível.

OBS: O professor é o responsável por proporcionar os momentos de


desestabilização do idoso.

Tela - Exercícios Combinados e em Circuito


42

Os exercícios combinados são realizados mesclando exercícios para o


equilíbrio estático e dinâmico, diferentes formas de deslocamentos, materiais
variados e exercícios de deslocamentos com manipulação de materiais devem ser
utilizados.

Tela - Estratégias para Manutenção do Equilíbrio


43

Quando há perturbação do equilíbrio corporal no eixo ântero-posterior, três


estratégias de movimento são utilizadas para recuperar a estabilidade. São elas: (1)
movimento do tornozelo, que é o movimento centrado na articulação do tornozelo;
(2) a estratégia do movimento do quadril, que é composto por movimento largo e
rápido nas articulações do quadril e (3) quando estes dois movimentos não são
suficientes, o indivíduo tenta recuperar o equilíbrio dando um passo à frente. Essas
estratégias devem ser estimuladas nos exercícios propostos, sobretudo, nos que
promovem a recuperação do equilíbrio.

Estímulos sensoriais
44

Tela- Estímulos sensoriais

Os três sistemas sensoriais responsáveis pela manutenção do equilíbrio devem


ser estimulados nos exercícios: O visual: olhos abertos, fechados; utilização de
óculos escuros e vendas nos olhos. O proprioceptivo: em superfícies instáveis,
executando os exercícios com os pés descalços e calçados, o e vestibular: utilizando
exercícios rotacionais.

DVD 2- EXERCÍCIOS PARA COORDENAÇÃO MOTORA


45

Tela – Menu Principal

Tela - Menu Principal

COORDENAÇÃO MOTORA - CONCEITOS


46

Habilidade de integrar sistemas motores com várias modalidades


sensoriais no controle do corpo no espaço para um movimento eficiente. A
coordenação motora depende dos componentes de aptidão motora de equilíbrio,
velocidade e agilidade, contudo, não está intimamente relacionada à força e
resistência.

GLOBAL
Organização que permite que o corpo utilizar grandes grupos musculares
para realizar uma tarefa de movimento como por exemplo correr, saltar, arremessar
e lançar.

Membros inferiors:
Atividades de coordenação motora global envolvendo os membros
inferiores.

Membros superiors:
Atividades de coordenação motora global envolvendo os membros
superiores.

Multimembros:
Exercícios de coordenação motora global envolvendo os membros
inferiores e superiores.

FINA
Utiliza pequenos grupos musculares para realizar uma tarefa com
precisão como em atividades manipulativas como escrever, digitar, desenhar e
recortar.

(COKER, 2009; GALLAHUE; OZMUN, 2005)

1- Coordenação motora geral (grossa) para membros inferiores


47

Objetivos dos exercícios: coordenar movimentos em diferentes níveis de


complexidade, utilizando os membros inferiores.

Posição inicial- Em pé, de frente para uma escada de corda fixada no chão.
Execução- Caminhar na escada, colocando um pé em cada quadrado da escada. Ir
caminhando de frente e voltar de costas.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

Os exercícios podem sofrer variações como:


a) Colocar os dois pés dentro do quadrado da escada (iniciando com o pé
direito, um de cada vez) e depois para fora, repetir até chegar ao outro lado,
retornar com o pé esquerdo;
b) Saltar com os dois pés no centro do quadrado, em seguida sair (um pé de
cada vez) repetir até chegar ao outro lado, inverter a entrada dos pés (saltar
para fora e entrar com um pé de cada vez).
c) Saltar com o pé direito dentro e os dois fora, com o pé esquerdo e os dois
fora, segue até o final da escada;
d) Na lateral, de lado e na ponta da escada, iniciar com a perna direita no
quadrado, deslocar para a direita e sair da escada, entra-lado-trás. (Retorna
com o outro pé);
e) Pisar com o pé direito, elevar o joelho esquerdo e fazer um giro para o outro
lado, passa para o degrau seguinte e troca de pé.

