Introdução aos

Transtornos de
Personalidade
Os transtornos de personalidade são padrões duradouros de
pensamento, sentimento e comportamento que se desviam
significativamente do que é esperado em determinada cultura. Esses
padrões podem causar sofrimento e prejuízo significativo na vida do
indivíduo.

by Mirian Moron
Processo de Geração de Possível
Diagnóstico
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Avaliação Inicial Análise dos Critérios Diagnóstico

Coleta de informações sobre
a história do paciente e seus
sintomas atuais.
Comparação dos sintomas
do paciente com os critérios
de diagnóstico para
transtornos de
personalidade.
Preliminar
Formulação de um
diagnóstico preliminar com
base na avaliação e nos
critérios.
Transtornos de Personalidade
Transtorno de Personalidade Antissocial
Padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros.

Falta de remorso ou empatia pelos outros.

Tendência a enganar ou manipular os outros para benefício pessoal.

Impulsividade e irresponsabilidade frequentes.

Desconsideração pelas normas sociais e legais.

Propensão para comportamento agressivo ou violento.

Falta de planejamento e falta de consideração pelas consequências.

Falta de estabilidade no trabalho e nos relacionamentos.

Desrespeito pela segurança e bem-estar próprios e dos outros.

Indiferença em relação às consequências negativas de suas ações.

Transtorno de Personalidade Borderline

Padrão de instabilidade nos relacionamentos interpessoais.
Medo intenso de abandono e esforços desesperados para evitar a separação.

Instabilidade da autoimagem e da autoestima.

Comportamento impulsivo e autodestrutivo.

Instabilidade emocional intensa e mudanças de humor frequentes.

Sentimentos crônicos de vazio.

Comportamento suicida ou automutilação.

Raiva intensa e dificuldade em controlar a raiva.

Paranoia e sintomas dissociativos.

Desenvolvimento de idealização e desvalorização rápidas em relação aos outros.

Transtorno de Personalidade Esquizoide

Padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais.
Prefere atividades solitárias.

Pouco ou nenhum interesse em relacionamentos íntimos.

Indiferença aos elogios ou críticas dos outros.

Emoções restritas e expressão emocional limitada.

Pouco ou nenhum interesse em experiências sexuais.

Praticamente nenhuma vontade de ter relacionamentos próximos.

Desinteresse por atividades sociais e falta de amigos próximos.

Indiferença aos eventos sociais e falta de prazer em atividades recreativas.

Excessivamente voltado para si mesmo e introspectivo.

Transtorno de Personalidade Esquizotípica

Padrão de desconforto agudo em relacionamentos próximos.

Crenças ou pensamentos excêntricos.

Experiências perceptuais incomuns.

Comportamento ou aparência estranhos ou excêntricos.

Poucas ou nenhuma amizade próxima.

Ansiedade social intensa e medo de ser ridicularizado.

Pensamento e discurso confusos ou vagos.

Desconfiança excessiva e suspeita em relação aos outros.

Preocupação constante com pensamentos mágicos ou supersticiosos.

Desconforto em situações sociais e tendência a se isolar.

Transtorno de Personalidade Histriônica

Padrão de busca excessiva de atenção e emoções.
Comportamento teatral e dramático.

Sentimento desconfortávelImportância da Avaliação Abrangente

Transtorno de Personalidade Narcisista

Padrão de grandiosidade e necessidade de admiração constante.

Autoestima exagerada e senso de superioridade.

Exploração dos outros para atender às próprias necessidades.

Falta de empatia e incapacidade de reconhecer as emoções dos outros.

Expectativas irrealistas de sucesso e reconhecimento.

Comportamento arrogante e prepotente.

Intensa inveja e desejo de ser admirado.

Uso dos outros para alcançar metas pessoais.

Reação negativa à crítica ou feedback negativo.

Desvalorização dos outros para se sentir superior.

Transtorno de Personalidade Esquiva

Padrão de evitação de atividades sociais e relacionamentos.

Sentimentos de inadequação e baixa autoestima.

Sensibilidade extrema à crítica ou rejeição.

Medo intenso de ser envergonhado ou humilhado.

Restrição significativa na vida pessoal e profissional.

