Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA:
CONCEITOS, PROTOCOLOS E APLICAÇÃO
Londrina - Paraná
2019
ELTON JHONY DE ALMEIDA
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA:
Cidade
CONCEITOS, PROTOCOLOS
ano E APLICAÇÃO
AUTOR
Londrina - Paraná
2019
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,
POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO OU PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
CDU 613.7
Andressa Fernanda Matos Bonfim - CRB 9/1643
ELTON JHONY DE ALMEIDA
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA:
CONCEITOS, PROTOCOLOS E APLICAÇÃO
_________________________________________
Prof. Dr. Cosme Franklim Buzzachera
Universidade Pitágoras UNOPAR
(Orientador)
_________________________________________
Prof. Dr. Andreo Fernando Aguiar
Universidade Pitágoras UNOPAR
(Membro Interno)
_________________________________________
Prof. Dr. Denílson de Castro Teixeira
Universidade Estadual de Londrina
(Membro Externo)
_________________________________________
Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes
Universidade Pitágoras UNOPAR
(Coordenador do Curso)
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a Deus por me abençoar e sempre me guiar meus passos nos
diversos desafios que enfrentei e venci, e ainda, por me permitir concluir mais uma etapa
acadêmica.
Agradeço imensamente ao meu orientador Prof. Dr. Cosme Franklim Buzzachera, que além
de me orientar com muita dedicação, carinho, ajuda, apoio, me aconselhou diversas vezes e ainda
me possibilita grandes oportunidades, um verdadeiro mestre e amigo.
Por fim, agradeço imensamente a minha família, principalmente minha esposa (Leonora
Almeida) e minha avó (Maria das Dores), que não mediram esforços para que eu pudesse galgar
mais essa etapa em minha vida acadêmica e profissional.
ii
DE ALMEIDA, Elton Jhony. Aptidão cardiorrespiratória: Conceitos, protocolos e aplicação.
Trabalho de Conclusão Final de Curso. Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da
Saúde. Universidade Pitágoras UNOPAR, Londrina, 2019.
RESUMO
individual para realizar exercício físico dinâmico, com duração prolongada, em uma intensidade moderada a
vigorosa, refletindo, inclusive, a integridade anatômica e fisiológica dos sistemas respiratório, cardiovascular e
musculoesquelético. Atualmente, reconhece-se que níveis baixos de aptidão cardiorrespiratório causados por
um cotidiano pouco ativo pode predispor, em certos casos precocemente o surgimento e desenvolvimento de
doenças crônico-degenerativas, não-transmissíveis, com potencial clínico para aumentar o risco de morte. A
modo seguro e eficiente, tornou-se, assim, fundamental para profissionais da saúde que atuam em programas
de reabilitação e prevenção primária e secundária. Neste contexto, elaborou-se a presente produção técnica,
visando auxiliar profissionais da área da saúde prestadores de serviços de avaliação, prescrição, e orientação
do exercício físico no âmbito do condicionamento físico aeróbico. A produção técnica, um livro eletrônico ou
e-book, intitulado “Aptidão ardiorrespiratória: Teoria e prática”, aborda, inicialmente, mecanismos fisiológicos
associados com a aptidão cardiorrespiratória e sua relação com a saúde e a performance humana. O material
aborda, ainda, protocolos, clássicos e modernos, usados na avaliação da aptidão cardiorrespiratória, assim
como fornece recomendações básicas no âmbito da prescrição e orientação do exercício físico no contexto
do condicionamento físico aeróbico. A presente produção técnica, finalmente, é composta por um manuscrito
científico original, intitulado provisoriamente “Does sex impacts psychophysiological responses to incremental
exercise following transcranial direct current stimulation?”, a ser submetido para publicação no periódico
iii
DE ALMEIDA, Elton Jhony. Cardiorespiratory fitness: Definitions, protocols, and practical
application. Master Dissertation. Professional Master in Exercise for Health Promotion. University
Pitagoras UNOPAR, Londrina, 2019.
ABSTRACT
In the last decades, cardiorespiratory fitness has been recognized as a key component of physical fitness, with
notable relevance in both health and athletic performance. Cardiorespiratory fitness is related to the individual
capacity to perform prolonged, moderate-to-vigorous, dynamic exercise, reflecting, therefore, the structural
and functional integrity of musculoskeletal, cardiovascular, and respiratory systems. It is currently recognized
that low levels of cardiorespiratory fitness are directly associated with insufficiently active lifestyle, which, in
turn, may predispose individuals to develop a number of chronic diseases with a clinical potential to increase
risk of death. In this context, a better understanding of basic definitions associated to cardiorespiratory fitness,
with emphasis on a safe and efficient assessment and prescription, may be crucial for health professionals in
clinical, rehabilitation, and fitness settings. Here, we developed an electronic book or e-book, originally intitled
“Cardiorespiratory fitness: Theory & Practice”, which is focused on assessment of cardiorespiratory fitness
and prescription and/or orientation of aerobic exercises. Firstly, the current e-book approaches physiological
mechanisms related to cardiorespiratory fitness and their association with health and athletic performance. In
addition, the e-book discusses classical and modern protocols commonly used for assessing cardiorespiratory
fitness, as well as details basic concepts related to aerobic exercise prescription and orientation. Despite the
e-book, the current Master Dissertation is still composed by an original manuscript, entitled “Does sex impacts
iv
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 3
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 4
v
1
1 INTRODUÇÃO
O ser humano em movimento tem sido foco de atenção na fisiologia humana desde os
primórdios do Século XIX. Investigações pioneiras realizadas por cientistas famosos, incluindo
humano durante repouso e exercício físico. Contudo, foi apenas no Século XX que o estudo do
ser humano em movimento ganhou notoriedade. Inspirado por estudos de pesquisadores norte-
americanos e europeus, incluindo Francis G. Benedict, Göran Liljestrand, August Krogh, entre
outros, Archibald V. Hill, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 1922, e colegas publicaram
uma série de novos estudos científicos capazes, inclusive, de dar origem a uma nova disciplina
de trocas gasosas de John Haldane, Hill e colegas (Hill e Lupton, 1922; Hill et al., 1924a, 1924b)
investigaram, durante sessões repetidas de corridas com velocidades graduais, a relação entre
de uma relação linear entre intensidade do esforço e v̇O2, com a presença de uma estabilidade
inesperada nos dados de v̇O2 nos momentos finais de corridas em intensidades mais vigorosas.
Tal fenômeno de “platô” foi interpretada pelos autores como um indicador do limite superior do
metabolismo oxidativo, sendo denominado, então, consumo máximo de oxigênio (v̇O2max; Bassett
Jr, 2002).
Nas últimas décadas, o v̇O2max tem recebido enorme atenção, devido a sua importância
crucial nos âmbitos da saúde e da performance humana (Bassett Jr e Howley, 2000). Apesar da
sua notoriedade aparente, debates acalorados ainda são evidentes na literatura científica sobre
ativos “e/ou” consumo mitocondrial de O2 via metabolismo oxidativo (Bassett Jr e Howley, 1997;
v̇O2max pode representar a capacidade individual máxima para captar, transportar e utilizar O2 na
musculatura ativa durante exercício físico vigoroso (Bassett Jr e Howley, 2000), sendo capaz de
refletida pelo v̇O2max, é um componente da aptidão física de manifesta importância, adotado por
doenças cardiovasculares (Nauman et al., 2017), metabólicas (Momma et al. 2017; Kawakami et
al. 2018), cognitivas (Defina et al., 2013), além da predição de mortalidade (Ross et al., 2016).
feita através de testes de exercício físico incremental, adotados por profissionais da saúde em
suas práticas clínicas rotineiras. Em geral, testes de exercício físico incremental são compostos
avaliado ao esforço pré-estabelecido. Tais testes ganharam notoriedade nas últimas décadas ao
estimar, com certa exatidão e precisão, v̇O2max. Uma estimativa adequada de v̇O2max dependerá,
físico incremental proposto (Beltz et al., 2016). Dentre os principais aspectos a serem citados,
em cada estágio, além da duração total do teste. Tais aspectos, de modo isolado ou combinado,
formam o chamado “protocolo” do teste. Cabe notar que a seleção de um dado “protocolo” não
depende, exclusivamente, de seus aspectos intrínsecos per se, mas também da disponibilidade
do cliente/paciente avaliado (Midgley et al., 2007; Eston e Reilly, 2009). Desta maneira, percebe-
se que a seleção de um dado “protocolo” de teste de exercício físico com cargas de trabalho
3
seus resultados.
2 JUSTIFICATIVA
sensibilidade de respostas dinâmicas do v̇O2 durante testes de exercício físico incrementais era
cada estágio, duração total do teste, condicionamento físico e dieta do avaliado, foram capazes
então, vários estudos científicos têm sido conduzidos para identificar novos protocolos capazes
avaliados, propósitos, e condições do meio circundante (Midgley et al 2007). Por um lado, maior
número de protocolos significa maior possibilidade de escolha pelo profissional da saúde; por
outro lado, pode dificultar a sua tomada de decisão, principalmente considerando-se que v̇O2max
não é estimado em todo e qualquer teste de exercício físico incremental (Day et al. 2003). Desta
com informações úteis e atuais, baseados em evidências científicas, pode, portanto, interessar
aos profissionais da área da saúde que prestam serviços de avaliação, prescrição, e orientação
A presente produção técnica surge neste contexto, onde um livro eletrônico ou e-book,
baseadas em evidências, aos profissionais da área da saúde, indicando-os como avaliar v̇O2max,
avaliações nos contextos clínico e condicionamento físico. A presente produção técnica pode,
científicos futuros.
3 METODOLOGIA
O livro eletrônico foi elaborado foi elaborado em três etapas distintas, nomeadamente, revisão
de criação, diagramação e arte final, a ser realizada por um profissional de design gráfico.
Após revisão literária, fez-se o processo de seleção de livros especializados e artigos científicos
para leitura e inserção da informação contida no presente livro eletrônico. No primeiro capítulo
de testes de exercício físico, máximos e submáximos, usados nos âmbitos clínico e científicos:
5
Por fim, no último capítulo do material, serão apresentadas as informações como segue:
Após aprovação do conteúdo pela banca examinadora, um profissional de design gráfico deve
ser contratado para concluir os processos de criação, diagramação, e arte final do Guia Prático.
dimensões propostas para o livro eletrônico - 21.0 × 29.7 cm (A4; formato .pdf). O material deve
ser revisado por profissional da área linguística, solicitando-se, por fim, International Standard
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bassett DR, Howley ET. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of
endurance performance. Med Sci Sports Exerc 32: 70-84, 2000.
Bassett DR, Howley ET. Maximal oxygen uptake: "classical" versus "contemporary" viewpoints.
Med Sci Sports Exerc 29: 591-603, 1997.
Bassett DR. Scientific contributions of A. V. Hill. J Appl Physiol 93: 1567-1582, 2002.
Beltz NM, Gibson AL, Janot JM, et al. Graded exercise testing protocols for the determination of
v̇O2max: Historical perspectives, progress, and future considerations. J Sports Med, 2016:
3968393, 2016.
Day AY JR, Rossiter HB, Coats EM, et al. The maximally attainable v̇O2 during exercise in
humans: the peak vs. maximum issue. J Appl Physiol. 95: 1901-1907, 2003.
Hill AV, Long CNH, Lupton H. Muscular exercise, lactic acid, and the supply and utilization of
oxygen – Parts i – iii. Proc Roy Soc B 96: 438-475, 1924a.
Hill AV, Long CNH, Lupton H. Muscular exercise, lactic acid, and the supply and utilization of
oxygen – Parts vii – viii. Proc Roy Soc B 97: 155-176, 1924b.
Hill AV, Lupton H. The oxygen consumption during running. J Physiol 56: 32-33, 1922.
Kawakami R, Sawada S, Lee IM, et al. Long-term impact of cardiorespiratory fitness on type 2
diabetes incidence: A cohort study of Japanese men. J Epidemiol 28: 266-273, 2018.
Levine BD. v̇O2max: What do we know, and what do we still need to know? J Physiol. 586: 25-34,
2008.
Midgley AW, McNaughton LR, Polman R, et al. Criteria for determination of maximal oxygen
uptake: a brief critique and recommendations for future research. Sports Med. 37: 1019-
1028, 2007.
7
Momma H, Sawada S, Lee IM, et al. Consistently high level of cardiorespiratory fitness and
incidence of type 2 diabetes. Med Sci Sports Exerc 49: 2048-2055, 2017.
Nauman J, Nes BM, Lavie CJ, et al. Prediction of cardiovascular mortality by estimated
cardiorespiratory fitness independent of traditional risk factors: The HUNT Study. Mayo Clin
Proc 92: 218-227, 2017.
Noakes TD. Maximal oxygen uptake: "classical" versus "contemporary" viewpoints: A rebuttal.
Med Sci Sports Exerc 30: 1381-1398, 1998.
Poole DC, Jones AM. Measurement of the maximum oxygen uptake v̇O2max: v̇O2peak is no
longer acceptable. J Appl Physiol. 122: 997-1002, 2017.
Ross R, Blair SN, Arena R, et al. Importance of assessing cardiorespiratory fitness in clinical
practice: A case for fitness as a clinical vital sign: A scientific statement from the American
Heart Association. Circulation 134: e653-699, 2016.
Taylor HL, Buskirk E, Henschel A. Maximal oxygen intake as an objective measure of cardio-
respiratory performance. J Appl Physiol. 8: 73-80, 1955.
Tipton CM. History of exercise physiology. Champaign: Human Kinetics Books, 2014.
8
VOLUME I
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
TEORIA & PRÁTICA
Nenhuma parte deste livro eletrônico (e-book) pode ser reproduzido ou transmitido de qualquer
forma ou por quaisquer meios eletrônico, mecânico, fotocopiado, gravado ou outro, sem
permissão por escrito do Cardiorespiratory Research Group da Universidade Pitágoras Unopar.
