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Guaratinguetá
2023
Introdução
Nesta pesquisa apresentamos algumas das doenças neurológicas pediátricas de maior público,
algumas com características de fácil identificação, com diagnósticos reincidentes de pesquisas
bem concisas e conhecidas, mas também outras de mult aspectos que se confundem e nos
confundem com semelhanças umas com as outras ou simplesmente com diferentes
personalidades. O que na pediatria ganha o desafio chamado tempo, idade de crescimento e
desenvolvimento que são de extrema particularidade.
Também levando em consideração a diferença socioeconômica com relação direta a informação
de qualidade de como educar essas crianças. E como a enfermagem precisa se fazer presente,
principalmente de maneira educativa e receptiva com as crianças pra que melhoremos nosso
ambiente de trabalho.
Síndrome de Down
O que causa? A causa é a trissomia do cromossomo 21 como dito acima. É um erro genético
durante a divisão embrionária e não está no controle de ninguém.
Diagnóstico? É feito através de exames de triagem, como o NIPT e ultrassom morfológico, que
podem trazer o risco do bebê ser portador da Síndrome de Down. O diagnóstico precoce permite
a preparação emocional dos pais para lidarem da melhor forma diante da situação
Síndrome de Tourette
O que causa? As causas da síndrome de Tourette não são totalmente conhecidas. Estudos
científicos sugerem a existência de uma componente genética e de anomalias em
neurotransmissores cerebrais, designadamente na dopamina. Os tiques pioram com situações de
stress e cansaço.
Diagnóstico? O diagnóstico é feito através das manifestações clínicas e da evolução das
mesmas. O médico poderá pedir outros exames, como um eletroencefalograma ou uma
ressonância para despistar outras doenças. Esta síndrome pode confundir-se com outras
patologias, como perturbação obsessivo-compulsiva, ansiedade ou perturbação de
hiperatividade e défice de atenção. Pode ainda associar-se a problemas de aprendizagem.
Síndrome de Asperger
O que é? Transtorno de desenvolvimento que afeta a capacidade de se socializar e de se
comunicar com eficiência. A síndrome de Asperger é um estado do espectro autista, geralmente
com maior adaptação funcional.
O que causa? Não há uma causa exata e conhecida para a Síndrome de Asperger. Apesar de ser
parcialmente hereditárias ainda não se conhece os mecanismos genéticos subjacentes. Além
disso, a interação desses fatores genéticos com os fatores ambientais parece ter igual influência.
Diagnóstico? Geralmente é realizado por uma equipe de diagnóstico multidisciplinar, incluindo
frequentemente um fonoaudiólogo, pediatra, psiquiatra e psicólogo. Como a Síndrome de
Asperger varia muito de pessoa para pessoa, fazer um diagnóstico pode ser difícil. Pode ser
diagnosticado tardiamente em crianças, quando comparado a outros espectros do autismo.
Algumas dificuldades podem não ser reconhecidas e diagnosticadas até a idade adulta.
Tratamento? De modo geral, não há cura ou tratamento para a síndrome de Asperger.
Dependendo dos sintomas que são apresentados, o paciente pode receber o apoio de psicólogos
e de outros especialistas para aprender estratégias e técnicas que o ajudam a melhorar sua
qualidade de vida.
Diagnóstico? O diagnóstico da síndrome de West é feito com base nos relatos de sintomas do
bebê e por meio do exame de eletroencefalograma com hipsarritmia. Entre os três meses e um
ano de vida já é possível diagnosticar a doença.
Tratamento? O tratamento deve ser iniciado precocemente. Na prática atual, é indicado o uso
de medicações como ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) sintético ou natural, e a
Vigabatrina, que é um fármaco antiepiléptico (FAE). Devido à dificuldade de acesso ao ACTH
no Brasil, são usados outros corticosteróides orais, como a prednisolona. Segundo o
neuropediatra Marco Cezar, o tratamento também inclui fisioterapia, terapia ocupacional e
fonoaudiologia, geralmente feitas por profissionais em clínicas de reabilitação ou até mesmo em
atendimento domiciliar.
