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PROCESSOS PSICOPATOLÓGICOS
DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Professora – Caroline Mendes
◎ E-mail institucional:
caroline.mendes@fmu.br
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AVALIAÇÕES
Avaliação 1 APS
N1 – 28/04 29/09
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◎ Córtex significa casca
◎ Neocórtex = novo córtex (casca) seres
humanos
◉ Responsável por funções cognitivas +
executivas
◎ Quando há perda da massa cinzenta =
danos cerebrais
◎ Danos cerebrais precedem aspectos
AULA comportamentais
◎ Conectoma – mapa das conexões
17/02 neuronais – mensurar a quantidade de
sinapses no córtex cerebral
◎ Poda neural é um processo fisiológico, é
comum.
◎ Perda neural é patológico.
◎ Aproximadamente 50% das pessoas
quando apresentam um transtorno
mental é na adolescência, 15 anos.
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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22
1 – Na sua opinião, por que é difícil diagnosticar psicopatologias e por que são
negligenciadas?
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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22
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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22
7
◎ O que se entende por Psicopatologia
seria na verdade Psicopatia, um
transtorno/doença mental
◎ Já o que dizemos comumente da
Psicopatia é, na verdade, Transtorno de
Personalidade Antissocial
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Etiologia – Causa das Doenças/Transtornos mentais
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Estudos com gêmeos são muito utilizados para fazer uma análise do
desenvolvimento do curso de uma doença. Uma vez que gêmeos têm os
genes idênticos. Pode ser que uma doença seja manifesta em um gêmeo
e jamais no outro, isso pode ocorrer devido à questões ambientais.
O maior fator de risco para uma pessoa ter depressão ou transtorno bipolar são os
pais terem essas psicopatologias.
Um fator de risco para TEA é pouco intervalo entre as gestações de uma mulher
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Sinais e sintomatologia
Sinal é sempre uma característica que pode ser detectado e mensurado por um
profissional da saúde, tudo que é possível avaliar. (uma febre)
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No período de patogênese não há aparição de sinais ou sintomas.
Diagnóstico diferencial (eu acho que é isso, mas pode ser outra coisa), é um grupo
de hipóteses.
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Prognóstico
Como o profissional da saúde pensa que aquela doença/transtorno irá
se manifestar no futuro.
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Eletroencefalograma
Foi estabelecido um padrão de atividade neuronal onde foi considerado
que aquelas pessoas que apresentam um determinado padrão neuronal
é “normal”, ou seja, está na parte central da curva de Gauss, apresentando
um padrão “A”.
Quando o padrão neuronal não está dentro do centro, está na extremidade, é um
padrão “B”, a minoria das pessoas com características parecidas com às da
maioria apresentam esse padrão “alterado”.
Se o seu padrão está fora do centro, isso significa uma patologia.
Transtorno Mental
“Uma mãe foi negligenciada na infância, teve altos níveis de cortisol e que podem
ter sido passados através da epigenética (transgeracional)” Caso a criança dessa
mãe receba muito afeto, pode ser que esse cortisol não se manifeste.
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
• Transtorno depressivo maior é mais intenso, com mais sintomas.
• A distimia é um transtorno leve, uma depressão mais leve.
• Em crianças e adolescentes: maus-humor, psicosomatização maior, baixa-
autoestima, tristezas, medos, distúrbios do sono, enurese (xixi na cama), dores
abominais, baixo rendimento escolar, comportamento “antissocial”.
GRÁFICO DO
HUMOR
TRANSTORNOS DISRUPITIVOS DO CONTROLE DE IMPULSOS E DE
CONDUTA
TRANSTORNOS ALIMENTARES
• Muito mais presente (prevalente) no sexo feminino.
• Perturbações graves no comportamento alimentar.
• Anorexia, bulimia e compulsão alimentar.
• Comorbidades: depressão e transtornos de personalidade (borderline,
histriônico – pessoas com necessidade excessiva de chamar atenção e
anancástico – pessoas com perfeccionismo extremo)
TRANSTORNOS EXTERNALIZANTES
São mais facilmente identificados, envolvem conflito com alguém ou
com o ambiente. Exemplo: TDAH. (crianças com TDAH tem o costume de
querer escalar as coisas, ficar irrequieta, pedir pra ir ao banheiro várias vezes)
Têm maior prevalência em crianças do sexo masculino.
TRANSTORNOS INTERNALIZANTES
Não são facilmente identificados. Exemplo: a depressão e ansiedade (distúrbios
pessoais).
Têm maior prevalência em crianças do sexo feminino.
first last
second
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TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
32
ALTERAÇÕES GENÉTICAS DO NEURODESENVOLVIMENTO
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CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO SAF
DÉFICITS COGNITIVOS
GRAU DE SEVERIDADE
Baseados em quão bem o indivíduos é capaz de se adequar nas habilidades
leve, moderado, grave e profundo
Esferas
• Habilidade Conceitual: capacidade de aprendizagem (matemática, português...)
• Habilidade Social: interação com outras pessoas, responsabilidades, fácil de ser
enganado ou manipulado, se consegue seguir regras
• Habilidade Prática: o quanto uma pessoa consegue viver independentemente.