Aptidão Cardiorrespiratória: Teoria & Prática / Elton Jhony de Almeida. / Cosme Franklim
Buzzachera. - 1.ed. – Londrina: Cardiorespiratory Research Group E-book Series, 2019 –
xxp.
ISBN 000-00-0000-000-0
www.cardiorespiratoryrg.com
10
SUMÁRIO
CAPA ............................................................................................................................ 8
COPYRIGHT ................................................................................................................... 9
PREFÁCIO ...................................................................................................................... 11
ORIENTAÇÃO
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................ 65
11
PREFÁCIO
Caso uma sucinta análise da evolução dos seres humanos seja feita, logo percebe-se que, assim
como outros milhões de organismos vivos existentes no planeta, fomos criados para depender,
humano, realizarmos nossas diversas demandas diárias. Para garantir a continuidade da espécie,
a seleção de genes associados com a otimização anatômica e funcional dos sistemas orgânicos
humano foi crucial. Tal cenário evolutivo, baseado nos pressupostos da teoria Darwinista, indica
que a transformação e perpetuação da espécie humana ao longo dos milênios deu-se além da
sua superior capacidade cognitiva em relação aos demais seres vivos existentes1. Nos dias atuais,
nossa dependência do esforço físico, em muitos casos, parece ser irrisória em relação àquela de
nossos ancestrais de um passado remoto. A sociedade hodierna, pela primeira vez na história da
humanidade, permite aos seus membros uma vida onde a atividade física é secundária e opcional,
criando uma dissonância entre herança gênica ancestral e modo de viver 2. A reduzida demanda
Sob uma perspectiva evolucionária, o ser humano moderno deveria evitar, a todo custo, um estilo
Aumentar a nossa demanda energética diária, através da prática de atividades onde a exigência
física faz-se presente, deve ser foco primário de nossos esforços para assegurar a sobrevivência
ser humano moderno, então, deve não apenas reconhecer a importância da atividade física em
sua vida cotidiana6, mas, obviamente, praticá-la, haja visto que cerca de 70% da população adulta
de esforços físicos, de modo seguro e eficiente, minimizando riscos à saúde decorrentes de nosso
estilo de vida sedentário. Esforços físicos minuciosamente organizados para potencializar a nossa
aptidão física, um conjunto de atributos associados com nossa capacidade de realizar numerosas
atividades no dia-a-dia†, asseguram, além de riscos menores à saúde, maior longevidade e melhor
qualidade de vida durante nossa existência. Maximizar a nossa aptidão física em seus diferentes
atributos, outrora feita de maneira intuitiva e natural por nossos ancestrais, e atualmente, guiada,
em muitos casos, por profissionais especializados, tem sido um propósito difundido por agências
mundo8-9, criando-se, assim, um novo mercado com enorme proporções, seja no âmbito clínico
e/ou científico. O presente livro eletrônico insere-se neste contexto, auxiliando profissionais que
exercício físico‡ dinâmico, com duração prologada, em uma intensidade moderada a vigorosa.10
† Aptidão física é definida como um conjunto de atributos ou características individuais associadas com a capacidade
para realizar atividades cotidianas, incluindo exercício físico. Atributos como força e resistência muscular, flexibilidade,
agilidade, coordenação, equilíbrio, entre outros, compõem a aptidão física individual. 10
‡ Exercício físico é definido como um tipo de atividade física, porém, organizado e planejado com a finalidade de manter
e/ou melhorar um ou mais componentes da aptidão física individual.10
13
de manifesta importância, destacando a sua plausível relação com numerosas doenças crônicas
degenerativas não-transmissíveis e mortalidade. O segundo capítulo do livro busca, por sua vez,
exibir como uma avaliação da aptidão cardiorrespiratória pode ser realizada, de modo adequado
e/ou científico, de cunho submáximo e/ou máximo, capazes de serem realizados em ambientes
internos e/ou externos, em diferentes grupos populacionais. Por fim, o terceiro capítulo deste livro
aborda a interpretação dos resultados oriundos de testes máximos e/ou submáximos para avaliar
aptidão cardiorrespiratório, fornecendo subsídios úteis aos profissionais da área da saúde para a
prescrição e orientação do exercício físico aeróbico. Os autores desejam a todos uma boa leitura!
CAPITULO 1
da fisiologia do exercício.12 Cabe notar, todavia, que nossa compreensão sobre potenciais
Século XX, além dos estudos clássicos do famoso cientista francês Antoine Lavoisier (1743-
1794) no Século XVIII. De fato, baseado no conceito de respiração proposto por Lavoisier,
onde seres humanos consomem O2 e liberam CO2 ao ar atmosférico, Nathan Zuntz (1847-
humanos e animais, particularmente equinos e caninos. Zuntz criou ainda a primeira esteira,
Outros avanços técnicos ocorridos na época, como a criação de uma bolsa capaz de coletar
vencedor do Prêmio Nobel de 1920, August Krogh (1874-1949), constituindo a base teórica
para novas investigações sobre v̇O2 durante repouso e exercício físico em seres humanos.
15
Em uma época áurea para a fisiologia do exercício, destaca-se o nome de Archibald Vivian
e seu colega, Hartley Lupton (1892-1924), intrigaram-se com a estabilidade no v̇O2 evidente
nas velocidades de corrida mais elevadas, os quais permaneciam imutáveis após aumentos
na velocidade. Tal fenômeno, interpretado pelos autores suecos como uma maior eficiência
na demanda por O2 -, foi diferentemente entendido por Hill e Lupton, os quais acreditavam
aeróbico. Neste caso, qualquer aumento na velocidade de corrida acima de tais limites seria
de origem anaeróbica.15 Novas investigações, conduzidas por Hill – onde ele próprio foi o
A existência ou não de um platô no v̇O2 durante exercício físico máximo tem sido debatida
por pesquisadores na atualidade.16 Maiores detalhes podem ser encontrados no Box 2.1
no Capítulo 2 deste livro. Outros postulados de Hill têm sido aceitos firmemente na literatura
científica atual. Um exemplo diz respeito às diferenças individuais no v̇O2max†. Hill e Lupton
†
A influência de fatores genéticos no v̇O2max é ainda incerta. Estudos do projeto HERITAGE, liderados por Claude Bouchard
(1939-), revelaram que a herdabilidade do v̇O2max é, no máximo, 50%, com forte influência maternal.17 Respostas do v̇O2max
ao treinamento físico seguem tendência similar, com uma herdabilidade de ~47% e forte influência maternal (~28%).18
16
elevado:
“Um homem pode não conseguir ser um bom corredor devido ao seu baixo
de oxigênio elevado”
máximo e universal de v̇O2max, em torno de 4 L.min-1. Hoje, sabemos que valores superiores
a 7 L.min-1 têm sido reportados na literatura.19 Maiores detalhes sobre os limites humanos
de v̇O2max podem ser encontrados no Box 1.1 no presente Capítulo deste livro. O postulado
mais controverso de Hill, porém, diz respeito aos fatores limitantes do v̇O2max. Em um estudo
pioneiro20, especulou-se que v̇O2max durante exercício físico é limitado pela capacidade do
sistema cardiorrespiratório em fornecer O2 aos músculos ativos. Deste então, tal hipótese
onde a disponibilidade de O2 aos músculos ativos, e não sua capacidade de utilizá-lo dentro
BOX 1.1 Você Sabia? Quais são os limites superiores do v̇O2max em seres humanos? (anexo)
é longo, possuindo complexos obstáculos que podem desafiar o seu fluxo natural. A Figura
1 mostra os principais fatores fisiológicos que podem limitar o v̇O2max em modelos animais
CAPACIDADE DE DIFUSÃO PULMONAR. Durante exercício físico realizado ao nível de mar, sabe-
se que os pulmões são capazes de saturar o sangue arterial com O2 de um modo eficiente.
A saturação de oxigênio (%SatO2) pode, de fato, permanecer cerca de 95% mesmo quando
ser incapaz de adequadamente saturar o sangue arterial com O2, limitando, assim, o v̇O2max.
Reduções bruscas na %SatO2 não são evidentes graças a rapidez da passagem de células
vermelhas nos leitos capilares nos pulmões, assegurando um estado de perfeito equilíbrio
pois atletas de endurance possuem um débito cardíaco máximo maior em comparação com
seus pares não-atletas (~40 L.min-1 vs ~25 L.min-1, respectivamente), aumentando, assim, a
rapidez na passagem de células vermelhas nos leitos capilares dos pulmões, dificultando,
então, a sua saturação com O2.22 E caso o exercício físico vigoroso fosse realizado em uma
condição inóspita, como em um ambiente com altitude moderada (~3000 m), tais limitações
no v̇O2max causados pela difusão de O2 ainda assim seriam evidentes apenas em atletas de
† Débito cardíaco é definido como o produto do volume de ejeção pela frequência cardíaca.
18
DÉBITO CARDÍACO MÁXIMO. Em sua investigação clássica, Hill e Lupton15 propuseram que o
débito cardíaco máximo é o fator responsável por explicar diferenças individuais no v̇O2max
em seres humanos. A hipótese foi corroborada por diversos estudos científicos conduzidos
por renomados fisiologistas do exercício ao longo das décadas.23 Atualmente, sabe-se que
diferenças individuais no v̇O2max entre pessoas treinadas e não-treinadas, mas com idades
iguais, são causadas por diferenças no volume de ejeção máximo†, pois variações mínimas
O2.24 Durante exercício físico vigoroso, próximo à exaustão, grande parte do O2 disponível
Durante esforços vigorosos, porém, o conteúdo de O2 no sangue baixa para 20-30 mL O2.L-
1
, indicando que pouco O2 é deixado de ser extraído em tais circunstâncias. Percebemos,
então, que o mecanismo dominante para aumentar o v̇O2max certamente não está associada
com a melhor capacidade de extração sistêmica de O2, pois todas as pessoas, treinadas ou
dominante é, portanto, o aumentado fluxo sanguíneo local, causado por melhorias no débito
cardíaco máximo via maior volume de ejeção máximo, onde uma maior disponibilidade de
O2 aos músculos ativos torna-se possível. De fato, hoje estima-se que 70-85% da limitação
† volume de ejeção é definido como o sangue bombeado pelo ventrículo cardíaco esquerdo por batimento.
19
da disponibilidade de O2 aos músculos ativos para o v̇O2max, e concluímos assim que fatores
podem atuar como um fator “periférico” de limitação do v̇O2max, onde aspectos como
isoladamente, exercem seus efeitos. Tais aspectos serão abordados nos parágrafos a
seguir.
† O doping sanguíneo foi uma estratégia comumente usada no âmbito esportivo, particularmente no ciclismo na década
de 90. Lance Armstrong, famoso ciclista americano heptacampeão do Tour de France, tornou-se a principal referência
do uso ilegal do doping sanguíneo, sendo recentemente banido, por toda a vida, de eventos esportivos oficiais. 29
20
na pressão arterial de O2 (PO2) neste curto espaço físico entre superfícies, concluindo que
uma baixa PO2 intramuscular, relativa ao PO2 no sangue, faz-se necessária para assegurar
a difusão sistêmica do O2. Os autores puderam perceber, por fim, que independentemente
do fluxo sanguíneo local, aumentos no v̇O2 em músculos isolados ocorrem somente devido
Conclui-se, então, que a disponibilidade de O2 per se não representa o único fator limitante
do v̇O2max. Tais conclusões são aceitas por renomados pesquisadores até os dias atuais.11
ter aumentado o seu interesse sobre a importância da mitocôndria como um fator limitante
do v̇O2max.31 Dentro das fibras musculares, as mitocôndrias atuam como locais onde o O 2 é
consumido nas etapas finais da cadeia de transporte de elétrons†. Neste sentido, aumentar
são incertas, mas reforçam a maior influência de fatores “centrais”, e não “periféricos”, na
† Cadeia de transporte de elétrons é uma etapa da respiração celular, caracterizada pelo transporte de elétrons em uma
compilação de moléculas fixadas na membrana interna da mitocôndria de células eucarióticas até um aceptor final de
elétrons, em várias etapas liberadoras de energia para síntese de ATP.
‡ Teleologismo é a ciência que estuda o conceito filosófico de finalidade, com explicações não-divinas.
21
homeostase, graças a sua maior capacidade intramuscular para oxidar gordura – e, assim,
outro fator periférico merece ser destacado: a densidade capilar†. De fato, uma aumentada
capilarização intramuscular após treinamento físico foi originalmente notada por Andersen
e Henriksson39. Em outro estudo pioneiro, Saltin e colegas32 notaram uma associação forte
entre número de capilares por fibra muscular no músculo vasto lateral e v̇O2max, mensurado
durante exercício físico em ciclo ergômetro. Cabe salientar ao leitor que o significado desta
maior densidade capilar causada pelo treinamento físico não é aumentar o fluxo sanguíneo
próximo a musculatura ativa, mas sim, aumentar o tempo de trânsito de células vermelhas
sanguíneo local.40
Em conclusão, podemos perceber que o debate sobre fatores limitantes do v̇O2max em seres
do v̇O2max.42 Percebemos, assim, que a presente “disputa teórica” está longe do seu fim.
† Recentemente, sugeriu-se que o recrutamento neural de fibras motoras poderia limitar o v̇O2max. O postulado, batizado
Governador Central35 foi rapidamente refutado por Hawkins et al36 Para maiores detalhes, recomenda-se ao leitor recentes
revisões narrativas, elaboradas por Wagner37 e Lundby e Montero38.
22
funcional de vários sistemas orgânicas, com ênfase nos sistemas pulmonar, cardiovascular
parte, nossa “saúde orgânica” como um todo. Neste sentido, manter ou aumentar a aptidão
componente genético.17,18 Uma maior prática cotidiana de atividade física, incluindo a sua
associa-se com a prática diária de atividade física e seus benefícios a saúde física e mental.