Diagnóstico? Só pode ser feito através de uma longa anamnese (entrevista) com um
profissional médico especializado (psiquiatra, neurologista, neuropediatra). Muitos dos sintomas
podem estar associados a outras comorbidades correlatas ao TDAH e outras condições clínicas e
psicológicas.
O que causa? A atrofia muscular espinhal é causada por uma mutação no gene de
sobrevivência do neurônio motor 1. Este gene é responsável pela produção da proteína do
neurônio motor de sobrevivência (SMN) que mantém a saúde e a função normal dos neurônios
motores. Em pessoas com AME, ambas as cópias do gene SMN1 sofrem mutação, o que leva à
diminuição da produção da proteína SMN. Sem um nível adequado de proteína SMN, há perda
de neurônios motores na medula espinhal, impedindo que os músculos recebam sinais
adequados do cérebro. A degeneração de neurônios motores leva a uma gradual diminuição na
massa e força dos músculos (atrofia).
Diagnóstico? O diagnóstico da Atrofia Muscular Espinhal (AME) é feito por um médico com
base no protocolo da doença publicado pelo Ministério da Saúde no dia 22 de outubro de 2019 e
revogado pela Portaria Conjunta nº 03, de 18 de janeiro de 2022. Os exames necessários para
confirmação da doença serão solicitados pelo profissional de saúde.
Tratamento: O medicamento Nusinersena (Spinraza) é o único medicamento registrado no
Brasil para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). Diversos estudos apontam a
eficácia do medicamento na interrupção da evolução da AME para quadros mais graves, que são
prevalentes na maioria dos pacientes. A AME é dividida em cinco tipos: 0, 1, 2, 3 e 4. O tipo 1 é
o mais frequente e a forma mais grave da doença. Em abril de 2019 o Ministério da Saúde
anunciou a incorporação do Spinraza ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento do Tipo
1 da AME. Para os tipos 2 e 3 da AME, o Ministério da Saúde ofertará o medicamento na
modalidade compartilhamento de risco. Neste formato, o governo paga pelo medicamento
somente se houver melhora da saúde do paciente.
Lipofuscinose Ceroide
O que é? Lipofuscinose ceróide neuronal (LCN) constitui um grupo de doenças
neurodegenerativas caracterizadas pelo acúmulo de pigmento lipídico dentro dos lisossomos dos
neurônios e outros tecidos.
O que causa? A Lipofuscinose ceróide neuronal (LCN), também chamada de Doença de
Batten, é uma enfermidade com herança autossômica recessiva que constitui um grupo de
doenças neurodegenerativas. Trata-se de uma doença hereditária.
Diagnóstico? Como é uma doença rara, o diagnóstico pode ter sua confirmação demorada, o
que interfere nas ações que objetivam o máximo de conforto e qualidade de vida ao paciente e
sua família. O teste molecular pode ser usado para confirmar o diagnóstico.
Tratamento? O Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira (25) a incorporação da
alfarceliponase para o tratamento de pacientes com lipofuscinose ceroide neuronal tipo 2
(CLN2), doença rara que compromete o sistema nervoso central. O medicamento é o único
tratamento existente para os pacientes com a doença.
O que causa?
Medicamentos. Quando a toxina botulínica é injetada nos músculos, eles têm menos
capacidade de movimentar as articulações de maneira desigual e têm menos propensão
de ficarem permanentemente repuxados (um quadro clínico denominado contraturas).
Toxina botulínica, a toxina bacteriana que causa o botulismo, funciona paralisando os
músculos injetados.
Outros medicamentos usados para diminuir a espasticidades incluem baclofeno,
benzodiazepínicos (como diazepam), tizanidina e, às vezes, dantroleno, todos eles
tomados por via oral. Algumas crianças com espasticidade grave se beneficiam de uma
bomba implantável que proporciona uma infusão contínua de baclofeno no líquido ao
redor da medula espinhal.