Evitação de situações sociais por medo do julgamento dos outros.

Relutância em se envolver em novas atividades ou conhecer novas pessoas.

Inibição social e timidez excessiva.

Preocupação constante com críticas ou rejeição.

Percepção distorcida de si mesmo como socialmente incompetente.

Transtorno de Personalidade Esquiva

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Transtorno de Personalidade Dependente

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Padrão de submissão e necessidade excessiva de cuidado e apoio.

Medo intenso de ser abandonado ou deixado sozinho.

Dificuldade em tomar decisões sem a opinião ou aprovação dos outros.

Subordinação de suas próprias necessidades em favor dos outros.

Esforços extremos para obter suporte e aprovação.

Sentimentos de inadequação e baixa autoestima.

Medo de discordar dos outros ou expressar opiniões diferentes.

Relutância em assumir responsabilidades por si mesmo.

Preocupação constante com o abandono e a perda de apoio.

Busca desesperada por um relacionamento de dependência.

Tratamento para Transtorno de Personalidade
Esquiva
O tratamento mais indicado para o Transtorno de Personalidade Esquiva é a terapia cognitivo-
comportamental. Essa abordagem terapêutica ajuda o indivíduo a identificar e desafiar seus
pensamentos negativos e distorcidos sobre si mesmo e os outros. Por exemplo, um dos métodos
utilizados é a reestruturação cognitiva, que envolve questionar crenças negativas sobre si mesmo e
substituí-las por pensamentos mais realistas e positivos.

Outra técnica comumente usada na terapia cognitivo-comportamental é a exposição gradual, que

consiste em enfrentar gradualmente situações sociais temidas para reduzir a ansiedade e melhorar
as habilidades sociais. Por exemplo, o terapeuta pode ajudar o indivíduo a praticar habilidades de
comunicação em situações seguras e progressivamente desafiadoras.

Além disso, a terapia cognitivo-comportamental também pode incluir técnicas de relaxamento,

treinamento de habilidades sociais e estratégias de enfrentamento para lidar com a ansiedade social.
Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de medicamentos para tratar sintomas relacionados,
como a ansiedade.
Tratamento para Transtorno de Personalidade
Dependente
O tratamento mais indicado para o Transtorno de Personalidade Dependente é a terapia cognitivo-
comportamental. Essa abordagem terapêutica ajuda o indivíduo a identificar e desafiar seus padrões
de pensamento e comportamento dependentes. Por exemplo, o terapeuta pode ajudar o indivíduo a
desenvolver uma maior autonomia e autoconfiança, questionando crenças negativas sobre sua
própria capacidade de tomar decisões e cuidar de si mesmo.

Uma técnica utilizada na terapia cognitivo-comportamental para treinar habilidades de assertividade

é a técnica "eu" em vez de "você". Isso envolve expressar desejos, necessidades e opiniões usando a
primeira pessoa ("eu gostaria de...", "eu sinto que...") em vez de acusar a outra pessoa ou usar a
segunda pessoa ("você nunca faz o que eu quero", "você não me entende"). Isso ajuda a expressar-se
de forma clara e respeitosa.

Outra técnica é o treinamento de habilidades de tomada de decisão, que envolve aprender a avaliar
opções e escolher a melhor alternativa com base em seus próprios valores e objetivos. O terapeuta
pode ajudar o indivíduo a identificar seus pontos fortes e fracos na tomada de decisões e a
desenvolver estratégias para lidar com situações difíceis.

Para lidar com a dependência emocional, o terapeuta pode ajudar o indivíduo a identificar seus
próprios sentimentos e necessidades, e a desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade e a
insegurança. Isso pode envolver aprender a se autocuidar, a estabelecer limites saudáveis e a
desenvolver relações mais equilibradas e respeitosas.

Para enfrentar situações sociais, uma técnica comumente usada na terapia cognitivo-
comportamental é a exposição gradual. Isso envolve enfrentar gradualmente situações sociais
temidas para reduzir a ansiedade e melhorar as habilidades sociais. O terapeuta pode ajudar o
indivíduo a praticar habilidades de comunicação em situações seguras e progressivamente
desafiadoras.