Tais evidências são resumidas no Box 1.2 e detalhadas nos parágrafos a seguir.
BOX 1.2 Você Sabia? A maior aptidão cardiorrespiratória pode melhorar sua saúde?
(anexo)
A literatura atual demonstra que baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória são associados
seu desfecho final, morte. De fato, desde meados da década de 90, estudos científicos tem
que a aptidão cardiorrespiratória poderia ser capaz de predizer, mais adequadamente, risco
incluindo obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes do tipo II, entre
cerca 10-25%. Cabe notar, porém, que níveis de aptidão cardiorrespiratória extremamente
altos não são necessários para reduzir riscos à saúde cardiovascular e chance de morte. A
literatura destaca, obviamente, que pessoas com aptidão cardiorrespiratória > 8-10 MET‡
possuem maior proteção contra mortalidade por causas diversas, incluindo, claramente,
doenças cardiovasculares, em comparação com pessoas com escores < 5 MET; entretanto,
pode amenizar o risco para outros desfechos negativos a saúde, incluindo diabetes tipo II.
De fato, um maior nível de aptidão cardiorrespiratória tem sido associado com um menor
risco para o surgimento de pré-diabetes e diabetes tipo II.48,49 Melhoras mínimas na aptidão
cardiorrespiratória causam reduções notáveis no risco para diabetes tipo II, principalmente
de intervenções específicas neste grupo populacional.48,50 Além do diabetes tipo II, alguns
maior risco para o surgimento de alguns tipos de câncer, como mama, pulmão, e em certos
casos, gastrointestinal, são relacionados com uma menor aptidão cardiorrespiratória. 51,52
Em um recente estudo de revisão, reportou-se, inclusive, que a risco de morte por diversos
tipos de câncer é diminuído, cerca 20%-45%, em pessoas que possuem uma maior aptidão
Nas últimas duas décadas, novas evidências surgiram suportando a importância da aptidão
cardiorrespiratória para diversos outros benefícios à saúde mental. Níveis altos de aptidão
cardiorrespiratória foram associados, por exemplo, com um risco menor para o surgimento
al.55 notaram, por exemplo, que pessoas com maior aptidão cardiorrespiratória possuíam
36% menos chance de desenvolver demência em comparação com seus pares com menor
com saúde mental são incertos. Recentemente, estudos têm reportado uma interessante
torna-se inegável o papel da aptidão cardiorrespiratória sobre nossa saúde física e mental.
A capacidade humana para realizar exercício físico tem sido estudo há décadas. Diferentes
modelos teóricos de performance humana foram criados e, até o presente momento, ainda
o exercício físico é realizado, e a fração do v̇O2max que pode ser mantida durante uma prova
† Endurance é definido como a capacidade para sustentar uma dada carga de trabalho/velocidade pelo maior tempo
possível.62
25
limiar ventilatório, máxima fase estável de lactato, entre outros.61 Uma breve análise de cada
Coyle.59 (anexo)
Em um estudo clássico, David L. Costill63 e seus colegas reportaram uma correlação inversa
e forte entre v̇O2max e performance de corrida de 10 milhas† em atletas com v̇O2max variando
de ~54 mL O2. kg-1. min-1 e ~81 mL O2. kg-1. min-1. Tal heterogeneidade no v̇O2max dos atletas
usados neste estudo foi importante, pois caso contrário, a correlação entre performance e
competitivos, mas não é um bom preditor de performance entre atletas de similares níveis
competitivos.11 Sob uma perspectiva mecanicista, v̇O2max, e sua respectiva fração, %v̇O2max,
termos práticos, convidamos o leitor a imaginar o seguinte cenário: um corredor que deseje
completar uma maratona com um tempo de 02 horas e 15 minutos deverá manter, durante
toda a prova, um v̇O2 de ~60 mL O2. kg-1. min-1.11 Sabendo-se que um atleta não será capaz
de completar a prova usando 100%v̇O2max, o seu v̇O2max deverá ser superior a ~60 mL O2.
kg-1. min-1. Em geral, atletas de elite usam uma fração de 80-85%v̇O2max em uma maratona;
assim, para o atleta supracitado completar a sua prova no tempo de 02 horas e 15 minutos,
‡ Limiar de lactato é definido como a velocidade de corrida – ou carga de trabalho – precedente a um aumento de 1
mmol. L-1 na concentração de lactato no sangue. Máxima fase estável de lactato é definida como a velocidade de corrida
onde a concentração de lactato no sangue torna-se estável.61
† 1 milha = 1,60934 quilómetros.
26
ele necessitará, no mínimo, um v̇O2max entre 70-75 mL O2. kg-1. min-1. Portanto, observamos
para uma boa performance de endurance, mas jamais será capaz de determinar o resultado
final de uma prova, pois outros indicadores fisiológicos de aptidão cardiorrespiratória, como
sua fração (%v̇O2max) e/ou economia ou eficiência, possuem similar e/ou maior importância.
como uma razão entre trabalho realizado e sua necessidade energética. 61 O termo
pedalar em uma dada velocidade.59 Tal parâmetro tornou-se outro importante indicador de
através de um gráfico XY, onde v̇O2 (eixo Y) é plotado versus velocidade de corrida – ou
assim, interpretada como a energia necessária, por unidade de massa corporal, para cobrir
uma dada distância horizontal (mL O2. kg-1. km-1 ou W-1, respectivamente). Em outro estudo
corredores com similar v̇O2max, mas diferente em termos de tempo para completar a prova,
variando de 30.5-33.5 min. Analisando-se apenas os tempos mais rápidos, próximos a 30.5
45-49 mL O2. kg-1. km-1 para uma velocidade de corrida de 268m/min-164 Podemos concluir,
parte da variabilidade na performance de corrida entre atletas. Podemos entender, por fim,
carga de trabalho varia enormemente entre si – e, assim como em outros contextos da vida,
Figura 5 Comparação entre dois corredores com diferenças na economia de corrida, mas
notou como pessoas treinadas diferem em termos de %v̇O2max de seus pares não-treinados
conseguem manter sua atividade por 1-2 horas em ~83-87%v̇O2max, enquanto pessoas não-
treinadas conseguem manter sua atividade por mesma duração, porém em ~35-50%v̇O2max.
Tal evidência pode nos mostrar, claramente, como %v̇O2max pode ter um impacto crucial na
performance de endurance. Em seu livro, Astrand nos demonstra ainda como v̇O2max e sua
fração, %v̇O2max, mudam com treinamento físico. De modo surpreendente, v̇O2max, %v̇O2max,
Hoje, tais evidências clássicas mencionadas por Astrand são rotineiramente confirmadas
CAPITULO 2
físico dinâmico com duração prolongada em uma intensidade moderada a vigorosa. A integridade
obviamente, necessária para assegurar uma aptidão cardiorrespiratória adequada para manter-
se a saúde física e mental e otimizar a capacidade humana para exercitar-se. De fato, atualmente,
sabemos que níveis baixos de aptidão cardiorrespiratório, causados por um modo de viver pouco
para reduzir nossa longevidade. Neste contexto, tornou-se importante a compreensão dos vários
modo seguro e eficiente, nos âmbitos científico e clínico, como parte integrante de programas de
ou simplesmente, v̇O2max. Aliás, você sabe o que realmente é v̇O2max? Bassett Jr e Howley1 definem
v̇O2max como a capacidade máxima individual para captar, transportar, e utilizar O2 na musculatura
esquelética ativa durante exercício físico de intensidade severa. v̇O2max é tipicamente expresso no
† Historicamente, v̇O2max é o principal indicador fisiológico de aptidão cardiorrespiratória. Entretanto, atualmente, outros
indicadores possuem notável importância clínica e científica, incluindo limiares fisiológicos (lactato, ventilatório, potência
ou velocidade crítica) ou mesmo análise de respostas dinâmicas/cinéticas do v̇O2 durante exercício físico submáximo.2
29
contexto clínico e científico em termos relativos ao peso corporal (ou seja, em mL O2. kg-1. min-1),
diferentemente do conceito original, expresso em termos absolutos (L O2. min-1; ver Box 3.1 para
maiores detalhes). Caso expresso em termos relativos, o v̇O2max poderá, inclusive, ser comparado
entre pessoas com diferentes pesos corporais, ou mesmo, de modo intraindividual, caso efeitos
de treinamento físico sejam examinados. 3 Cabe notar, conforme destacado no Capítulo 1, v̇O2max
espécie de platô nos dados de v̇O2 no período final de um teste de exercício físico com cargas
caso da ciclo ergometria – ocorre, sem mudanças substanciais no v̇O2. Em certas populações,
incluindo pacientes portadores de doença cardiovascular ou respiratória, tal “efeito platô” parece
ser incomum. Nestes casos, o termo consumo de oxigênio pico (v̇O2pico) será mais adequado (ver
Box 2.1).
BOX 2.1 Você Sabia? Qual a diferença entre v̇O2max e v̇O2pico? (anexo)
MEDIDAS DIRETAS VS. INDIRETAS DE CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO. Como posso obter uma medida
confiável de v̇O2max? Desde meados do Século XIX, cientistas e engenheiros ao redor do Mundo
tem buscado a criação de equipamentos capazes de medir, com erros aceitáveis †, v̇O2 em seres
das décadas, aparelhos “metabólicas” capazes de medir trocas gasosas foram sendo lançados
no mercado. De fato, com exceção do primeiro protótipo elaborado pelo engenhoso pesquisador
alemão Nathan Zuntz (1847-1920), todos os aparelhos metabólicos criados até o final da década
de 80 serviam para unicamente serem usados em ambientes internos como laboratórios e clínicas
normalmente através de válvulas de baixa resistência, com sua narina ocluída por um prendedor
nasal ou com sua boca e nariz não-ocluídos, porém, usando máscara facial. A ventilação pulmonar
† Erro de medida é definida como a diferença entre a medida real e a medida observada. 6 Procedimentos de validação
de testes e equipamentos servem para garantir que os seus erros de medida inerentes são metodologicamente aceitáveis.
30
e as suas frações expiradas e/ou inspiradas de O2 e dióxido de carbono (CO2) são mensuradas e
aparelho. Cabe salientar que, atualmente, tais mensurações podem ser feitas de modo simultâneo
ou laboratoriais de “mesa”, contudo, possuem certas desvantagens, como preço elevado para
preços mais atrativos, porém, carregam consigo uma enorme desvantagem: a mensuração única
de v̇O2, mas não v̇CO2 (ver Figura 6 e Tabela 1). Neste contexto, acredita-se que a determinação
direta de v̇O2max é ainda impeditiva e, inclusive, indisponível na maioria das cidades brasileiras.
FIGURA 6 Diferentes tipos de aparelhos metabólicos: “fixo” (CPET Quark®), portátil (K5®), e
ser feita de modo indireto, graças às famosas “equações preditivas”. Atualmente, diversos testes
de exercício físico, submáximos e máximos, são capazes de “estimar” v̇O2max, sendo, inclusive,
exercício físico estabeleceu-se pela correlação de seus dados (carga de trabalho e velocidade no
do esforço; performance, como, por exemplo, distância total percorrida no teste da caminhada
de seis minutos, entre outros) com uma medida direta de v̇O2max. Cabe destacar, infelizmente, que
† Mixing chamber é um componente opcional encontrado em diversos aparelhos metabólicos, onde os gases coletados
durante a respiração são provisoriamente armazenados para posterior determinação de O2 e CO2 em um dado período
de tempo. O uso de Mixing chamber não é, portanto, adequado para análise de respostas dinâmicas de trocas gasosas.
31
medidas indiretas de v̇O2max causam, em muitos casos, erros de medida notáveis, subestimando
percebemos que uma medida confiável de v̇O2max depende, primeiramente, de como seus dados
serão monitorados.
TESTE DE EXERCÍCIO FÍSICO SUBMÁXIMO VS. MÁXIMO. A decisão sobre usar um teste de exercício físico
de equipamentos e espaço físico, além de recursos humanos especializados. Cada aspecto citado
será brevemente discutido nos parágrafos a seguir. Antes, porém, destaca-se algumas vantagens
Teste de exercício físico máximo requer do cliente/paciente avaliado exercitar-se até a exaustão
entre outras. Graças as suas vantagens, testes de exercício físico máximos são rotineiramente
usados em laboratórios e clínicas especializados ao redor do Mundo. Cabe destacar, todavia, que
exercício físico submáximos são preferidos.11 Atualmente, testes de exercício físico submáximos
são usados, por exemplo, na liberação hospitalar de pacientes recuperando-se de infarto agudo
do miocárdio precedente (4-7 dias).12 Basicamente, tais testes são usados por profissionais no
† Teste de exercício físico submáximo constituem-se de protocolos onde o limite superior dos sistemas respiratório,
cardiovascular e musculoesquelético não são atingidos.
32
a várias cargas de trabalho, usando-os para estimar v̇O2max†. Tais parâmetros fisiológicos, porém,
nem sempre são usados para predizer v̇O2max, mas também para estimar “capacidade funcional”
pressão arterial, além da carga de trabalho e do esforço percebido, capacidade funcional é usada
para monitorar mudanças causadas pelo treinamento físico e na prescrição do exercício físico.
