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AULA 4 –

TRANSTORNOS DE Ma. Laura Adriano Mekdessi


PERSONALIDADE DO
GRUPO A
Os casos reconhecidos de indivíduos com transtornos da personalidade paranoide, esquizotípica
e esquizoide atendidos nos serviços clínicos são relativamente poucos. A razão para isso parece
dupla. Primeiro, para esses pacientes, procurar tratamento psicológico estaria em desacordo com
seu sistema de crenças. Segundo, quando eles vão a serviços de saúde mental, provavelmente
são encaminhados para caminhos clínicos inapropriados.
Esses indivíduos apresentam dificuldades consideráveis em se envolver na psicoterapia.
Adshead e Sarkar (2012) refletiram sobre como os componentes interpessoais (padrões
disfuncionais de apego) e sociais (comportamentos sociais desadaptativos) desses transtornos da
personalidade se manifestam em relacionamentos com profissionais da saúde mental. Os
relacionamentos terapêuticos convencionais e colaborativos têm menor probabilidade de se
desenvolverem. Assim, Evershed (2011) insistiu que o princípio mais importante da terapia
cognitiva com essas personalidades deve ser a formação de uma aliança terapêutica com o
paciente. Esse processo precisa começar bem no início da terapia, mediante o desenvolvimento
de uma compreensão mútua das dificuldades do indivíduo (formulação), o que deve levar ao
estabelecimento de um senso inicial de confiança e colaboração.
METAS GERAIS DO
TRATAMENTO
1. Evocar confiança na terapia explorando a ambivalência, respeitando a autonomia
e os limites emocionais do indivíduo, e não ficando na defensiva.
2. Explorar o impacto e a precisão de crenças inúteis sobre os outros em contextos
interpessoais e sociais fundamentais, bem como trabalhar de modo colaborativo
para desenvolver crenças alternativas mais funcionais.
3. Experimentar comportamentos e habilidades sociais mais adaptativos para
apoiar crenças mais funcionais e reduzir a predominância de suspeita e
desconfiança.
ESTUDO DE CASO 1  PRAMA
(27 ANOS)
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE PARANOIDE
A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações são interpretadas como
malévolas, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro
(ou mais) dos seguintes:
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por outros.
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de amigos e sócios.
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão usadas maldosamente
contra si.
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos benignos.
5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos, injúrias ou desprezo).
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage, com raiva ou contra-
ataca rapidamente.
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas
psicóticos ou outro transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE PARANOIDE
Indivíduos com transtorno da personalidade paranoide (TPP) são geralmente de
difícil convivência e apresentam frequentes problemas nos relacionamentos íntimos.
Sua desconfiança e hostilidade excessivas podem se expressar sob a forma de
argumentações ostensivas, queixas recorrentes ou, ainda, indiferença calma e
aparentemente hostil. Como são hipervigilantes em relação a ameaças potenciais,
podem agir de maneira discreta, secreta ou indireta e parecer “frios” e sem
sentimentos afetivos. Ainda que possam parecer objetivos, racionais e não emotivos,
frequentemente demonstram labilidade afetiva, com predomínio de expressões
hostis, inflexíveis e sarcásticas. Sua natureza combativa e desconfiada pode provocar
uma resposta hostil em outras pessoas, a qual, então, serve para confirmar suas
expectativas originais.
Necessidade excessiva de autossuficiência e forte senso de autonomia. Precisam,
ainda, de elevado grau de controle sobre as pessoas ao seu redor.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE PARANOIDE
Especialmente em resposta ao estresse, indivíduos com esse transtorno podem
apresentar episódios psicóticos breves (durando de minutos a horas). Em certos
casos, o transtorno da personalidade paranoide pode surgir como o antecedente pré-
mórbido de transtorno delirante ou esquizofrenia. Indivíduos com transtorno da
personalidade paranoide podem desenvolver transtorno depressivo maior e podem
estar sob risco aumentado de agorafobia e transtorno obsessivo-compulsivo.
Transtornos por uso de álcool e outras substâncias ocorrem com frequência. Os
transtornos da personalidade concomitantes mais comuns parecem ser: esquizotípica,
esquizoide, narcisista, evitativa e borderline.
DESENVOLVIMENTO E
CURSO
O transtorno da personalidade paranoide pode aparecer pela primeira vez na infância
e adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas, ansiedade
social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem
peculiares e fantasias idiossincrásicas. Essas crianças podem parecer “estranhas” ou
“excêntricas” e atrair provocações. Em amostras clínicas, esse transtorno parece ser
mais comumente diagnosticado no sexo masculino.
INFORMAÇÕES EXTRAS
Colby (1981) – paranoia é um conjunto de estratégias que visam minimizar ou impedir
vergonha ou humilhação. O indivíduo paranoide acredita que é inadequado, imperfeito e
insuficiente . Ação: culpa outras pessoas pelo evento, afirmam terem sido maltratados.
Relações parentais – afetam – o que a pessoa espera dos outros no futuro. Pessoas mais
atentas à sinais sutis de reações negativas, sinais de perigo, reagem fortemente à esses sinais.
Não percebem o impacto de suas reações hostis nos outros. FALTA DE CONFIANÇA.
Isolamento social  não verifica a realidade  alimenta as crenças.
Interações iniciais com os pais: CUIDADO COM OS OUTROS!! NÃO COMETA ERROS!!
Acha que é especial, por isso está sendo perseguido. – antecipa a rejeição
Ansiedade diante das interações sociais. – ser aceito pelos outros ameaça o seu sistema
explanatório
DIAGNÓSTICO –
INFORMAÇÕES EXTRAS
O diagnóstico nem sempre é fácil, não percebem isso como um problema a ser
enfrentado. JOGAM A CULPA NOS OUTROS!!!
O pensamento no TPP não é rigorosamente delirante, mas demonstra um estilo
cognitivo em que a percepção de ameaça é elevada e generalizada. Há algumas
crenças fortes sobre a má intenção dos outros no TPP, mas elas são vagas e mais
centradas na falta de confiança do que na perseguição.
Não tem características psicóticas!!
Padrão de relacionamento negativo generalizado e uma busca recorrente de
confirmação das suspeitas negativas das pessoas a seu redor.
O ESTILO PARANOIDE DA
PESONALIDADE (NÃO É UM
TRANSTORNO)
CARACT
ERÍSTIC
AS DO
TPP
Prejuízo principal: na relação com os
outros (mas dificilmente irá
expressar os seus problemas
emocionais e seus problemas de
relação)

