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ALZHEIMER

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - GD
Componentes
•Daniela Cristina Santos
•Elmo Machado
•Joice Francielle
Alzheimer
A Doença de Alzheimer, caracterizada pelo neurologista alemão Alois
Alzheimer,1907, é uma doença neurodegenerativa progressiva e
irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda de memória e
diversos distúrbios cognitivos.

Seu acometimento, na maioria dos casos é tardio, entre 50 e 60 anos de


idade ou precoce, na faixa dos 40 anos. Caracteriza-se pelo déficit
progressivo da memória, no hipocampo e no córtex, principalmente devido
à perda sináptica e morte neural.

(SECURELLA, et.al, 2016)


Alzheimer
•Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a demência afeta
aproximadamente 47,5milhões de pessoas no mundo e 7,7 milhões
de novos casos são diagnosticados a cada ano (Organização
mundial da saúde, 2018)
•A prevalência da DA é em indivíduos com idade 65 anos. E acomete
principalmente mulheres.

(Nascimento, Filippin,Oliveira, 2018)


Alzheimer
A etiologia da DA ainda é desconhecida, porém, há fatores de risco
que podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença:
•Idade Avançada
•Nível de escolaridade
•Predisposição genética
•Hábitos de vida

(Nascimento, Filippin,Oliveira, 2018)


Fisiopatologia
A Doença de Alzheimer é caracterizada por uma série de alterações
neuropatológicas que incluem: atrofia cerebral, placas cerebrais
senis que contêm depósitos extracelulares de peptídeo β-amiloide,
emaranhados neurofibrilares intracelulares que contêm proteína tau
hiperfosforilada e perda de células neurais.

(MELO, 2013).
Atrofia Cerebral
Placas Neurais de B-amiloide
As placas neuronais são resultado da digestão anormal da APP (Proteína
Precursora de Amilóide) encontrada nas terminações nervosas , que
aparenta ter função fisiológica fundamental com relação aos
fenômenos de neuroplasticidade.
Emaranhados Fibrilares de TAU
A proteína TAU tem a função de estabilizar os microtúbulos dos
axônios.
Devido a uma desordem, essa proteína se torna hiperfosforilada
se desprendendo do filamento e causando morte celular.
Fisiopatologia
•Disfunções sinápticas;
•Apoptose neuronal;
•Danos vasculares;
•Inflamação das paredes endoteliais;
Sinais e Sintomas
• Falta de memória para acontecimentos recentes;
•Repetição da mesma pergunta várias vezes;
•Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos
complexos;
•Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
•Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
•Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou
sentimentos pessoais;
• Irritabilidade, agressividade, interpretações erradas de estímulos
visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
(Nascimento, Filippin,Oliveira, 2018)
Diagnóstico
• Exames Laboratoriais
• Tomografia Computadorizada
•Ressonância Magnética
Fases da DA
Fase I (2 a 4 anos):
• Perda lenta e gradual da memória anterógrada (recente)
• Alterações comportamentais.
Fases da DA
Fase II (3 a 5 anos):
• apraxias e agnosias.;
• movimentos lentos; ↑ tonus muscular;
• delirios , repetição de palavras/frases
Fases da DA
Fase III:
• Comprometimento severo da memória retrógrada (remota)
• prostração
• Escaras de decúbito , contraturas;
Fases da DA
Fase 4 (terminal)
• restrição ao leito
• Mutismo
•Dor à deglutição.
•Infecções intercorrentes.
Tratamento Medicamentoso
O tratamento farmacológico de primeira escolha no Alzheimer
são fármacos inibidores da colinesterase, como donepezila,
rivastantina e galantamina, que alteram a função colinérgica
central ao inibir as enzimas que alteram a função colinérgica
central ao inibir as enzimas que degradam a acetilcolina,
aumentando a capacidade da acetilcolina de estimular os
receptores nicotínicos e muscarínicos cerebrais, melhorando a
transmissão neuronal colinérgica.
Família x Cuidadores
A família é essencial para esses pacientes. Contudo, na maioria
das vezes necessitam de auxilio, podendo ser até psicológico ou de
outras pessoas, os cuidadores.
Os cuidadores são fundamentais para o tratamento do idoso com
DA, pois são eles os responsáveis pela manutenção da segurança
física, redução da ansiedade e da agitação, melhoria da
comunicação, promoção da independência nas atividades e
autocuidado, atendimento das necessidades da socialização e
privacidade, manutenção de nutrição adequada e controle dos
distúrbios.
Também há casos em que as famílias encaminham para
instituições em busca de melhores cuidados para estes pacientes.
(DUTRA, et.al, 2015)
Tratamento Fisioterapêutico
A intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da
doença de Alzheimer, tanto para manter o indivíduo o mais ativo e
independente possível quanto para melhorar o desempenho motor
funcional. A manutenção da capacidade funcional é de extrema
importância, pois as alterações no desempenho motor terão
implicação direta na qualidade de vida do indivíduo portador
dessa desordem
Tratamento Fisioterapêutico
O trabalho concentra-se na fisioterapia motora, com foco na
cognição, exercícios associados à preservação da memória e à
capacidade funcional dos pacientes. Exercícios ativos são
imprescindíveis, uma vez que objetivam a amplitude de
movimento, alongamento, fortalecimento muscular, exercícios
aeróbicos e respiratórios, treino de equilíbrio, reeducação
postural, treino de marcha e atividades para memória.
Tratamento Fisioterapêutico
Nas fases iniciais da doença o objetivo é prevenir complicações e
danos motores.