Maiores detalhes sobre interpretação de dados gerados em testes de exercício físico submáximos
- e seu uso na prescrição - serão mostrados ao leitor no Capitulo 3. Ainda, protocolos de testes
de exercício físico, máximo e submáximo, serão apresentados nos tópicos a seguir neste Capítulo.
espaço físico do local escolhido para avaliação física dependerá, ultimamente, dos equipamentos
físico variando de 37 a 42 m2,13 amplo o suficiente para acomodar uma equipe médica atuando
em uma situação de emergência. O espaço físico deve ser mantido em uma condição ambiental
termoneutra, entre 20 e 23ºC, com uma humidade relativa entre 50% e 60%. 14
Cada espaço físico deve ser organizado para garantir a disponibilidade de materiais permanentes
De fato, um espaço físico deveria ser planejado e organizado de modo a atender, com segurança
† Estimar v̇O2max via dados de frequência cardíaca durante teste de exercício físico submáximo depende de critérios como:
1) relação linear entre frequência cardíaca e carga de trabalho, 2) estabilidade da frequência cardíaca em cada carga de
trabalho, e 3) diferença mínima entre frequência cardíaca máxima estimada e real, e 4) ausência de influência de fatores
externos capazes de afetar frequência cardíaca, incluindo medicamentos, suplementos nutricionais, temperatura, etc.15
‡ Materiais permanentes são materiais/equipamentos que permanecem no espaço físico, enquanto materiais transitórios
são materiais/equipamentos “móveis”, dependentes do tipo do teste a ser realizado (por ex., ECG, espirometro, etc.).
33
exercício físico.16 Exemplos de ajustes incluem as mudanças possíveis no suporte lateral de novas
esteiras motorizadas, além do completo ajuste de selim, guidão e pedaleira em ciclos ergômetros.
Esteiras motorizadas e ciclo ergômetros são rotineiramente usados em testes de exercício físico.
Então, qual deles devemos escolher? A seleção depende, basicamente, do conforte e segurança
do cliente/paciente e questão clínica a ser respondida, sabendo-se que ambos possuem pontos
fortes e pontos fracos. Esteira possui como grande vantagem a naturalidade da marcha em seres
humanos, além da maior capacidade para se estimar um v̇O2max “real” – em geral, graças a maior
para caminhar/correr no aparelho. Cabe ao staff, assim, demonstrar e familiarizar o avaliado com
fisiológicos de interesse, como custo de O2, e maiores ruídos† causados em equipamentos como
eletrocardiograma (ECG).13 Ciclo ergometria, por sua vez, possui como vantagem a comodidade
da carga de trabalho – algo não possível na esteira motorizada, onde fatores como tamanho do
presença de ruídos causadas em equipamentos é menor, permitindo o uso seguro do ECG. Por
outro lado, ciclo ergometria possui como desvantagem a falta de naturalidade do movimento, e a
† Ruído é uma espécie de interferência, em forma de onda razoavelmente repetitiva que acontece continuamente ao
longo do tempo.
34
como step, a segurança do cliente/paciente avaliado deve ser prioridade. No decorrer dos anos,
pacientes, criação de protocolos adequados para o grupo populacional a ser avaliado, e presença
de um staff treinado e com bom conhecimento técnico, capaz de identificar precocemente sinais
e sintomas de eventos adversos à saúde. 19,20 Hoje, sabemos que todo espaço físico que realiza
testes de exercício físico incrementais, máximos, deve estar sob supervisão médica especializada
em cardiologia do exercício.15 O profissional médico deverá treinar e orientar o seu staff quanto
é encorajado.
Referente ao staff técnico, testes de exercício físico, máximos ou submáximos, devem contar, no
em certos casos, medidas de trocas gasosas. 18 O staff técnico deverá, finalmente, estar treinado
CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS. Uma premissa fundamental de todo teste de exercício físico, seja
Sendo assim, podemos perceber a manifesta importância de uma adequada triagem pré-esforço,
† ACLS, ou o Advanced Cardiovascular Life Support, é um treinamento prático credenciado pelo American Heart
Association que capacita para o atendimento à parada cardiorrespiratória e outras emergências cardiovasculares.
35
usada para decidir a necessidade – ou não – da realização do teste. A Tabela 2 apresenta certas
clientes/pacientes com contraindicações absolutas, por exemplo, o teste não deveria ser feito até
que suas condições adversas à saúde sejam estabilizadas, ou mesmo, adequadamente tratadas. 21
Pacientes com contraindicações relativas, por sua vez, podem ser testados, porém, somente após
Durante a realização do teste de exercício físico, submáximo ou máximo, alguns cuidados devem
ser considerados. Ocasionalmente, por razões de segurança ou problemas técnicos, o teste pode
ser finalizado precocemente, sem o cliente/paciente atingir seu “real” v̇O2max ou v̇O2pico, exaustão
predita pela idade†.22 Embora frustrante, o julgamento clínico e a experiência do staff técnico para
terminar um teste de exercício físico precocemente é condição sine qua non a ser respeitada.
Em certas ocasiões, o staff técnico pode terminar o teste ao julgar que suas conclusões já foram
feitas, e novas informações adicionais não serão necessárias. Obviamente, o término de um teste
livre e esclarecido deve ser feita anteriormente a realização do teste de exercício físico. Embora
o conteúdo e extensão do documento possam variar, sua elaboração deve levar em consideração
† No centro de controvérsias, a frequência cardíaca máxima predita pela idade pode, ainda, ser estimada como 220-idade.22
36
informações básicas para a realização de um teste de exercício físico. Caso replique-se os testes,
cafeinadas nas 24 horas precedentes, uso de tabaco e ingestão de alimentos 3 horas anteriores
ao teste – com exceção do jejum, onde permite um café-da-manhã leve -, uso de roupas leves e
calçados adequados para a prática de esforço físico, e em alguns casos, evitar-se esforço pesado
Uma pergunta comum diz respeito a necessidade – ou não – dos procedimentos de aquecimento
modo geral, aquecimento é feito usando diferentes tipos de esforços físicos de baixa intensidade,
psicológica, a ser imposta pelo teste. Aquecimento pode, ainda, otimizar performance aeróbica,
se.23 Opostamente, a volta-a-calma, como o próprio nome diz, permite ao organismo uma redução
produtos finais do metabolismo humano dos músculos outrora mais ativos. 15 Neste contexto, a
† Catecolaminas são um grupo de hormônios semelhantes, os quais incluem epinefrina, norepinefrina, dopamina, entre
outros, produzidos a partir da fenilalanina e tirosina.
37
Conforme citado anteriormente, existe, atualmente, uma enormidade de modelos para testes de
exercício físico, os quais incluem, por exemplo, esteiras motorizadas, ciclo ergômetros, steps e
outros. Todavia, sabe-se que existe ainda a possibilidade de realizar-se testes de exercício físico,
físico. Tal possibilidade refere-se aos famosos testes de campo. A decisão profissional do uso de
realizados em esteiras motorizadas e ciclo ergômetros, em um espaço indoor, como uma clínica
ambiente outdoor, incluindo – mas não limitado a – pistas de atletismo. Cabe notar, contudo, que
para testes de exercício físico com performance máxima, faz-se necessário supervisão médica.
Cada categoria de testes de exercício físico possui, obviamente, suas vantagens e desvantagens.
Um teste de campo, por exemplo, é composto por uma caminhada/corrida em uma distância ou
certos testes de campo, principalmente àqueles de características de esforço físico máximo, são
impróprios para alguns tipos de clientes/pacientes. Por fim, motivação e incapacidade de manter
inerentes desta categoria de teste são inúmeras, e incluem a facilidade de administração para um
possibilidade de estimativa do v̇O2max.15 Assim, conscientes dos pontos fortes e pontos fracos de
cada categoria de testes de exercício físico, o leitor será apresentado, a seguir, aos “protocolos”
PROTOCOLO DE BRUCE 23
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Reconhecido como “pai da cardiologia do exercício”, Richard Arthur Bruce (1916-2004), professor
americano da Universidade de Washington, Seattle, tornou-se mundialmente famoso na década
de 60, com a publicação de um artigo científico reportando uma nova maneira de se aplicar testes
de exercício físico, baseado em estágios múltiplos de cargas de trabalho incrementais.24
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
23
Bruce RA, Blackmon JR, Jones JW, et al. Exercising testing in adult normal subjects and
cardiac patients. Pediatrics. 32: 742-756, 1963.
39
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Recentemente, o “protocolo de Bruce” tem sido modificado para minimizar certos problemas. 11 De
fato, a combinação de mudanças na sua inclinação inicial, além da velocidade e duração de cada
estágio, tornou o protocolo de Bruce acessível a muitos clientes/pacientes com menor capacidade
funcional ou portadores de distúrbios clínicos severos, como doenças cardíacas e respiratórias.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
v̇O2max (homem ativo) = 3,778 × t + 0,9 v̇O2max (homem sedentário) = 3,298 × t + 4,07 27
v̇O2max (adultos, boa saúde) = 6,70 – 2,82 × sexo (homem = 1; mulher = 2) + 0,056 × t (s) 27
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
26
Handler CE, Sowton E. A comparison of the Naughton and modified Bruce treadmill exercise
protocols in their ability to detect ischemic abnormalities six weeks after myocardial infarction. Eur
Heart J. 5: 752-755, 1984.
40
PROTOCOLO DE BALKE 28
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
Término do teste por fadiga “periférica”. Pouco motivante, graças a sua longa duração
28
Balke B, Ware RW. An experimental study of physical fitness of Air Force personnel. US Armed
Forces Med J. 10: 675-688, 1959.
41
PROTOCOLO DE ELLESTAD 31
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Em 1969, Myrvin Ellestad e colegas31 criaram um teste de exercício físico capaz de ser usado em
adultos sem ou com sinais de problemas cardiovasculares. O “protocolo de Ellestad” é composto,
basicamente, por aumentos constantes na velocidade da esteira motorizada, com aumento na sua
inclinação (5%) somente após o 10º minuto de teste.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
31
Ellestad MH, Allen W, Wan MC, et al. Maximal treadmill stress testing for cardiovascular
evaluation. Circulation. 39:517–522, 1969.
42
PROTOCOLO DE NAUGHTON 33
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Criado na década de 70, o “protocolo de Naughton” tornou-se conhecido por sua suavidade, onde
sutis aumentos na carga de trabalho são intercalados com maiores inclinações. Recomendado
para pacientes obesos, sedentários, e fisicamente limitados por doenças.29
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
33
Naughton J. The national exercise and hear! Disease project development, recruitment, and
implementation: Cardiovascular clinics. Philadelphia: F.A. Davis, 1978.
43
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (rampa), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
35
Kaminsky LA, Whaley MH. Evaluation of a new standardized ramp protocol: the BSU/Bruce
Ramp protocol. J Cardiopulm Rehabil. 18: 438-444, 1998.
44
PROTOCOLO DE ROECKER 36
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Em 1998, Roecker et al. 24 criaram um novo protocolo padronizado para atletas de alto rendimento.
De concepção simples, o novo protocolo alemão prevê consideráveis incrementos na velocidade
de corrida (2 km.h-1) até a exaustão volitiva.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em esteira motorizada.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
36
Roecker K, Schotte O, Niess A, et al. Predicting competition performance in long-distance
running by means of a treadmill test. Med Sci Sports Exerc. 30: 1552-1557, 1998.
45
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Na década de 80, o famoso pesquisador israelense Oded Bar-or et al.37 “fugiram” dos tradicionais
testes de exercício físico da época, comumente em esteiras motorizadas, e criaram um protocolo
baseado na cicloergometria. O “protocolo de cicloergometria de Mcmaster” original divide-se em
cinco categorias, mas somente as duas maiores, divididas por sexo, serão mostradas.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em ciclo ergômetro.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
1 2 min. 25 W 25 W
2 2 min. 75 W 50 W
3 2 min. 125 W 75 W
4 2 min. 175 W 100 W
5 2 min. 225 W 125 W
6 2 min. 275 W 150 W
7 2 min. 325 W 175 W
8 2 min. 375 W 200 W
9 2 min. 425 W 225 W
CONSIDERAÇÕES FINAIS
v̇O2max = (carga de trabalho final (W) × 11,4 + 260 + peso corporal × 3,5) / peso corporal 38
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
26
Handler CE, Sowton E. A comparison of the Naughton and modified Bruce treadmill exercise
protocols in their ability to detect ischemic abnormalities six weeks after myocardial infarction. Eur
Heart J. 5: 752-755, 1984.
46
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Em 1980, James et al. 39 criaram um novo teste de exercício físico em ciclo ergômetro. Os autores
criaram um protocolo de três categorias, come estágios de 3 min e frequência de pedalada de 60-
70 rpm. O teste possui consideráveis incrementos na carga de trabalho, mas apesar disso, pode
ser usado em clientes/pacientes com baixa capacidade funcional.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em ciclo ergômetro.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
Carga (W menor
Duração estágio (min) Carga (W; maior peso)
peso)
1 3 min. 33.0 W 33.0 W
2 3 min. 49.5 W 82.5 W
3 3 min. 66.0 W 132.0 W
4 3 min. 82.5 W 181.5 W
5 3 min. 99.0 W 231.0 W
6 3 min. 115.5 W 280.5 W
7 3 min. 132.0 W 330.0 W
8 3 min. 148.5 W 379.5 W
CONSIDERAÇÕES FINAIS
v̇O2max = (carga de trabalho final (W) × 11,4 + 260 + peso corporal × 3,5) / peso corporal 38
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
39
1. James FW, Kaplan S, Glueck, et al. Responses of normal children and young adults to controlled bicycle
exercise. Circulation. 61:902-912, 1980.
47
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Criado em 1971, o “protocolo de Godfrey” foi pioneiro no uso do modelo rampa na cicloergometria.
Basicamente, o protocolo divide os clientes/pacientes em 3 categorias, de acordo com a estatura.
Cabe notar que, devido à suas características inerentes de estágios curtos (1min), certas respostas
fisiológicas não podem ser mensuradas.9
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Teste de exercício físico com cargas incrementais (step), máximo, em ciclo ergômetro.