Cirurgias podem ser realizadas para cortar ou alongar os tendões dos músculos rígidos
que limitam o movimento. Além disso, o cirurgião pode conectar os tendões a uma parte
diferente da articulação para equilibrar a movimentação da articulação. Algumas vezes,
cortar certas raízes nervosas oriundas da medula espinhal (rizotomia dorsal) reduz a
espasticidade e pode ajudar algumas crianças, especialmente aquelas que nasceram
prematuras, desde que a espasticidade afete principalmente as pernas e o
desenvolvimento mental seja bom.
O que causa? A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética, mas não
necessariamente hereditária. Ela é causada por uma mutação do gene DMD, que é ligado ao
cromossomo X e, portanto, geralmente herdado da mãe.
Diagnóstico? Os médicos realizam exames de sangue para medir as concentrações da enzima
creatina quinase. Na distrofia muscular, ocorre um extravasamento da creatina quinase das
células musculares, o que faz com que sua concentração sanguínea se torne excepcionalmente
elevada. Contudo, uma concentração sanguínea elevada de creatina quinase não significa
necessariamente que o menino tem distrofia muscular, uma vez que outras doenças musculares
também podem causar elevação da concentração dessa enzima. Os médicos também fazem
frequentemente um teste chamado eletromiografia (EMG), que ajuda a registrar a atividade
elétrica do músculo.
É diagnosticada pela realização de testes genéticos (testes de DNA) em uma amostra de sangue
para identificar mutações no gene da distrofina. Se testes genéticos não puderem confirmar o
diagnóstico, os médicos fazem uma biópsia muscular (remoção de um pedaço de tecido
muscular para exame ao microscópio) para determinar os níveis da proteína distrofina no
músculo. Ao analisarem um tecido muscular ao microscópio, os médicos veem tecido morto e
fibras musculares excepcionalmente grandes.
Tratamento? Fisioterapia, exercícios leves e, às vezes, o uso de aparelhos ortopédicos para os
tornozelos à noite podem ajudar a prevenir a contratura muscular permanente ao redor das
articulações. Aparelhos ortopédicos para as pernas podem ajudar a manter temporariamente a
capacidade de andar ou ficar de pé. Cirurgia é, às vezes, necessária para aliviar músculos tensos
e doloridos ou para corrigir uma escoliose. Os meninos precisam de menos calorias porque são
menos ativos. Eles devem evitar comer muito.
Crianças com problemas respiratórios podem usar máscaras especiais que ajudam na respiração.
Caso a máscara não ajude o suficiente na respiração, os médicos podem inserir um tubo de
plástico diretamente na traqueia através de uma pequena incisão na parte anterior do pescoço
(um procedimento chamado traqueostomia)
Tratamento medicamento envolve corticosteroides: prednisona ou deflazacorte.
Também é importante que os portadores da síndrome sejam acompanhados por uma equipe
multidisciplinar, que inclui profissionais especializados, como:
Neurologistas
Ortopedistas
Cardiologistas
Pneumologistas
Fisiatras
Enfermeiros da área de neurologia e reabilitação
Farmacêuticos
Cuidadores primários
Epilepsia
O que é? A epilepsia é uma condição médica em que por um determinado período de tempo, há
um mau funcionamento do cérebro, causado pela emissão de sinais, descargas ou impulsos
elétricos incorretos emitidos pelos neurônios, que são as células que fazem parte do cérebro.
Essa condição é reversível e, após alguns períodos, a pessoa volta ao seu estado normal.
Episódios epilépticos são chamados convulsões ou convulsões. Durante uma crise, as células
cerebrais disparam incontrolavelmente em até quatro vezes a taxa normal. Convulsões afetam
temporariamente a maneira como uma pessoa se comporta, se movimenta, pensa ou sente.
Existem dois tipos de epilepsia, que são:
Epilepsia refratária
O neurologista Lécio Figueira explica que a epilepsia refratária é uma situação em que a
pessoa não ficou completamente sem crises com o uso de medicações. “Definimos epilepsia
refratária como aquela que acontece em pessoas que continuam com crises após terem usado
dois medicamentos, de forma e em doses adequadas”.