Nesta fase é essencial exercícios que estimulam o raciocínio.


Conduta
•Musicoterapia
•Fortalecimento muscular
•Alongamento muscular
•Treino de equilíbrio
•Treino de marcha
•Treino de transferências
•Exercícios que simulam AVD’s
•Trabalhar lado emocional com objetos de valor ( Fotos, bonecas,
brinquedos)
Tratamento Fisioterapêutico
Nas fases mais avançadas da doença o objetivo é tentar corrigir
os danos causados , como as contraturas , postura e a perda da
funcionalidade.
Conduta
•Alongamento Muscular
• Fortalecimento Muscular
•Mudança de decúbito
•Exercícios que simulam AVD’s
•Orientação Familiar
Prevenção
•Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa.
•Atividades em grupo.
•Não fumar.
•Não consumir bebida alcoólica.
•Ter alimentação saudável e regrada.
•Fazer prática de atividades físicas regulares.

(Nascimento, Filippin,Oliveira, 2018)


Síndrome do Imobilismo X Alzheimer –
Um estudo de caso

A síndrome da imobilidade é um conjunto de alterações que


ocorrem no indivíduo acamado por um período de tempo
prolongado podendo levar alterações no sistema
osteomusculares, dificultando as atividades de vida diária. O
objetivo foi avaliar a influência da fisioterapia na síndrome do
imobilismo relacionado com o Alzheimer.
Síndrome do Imobilismo X Alzheimer –
Um estudo de caso
Foram realizadas 20 sessões de fisioterapia, em duas pacientes
do sexo feminino, com idade de 87 anos (paciente 1) e 74 anos
(paciente 2) acamadas a mais de um mês, ambas com
diagnóstico de Doença de Alzheimer, apresentavam quadro de
incapacidade funcional, diminuição da amplitude de movimento
(ADM) e da força muscular.
Foram realizadas mobilizações articulares de membros
superiores e inferiores, exercícios de alongamentos e
relaxamento. A paciente 2 além de receber o tratamento acima
descrito, recebeu o tratamento com Estimulação Elétrica
Funcional (FES) por 10 minutos.
Pergunta ...
Em qual paciente foi possível detectar
melhoras significativas ?
A paciente 1 não apresentou melhora em seu quadro
motor, porém, a paciente 2 melhorou sua capacidade
funcional, sua ADM, a retração muscular e a força
muscular. Ao final de 20 sessões de fisioterapia estava
deambulando com ajuda (caminhada ativa assistida),
conseguindo permanecer em posição ortostática sem
auxílio por no mínimo 1 minuto, e segurando o copo
para se alimentar com alimentos líquidos.
Conclusão
A atividade física em paciente acamado é necessária, pois as
articulações sinoviais necessitam de atividade física para
estimular o homeostase e manter a composição biomecânica
matricial.
O posicionamento adequado no leito associado a um programa de
cinesioterapia dirigida é fundamental para a prevenção de
contraturas osteomusculares e articulares. A utilização de técnicas
de mobilização passiva, o mais precoce possível, evoluindo para
mobilização ativa e a associação com recursos elétricos se mostra
fundamental na redução do tempo de repouso no leito que deverá
ser realizada progressivamente levando-se em conta a condição
clínica do paciente.
Perguntas
•Defina Alzheimer.
•Quais principais áreas afetadas no Alzheimer ?
•Cite dois fatores fisiopatológicos que acarretam a Doença de Alzheimer.
•Cite e explique 2 fármacos usados no tratamento da DA.
•Qual papel dos cuidadores na vida de pacientes com DA?
•Na fase II , o indivíduo irá apresentar apraxias e agnosias. O que é cada uma?
•Cite 2 condutas fisioterapêuticas usadas nas fases iniciais da doença.
•Qual o objetivo da fisioterapia nas fases mais avançadas da doença? Cite 2
condutas.
•Como é feito o diagnóstico da DA?
•Cite 3 sinais clínicos presentes em pacientes com DA.
Referências
•Nascimento ,Maristela do; Filippin, Nadiesca Taisa; Oliveira, Lilian
oliveira de. Independência funcional de indivíduos com doença de
alzheimer. Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 19, n. 1, p. 43-51, 2018.
•SECURELLA, F.F; MEDEIROS, I.M; SANTOS,R.C; SILVA,K.M. A influencia da
fisioterapia na cognição de idosos com doença de Alzheimer. Revista
UNILUS Ensino e Pesquisa,v.12, n.29, 2015.
•DUTRA,C.C; CARDOSO,V.B, TEBALDI, J.B;COSTA, F.A.M. A doença de
Alzheimer em idosos e as consequências para cuidadores domiciliares.
Revista Memorialidades, n.23, pag. 113-149, 2015.

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