POPULAÇÃO-ALVO
PROTOCOLO
1 1 min. 10 W 20 W
2 1 min. 20 W 40 W
3 1 min. 30 W 60 W
4 1 min. 40 W 80 W
5 1 min. 50 W 100 W
6 1 min. 60 W 120 W
7 1 min. 70 W 140 W
8 1 min. 80 W 160 W
9 1 min. 90 W 180 W
CONSIDERAÇÕES FINAIS
v̇O2max = (carga de trabalho final (W) × 11,4 + 260 + peso corporal × 3,5) / peso corporal 38
Aplicação em crianças e adultos com baixa capacidade funcional e/ou distúrbios clínicos.
41
Godfrey S, Davies C, Wozniak E, et al. Cardiorespiratory response to exercise in normal children. Clin Sci.
40: 419-431, 1971.
48
CAPITULO 3
podem favorecer o profissional da área da saúde em sua tomada de decisão. Opostamente, uma
quantidade exacerbada de protocolos poderá, inclusive, gerar dúvidas a respeito de sua seleção.
e de campo, são capazes de predizer, com certa margem de erro, v̇O2max1, o principal indicador
nos perguntar: sabemos interpretar os dados referentes ao v̇O2max para usarmos, posteriormente,
em nossa prática profissional? A resposta, obviamente, não é simples. Neste contexto, criamos o
presente tópico, onde buscamos ajudar o leitor a minimamente compreender os dados oriundos
acalorados a respeito da diferenciação dos termos v̇O2max e v̇O2pico permeou o campo da fisiologia
do exercício nas últimas décadas.2 Entretanto, o veredito final para o embate parece ter sido dado
recentemente, através de uma elegante revisão publicada no renomado periódico inglês Journal
of Applied Physiology. O manuscrito, assinado pelos pesquisadores David Poole e Andrew Jones,
reporta que a inexistência do v̇O2pico, em casos onde um platô ou estabilidade nos dados de v̇O2
não foi facilmente visível durante um teste de exercício físico incremental, significa que um limite
superior provavelmente não foi alcançado pelo cliente//paciente avaliado. Neste caso, portanto,
o avaliado deveria repetir o teste.3 Opostamente, caso uma estabilidade nos dados de v̇O2 fosse
aparente, teríamos certeza que o v̇O2max foi “realmente” obtido? A resposta é provavelmente não.
Em geral, devemos analisar outros indicadores fisiológicos de interesse além do v̇O2, incluindo –
49
mas não limitado a - razão de troca respiratória e frequência cardíaca. Tradicionalmente, sugere-
se que, ao final de um teste de exercício físico máximo, a razão de troca respiratória† do avaliado
deva estar com um valor superior a 1.10, enquanto a frequência cardíaca deva estar próxima de
sua máxima predita pela idade (±10 bpm)‡. Assim, percebemos que não apenas uma estabilidade
nos dados de v̇O2, definida como um valor < 2,1 mL O2. kg-1. min-1,4 irá reger nossa determinação
de um “verdadeiro” v̇O2max.
da presença de tabelas normativas (ver Tabela 4). Analisando a Tabela 4, devemos compreender
que a classificação de nosso v̇O2max abaixo do percentil 20º, categorizado por idade e sexo, não
será uma boa notícia. De fato, tal classificação está associada como um modo de viver sedentário
e maior risco de morte por causas diversas.6 Embora o menor valor de aptidão cardiorrespiratória
possa, a priori, parecer um cenário negativo em termos de saúde e sobrevivência, a idade de seu
cliente/paciente avaliado, homem ou mulher, terá enorme impacto.7 Em adultos jovens, entre 40
e 60 anos, a aptidão cardiorrespiratória poderá decrescer abaixo de 60-70% daquela predita para
somente então termos uma prognose preocupante. Em idosos, por sua vez, uma relação linear
existir.8 O box 3.1 nos ajuda a compreender, definitivamente, como podemos interpretar nossos
Após compreendermos como analisarmos os dados de v̇O2max, devemos agora entender como
† Razão de troca respiratória (RER, do inglês, Respiratory Exchange Ratio) é a razão entre produção de dióxido de
carbono (v̇CO2) e consumo de oxigênio pulmonar (v̇O2).
‡ Embora controversa, frequência cardíaca predita pela idade pode ser determinada como 220-idade.5
50
Basicamente, uma sessão de exercício físico é composta por três componentes, nomeadamente,
físico, devemos, inicialmente, citar a enorme gama de atividades possíveis, variando de exercícios
resistidos até mesmo exercícios aeróbicos, foco de nossa discussão neste tópico. Abordaremos
os principais aspectos pertinentes a uma sessão de trabalho aeróbico, como frequência semanal,
FREQUÊNCIA SEMANAL. A frequência de uma atividade, definida como o número de dias na semana
dedicados a prática de exercício físico, associa-se diretamente com benefícios a saúde humana.
De fato, em geral, recomenda-se uma prática de exercício físico de característica aeróbica entre
atividade > 3 dias, enquanto aumentos adicionais não parecem ocorrer em frequência semanal >
5 dias.11 Cabe destacar, contudo, que a prática de exercício físico vigoroso em uma frequência
semanal > 5 dias pode predispor o cliente/paciente ao maior risco de lesões musculoesqueléticas
e, portanto, tamanha magnitude de esforço não é recomendável para a maiorias dos praticantes.
Todavia, intercalar sessões de exercício físico com atividades em intensidades moderadas e altas
pode ser uma alternativa segura e eficiente para promover efeitos benéficos à saúde. 8 A prática
massiva e exacerbada de exercício físico em apenas 1-2 dias semanas não deve ser incentivada,
principalmente caso não supervisionada, pois pode predispor o cliente/paciente a riscos severos,
INTENSIDADE. Uma relação dose-resposta parece existir entre intensidade do esforço e benefícios
esforço abaixo de um “limiar” mínimo não resulta em efeitos orgânicos de importância biológica.
Todavia, a determinação deste “limiar” é uma tarefa complexa, pois evidências recentes sugerem
fatores diversos como idade, condição de saúde, condicionamento físico, herdabilidade, além de
positivos na aptidão cardiorrespiratória ainda não foi reportado pela literatura atual, caso exista.
51
Outra pergunta intrigante e desconhecida na literatura científica vigente é sobre como podemos,
de um modo acurado, estimar intensidade. Atualmente, dois métodos são preferidos para estimar
denotados pelas siglas HRR (do termo inglês, heart rate reserve) e v̇O2R, respectivamente. Ambos
esforço. O Box 3.2 mostra como podemos utilizar métodos HRR e v̇O2R no âmbito da prescrição
DURAÇÃO. A duração poderia ser comumente definida como a quantidade de tempo usada para
se realizar uma certa atividade.12 Recomenda-se, por exemplo, que muitos adultos acumulem a
quantidade de 30-60 min/diários (> 150 min/semanais) de exercício físico moderado, 20-60 min/
da semana. Cabe notar, todavia, que para muitas pessoas, relativamente sedentárias, 20 min. por
dia pode ser benéfica em termos de saúde.11 Para a manutenção e/ou redução do peso corporal,
entretanto, uma duração mais prolongada será necessária (60-90 min/dia), o que, claramente, é
extremamente difícil para pessoas previamente sedentárias com excesso de peso corporal. 13 A
duração de uma atividade pode ser fracionada ao longo do dia, com efeitos mais favoráveis em
pessoas com baixa aptidão física/cardiorrespiratória em comparação com seus pares com maior
aptidão física/cardiorrespiratória.14 Cabe destacar, todavia, que até o presente momento, a “dose”
O presente livro eletrônico (e-book) buscou, ao longo de sua discussão, trazer ao leitor um maior
material, fica evidente como nosso moderno modo de viver “pouco ativo” afeta negativamente a
O profissional do futuro inserido no âmbito da saúde deverá, portanto, não apenas compreender
em certas ocasiões, sua “preocupação” em termos clínicos, mas também deverá ser capaz de
compreender como a aptidão cardiorrespiratória poderá ser otimizada através de uma prescrição
e orientação de exercício físico de modo seguro e eficaz. Neste sentido, esperamos ter ajudado
ao nosso leitor!
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPITULO 1
1. Cordain L, Gotshall R, Eaton SB, et al. Physical activity, energy expenditure, and fitness: An
2. Eaton SB, Eaton SB. An evolutionary perspective on human physical activity: Implications for
health. Comp Biochem Physiol A Mol Integr Physiol. 136: 153-159, 2003.
3. Lee IM, Shiroma EJ, Lobelo F, et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable
diseases worldwide: An analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 380: 219-
229, 2012
4. Ekelund U, Steene-Johannessen J, Brown WJ, et al. Does physical activity attenuate, or even
eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-
analysis of data from more than 1 million men and women. Lancet. 388: 1302-1310.
cardiovascular and cancer mortality, and incident type 2 diabetes: a systematic review and
dose response meta-analysis. Eur J Epidemiol. 33: 811-829, 2018.
6. Godino JG, Watkinson C, Corder K, et al. Awareness of physical activity in healthy middle-aged
7. Sallis JF, Bull F, Guthold R, et al. Progress in physical activity over the Olympic quadrennium.
8. World Health Organization. Interventions on diet and physical activity: What works: Summary
9. UDHSS Services. Physical activity guidelines advisory committee report. Washington. 2008.
54
10. Pate RR, Pratt M, Blair SN, et al. Physical activity and public health: A recommendation from the
Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine.
JAMA. 273: 402-407, 1995.
11. Bassett Jr DR, Howley T. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of
12. Poole DC, Barstow TJ, McDonough P, et al. Control of oxygen uptake during exercise. Med Sci
13. Tipton CM. History of Exercise Physiology. Champaign: Human Kinetics Books, 2014.
15. Hill AV, Lupton H. Muscular exercise, lactic acid, and the supply and utilization of oxygen. Q J
16. Levine BD. v̇O2max: What do we know, and what do we still need to know? J Physiol. 586: 25-
34, 2008.
17. Bouchard C, Daw EW, Rice T, et al. Familial resemblance for v̇O2max in the sedentary state: the
HERITAGE family study. Med Sci Sports Exerc. 30: 252-258, 1998.
18. Bouchard C, An P, Rice T, et al. Familial aggregation of v̇O2max response to exercise training:
Results from the HERITAGE family study. J Appl Physiol. 87: 1003-1008, 1999.
19. Saltin B. The physiology of competitive cross-country skiing across a four decade perspective.
In: Muller E, Schwameder H, Kornxl E, et al. Science and Skiing. London: E & FN Spon. 1996.
20. Hill AV, Long CNH, Lupton H. Muscular exercise, lactic acid and the supply and utilisation of
21. Powers SK, Lawler J, Dempsey JA, et al. Effects of incomplete pulmonary gas exchange of
22. Dempsey JA, Hanson P, Henderson K. Exercise-induced arterial hypoxemia in healthy humans
23. Saltin B, Blomquist B, Mitchell JH, et al. Response to submaximal and maximal exercise after
25. Cerretelli P, Di Prampero PE. Gas exchange in exercise. In: Fishman AP, Farhi LE, Tenney SM.
26. Ekblom B, Wilson G, Astrand PO. Central circulation during exercise after venesection and
27. Gledhill N. The influence of altered blood volume and oxygen transport capacity on aerobic
28. Mitchell JH, Saltin B. The oxygen transport system and maximal oxygen uptake. In: Tipton CP.
29. Macur J. Circuito de mentiras: ascensão e queda de Lance Armstrong. Rio de Janeiro: Editora
Intrínseca, 2014.
30. Honig CR, Connett RJ, Gayeski TEJ. O2 transport and its interaction with metabolism: A systems
view of aerobic capacity. Med Sci Sports Exerc. 24: 47-53, 1992.
31. Jacobs RA. Adaptations of skeletal muscle mitochondria to exercise training. Exp Physiol. 101:
17-22, 2016.
32. Saltin B, Henriksson E, Nygaard E, et al. Fiber types and metabolic potentials of skeletal muscles
in sedentary man and endurance runners. Ann N Y Acad Sci. 301: 3-29, 1977.
33. Holloszy JO, Coyle EF. Adaptations of skeletal muscle to endurance exercise and their
34. Holloszy JO. Biochemical adaptations to exercise: Aerobic metabolism. Exerc Sport Sci Rev.
1: 45-71, 1973.
35. Noakes TD. Maximal oxygen uptake: “classical” versus “contemporary” viewpoints: A rebuttal.
36. Hawkins MN, Raven PB, Snell PG, et al. Maximal oxygen uptake as a parametric measure of
37. Wagner PD. Crosstalk proposal: Diffusion limitation of O 2 from microvessels into muscle does
38. Lundby C, Montero D. Crosstalk opposing view: Diffusion limitation of O2 from microvessels into
muscle does not contribute to the limitation of v̇O2max. J Physiol. 593: 3759-3761, 2015.
39. Andersen P, Henriksson J. Capillary supply of the of the quadriceps femoris muscle of man:
40. Hoppeler H, Weibel ER. Limits for oxygen and substrate transport in mammals. J Exp Biol. 201:
1051-1064, 1998.
41. Wagner PD, Hoppeler H, Saltin B. Determinants of maximal oxygen uptake. In: Crystal RG, West
JB. The lung: Scientific Foundations. New York: Raven Press, 1991.
42. Daniels J, Oldridge N. The effects of alternate exposure to altitude and sea level on world-class
43. Myers J, McAuley P, Lavie CJ, et al. Physical activity and cardiorespiratory fitness as major
markers of cardiovascular risk: their independent and interwoven importance to health status.
Prog Cardiovasc Dis. 4: 306-314, 2015.
44. Blair SN, Kampert JB, Kohl HW, et al. Influences of cardiorespiratory fitness and other
precursors on cardiovascular disease and all-cause mortality in men and women. JAMA. 17:
205-210, 1996.
45. Wei M, Kampert JB, Barlow CE, et al. Relationship between low cardiorespiratory fitness and
mortality in normal-weight, overweight, and obese men. JAMA. 282: 1547-1553, 1999.
46. Swift DL, Lavie CJ, Johannsen NM, et al. Physical activity, cardiorespiratory fitness, and exercise
training in primary and secondary coronary prevention. Circ J. 77: 281-292, 2013.