Síndrome De Rett
Causada por uma mutação genética espontânea, a síndrome é um transtorno de desenvolvimento
extremamente raro que afeta, quase que exclusivamente, uma em cada 10 mil garotas. As
pequenas que possuem a doença apresentam desenvolvimento inicial normal, e a partir do 6º
mês de vida, uma desaceleração acentuada. O campo motor é o mais afetado: perda ou
movimentação irregular e desproposital das mãos, problemas ao andar são sintomas registrados,
além do crescimento lento do cérebro que, consequentemente, gera deficiência intelectual e
dificuldades na aprendizagem.
Não existe cura para a síndrome e o tratamento é realizado para atenuar os sintomas.
Especialistas indicam o uso de medicamentos antiepiléticos e outros remédios para atenuar as
irregularidades na movimentação.
Síndrome De Angelman
Também de causa genética, a frequência do aparecimento da síndrome de Angelman é de um
caso em 25 mil crianças. O atraso intelectual e motor são sinais cruciais que podem surgir a
partir dos dois anos de idade. Bebês com a síndrome têm dificuldade para balbuciar palavras e
engatinhar.
As características mais evidentes como distúrbios do sono, convulsões, atraso na fala,
movimentos bruscos das mãos, além da presença de risadas ou sorrisos sem motivação aparente,
surgem, com maior frequência na faixa etária de 3 a 7 anos de idade, quando o diagnóstico pode
ser feito com maior clareza. No caso desta síndrome, o desenvolvimento intelectual e motor é
comprometido.
Sem cura, o tratamento é realizado como forma de atenuar os sintomas: remédios antiepiléticos,
além da recomendação de terapia ocupacional e fisioterapia e sessões de fonoaudiologia são
importantes para que os pequenos atinjam seu potencial máximo de desenvolvimento.
Síndrome De Dravet
A síndrome de Dravet é ainda mais rara — estima-se o aparecimento de um caso para cada 40
mil crianças nascidas. Geralmente, os sintomas costumam aparecer no primeiro ano de vida,
antes disso, o desenvolvimento neurológico é normal. A síndrome, de origem genética ocorre
com maior frequência em bebês do sexo masculino. Esse é um dos tipos mais graves de
síndrome epilética e as crises podem ter duração de mais de 20 minutos, principalmente nos
primeiros anos de vida.
Outro fator que merece destaque, neste caso, é que o desenvolvimento da síndrome pode ser
confundido com convulsões febris. Em casos mais extremos, as crianças podem registrar 500
ataques diários, podendo, inclusive, entrar em coma. A frequência das convulsões aumenta
gradativamente, e com o passar dos anos, são desencadeadas sem o aparecimento de febre e
ocorrem, principalmente durante o sono. Do segundo para o quarto ano de vida, os bebês
desenvolvem vários graus de atraso na parte cognitiva e motora do cérebro, acarretando algum
tipo de retardo mental. Em casos não tão graves, alguns especialistas recomendam a cirurgia
hemisférica, quando não há uma boa resposta mediante ao tratamento medicamentoso, que
apresenta melhora em 69% dos casos.
Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, e apoie a cabeça para evitar
traumas
Retire de perto objetos como pulseiras, relógios e óculos, pois ela pode se machucar
Nunca tente segurar a língua da pessoa, ela não é capaz de engoli-la e, mesmo que seja
mordida e ferida, ela cicatrizará posteriormente
Não coloque nenhum objeto na boca da pessoa
Levante o queixo para facilitar a passagem de ar
Afrouxe as roupas da pessoa para que ela possa respirar mais facilmente
Vire o rosto da pessoa para o lado para evitar que ela sufoque com a própria saliva ou
com o próprio vômito, caso ocorra
Deixe a pessoa descansar quando a crise acabar
Veja se existe algum objeto que possa indicar a causa da convulsão, como uma pulseira,
medalha ou outra identificação médica de emergência
Não restrinja os movimentos da pessoa, deixe-a debater-se
Não dê tapas ou jogue água na pessoa
Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno crônico envolvendo pensamentos, percepções e comportamento
social anômalos que causa problemas significativos para os relacionamentos e funcionamento.