Posição dos braços: A mais confortável para o executante.

Uso de Materiais: A escada pode ser construída com outros materiais como cordas e
barbantes, desenhada com giz ou fita adesiva. Outros materiais como arcos, cones
e garrafas pet podem ser utilizados como variantes para a organização desses
exercícios.

Estímulos sensoriais: O professor pode utilizar instrução verbal para a execução dos
48

movimentos caso haja dificuldades. Por exemplo: “entra pé direito, entra pé


esquerdo, sai pé direito, sai pé esquerdo...”. O idoso deve ser encorajado a realizar
também esses movimentos sem olhar para os pés.

Organização quanto à execução: Esses exercícios podem ser executados


individualmente, sem apoio, com apoio na parede ou barra, para aqueles com
maiores dificuldades como também em duplas, um de frente ao outro, de mãos
dadas ou de lado ao outro com as mãos nos ombros.

Tela - Coordenação Motora para Membros Inferiores


49

Esses exercícios exigem precisão e concentração do idoso nos movimentos de


membros inferiores. Diversas combinações de passos podem ser realizadas como
deslocamento para frente, para trás e para os lados. Esses exercícios poder ser
executados também em duplas ou em pequenos grupos. A complexidade deve ser
adotada de acordo com a condição do idoso ou sua evolução, variando os materiais
e a combinação dos passos.

2- Coordenação motora geral (grossa) para membros superiores

Objetivos dos exercícios: coordenar movimentos em diferentes níveis de


complexidade, utilizando os membros superiores.

Posição inicial- Em pé com uma bola na mão.


Execução- Parado, utilizando as duas mãos, com movimentos giratórios, passar a
bola ao redor da cabeça, tronco e pernas. Executar os movimentos para o lado
direito e esquerdo.
A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes
50

variações:

Exercícios Individuais
a) Pernas afastadas, passar a bola por entre elas fazendo um oito;
b) Lançar a bola para cima e pegá-la sem deixar cair no chão;
c) Lançar a bola para cima com a mão direita e pegá-la com a mesma mão sem
deixar cair;
d) Lançar a bola para cima com a mão direita e pegá-la com a mão esquerda
sem deixar cair;
e) Lançar a bola para cima com a mão esquerda e pegá-la com a mesma mão
sem deixar cair;
f) Lançar a bola para cima com a mão esquerda e pegá-la com a mão direita
sem deixar cair;
g) Lançar a bola para cima, bater uma palma e pegá-la;
h) Lançar a bola para cima, bater duas ou várias palmas e pegá-la;
i) Passar a bola por trás de a cintura lança-la para cima, bater palma e pegá-la;
j) Lançar a bola, bater palma atrás e na frente do tronco e pegá-la;
k) Quicar a bola com as duas mãos, com a mão direita, com a mão esquerda e
intercalando entre a mão direita e esquerda.
l) De frente para uma parede, lançar a bola com as duas mãos contra a parede
e pegar;
m) De frente para uma parede, lançar a bola com a mão esquerda e pegar com a
esquerda; lançar com a direita e pegar com a direita, intercalar as mãos, ou
seja, lançar com a direita e pegar com a esquerda e vice-versa.

Exercícios em duplas ou em pequenos grupos


a) Em duplas, um de frente para ou outro, executar lançamentos com uma bola
sem deixar cair no chão (lançar e receber com as duas mãos, lançar e
receber com a direita, com a esquerda e intercalar as mãos);
b) Em duplas, um de frente para ou outro, executar lançamentos com uma bola
quicando uma vez no chão (lançar e receber com as duas mãos, lançar e
receber com a direita, com a esquerda e intercalar as mãos);
c) Executar as mesmas atividades citadas nos itens a) e b) utilizando
simultaneamente duas bolas;
51

d) Executar os lançamentos citados nos itens acima em quatro pessoas ou


grupos de seis a oito pessoas. Formar quatro duplas e que os integrantes
devem estar de frente um ao outro em um círculo. Executar lançamentos
entre as duplas simultaneamente.