47. Ross R, Blair SN, Arena R, et al. Importance of assessing cardiorespiratory fitness in clinical
practice: A case for fitness as a clinical vital sign. Circulation. 134: e653-e699, 2016.
57
48. Lee DC, Sui X, Church TS, et al. Associations of cardiorespiratory fitness and obesity with risks
of impaired fasting glucose and type 2 diabetes in men. Diabetes Care. 32: 257-262, 2009.
49. Sieverdes JC, Sui X, Lee DC, et al. Physical activity, cardiorespiratory fitness and the incidence
of type 2 diabetes in a prospective study of men. Br J Sports Med. 44: 238-244, 2010.
50. Carnethon MR, Sternfeld B, Schreiner PJ, et al. Association of 20-year changes in
cardiorespiratory fitness with incident type 2 diabetes: the coronary artery risk development in
young adults (CARDIA) fitness study. Diabetes Care. 32: 1248-1288, 2009.
51. Peel JB, Sui X, Adams SA, et al. A prospective study of cardiorespiratory fitness and breast
52. Sui X, Lee DC, Matthews CE, et al. Influence of cardiorespiratory fitness on lung cancer mortality.
54. Honea RA, Thomas GP, Harsha A, et al. Cardiorespiratory fitness and preserved medial temporal
lobe volume in Alzheimer disease. Alzheimer Dis Assoc Disord. 23: 188-197, 2009.
55. Defina LF, Willis BL, Radford NB, et al. The association between midlife cardiorespiratory fitness
levels and later-life dementia: A cohort study. Ann Intern Med. 158: 162-168, 2013.
56. Dishman RK, Sui X, Church TS. Decline in cardiorespiratory fitness and odds of incident
57. Dishman RK, Sui X, Church TS. Decline in cardiorespiratory fitness and odds of incident sleep
58. Neunhäuserer D, Sturm J, Baumgartlinger MM, et al. Hiking in suicidal patients: neutral effects
59. Joyner MJ, Coyle EF. Endurance exercise performance: The physiology of champions. J
60. Jones AM, Poole DC. Physiological demands of endurance exercise. In: Maughan RJ. Olympic
61. Jones AM. The physiology of the world record holder for the women’s marathon. Int J Sports
62. Jones AM, Doust JH. Limitations to submaximal exercise performance. In: Eston R, Reilly T.
63. Costill DL, Thomason H, Roberts E. Fractional utilization of the aerobic capacity during distance
64. Conley DL, Krahenbuhl G. Running economy and distance running performance of highly
65. Bassett Jr DR, Howley ET. Maximal oxygen uptake: classical versus contemporary viewpoints.
66. Astrand PO, Rodahl K. Textbook of work physiology. New York: McGraw-Hill, 1970.
67. Haugen T, Paulsen G, Seiler S, et al. New Records in Human Power. Int J Sports Physiol Perform.
CAPITULO 2
2. Bassett Jr DR, Howley T. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of
3. Jones AM, Carter H. The effect of endurance training on parameters of aerobic fitness. Sports
5. Lucia A, Rabadan M, Hoyos J, et al. Frequency of the of v̇O2max plateau phenomenon in world-
6. Shephard RJ, Aoyagi Y. Measurement of human energy expenditure, with particular reference
to field studies: an historical perspective. Eur J Appl Physiol 112: 2785-2815, 2012.
know and what we need to know. Int J Sports Med 26: S2-S10, 2005.
8. Macfarlane DJ. Automated metabolic gas analysis systems: a review. Sports Med 31: 841–861,
2001.
9. Macfarlane DJ. Open-circuit respirometry: a historical review of portable gas analysis systems.
10. Montoye HJ, Aven T, Washburn RA. The estimation of v̇O2max from maximal and submaximal
11. Zeballos RJ, Weisman IM. Behind the scenes of cardiopulmonary exercise testing. Clin Chest
12. Noonan V, Dean E. Submaximal exercise testing: Clinical application and interpretation. Phys
13. Gibbons RJ, Balady GJ, Bricker JT, et al. ACC/AHA 2002 guideline update for exercise testing:
Summary article. A report of the ACC/AHA Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll
Cardiol. 40: 1531-1540, 2002.
14. Rodgers GP, Ayanian JZ, Balady G, et al. ACC/AHA clinical competence statement on stress
15. James FW, Blomqvist CG, Freed MD, et al. Standards for exercise testing in the pediatric age
group: AHA council on cardiovascular disease in the young. Circulation. 66:1377-1397, 1982.
16. ACSM. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Baltimore: Lippincott Williams
17. Paridon SM, Alpert SB, Boas SR, et al. Clinical stress testing in the pediatric age group: a
statement from the AHA council on cardiovascular disease in the young. Circulation. 113:
1905-1920, 2006.
60
18. Washington R, Bricker J, Alpert B, et al. Guidelines for exercise testing in the pediatric age
19. Rowland TW. Cardiopulmonary exercise testing in children and adolescents. Champaign:
20. Vuori T. The cardiovascular risks of physical activity. Acta Med Scand. 711: 205-214, 1986.
21. Thompson PD, Funk EJ, Carleton RA, et al. Incidence of death during jogging in Rhode Islands
22. Gibbons RJ, Abrams J, Chatterjee K, et al. ACC/AHA 2002 guideline update for the management
of patients with chronic stable angina: Summary article. A report of the ACC/AHA Task Force
on Practice Guidelines. Circulation. 107: 149-158, 2003.
23. Garber CE, Blissmer B, Deschenes MR, et al. ACSM position stand: Quantity and quality of
24. Bruce RA, Blackmon JR, Jones JW, et al. Exercising testing in adult normal subjects and cardiac
25. Shah BN. Onn the 50th anniversary of the first description of a multistage exercise treadmill
test: Re-visiting the birth of the 'Bruce protocol'. Heart. 99: 1793-1794, 2013.
26. Bruce RA. Exercise testing of patients with coronary heart disease. Principles and normal
27. Handler CE, Sowton E. A comparison of the Naughton and modified Bruce treadmill exercise
protocols in their ability to detect ischemic abnormalities six weeks after myocardial infarction.
Eur Heart J. 5: 752-755, 1984.
28. Foster C, Jackson AM, Pollock ML, et al. Generalized equations for predicting functional capacity
29. Balke B, Ware RW. An experimental study of physical fitness of Air Force personnel. US Armed
30. Rowland TW. Developmental exercise physiology. Champaign: Human Kinetics Book, 1996.
31. Van der Cammen-Van Zijp MHM, Ijsselstijn H, Takken T, et al. Exercise testing of pre-school
children using the Bruce treadmill protocol: new reference values. Eur J Appl Physiol. 108:
393-399, 2010.
32. Ellestad MH, Allen W, Wan MC, et al. Maximal treadmill stress testing for cardiovascular
33. Pollock ML, Bohannon RL, Cooper KH, et al. A comparative analysis of four protocols for maximal
34. Naughton J. The national exercise and hear! Disease project development, recruitment, and
35. ACSM. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Philadelphia: Lea & Febiger.
2009.
36. Kaminsky LA, Whaley MH. Evaluation of a new standardized ramp protocol: the BSU/Bruce
37. Roecker K, Schotte O, Niess A, et al. Predicting competition performance in long-distance running
by means of a treadmill test. Med Sci Sports Exerc. 30: 1552-1557, 1998.
38. Bar-Or O. Pediatric sports medicine for the practitioner: from physiologic principles to clinical
39. Lang PB, Latin RW, Berg KE, et al. The accuracy of the ACSM cycle ergometry equation. Med
40. James FW, Kaplan S, Glueck, et al. Responses of normal children and young adults to controlled
41. James FW, Blomqvist CG, Freed MD, et al. Standards for exercise testing in the pediatric age
group: AHA council on cardiovascular disease in the young. Circulation. 66:1377-1397, 1982.
42. Godfrey S, Davies C, Wozniak E, et al. Cardiorespiratory response to exercise in normal children.
CAPITULO 3
know and what we need to know. Int J Sports Med 26: S2-S10, 2005.
3. Poole DC, Jones AM. Measurement of the maximum oxygen uptake V̇o2max: V̇o2peak is no
4. Midgley AW, McNaughton LR, Polman R, et al. Criteria for determination of maximal oxygen
uptake: a brief critique and recommendations for future research. Sports Med. 37: 1019-1028,
2007.
5. Robergs RA, Landwehr R. The surprising history of the "HRmax= 220-age" equation. J Exerc
6. Blair SN, Kampert JB, Kohl HW, et al. Influences of cardiorespiratory fitness and other
precursors on cardiovascular disease and all-cause mortality in men and women. JAMA. 17:
205-210, 1996.
7. Wei M, Kampert JB, Barlow CE, et al. Relationship between low cardiorespiratory fitness and
mortality in normal-weight, overweight, and obese men. JAMA. 282: 1547-1553, 1999.
8. ACSM. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Baltimore: Lippincott Williams
9. Garber CE, Blissmer B, Deschenes MR, et al. ACSM position stand: Quantity and quality of
10. Haskell WL, Lee IM, Pate RR, et al. Physical activity and public health: updated recommendation
for adults from the ACSM and the AHA. Med Sci Sports Exerc. 39: 1423-1434, 2007.
11. Nelson ME, Rejeski WJ, Blair SN, et al. Physical activity and public health in older adults:
recommendation from the ACSM and the AHA. Med Sci Sports Exerc. 39: 1435-1445, 2007.
63
12. US Department of Health and Human Services. Physical activity guidelines for Americans. 2008.
13. Donnelly JE, Blair SN, Jakicic JM, et al. American College of Sports Medicine Position Stand.
Appropriate physical activity intervention strategies for weight loss and prevention of weight
regain for adults. Med Sci Sports Exerc. 41: 459-471, 2009.
14. Jakicic JM, Rogers RJ, Donelly JE. The health risks of obesity have not been exaggerated. Med
SOBRE OS AUTORES
ELTON JHONY DE ALMEIDA possui Bacharelado em Educação Física (2011) e Mestrado em Exercício Físico
na Promoção da Saúde (2019) pela Universidade Pitágoras Unopar, campus Londrina (PR). Atualmente, é
coordenador do Departamento de Educação Física no SESC (Serviço Social do Comércio, Apucarana - PR).
Possui experiência como consultor técnico em diversas modalidades esportivas, incluindo ciclismo e triátlon.
Física pela Universidade de Roma ‘Foro Italico’ (2012). Desde 2012, atua como docente titular do
Universidade Pitágoras Unopar, campus Londrina (PR). Possui vasta experiência como fisiologista
DETERMINAÇÃO DO V̇O2MAX
✓ ESTABILIDADE NO VO2?
SIM
✓ FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA ± 10 BPM?
SIM
✓ RAZÃO DE TROCA RESPIRATÓRIA > 1.10?
SIM
✓ ESTABILIDADE NO VO2?
NÃO
✓ FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA ± 10 BPM?
NÃO
✓ RAZÃO DE TROCA RESPIRATÓRIA > 1.10?
NÃO
Figura 7 Diferentes aparelhos metabólicos: “fixo” (A, CPET Quark®), “portátil” (B, K5®), e
“móvel” (C, room-to-room; Fitmate®), comercializados pela empresa CosmedTM.
71
Absoluta
Relativa
• Estenose coronariana.
• Aneurisma do ventrículo esquerdo
• Taquicardia ou bradicardia
• Hipertensão arterial em repouso (PAS > 200 mm Hg e PAD > 110 mm Hg)
• Cardiomiopatia hipertrófica
• Anormalidades eletrolíticas
• Distúrbios neuromotores, musculoesqueléticos, e reumáticos exacerbados pelo esforço físico
• Doença infecciosa crônica, como a AIDS
• Limitação mental e/ou física
72
• Sinais/sintomas de angina
• Redução na pressão arterial > 10 mm Hg com aumento da carga de trabalho
• Redução na pressão arterial > 10 mm Hg comparado ao valor pré-teste
• Aumento excessivo na pressão arterial (PAS > 250 mm Hg e PAD > 115 mm Hg)
• Encurtamento da respiração, câimbras e claudicação
• Sinais de pobre perfusão sanguínea, como dor de cabeça, confusão, palidez, cianose e náusea
• Ausência de aumento da frequência cardíaca com aumento da carga de trabalho
• Mudanças substanciais na frequência cardíaca sem aumento na carga de trabalho
• Avaliado solicita o término do teste
• Exaustão volitiva
• Falha de equipamentos
BACKGROUND
Transcranial direct current stimulation (tDCS) has recently emerged as a minimally invasive form of cortical
stimulation, with exciting potential for exercise performance. However, it is presently unknown whether this
simple but robust technique has similar effects on exercise performance in men and women. This void in the
literature is significant because sex differences in the modulation of human cortical plasticity have been well
OBJECTIVE
This randomized, double-blind, crossover study investigated the effects of acute TDCS on exercise
performance and psychophysiological responses to incremental exercise in healthy, young men and women.
METHODS
After familiarization, recreationally-trained men (N = 13) and women (N = 11) completed ramp incremental
exercise tests from rest to volitional exhaustion on a motor-driven treadmill following 20-min of brain stimulation
with either placebo TDCS (sham) or real TDCS (cathodal and anodal) applied over the primary motor cortex
(M1) region. Pulmonary gas exchange and ventilation and skeletal muscle tissue oxygenation and
hemodynamics data were collected continuously during the ramp exercise test. Ratings of perceived exertion
(RPE) and affective valence in response to the ramp exercise test were also measured.