O que é? A esquizofrenia é bastante rara na infância antes da adolescência. Ela normalmente
tem início entre meados da adolescência até meados da faixa entre 30 e 40 anos, ocorrendo com
mais frequência durante meados da faixa entre 20 e 30 anos, com uma incidência maior em
homens. Porém, a esquizofrenia de início precoce é definida como o aparecimento de sintomas
psicóticos específicos e prejuízos nas funções adaptativas entre os 13 e os 17 anos.
Nas crianças, os sintomas vêm acompanhados de atrasos no desenvolvimento da linguagem,
atrasos motores (como demora para engatinhar ou andar) e até estereotipias, sintomas que
podem ser facilmente confundidos com o transtorno do espectro autista. Quando os sintomas de
esquizofrenia começam a aparecer ainda na infância, os sinais são bem sutis e vão se
manifestando mais explicitamente com o desenvolvimento da criança.
Os especialistas dividem os sintomas da esquizofrenia infantil em três categorias: positivos,
negativos e cognitivos.
Os sintomas positivos são psicóticos, o que significa que há uma ruptura com a
realidade. Estes incluem movimentos e pensamentos incomuns e alucinações.
Os sintomas negativos envolvem comportamento e emoção. Eles incluem isolamento,
não falar muito ou nada, e mostrar pouca ou nenhuma emoção.
Os sintomas cognitivos mostram diferenças em como uma criança pensa ou se lembra,
como dificuldade para se concentrar ou entender algo
São eles:
Sentir-se perseguido quando algo acontece (colocar-se como vítima, culpado de tudo,
ou achar que está sendo prejudicado)
Pensamento desorganizado e déficit de atenção
O que causa? Não se sabe exatamente o que causa a esquizofrenia ou por que ela começa na
infância para alguns e em uma idade mais avançada para outros. Os genes e as substâncias
químicas do cérebro do seu filho podem desempenhar um papel pois a doença às vezes acontece
em mais de um membro da família. Se alguém da família tem esquizofrenia, o filho tem uma
chance maior de ter. Alguns especialistas também acham que a esquizofrenia pode estar ligada a
coisas que aconteceram durante a gravidez de uma mulher, como:
Medicamentos antipsicóticos
Treinamento de habilidades sociais, reabilitação vocacional e assistência psicológica e
educacional
A esquizofrenia não tem cura, ainda que alucinações e delírios possam ser controlados com
medicamentos antipsicóticos, como haloperidol, olanzapina, quetiapina e risperidona. Crianças
são especialmente suscetíveis aos efeitos colaterais dos medicamentos antipsicóticos. Os efeitos
colaterais podem incluir tremores, movimentos lentos, distúrbios motores e síndrome
metabólica (que inclui obesidade, diabetes tipo 2 e níveis anômalos de gordura no sangue).
Profissionais de saúde mental especializados em esquizofrenia infantil podem ajudar a criança a
controlar seus sintomas. A terapia familiar e os grupos de apoio podem ensinar seu filho e outras
pessoas da família sobre a doença e sobre como lidar com situações estressantes.
Em casa, a criação de quadros de rotina e consistência nas atividades podem ajudar a criança a
organizar os pensamentos, melhorando a qualidade de vida e diminuindo o desencadeamento de
possíveis crises.
Sem tratamento, a esquizofrenia pode causar problemas na infância e mais tarde na vida. Esses
incluem:
Tratamento? É uma perturbação tratável mas não curável. As crianças com dislexia requerem
ajuda individual de um especialista treinado no uso de um método sistemático, cumulativo e
multissensorial, que envolva simultaneamente os aportes sensoriais (audição, visão, toque –
integração sensorial). Necessitam ainda de um treino intensivo e estruturado que identifique os
erros de leitura e ortografia cometidos, que os corrija de imediato a fim de evitar que as imagens
incorretas sejam memorizadas.