Obs.: Em todas essas atividades podem também haver variações quando a altura
dos lançamentos (baixo, médio e alto) e velocidade do movimento (lenta, média e
rápida).

Uso de Materiais: os exercícios e as variações citadas acima podem ser realizados


com diferentes materiais como bolas de diferentes pesos e tamanhos, pedaços de
tecidos, arcos, bexigas com agua, tubos de PVC, colheres de pau, entre outros.

Estímulos sensoriais: Alguns desses exercícios individuais podem ser executados


também com olhos fechados.

Tela - Coordenação Motora para Membros Superiores


52

Os exercícios de membros superiores permitem uma grande variação de


movimentos como manipulação e lançamento de objetos e quicar a bola. Objetos de
diferentes tamanhos, pesos e texturas devem ser utilizados para estimular a
percepção dos idosos na tarefa e para aumentar o seu repertório motor.

Tela - Coordenação Motora para Membros Superiores em Duplas


53

Exercícios de lançamentos e quicar a bola em dupla auxiliam na atenção e


concentração e aumentam a complexidade da tarefa. Devem ser explorados
lançamentos com a mão direita, mão esquerda e ambas as mãos simultaneamente.
Como também devem ser exploradas diferentes trajetórias (altas, médias e baixas)
e velocidades (lentas, médias e rápidas) A complexidade da tarefa deve ser
aumentada com a utilização de dois objetos.

Tela - Coordenação Motora para Membros Superiores em Grupo


54

Esses exercícios exigem ainda mais atenção, concentração e colaboração dos


idosos, pois quanto maior o número de objetos envolvidos na atividade, maior a
dificuldade. A perturbação visual provocada neste tio de exercício auxilia nas tarefas
cotidianas mais desafiadoras como andar em transporte coletivo, atravessar a rua e
andar em meio a multidões.

3- Coordenação multimembros
Objetivos dos exercícios: coordenar movimentos em diferentes níveis de
complexidade, utilizando os membros inferiores e superiores.

Execução- As atividades de coordenação multimembros podem ser realizadas


utilizando a junção das atividades descritas para membros inferiores e superiores.
Como por exemplo, executar os movimentos com membros inferiores na escada de
corda e realizar simultaneamente atividades de manipulação com materiais, como
jogar bola pra cima e pegar, bater palmas e movimentar braços. As atividades de
coordenação para membros superiores, tanto as individuais como em pequenos
grupos podem ser realizadas com deslocamentos de formas variadas, como por
exemplo, quicar a bola andando para frente, para trás e para os lados.
Tela - Coordenação Motora Multimembros-1
55

Tela - Coordenação Motora Multimembros-2

Essas atividades apresentam maior complexidade por trabalharem


simultaneamente membros superiores e inferiores. Todos os exercícios já
56

apresentados podem ser combinados, permitindo uma ampla variação destas


atividades.

4- Coordenação motora fina

Objetivos dos exercícios: melhorar a habilidade na realização das tarefas do dia a


dia que exigem coordenação motora fina.

Posição inicial- Sentado em uma cadeira à frente de uma mesa com três latinhas
de refrigerante enfileiradas em sua superfície.
Execução- O idoso deverá virar as latas de ponta cabeça, uma de cada vez, ora
utilizando a mão direita, ora a esquerda.

Tela - Coordenação Motora Fina

Exercícios diversos para destreza manual como encaixes, traçados,


dobraduras, pinça e sobreposição. Podem auxiliar a manter ou melhorar as
57

atividades manuais utilizadas no cotidiano como as tarefas utilizadas na higiene


pessoal, alimentação, em trabalhos manuais e atividades intelectuais.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

1) Colocar feijões de um prato no outro com as mãos ou com pinça;


2) Abrir e fechar uma garrafa pet pequena com uma das mãos;
3) Virar e desvirar cartas sobre a mesa;
4) Misturar diferentes grãos de cereais, como milho e feijão para o idoso
separá-los;
5) Fazer trabalhos de dobraduras;
6) Atividades de artesanato como pintura e bordados;
7) Montar quebra-cabeça;
8) Simular a realização de atividades diárias como colocar água no copo, pegar
grão de cereais com colher e garfos, entre outros.