RESULTS
The exercise tolerance was not significantly different following brain stimulation with either sham (533 ± 46
vs. 508 ± 66 s) or real TDCS (cathodal TDCS: 537 ± 40 vs. 504 ± 70 s, and anodal TDCS: 530 ± 44 vs. 503 ±
67 s, respectively from men and women; P > 0.05). Similarly, neither physiological responses nor
psychological responses during the incremental ramp exercise test did not differ between the three
CONCLUSIONS
These results demonstrate that acute TDCS applied over the M1 region did not alter physiological responses,
perceived exertion, affective valence, or exercise performance in recreationally-trained men and women.
INTRODUCTION
It has previously been postulated that the transcranial application of weak direct currents (transcranial direct
current stimulation, TDCS) to the human primary motor cortex is capable of eliciting pronounced changes in
cortical excitability.1,2 These neuromodulatory effects of TDCS are, however, polarity-dependent – anodal
TDCS increases cortical excitability, whereas cathodal TDCS diminishes it.3 The reasons for these polarity-
specific effects are complex and still not completely understood. Previous research has shown that anodal
stimulation causes neuronal depolarization and increases cerebral excitability while cathodal stimulation has
opposite effects, most likely by hyperpolarizing neurons.4,5 Although much remains to be elucidated, there is
mounting evidence that TDCS offers a promising approach for understanding brain-behavior interactions
across a variety of cognitive, affective, sensory, perceptual, and motor domains. 6 To date, TDCS has been
routinely used in human neuroscience research to modulate performance across a range of cognitive and
motor tasks,7,8 with exciting therapeutic possibilities in the treatment of a variety of psychiatric and neurological
disorders.9-11
Within the last few years, TDCS has emerged as a potential “electroceutical” modulator of exercise
performance.12,13 Recent investigations suggest that the transcranial application of weak direct currents
increases cortical excitability and improves exercise tolerance in healthy humans.14-22 Some authors have
demonstrated that the acute administration of anodal TDCS stimulation over the primary motor cortex ( M1)
prior to or during isometric time to task failure tests of isolated muscle groups has resulted in improvements in
performance.14-17 However, other authors have reported less optimistic “ergogenic” effects on time to task
performance have also been noted in continuous, dynamic, whole-body exercise studies.18-22,26,27. Some of the
discrepancies between studies may be attributed to differences in electrode montage and location.28 Recent
reports indicate that cephalic and extracephalic montages with the anode over the M1 region are preferable
when acute tDCS is applied to extend time to fatigue duration that appears to depend, at least partially, on
It is presently unknown whether tDCS, a simple but robust technique, has similar effects on exercise
performance in men and women. This void in the literature is significant because sex differences in the
modulation of human cortical plasticity have been well established by previous TDCS studies.29,30 The purpose
of the present investigation was therefore to investigate the effects of acute tDCS on performance and related
effects on physiological and psychological responses during maximal incremental exercise in healthy adults.
75
METHODS
Participants
A group of 13 male and 11 female moderately-trained adults was recruited to participate in this study, which
was submitted to approval by the Institutional Ethics Committee. A detailed, written explanation of the study
procedures was provided to all participants in accordance with the Declaration of Helsinki. None of the
participants were smokers or used any dietary supplementation or medication that could affect their somatic
or cognitive functions. All the participants provided written informed consent and declared to be in good health
and none of them presented medical contraindications for participation in the study. All participants were
trained non-elite recreational endurance runners who were familiar with the laboratory testing procedures and
habituated to treadmill running. Their training had to consist of 1 to 2 h endurance running more than four times
per week, with a running distance longer than 20 km per week for at least 1 yr prior to the start of the study.
Experimental Procedures
All participants reported to the laboratory on four separate occasions over a 2-wk period that included one
preliminary visit and three experimental visits. During the first visit to the laboratory, participants were
familiarized with the testing procedures employed in the study. After the preliminary visit, they returned to the
laboratory on three different occasions and were randomly assigned using the following site
cathodal tDCS conditions. The participants were instructed to arrive at the laboratory in a rested and fully
hydrated state, at least 3 h postprandial, and to refrain from alcohol and caffeine consumption for at least 24-
h prior to each experimental visit. They were also asked to abstain from strenuous exercise for at least 24-h
prior to each visit to the laboratory. Throughout the study period, participants were instructed to maintain their
normal daily activities and food and fluid intake. All experimental visits were performed at the same time of the
Upon arrival at the laboratory, participants were seated for 10 min before receiving either of the experimental
conditions – real tDCS or sham - for 20 min. They then completed an incremental ramp exercise test on a
motor-driven treadmill (Super ATL, Inbramed, Porto Alegre, Brazil) set at a 1% gradient 31 in order to determine
the gas exchange threshold (GET) and peak oxygen uptake (V̇O2peak). Following 4 min of baseline, the
protocol began with subjects running at 5 km h-1 (for women) and 7 km h-1 (for men) for 6 min, after which
the treadmill speed was increased by 1 km h-1 every minute until exhaustion,32 despite verbal encouragement.
The exact time to volitional exhaustion from the onset of the ramp exercise test was recorded to the nearest
76
second.33 The speedometer was covered so that participants, but not evaluators, were blinded to the actual
treadmill speed. Breath-by-breath pulmonary gas exchange and ventilation and indices of muscle
hemodynamics and oxygenation measured with NIRS data were collected continuously during the ramp
exercise test. Ratings of perceived exertion (RPE) and affective valence were assessed at the end of each 2-
A cephalic tDCS montage similar to the one used by Vitor-Costa et al.18 was adopted in the present
investigation. This cephalic montage with the anode over the M1 region is preferable when acute tDCS is
applied to extend time to fatigue duration in continuous, dynamic, whole-body exercise studies.28 Specifically,
the electrical current was applied with a portable apparatus consisting of four main components: two rubber
electrodes (anode and cathode with an area of 35-36 cm2), ammeter (measures the intensity of the electrical
current), potentiometer (component that permits manipulation of current intensity), and three batteries (9 V) to
generate the current.18 To ensure good conductance, the electrodes were wrapped in a saline (150 mM NaCl)-
soaked sponge current and elasticated straps were used to secure the electrodes on the scalp.34 The EEG
10–20 international system was used for electrode positioning.35 The choices of electrode size and placement
were intended to induce electrical current in both the left and right sides of the primary motor cortex
simultaneously. The center of one electrode (9 × 4 cm) was placed in the Cz region (~4.5 cm of each side of
the primary motor cortex), while the center of the other electrode (7 × 5 cm) was placed on the occipital
protuberance.18 The participants were stimulated with tDCS (2 mA) for a total duration of 20 min with a 10 s
ramp at the beginning and end of stimulation. For the sham condition, the electrodes were placed at the same
positions as for the real tDCS. However, stimulation was delivered at 1 mA for 30 s, with a 20 s ramp.18,34
Using this procedure, subjects were blinded to distinguish between sham and real tDCS.36
Measurements
Pulmonary gas exchange and ventilation were measured breath-by-breath using an automated gas analysis
system (K4B2, Cosmed, Rome, Italy).37 Prior to each test, the gas analysis system was calibrated using
ambient air, in accordance with the manufacturer’s guidelines, against known concentrations of cylinder gases
(16% O2 and 5% CO2) and a precision 3 L calibration syringe (Hans Rudolph, Kansas City, USA). Heart rate
(HR) was measured during all tests using short-range radio telemetry (Polar RS800, Polar Electro Oy,
Kempele, Finland).
Indices of muscle hemodynamics and oxygenation were assessed using a portable continuous wave NIRS
system (Portamon, Artinis Medical System, Elst, The Netherlands). The NIRS apparatus emits light at 760-
and 850-nm wavelengths from three optodes, with an average optode-detector distance of 35 mm.38 The
77
probes of the NIRS apparatus were secured on the right vastus lateralis muscle, ∼10-12 cm above the knee
joint and along the vertical axis of the thigh. A surgical marker pen was used to mark probe placement for
accurate repositioning throughout the experimental sessions. The probe was covered with black tape to
prevent contamination from ambient light. It was then placed in a transparent sealed polyethylene bag for
waterproofing and firmly secured to the leg to prevent water leaking into the space between the bag and the
skin.33 Skinfold thickness at the site of application of the NIRS probe was determined before the first
experimental session using a Harpenden skinfold caliper (British Indicators, Burgess Hill, UK). The calculated
value of the combined adipose tissue and skin thickness was less than one-half the distance between the
optode and the detector. The NIRS system was connected to a personal computer by Bluetooth for data
RPE for the overall body was determined by the 6–20 Borg RPE scale.40 This scale is a 15-point single-item
measure, ranging from “no exertion at all” (6) to “maximal exertion” (20). Participants were previously anchored
to the scale using memory-anchoring procedures.41 RPE was assessed at the end of each 2-min stage of the
Affective valence was measured using the Feeling Scale (FS).42 This scale is an 11-point single-item measure,
ranging from “very bad” (-5) to “very good” (+5). In a counterbalanced manner, 6–20 Borg RPE and FS scales
were administered at the end of each 2-min stage of the maximal incremental exercise test. Standard
definitions of perceived exertion and affective valence, along with separate instructional sets for the 6–20 Borg
RPE and FS scales, were read to the participants before the tests. During the maximal incremental ramp
exercise test, the 6–20 Borg RPE and FS were in full view of the participants at all times.
Statistical Analysis
Data are presented as mean (± SD). The distribution of the data was checked by the Shapiro-Wilk test, and
the results showed a normal Gaussian distribution. Mauchly’s test of sphericity was used to test this
assumption, and a Greenhouse-Geisser procedure was used when necessary. Two-way repeated-measures
analysis of variance followed by the Bonferroni post hoc test were used for comparison of time to exhaustion
and Vpeak between the different brain stimulation conditions (sham, anodal tDCS, and cathodal tDCS) by sex.
Three-way repeated-measures analysis of variance were used for all other comparisons, using the brain
stimulation conditions, time (baseline, min 0 (i.e., end of warm-up), min 2, min 4, min 6, min 8, and end test for
exercise test variables), and sex as main factors. When a significant simple main effect of brain stimulation
condition, time or sex was found Bonferroni follow-up test was performed. Effect sizes were calculated using
partial eta squared (ηp2) and thresholds for small, moderate, and large effect sizes were set at 0.01, 0.08, and
78
>0.13, respectively.43 Statistical analyses were performed using SPSS statistical software (version 24.0 for
Windows; SPSS Inc., Chicago, USA), with a priori statistical significance set at P < 0.05.
RESULTS
All participants reported similar habitual physical activity patterns and dietary intake in the 24-h prior to each
visit to the laboratory. Participants experienced an itching sensation under the electrodes during all the tDCS
conditions, but the brain stimulation regimen was well-tolerated and no harmful side effects were reported.
The parameters of exercise performance for the three brain stimulation conditions are presented in Table 1.
There was no significant effect of brain stimulation condition on time to exhaustion, regardless of sex (P >
0.05). No significant effect of brain stimulation condition was also found for V peak, irrespective of sex (P > 0.05).
Table 1. Group mean responses of time to exhaustion and Vpeak during a ramp incremental exercise until
volitional exhaustion, following sham (white bar), cathodal tDCS (gray bar), and anodal tDCS (black bar), in
Men Women
Vpeak (km.h-1)
The pulmonary gas exchange and cardiovascular responses for the three brain stimulation conditions are
presented in Fig. 1. There were no brain stimulation condition effects or brain stimulation condition × time
interactions for V̇E, V̇O2, or HR responses during the ramp exercise test, regardless of sex (P > 0.05). However,
there were significant main effects of time for all of these variables (P < 0.01). GET and V̇O2peak did not differ
significantly between the three brain stimulation conditions, regardless of sex (P > 0.05).
The indices of muscle hemodynamics and oxygenation measured with NIRS are illustrated in Fig. 2. There
were no brain stimulation condition effects or brain stimulation condition × time interactions for the NIRS-
derived [HbO2], [HHb], or TOI responses during the ramp exercise test, regardless of sex (P > 0.05). However,
there were significant main effects of time for all of these variables (P < 0.01).
The RPE and affective valence responses for the three brain stimulation conditions are presented in Table 2.
There were no brain stimulation condition effects or brain stimulation condition × time interactions on the RPE
and affective valence responses during the ramp exercise test (P > 0.05), regardless of sex. However, there
were significant main effects of time, respectively for RPE and affective valence, for both variables (P < 0.05).