Dependendo do ano de escolaridade que frequenta, e do grau de dificuldade de cada criança,
pode haver necessidade do professor fazer a leitura dos enunciados, escrever as respostas que
são dadas oralmente, ser concedido tempo extra para completar tarefas, não ser penalizada pelos
erros ortográficos que comete (que devem ser identificados e corrigidos com uma metodologia
específica para cada tipo de erro a fim de evitar a sua repetição), ser ajudada a tomar notas
Discalculia
O que é? A discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com
falhas para adquirir a adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência
normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação. As crianças que apresentam
esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que é pedido nos problemas
propostos pelo educador (professor/pais).
Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, subtrair, multiplicar ou
dividir. Além disso, é muito difícil para a criança entender as relações de quantidade, ordem,
espaço, distância e tamanho.
Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento
(dados da Academia Americana de Psiquiatria). Costuma se manifestar entre os 4 a os 6 anos de
idade.
O que causa? Não é causada por nenhuma deficiência mental, deficits auditivos e nem pela má
escolarização.
Diagnóstico? O diagnóstico que envolve a exclusão de outras condições e dificuldade por parte
da criança, deve voltar-se para uma serie de sinais e sintomas muito peculiares, que podem
sugerir a suspeita e levar a procura de profissionais especializados para tal diagnóstico. Para
cada hipótese, temos um entendimento neurológico e evolutivo de cada expressão.
Tratamento? O tratamento deve ser feito em conjunto pelos pais, cuidadores e professores no
sentido de ajudar a criança a desenvolver estratégias próprias para contornar o problema.
Disgrafia
O que é? É caracterizada pela dificuldade na fluência escrita em aspectos como erros de
ortografia em quantidade exagerada e formação de palavras simples. Pode acarretar em
problemas de coordenação motora. Outros sintomas que indicam o transtorno são escrever com
letra muito pequena ou muito grande (não seguir as medidas das linhas do caderno), o uso
indevido de letras maiúsculas e minúsculas, a sobreposição de letras e a velocidade rápida ou
lenta demais ao escrever. Costuma se manifestar por volta dos 5 anos de idade.
Tratamento? O tratamento é por meio de terapia em que a criança seja incentivada a sentir a
própria escrita, a fazer exercícios guiados de escrita. Em casa, os pais ou responsáveis podem
fazer desenhos, pintura e modelagem para auxiliar. E na escola é interessante os professores
darem atenção individualizada à criança e respeitar seu ritmo de adaptação.
Fenilcetonúria
O que é, O que causa? É uma doença decorrente de um erro inato do metabolismo de
aminoácidos, que ocorre por herança autossômica recessiva. Isso significa que a criança precisa
receber um gene alterado da mãe e outro do pai para desenvolver o distúrbio. A mutação nesse
gene provoca um defeito na codificação de uma enzima, a fenilalanina hidroxilase (PAH),
necessária para transformar o aminoácido essencial fenilalanina – que o organismo não produz,
mas retira dos alimentos proteicos – em tirosina, outro aminoácido importante para a estrutura
das proteínas.
Como os portadores de fenilcetonúria não conseguem metabolizar a fenilalanina, o excesso
dessas moléculas no sangue se transforma num ácido fenilpirúvico, que exerce ação tóxica em
vários órgãos, especialmente no cérebro. Recém-nascidos portadores do distúrbio são
assintomáticos. Sem tratamento, porém, logo nos primeiros meses de vida, começam a surgir os
seguintes sinais da doença, que podem variar de intensidade conforme o caso:
Retardo mental;
tremores;
Movimentos descoordenados de pernas e braços;
Hiperatividade;
Cabeça pequena (microcefalia);
Convulsões;
Lesões cutâneas semelhantes ao eczema;
Odor no suor e na urina parecido com o do bolor ou da urina de rato;
Pele, cabelos e olhos claros, porque a fenilalanina não se converte em tirosina,
aminoácido envolvido na síntese de melanina, o pigmento que dá cor à pele.