Uso de Materiais: os exercícios podem aumentar o grau de complexidade com


pinça, hashi, objeto para pegar de formas e tamanhos diferentes e locais de
transferência dos objetos de tamanhos diferentes como copos, jarras, garrafas com
boca pequena, média e grande.

Estímulos sensoriais: todos esses exercícios podem ser executados potencializando


os estímulos visual e auditivo com execução de olhos fechados ou vendados e com
perturbação visual e comando de voz.

Organização quanto à execução: esses exercícios devem ser executados


individualmente sem preocupação com o tempo para uma melhor execução
possível. Após algumas tentativas tentar reproduzir o mais rápido possível.

DVD 3- EXERCÍCIOS PARA TEMPO DE REAÇÃO E AGILIDADE CORPORAL


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Tela - Menu Principal

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TEMPO DE REAÇÃO – CONCEITOS


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Período entre estímulo e o início da resposta voluntária que pode ser uma
ativação muscular ou movimento corporal.

SIMPLES
Tempo que um indivíduo demora entre um estímulo e a ativação
voluntária da musculatura para executar um movimento, ou seja, quando a tarefa
envolve apenas um estímulo e uma resposta.

ESCOLHA
Tempo que um indivíduo demora entre estímulos e a ativação voluntária
da musculatura para executar duas ou mais opções de movimento, ou seja, quando
a tarefa possui mais de um estímulo e consequentemente um movimento específico
para cada estímulo.

(SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2010; SPIRDUSO, 2005)

1- Tempo de reação simples

Objetivos dos exercícios: reagir rapidamente com um movimento a um estímulo que


pode ser sonoro, visual ou tátil.

Posição inicial- Em pé com os braços ao lado do corpo.


Execução- Ao apito acionado pelo professor colocar as mãos na cabeça o mais
rápido possível.
Variações- Essa atividade pode ter diversas variações como reagir ao sinal com
movimentos diferentes (bater palmas, colocar mãos no ombro, nos joelhos, bater pé
no chão, entre outros). Os estímulos podem ser também variados: estímulo visual
(professor fazer um sinal com as mãos, acender uma luz) e tátil, ou seja, reagir com
um dos movimentos citados, quando alguém tocar uma parte do corpo do idoso
(costas, cabeça, ombros, entre outros).

Posição inicial- Em pé com uma colher de pau na mão direita.


Execução- Elevar a mão direita com a colher e, ao apito realizado pelo professor, o
idoso deverá soltar a colher e pegar com a mão esquerda.
60

Variações- Elevar a mão esquerda com a colher e pegar com a direita, segurar a
colher com a mão direita, soltar e pegar com a mesma mão e repetir com a
esquerda. Com as duas mãos e ao apito do professor, soltar e pegar com as duas
mãos antes que caia no chão. Em duplas um de frente para o outro, um dos
integrantes segura a colher com uma das mãos e o outro com as mãos ao lado do
corpo ou nas costas. No apito do professor, o integrante deverá soltar a colher e o
que está a sua frente deverá reagir rapidamente e pegá-la com ambas as mãos
antes que caia no chão. Variações podem ocorrer no momento de pegar a colher
como pegar com a mão direita e esquerda. Podem ser utilizadas também duas
colheres: um dos idosos deve levantar as duas mãos, uma colher de pau em cada
mão e ao apito deverá soltar as duas simultaneamente para que o integrante que
está a sua frente às pegue uma com cada mão antes que caiam no chão. Ainda em
duplas, um de frente para o outro, cada idoso deverá segurar uma colher com a mão
direita e elevá-la acima da cabeça. Ao apito do professor ambos deverão soltar a
sua colher simultaneamente e pegar a colher do outro com a mão esquerda. Quanto
aos materiais, além da colher de pau, pode ser utilizadas bolas, bastões, bolas de
papel e canetas. A complexidade da tarefa pode ser aumentada conforme variação
do posicionamento inicial das mãos (mãos na cabeça, nos ombros, costas, ao lado
do corpo e outros). Essas atividades podem ser realizadas também com o estímulo
visual e tátil.