Desconfiança pode destruir a relação


terapêutica

Comum não assumir


responsabilidade pelo seu
tratamento.

INÍCIO DA TERAPIA: focar em


objetivos pouco ameaçadores!

Enfoque terapêutico: redução da


sensibilidade frente à criticas;
treinamento de habilidades sociais.
No caso de TPP, é importante dar tempo ao processo de envolvimento, ainda que possa parecer improvável que
venha a existir um relacionamento colaborativo.

O uso de questionamento socrático é ainda mais vital durante o processo terapêutico e de envolvimento com esse
grupo de pacientes. Ele precisa basear-se nos princípios da descoberta guiada – e não nos de mudanças
mentais –, no qual o terapeuta ajuda o cliente a revisar as evidências em seus conjuntos de crenças, em vez de
apontar imprecisões no pensamento.
ESTUDO DE CASO  DEREK
(36 ANOS)
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE ESQUIZOIDE
A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão de
emoções em contextos interpessoais que surgem no início da vida adulta e estão presentes em vários
contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família.
2. Quase sempre opta por atividades solitárias.
3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa.
4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de primeiro grau.
6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.
7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível aos
efeitos psicológicos de outra condição médica.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
A principal característica dos indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide
(TPEz) é a ausência de relacionamentos interpessoais e a indiferença no que se refere a
eles. Existe um padrão predominante de desapego dos relacionamentos sociais em todos
os contextos. Esses indivíduos costumam ser retraídos e solitários, buscando pouco
contato com os outros e obtendo pouca ou nenhuma satisfação dos contatos que têm,
independentemente de seu foco. Pacientes com TPEz muitas vezes passam a maior parte
do tempo sozinhos e optam por não participar de qualquer atividade que envolva contato
com os outros.
Indivíduos com personalidades esquizoides também apresentam forte restrição na
demonstração de afeto. Eles tendem a parecer lentos e letárgicos. A fala, quando
presente, costuma ser lenta e monótona, com pouca expressão. Raramente apresentam
alterações em seu humor, apesar de acontecimentos externos. O humor que apresentam
em geral é moderadamente negativo, sem mudanças positivas ou negativas marcantes.
As eventuais ocupações sociais são solitárias. Pessoas esquizoides não são dadas ao
desenvolvimento de relacionamentos próximos de natureza sexual ou platônica.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE
Particularmente em resposta a estresse, indivíduos com esse transtorno podem ter vários
episódios psicóticos muito breves (com duração de minutos a horas). Em alguns casos,
o transtorno da personalidade esquizoide pode surgir como o antecedente pré-mórbido
de transtorno delirante ou esquizofrenia. Indivíduos com esse transtorno podem, às
vezes, desenvolver transtorno depressivo maior. O transtorno da personalidade
esquizoide com frequência ocorre concomitantemente com os transtornos da
personalidade esquizotípica, paranoide e evitativa.