De acordo com o erro metabólico envolvido, que se reflete sobre a atividade maior ou menor da
enzima fenilalanina hidroxilase (PAH), e os níveis plasmáticos de fenilalanina (FAL), a doença
admite a seguinte classificação:
Doença De Charlot-Marie-Tooth
O que é? A doença de Charcot-Marie-Tooth é uma neuropatia sensitiva e motora. Isto é, afeta
os nervos motores (que controla o movimento muscular) e os nervos sensitivos (que transmitem
as informações sensoriais ao cérebro). Há diversos tipos de doença de Charcot-Marie-Tooth.
Mas, normalmente, a doença é classificada com base no tipo de dano que causa, como segue:
Desmielinização (dano na bainha de mielina): os axônios (a parte do nervo que envia as
mensagens) continuam vivos, mas a bainha de mielina que os rodeia é lesionada ou destruída
(desmielinizada). (A bainha de mielina funciona de forma parecida ao isolamento em volta de
fios elétricos, permitindo que os impulsos dos nervos se desloquem rapidamente.) Dano no
axônio: o axônio (a parte do nervo que envia mensagens) é o principal afetado. Às vezes
os axônios morrem.
O que causa? A maioria dos tipos da doença de Charcot-Marie-Tooth é geralmente herdada
como uma característica autossômica dominante (não ligada ao sexo). Isto é, somente um gene
de um dos pais é necessário para que a doença se desenvolva. No entanto, algumas formas
podem ser herdadas como uma característica recessiva (que exige dois genes, um de cada
progenitor) ou ligada ao sexo (X). Na herança ligada ao sexo, o gene localiza-se no cromossomo
X. Este cromossomo determina se uma pessoa será do sexo masculino ou feminino. Os homens
apresentam um cromossomo X (de sua mãe) e um cromossomo Y (de seu pai). As mulheres
apresentam dois cromossomos X (um de sua mãe e o outro vem de seu pai). Se um homem
herdar um cromossomo X com o gene anormal, ele desenvolverá a doença. Se uma mulher
herdar um cromossomo X anormal, é improvável que ela desenvolva a doença, porque ela
também terá herdado um cromossomo X normal.
Em um tipo, os sintomas podem começar em meados da infância ou na adolescência. A fraqueza
inicia-se na parte inferior das pernas. Ela causa impossibilidade de fletir o tornozelo para erguer
a parte da frente do pé (pé pendente) e uma atrofia dos músculos da região anterior da perna
(deformação em perna de cegonha). Mais tarde, os músculos da mão começam a atrofiar. As
mãos e os pés não conseguem sentir posição, vibração, dor e temperatura e esta perda de
sensação gradualmente sobe para os membros.
Nos tipos mais leves da doença, é possível que os únicos sintomas sejam os arcos plantares
muito pronunciados e os dedos dos pés em martelo. Num tipo, os homens apresentam sintomas
graves e as mulheres apresentam sintomas leves ou podem nem ser afetadas. O progresso da
doença não tem influência na expectativa de vida.
Diagnóstico?
Avaliação médica
Eletromiografia e estudos de condução nervosa
Perguntar sobre o seguinte pode ajudar os médicos a diagnosticar a doença de Charcot-Marie-
Tooth:
Conclusão
Em todas as patologias aqui apresentadas e com toda a dificuldade que passaram tanto as
crianças portadoras da mesmas, quanto seus familiares, com as dificuldades de diagnóstico, de
tratamento, de educação. É concluso dizer que buscar um tratamento normativo, de forma não
receosa e sim afim de inserir essa criança numa sociedade de forma a ela se representar a sua
maneira conforme a sua idade e sua geração. Trazer essa criança pra realidade, respeitá-la
enquanto indivíduo e não uma extensão da sua doença, limitar a doença e não a criança.
Incentivar a medida da sua individualidade e acima de tudo torná-la uma criança feliz
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