Tela - Tempo de Reação Simples


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Nessas atividades os idosos devem reagir o mais rapidamente possível a um


estímulo com um movimento predeterminado pelo professor.

2- Tempo de reação de escolha

Objetivos dos exercícios: reagir rapidamente em diferentes opções de movimento a


um estímulo que pode ser sonoro, visual ou tátil.

Posição inicial- Em pé com os braços ao lado do corpo.


Execução- O professor deverá utilizar dois tipos de sons. No som A, os idosos
deverão colocar o mais rápido possível as mãos na cabeça e no som B bater
palmas.
Variações- Essa atividade pode ter diversas variações, como reagir ao sinal
com movimentos diferentes (bater palmas, colocar mãos no ombro nos joelhos,
bater pé no chão, entre outros). Os estímulos podem ser também variados: estímulo
visual (professor fazer dois tipos de sinais ou mostrar cartelas de cores diferentes,
como por exemplo, ao mostrar a cartela azul, os idosos deverão bater os pés e ao
mostrar a cartela vermelha deverão executar um saltito) e, com o estímulo tátil como
62

tocar o indivíduo com dois ou mais tipos te toques, ou seja, ombro direto e elevar
braço direito, tocar no ombro esquerdo e elevar o ombro esquerdo, tocar ombro
direito e elevar o braço esquerdo e vice-versa, tocar nos dois ombros e elevar os
dois braços entre outros.

Posição inicial- Em pé com uma colher de pau na mão direita.


Execução- O professor deverá utilizar dois tipos de sons. Em duplas um de frente
para o outro, um dos integrantes segura a colher com uma das mãos e o outro com
as mãos ao lado do corpo ou nas costas. Se o professor emitir o som A, o idoso com
a colher de pau deve soltá-la e o outro pegá-la com a mão direita, mas se for o som
B pegar com a mão esquerda.
Variações- Podem também ser utilizados duas colheres e um dos idosos deve
segurá-las acima da cabeça uma em cada mão. Ao som A o idoso que está
segurando a colher deve soltar a colher da mão direita e o idoso que está a sua
frente deverá pega-la com a mão direita e, se o som emitido for o B, tudo deve ser
realizado com as mãos esquerdas. Quanto aos materiais, além da colher de pau,
pode ser utilizadas bolas, bastões, bolas de papel e canetas. A complexidade da
tarefa pode ser aumentada conforme variação do posicionamento inicial das mãos
(mãos na cabeça, nos ombros, costas, ao lado do corpo e outros). Essas atividades
podem ser realizadas também com o estímulo e visual.

Tela - Tempo de Reação de Escolha


63

Nesses exercícios os idosos são levados a reagir rapidamente com no mínimo dois
tipos de movimentos pré-determinados. Como por exemplo, 1 apito uma palma, 2 apitos
mãos na cabeça.

Tela - Estimulação dos Sistemas Sensoriais


64

Tela - Menu Principal

Tela - Menu Secundário

AGILIDADE CORPORAL – CONCEITOS


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Habilidade de se locomover o mais rápido possível em com precisão, em


diversas direções, com alteração do centro de gravidade.

1- Exercícios com deslocamentos para frente e para trás e diagonal.


Objetivos dos exercícios: deslocar-se o mais rápido possível em diversas direções
alternando o posicionamento do centro de gravidade do corpo.

Exercícios de agilidade corporal.