Indivíduos “solitários” podem ser considerados esquizoides somente quando tais traços
são inúteis, inflexíveis e causam problemas significativos em sua vida ou seu afeto.
Níveis elevados de introversão não constituem TPEz, a menos que a característica-
chave de indiferença aos relacionamentos também esteja presente. Para justificar um
diagnóstico do transtorno, o contexto de inflexibilidade para fazer ajustes na vida é
necessário, acarretando estresse para o indivíduo.
INFORMAÇÕES EXTRAS
Como a terapia é, por natureza, um evento interpessoal, uma pessoa com TPEz
provavelmente terá dificuldades para envolver-se em um relacionamento
colaborativo. As crenças dos indivíduos sobre si mesmos e sobre suas interações com
os outros apresentam o mesmo impacto no relacionamento terapêutico que têm em
outras interações interpessoais. Aqueles com TPEz raramente buscam tratamento
para suas dificuldades de mais longo prazo, mas, caso o façam, é apenas por um
breve período de trabalho, geralmente para lidar com níveis elevados de sofrimento
psicológico ocasionados por uma mudança em seu ambiente.
CARACT COMPORT
E COGNITIVAS

AQUI (PARA A PRÓXIMA


AULA)
ASPECT
OS
EMOCI
ONAIS
TRATAMENTO

DIFICULDADES QUANTO AO
TRATAMENTO!!!
ESTUDO DE CASO  CLARA
(32 ANOS)
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para
relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, que surge no início da
vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas
subculturais (p. ex., superstições, crença em clarividência, telepatia ou “sexto sentido”; em crianças e adolescentes, fantasias
ou preocupações bizarras).
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.
4. Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vago, circunstancial, metafórico, excessivamente elaborado ou estereotipado).
5. Desconfiança ou ideação paranoide.
6. Afeto inadequado ou constrito.
7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau.
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar associada mais a temores paranoides do que
a julgamentos negativos sobre si mesmo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos,
outro transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista.
INFORMAÇÕES EXTRAS
Delírio é sair do trilho (em Latim) - uma ideia ou pensamento que não corresponde
com a realidade, a pessoa acredita realmente nessa ideia ou pensamento mesmo
sendo dito a ela que não é real. A ideia de referência são sintomas que se caracteriza
por percepções de situações exteriores distorcidas, de situações ou de outras pessoas.
(i.e., interpretações incorretas de incidentes casuais e eventos externos como tendo
um sentido particular e incomum especificamente para a pessoa)]
Delírios de referência, nos quais as crenças são mantidas com convicção delirante.
TANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
A principal característica observada em indivíduos com transtorno da personalidade
esquizotípica (TPEt) é o intenso desconforto e a reduzida capacidade para relacionamentos
próximos, junto com distorções e excentricidades de comportamento. Eles costumam apresentar
sintomas ou experiências psicóticas subclínicas, tais como desconfiança, acreditando que as
pessoas estão falando deles ou desejam fazer-lhes mal. Também carecem de amizades, sentem-
se ansiosos em situações sociais e podem comportar-se de maneiras consideradas estranhas.
É importante observar que a CID-10 da Organização Mundial da Saúde não reconhece o
diagnóstico de TPEt, apenas o de transtorno esquizotípico. Na classificação, o transtorno
esquizotípico é classificado como uma condição clínica associada à esquizofrenia, mais do que
um transtorno da personalidade. Assim, a designação do DSM-5 de esquizotípico como um
transtorno da personalidade pode ser vista como discutível entre aqueles que favorecem a CID-
10 em sua prática clínica.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
comportamento e a aparência excêntricos e uma tendência ao distanciamento social,
mas também foca ruminações obsessivas sem resistência interna, muitas vezes com
conteúdos sexuais, agressivos ou de dismorfia corporal; fala vaga, circunstancial,
metafórica, excessivamente detalhada ou estereotipada; e episódios semipsicóticos
transitórios ocasionais com ilusões intensas, alucinações auditivas ou de outro tipo,
bem como ideias semelhantes a delírios.
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
Indivíduos com transtorno da personalidade esquizotípica costumam buscar
tratamento mais para os sintomas associados de ansiedade ou depressão do que para
as características do transtorno da personalidade em si. Particularmente em resposta
a estresse, indivíduos com o transtorno podem apresentar episódios psicóticos
transitórios (com duração de minutos a horas), embora eles geralmente tenham
duração insuficiente para indicar um diagnóstico adicional, como transtorno
psicótico breve ou transtorno esquizofreniforme.