Men Women
Perceived Exertion
Affective Valence
DISCUSSION
To the best of our knowledge, this study is the first to further examine the effects of brain stimulation applied
over the M1 region via a cephalic montage on exercise performance and psychophysiological responses to
incremental large muscle group exercise in moderately trained, men and women. In particular, we studied how
acute tDCS of three different polarities impact perceived exertion, affective valence, exercise tolerance and
associated physiological responses to ramp exercise. The principal novel finding of this investigation was that,
compared with sham, neither anodal tDCS nor cathodal tDCS altered the tolerable duration of exercise in both
men and women. This is somewhat surprising considering the recent reports that anodal tDCS improved
isometric time to task failure tests of isolated muscle groups 14-17 and enhanced exercise performance in cycling
studies.18-22 It is noteworthy, however, that this lack of improvements of exercise tolerance occurred without
In contrast with some previous studies,14-22 anodal tDCS did not alter exercise performance in both moderately
trained men and women. Previous studies have typically reported improvements in parameters of endurance
performance of ~4-23% following brain stimulation with tDCS.12,13 For example, Okano et al.17 reported
significant changes in peak power output when a cephalic montage was administered with a single anodal
electrode over T3 of the insular cortex and with the cathode over the contralateral supraorbital area, fp2. Vitor-
Costa et al.18 also reported a significant improvement in time to exhaustion during cycling exercise following
anodal tDCS applied over the M1 region via a cephalic montage. This finding provided evidence that anodal
stimulation of the cortical area upstream of M1 improves cycling endurance performance. Similarly, Angius et
al.28 placed anodal electrodes over the bilateral M1 region and the cathodal electrodes above the ipsilateral
shoulders, resulting in an extracephalic tDCS montage that caused increased cortical excitability and longer
time to fatigue. The authors therefore suggested that an extracephalic tDCS montage may be preferable for
The apparent lack of any acute ergogenic effect from anodal tDCS found in the current study may be attributed,
in part, to the electrode montage. It appears that a bilateral extracephalic montage is more appropriate when
tDCS is applied to enhance exercise performance. Cephalic tDCS montages may typically cause effects under
the cathode that may modulate or even negate the effect of the anode over M1.28 Otherwise, extracephalic
tDCS montages simultaneously stimulate both primary motor cortices while also avoiding the negative effects
of the cathode over other brain areas.44 Furthermore, the tDCS montage adopted in the current study placed
one electrode over the occipital protuberance, and potentially, the direction of current between the two
electrodes could also have interfered with other brain areas, 45 reflecting in both physiological and psychological
responses to exercise and running performance. Further studies with different tDCS characteristics in terms
The absence of any significant effect of anodal tDCS on exercise performance in the present study may also
be due to a failure of brain stimulation to reduce RPE. Earlier studies indicated that anodal tDCS extended
time to fatigue duration in parallel with a lower RPE.15-18 Theoretically, tDCS administration improves exercise
tolerance by lessening the discomfort levels and consequently decreasing the RPE.28 These changes in RPE
have been associated with the activity of various areas of the motor cortex, including the premotor and primary
motor areas.46 When increasing the excitability of the motor cortex by anodal tDCS stimulation, less excitatory
input into the stimulated cortical area is required to produce a given force or power, and hence, a lower RPE
would be expected.28 Whether the absence of any significant effect of anodal tDCS on RPE observed in the
present study might be attributed to increased excitability of the motor cortex and reduced neural drive
Recent reports indicate that sex differences, possibly due to the regulatory effects of hormones involved in the
menstrual cycle in women,47 in the modulation of human cortical plasticity.29,48 Compared to men, women are
more susceptible to motor cortical excitability changes following brain stimulation with tDCS.29 Therefore, it is
not clear whether the results of the present study can be applied to female recreational endurance runners.
The sex differences in endurance performance following brain stimulation are presently not known and are
This study provides the first description of the effects of brain stimulation applied over the M1 region via a
cephalic montage on exercise performance and psychophysiological responses to exercise in both men and
women. Our results suggest that this simple noninvasive neuromodulatory technique would not be effective to
alter physiological responses, perception of effort, pleasant feelings, or exercise tolerance in runners during
activities requiring large muscle mass. Whether differences in electrode tDCS montage and location, as well
as current intensities or stimulation durations, would produce dissimilar effects on running performance cannot
REFERENCES
1. Nitsche MA, Paulus W. Excitability changes induced in the human motor cortex by weak transcranial
direct current stimulation. J Physiol. 2000; 527:633-639.
2. Batsikadze G, Moliadze V, Paulus W, Kuo MF, Nitsche MA. Partially non-linear stimulation intensity-
dependent effects of direct current stimulation on motor cortex excitability in humans. J Physiol. 2013;
591:1987-2000.
3. Nitsche MA, Liebetanz D, Antal A, Lang N, Tergau F, Paulus W. Modulation of cortical excitability by
weak direct current stimulation: technical, safety and functional aspects. Suppl Clin Neurophysiol.
2003; 56:255-276.
4. Bindman LJ, Lippold OC, Redfearn JW. Long-lasting changes in the level of the electrical activity of
the cerebral cortex produced by polarizing currents. Nature. 1962; 196:584–585.
5. Purpura DP, McMurtry JG. Intracellular activities and evoked potential changes during polarization of
motor cortex. J Neurophysiol. 1965; 28:166-185.
6. Filmer HL, Dux PE, Mattingley JB. Applications of transcranial direct current stimulation for
understanding brain function. Trends Neurosci. 2014; 37:742-753.
82
8. Brunoni AR, Nitsche MA, Bolognini N, Bikson M, Wagner T, Merabet L, et al. Clinical research with
transcranial direct current stimulation ( TDCS): challenges and future directions. Brain Stimul. 2012;
5:175–195.
9. Fregni F, Boggio PS, Nitsche MA, Marcolin MA, Rigonatti SP, Pascual-Leone A. Treatment of major
depression with transcranial direct current stimulation. Bipolar Disord. 2006; 8:203–204.
10. Kuo MF, Paulus W, Nitsche MA. Therapeutic effects of noninvasive brain stimulation with direct
currents (TDCS) in neuropsychiatric diseases. Neuroimage. 2014; 85:948–960.
11. Bose A, Sowmya S, Shenoy S, Agarwal SM, Chhabra H, Narayanaswamy JC, et al. Clinical utility of
attentional salience in treatment of auditory verbal hallucinations in schizophrenia using transcranial
direct current stimulation (TDCS). Schizophr Res. 2015; 164:279-80.
12. Machado DGDS, Unal G, Andrade SM, Moreira A, Altimari LR, Brunoni AR, et al. Effect of transcranial
direct current stimulation on exercise performance: a systematic review and meta-analysis. Brain
Stimul. 2018; ahead of print.
13. Holgado D, Vadillo MA, Sanabria D. The effects of transcranial direct current stimulation on objective
and subjective indexes of exercise performance: a systematic review and meta-analysis. Brain Stimul.
2019; 12:242-250.
14. Cogiamanian F, Marceglia S, Ardolino G, Barbieri S, Priori A. Improved isometric force endurance
after transcranial direct current stimulation over the human motor cortical areas. Eur J Neurosci. 2007;
26:242-249.
15. Williams PS, Hoffman RL, Clark BC. Preliminary evidence that anodal transcranial direct current
stimulation enhances time to task failure of a sustained submaximal contraction. PLoS One. 2013;
8:e8141.
16. Angius L, Hopker JG, Marcora SM, Mauger AR. The effect of transcranial direct current stimulation of
the motor cortex on exercise-induced pain. Eur J Appl Physiol. 2015; 115:2311-2319.
17. Okano AH, Fontes EB, Montenegro RA, Farinatti PT, Cyrino ES, Li LM, et al. Brain stimulation
modulates the autonomic nervous system, rating of perceived exertion, and performance during
maximal exercise. Br J Sports Med. 2015; 49:1213-1218.
83
18. Vitor-Costa M, Okuno NM, Bortolotti H, Bertollo M, Boggio PS, Fregni F, et al. Improving cycling
performance: transcranial direct current stimulation increases time to exhaustion in cycling. PLoS One.
2015; 10:e0144916.
19. Abdelmoula A, Baudry S, Duchateau J. Anodal transcranial direct current stimulation enhances time
to task failure of a submaximal contraction of elbow flexors without changing corticospinal excitability.
Neuroscience. 2016; 322:94–103.
20. Angius L, Pageaux B, Hopker JG, Marcora SM, Mauger AR. Transcranial direct current stimulation
improves isometric time to exhaustion of the knee extensors. Neuroscience. 2016; 339: 363-375.
21. Angius L, Mauger AR, Hopker JG, Pascual-Leone A, Santarnecchi E, Marcora SM. Bilateral
extracephalic transcranial direct current stimulation improves endurance performance in healthy
individuals. Brain Stimul. 2018; 11:108-117.
22. Park SB, Sung DJ, Kim B, Kim S, Han JK. Transcranial Direct Current Stimulation of motor cortex
enhances running performance. PLoS One. 2019; 14:e0211902.
23. Kan B, Dundas JE, Nosaka K. Effect of transcranial direct current stimulation on elbow flexor maximal
voluntary isometric strength and endurance. Appl Physiol Nutr Metab. 2013; 38:734–739.
24. Muthalib M, Kan B, Nosaka K, Perrey S. Effects of transcranial direct current stimulation of the motor
cortex on prefrontal cortex activation during a neuromuscular fatigue task: an fNIRS study. Adv Exp
Med Biol. 2013; 789:73-79.
25. Abdelmoula A, Baudry S, Duchateau J. Anodal transcranial direct current stimulation does not
influence the neural adjustments associated with fatiguing contractions in a hand muscle. Eur J Appl
Physiol. 2019; 119:597-609.
26. Barwood MJ, Butterworth J, Goodall S, House JR, Laws R, Nowicky A, et al. The effects of direct
current stimulation on exercise performance, pacing and perception in temperate and hot
environments. Brain Stimul. 2016; 9:842-849.
27. Baldari C, Buzzachera CF, Vitor-Costa M, et al. Effects of transcranial direct current stimulation on
psychophysiological responses to maximal incremental exercise test in recreational endurance
runners. Front Psychol. 2018; 9:1867.
28. Angius L, Hopker JG, Mauger AR. The ergogenic effects of transcranial direct current stimulation on
exercise performance. Front. Physiol. 2017; 8:90.
29. Kuo MF, Paulus W, Nitsche MA. Sex differences in cortical neuroplasticity in humans. NeuroReport.
2006; 17:1703-1707.
84
30. Adenzato M, Brambilla M, Manenti R, De Lucia L, Trojano L, Garofalo S, et al. Gender differences in
cognitive Theory of Mind revealed by transcranial direct current stimulation on medial prefrontal cortex.
Sci Rep. 2017, 7:41219.
31. Jones AM, Doust JH. A 1% treadmill grade most accurately reflects the energetic cost of outdoor
running. J Sports Sci. 1996; 14:321-327.
32. Lansley KE, Winyard PG, Fulford J, Vanhatalo A, Bailey SJ, Blackwell JR, et al. Dietary nitrate
supplementation reduces the O2 cost of walking and running: a placebo-controlled study. J. Appl.
Physiol. 2011; 110:591-600.
33. Jones B, Dat M, Cooper CE. Underwater near-infrared spectroscopy measurements of muscle
oxygenation: laboratory validation and preliminary observations in swimmers and triathletes. J Biomed
Opt. 2014; 19:127002.
34. Murphy DN, Boggio P, Fregni F. Transcranial direct current stimulation as a therapeutic tool for the
treatment of major depression: insights from past and recent clinical studies. Curr Opin Psychiatry.
2009; 22:306-311.
35. Jasper HH. The ten twenty electrode system of the international federation. Electroencephalogr. Clin.
Neurophysiol. 1958; 10:371-375.
36. Gandiga PC, Hummel FC, Cohen LG. Transcranial DC stimulation (tDCS): A tool for double-blind
sham-controlled clinical studies in brain stimulation. Clin. Neurophysiol. 2006; 117:845-850.
37. Duffield R, Dawson B, Pinnington HC, Wong P. Accuracy and reliability of a Cosmed K4b 2 portable
gas analysis system. J Sci Med Sport. 2004; 7:11–22.
38. Van Beekvelt MC, Borghuis MS, Van Engelen BG, Wevers RA, Colier WN. Adipose tissue thickness
affects in vivo quantitative near-IR spectroscopy in human skeletal muscle. Clin Sci. 2001; 101:21-28.
39. Ferrari M, Mottola L, Quaresima V. Principles, techniques, and limitations of near infrared
spectroscopy. Can J Appl Physiol. 2004; 29:463-487.
40. Borg GAV. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc. 1982; 14:377–381.
41. Noble BJ, Robertson RJ. Perceived exertion. Champaign: Human Kinetics, 1996.
42. Hardy CJ, Rejeski WJ. Not what, but how one feels: the measurement of affect during exercise. J
Sport Exerc Psychol. 1989; 11:304–317.
85
43. Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. Ed. 2. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum
Associates, 1988.
44. Vandermeeren Y, Jamart J, Ossemann M. Effect of tDCS with an extracephalic reference electrode
on cardio-respiratory and autonomic functions. BMC Neurosci. 2001; 11:38.
45. Lang N, Siebner HR, Ward NS, Lee L, Nitsche MA, Paulus W, et al. How does transcranial DC
stimulation of the primary motor cortex alter regional neuronal activity in the human brain? Eur J
Neurosci. 2005; 22:495-504.
86
Figure Captions
Figure 1. Pulmonary gas exchange and cardiovascular responses during a ramp incremental exercise until
volitional exhaustion, following sham, cathodal tDCS, and anodal tDCS, in both men and women. Responses
following sham are represented as open circles (○), while the cathodal tDCS and anodal tDCS responses are
shown as solid circles (●) and triangles (▲), respectively. Data are presented as mean (± SEM). (A) Group
mean V̇E response to ramp incremental exercise. (B) Group mean V̇O2 response to ramp incremental exercise.
(C) Group mean HR response to ramp incremental exercise. Left boxes, men; right boxes, women.
Figure 2. Indices of muscle hemodynamics and oxygenation measured with NIRS during a ramp incremental
exercise until volitional exhaustion, following sham, cathodal tDCS, and anodal tDCS In both men and women.
Responses following sham are represented as open circles (○), while the cathodal tDCS and anodal tDCS
responses are shown as solid circles (●) and triangles (▲), respectively. Data are presented as mean (± SEM).
(A) Group mean TOI response to ramp incremental exercise. (B) Group mean HbO 2 response to ramp
incremental exercise. (C) Group mean HHb response to ramp incremental exercise. Left boxes, men; right
boxes, women.
86
Elton Jhony de Almeida1, Juliano Moro Gabardo2, Andrea Gomes Bernardes1,2, Leandro Ricardo
Altimari2, Carlo Baldari3, Laura Guidetti4, Marcelo Vitor-Costa2, Cosme Franklim Buzzachera1
Universidade Pitágoras Unopar, Londrina, PR1; Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR2;
Università Telematica eCampus, Roma, Itália3; Università degli Studi di Roma, Roma, Itália4.
E-mail: jhonyalmeidatri@gmail.com
esforço percebido e valência afetiva durante exercício físico incremental (P > 0,05). Conclusões
Os achados deste estudo revelam nenhum efeito da ETCC usando montagem cefálica na região
cerebral motora M1 na performance e suas respostas psicológicas associadas durante teste de
exercício físico incremental, máximo, em um grupo de corredoras recreacionais.