Posição inicial- Em pé de frente para uma fileira de cones alinhados em linha reta.
Execução- Contornar os cones, o mais rápido possível e retornar de costas em linha
reta.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

1) Contornar os cones (um com chapéu outro sem) ao passar pelo cone com
chapéu pegá-lo e colocá-lo na cabeça, passando pelo seguinte, colocá-lo no
cone e assim sucessivamente;
2) Correr de frente tocar no primeiro cone, retornar de costas à PI, correr até o
segundo e retornar de costas, correr até o terceiro e retornar de costas até
finalizar os cones;
3) Repetir a sequência anterior e acrescentar uma cadeira no local da posição
inicial;
4) Repetir a sequência anterior lançando a bola para o alto e voltando de costas;
5) Correr de frente na diagonal, deslocar-se de lado em linha reta. Repetir até
finalizar os cones;
6) Repetir a sequência anterior lançando a bola para o alto e voltando de costas.

Obs.: esses exercícios devem ser realizados individualmente e não em forma de


66

disputa para evitar acidentes.

Posição inicial- Em pé de frente para uma fileira de cones, duas bolas e um gol
com dois arcos.
Execução- Correr entre os cones em zigue-zague, lançar a bola no centro dos arcos
com uma ou duas mãos e retornar correndo entre os cones em zigue-zague.

A complexidade do exercício pode ser aumentada apresentando as seguintes


variações:

1) Sentado correr de frente até o primeiro cone, tocá-lo, voltar de costas, sentar,
correr até o segundo cone, tocá-lo e retornar à cadeira e assim
sucessivamente até o fim dos cones.
2) Sentado numa cadeira em frente a cinco arcos dispostos paralelamente no
solo, todos com um cone dentro. Levantar, correr até o primeiro pegar o cone
e colocá-lo no segundo, o do segundo, no terceiro até chegar ao último arco;
3) Mesma posição inicial. Levantar correr em direção ao primeiro arco, dar uma
volta no primeiro arco, no segundo, no terceiro até o último. Retornar de
costas.
4) Em pé em frente a uma escada de tecido ou desenhado no chão, entrar na
escada e sair alternando os pés até chegar ao final, retornar trotando.

Uso de Materiais: utilizar materiais como bola, bastões, arcos, escada, etc.

Obs.: esses exercícios devem ser realizados individualmente e não em forma de


disputa para evitar acidentes.

Tela - Exercícios de Agilidade Corporal


67

Os exercícios de agilidade devem ser organizados para que o idoso se


desloque o mais rapidamente possível, em diversas direções, alternando para cima
e para baixo o centro de gravidade. Os exercícios podem ser realizados em zigue-
zague, curvas, para frente, para trás, abaixar e levantar. As atividades que exigem
precisão e que possam tornar o exercício mais lento não devem ser utilizadas.
68

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que o material produzido poderá auxiliar profissionais de


educação física a prescreverem exercícios neuromotores para idosos em seus
programas de exercícios físicos. O material não teve como objetivo esgotar as
possibilidades de exercícios para esse fim e sim apresentar propostas para que o
profissional possa criar considerando a sua estrutura física, equipamentos e
materiais. Este material será divulgado também junto aos cursos de pós-graduação
e eventos da área de educação física.
69

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR


QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE
ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação


Universidade Norte do Paraná
Ana Cristina Gasparini Freitas
Bibliotecária CRB9/792

Souza, Carlos Henrique de.


S718e Exercícios para o desenvolvimento de habilidades motoras em
idosos / Carlos Henrique de Souza. Londrina: [s.n], 2015.
91f.

Dissertação (Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção


da Saúde). Universidade Norte do Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira.

1- Mestrado profissional - UNOPAR 2- Neuromotor 3- Exercício


físico 4- Habilidades motoras 5- Idosos I- Teixeira, Denilson de Castro,
orient. II- Universidade Norte do Paraná.

CDU 796-053.9

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