Existe considerável concomitância de transtornos da personalidade esquizoide,


paranoide, evitativa e borderline.
DESENVOLVIMENTO E CURSO
O transtorno da personalidade esquizotípica apresenta curso relativamente estável, com
apenas uma pequena parte dos indivíduos vindo a desenvolver esquizofrenia ou outro
transtorno psicótico. O transtorno pode se manifestar primeiramente na infância e
adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas, ansiedade
social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem
peculiares e fantasias bizarras. Essas crianças podem parecer “estranhas” ou
“excêntricas” e atrair provocação.
Algumas evidências sugerem que o desenvolvimento de personalidades esquizotípicas
está associado a negligência na infância e hipersensibilidade à crítica, passividade e
falta de envolvimento na infância, junto com estilos de apego ansioso-evitativo. Esses
estilos de apego parecem prever tanto esquizotipia positiva (experiências alucinatórias e
crenças incomuns) quanto esquizotipia negativa (distanciamento e anedonia).
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA
Distorções cognitivas e perceptivas devem ser avaliadas no contexto do meio
cultural do indivíduo. Características culturalmente determinadas disseminadas,
sobretudo aquelas relativas a crenças e rituais religiosos, podem parecer
esquizotípicas ao observador externo desinformado (p. ex., vodu, glossolalia, vida
após a morte, xamanismo, leitura da mente, sexto sentido, crenças mágicas relativas
a saúde e doença).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O transtorno da personalidade esquizotípica pode ser distinguido de transtorno
delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos
pelo fato de todos esses transtornos serem caracterizados por um período de
sintomas psicóticos persistentes (p. ex., delírios e alucinações). Para que seja dado
um diagnóstico adicional de transtorno da personalidade esquizotípica, o transtorno
deve ter estado presente antes do aparecimento dos sintomas psicóticos e deve
persistir quando tais sintomas estão em remissão.
Ainda que os transtornos da personalidade paranoide e esquizoide possam também
ser caracterizados por distanciamento social e afeto restrito, o transtorno da
personalidade esquizotípica pode ser distinguido desses dois diagnósticos pela
presença de distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidade ou esquisitice
acentuada.
ESTILO DE PERSONALIDADE
X TRANSTORNO
•Atraídos pelo oculto, misterioso.
•Dados a novas experiências, e dar interpretações não convencionais.
•São originais. Não precisam do objetivo, do científico.
•Baseiam-se em seu mundo interior.
•Auto-estima não depende do olhar do outro --- depende dos seus valores.
•Não se reprimem pelos convencionalismos sociais.
Para se relacionar com um tipo esquizotípico:
Aceitar, valorizar. (não controlar)
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE
ESQUIZOTÍPICA Que não pode ceder

A sensação de que incidentes


casuais e acontecimentos externos
têm um significado particular e
incomum, específico para a pessoa.
Devem ser diferenciadas de um
delírio de referência, no qual uma
crença é mantida com convicção
delirante.
TPET
ATENDIMENTO
Na avaliação: empatia (não rejeite a visão, ele pode se retrair), compreensão, apoio,
escuta ativa. Sensibilidade e tolerância.
ATENDIMENTO
Tradicionalmente, aqueles com TPEt raras vezes chegam à terapia sem um estímulo
externo. Eles geralmente são difíceis de engajar, devido aos aspectos interpessoais da
terapia que evocam todas as suas crenças ansiosas e paranoides no âmbito social. Os
próprios terapeutas tendem a ser objeto de suspeita e vistos como uma fonte de
ameaça.
O uso de questionamento socrático é mais importante no processo de engajamento e
terapêutico com aqueles para os quais um componente de desconfiança e vigilância
para perigo é fundamental para suas dificuldades e interações interpessoais.

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