Se consegue comer sozinha, locomover-se, usar o banheiro, vestir-se, preparar
refeições, cuidar da casa, tomar medicamentos, lidar com dinheiro, usar o
telefone, habilidades ocupacionais, manter os ambientes seguros
EXEMPLOS DE GRAUS DE SEVERIDADE
Social
• Leve – Imaturo em situações sociais, dificuldade para regular as emoções e
para comportar-se de maneira adequada para a idade, ingenuidade.
• Moderado – Linguagem menos complexa do que a de seus pares, capaz de
vínculos sociais e emocionais com os outros, mas pode não ser capaz de ler os
sinais sociais de outras pessoas.
• Grave – Vocabulário e gramática limitados, capaz de entender dala e gestos
simples.
• Profundo – Entendimento muito limitado de fala e gestos na comunicação
social, pode expressar desejos e emoções de forma não verbal.
EXEMPLOS DE GRAUS DE SEVERIDADE
Prática:
• Leve – Pode ser capaz de cuidar de si mesmo, mas necessita apoio com tarefas
complexas na vida diária, como fazer compras, transporte, cuidado de crianças
e manejo de dinheiro.
• Moderado – Capaz de suprir apenas algumas poucas necessidades pessoais,
necessita de apoio e supervisão.
• Grave – Requer apoio e supervisão para atividades da vida diária, não pode
tomar decisões por si ou pelos outros, comum autolesão.
• Profundo – Dependente de outras pessoas para todos os aspectos de
atividades diárias, prejuízos físicos e sensoriais.
PREVENÇÃO
Primária:
• Promoção de saúde e proteção específica. Prevenção da condição que
resultaria em DI. Ex.: Prevenção do consumo de álcool pela mãe durante
gravidez.
Secundária:
• Diagnóstico e tratamento precoce. Ações para evitar que uma condição
existente resulte em deficiência intelectual. Ex.: instrução de dieta especial para
um indivíduo nascido com fenilcetonúria.
Terciária:
• Reabilitação. Ações para minimizar a gravidade de incapacidades funcionais
associadas com a etiologia ou para prevenir condições secundárias causadas
pelo próprio diagnóstico ou que se desenvolvem mais tarde na vida. Exemplo:
cirurgia corretiva para mal-formações cardíacas na Síndrome de Down
ATIVIDADE 17/03 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Leia as frases e responda “V” se a frase for verdadeira e “F” se a frase
for falsa. Em caso de frases incorretas, explique o que está errado.
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TEA DE ALTO FUNCIONAMENTO, ANTERIORMENTE CHAMADO DE
TRANSTORNO DE ASPERGER
AUTISMO E NEUROPLASTICIDADE
• Genes associados impactam em 2 fatores:
desenvolvimento da neuroplasticidade e ativação
de neurônios espelho.
• Interação de genes + ambiente + experiências
do bebê
• A criança tem o dobro de sinapses de um adulto,
pois quando uma criança nasce o cérebro não sabe
como o meio funcionará, portanto tem uma “reserva
sináptica”, sendo assim o cérebro lança circuitos para
inúmeras atividades.
• Com o tempo, dependendo da aprendizagem e desenvolvimento, o cérebro
passa a identificar as conexões sinápticas com maior frequência e as que não
são utilizadas, vão sendo eliminadas.
AUTISMO E NEUROPLASTICIDADE
• Há alteração da neuroplasticidade. Nosso cérebro fica mais funcional
quando ocorre-se a poda neural, no caso de crianças com TEA há um
déficit com o processo da poda neural, de maneira que há um excesso de
sinapses e conexões que deveriam ter sido podadas.
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3 tipos de TDAH
• Predominantemente desatento (pouca/nenhuma hiperatividade)
• Predominantemente hiperativo impulsivo (pouca/nenhuma desatenção)
• TDAH combinado (quando há desatenção e hiperatividade
Sintomas
• É necessário que haja 6 sintomas de desatenção e/ou de hiperatividade por
pelo menos 6 meses. Para ser TDAH combinado é necessário constar os 6
sintomas em ambos aspectos.
• Sintomas de desatenção e de hiperatividade devem estar presentes antes dos
12 anos de idade.
• Sintomas devem causar prejuízo em dois ou mais contextos (tal como escola e
família)
61
62
Principais consequências do TDAH
• Escola: notas baixas e repetências
• Quando chegam à idade adulta, eles têm mais probabilidade de
desenvolver transtornos relacionados a substâncias
• Pessoas com TDAH continuam a vivenciá-lo durante a adolescência e a idade
adulta.
• A etiologia vêm sempre de uma relação entre fatores genéticos e ambientais
Fatores ambientais
• Complicações na hora do parto
• Dano cerebral
• Exposição a substâncias tóxicas durante o período gestacional
• Doenças infecciosas
• Estresse
Etiologia
• Genes associados à dopamina e noradrenalina
• Crianças com TDAH em um estudo revelaram que, em média, o volume
do seu córtex era 9% menor, e elas apresentavam interrupções nos
circuitos envolvidos na regulagem do controle motor; amygdala e hipocampo:
regulação das emoções.
Teoria do TDAH de Barkly (1997)
• Déficit do comportamento inibitório (perda da capacidade de frear
certos comportamentos inadequados, acontece no cortéx pré-frontal,
as ações ocorrem de forma impulsiva e não planejada)
• A inibição ou o controle inibitório obstrui as condutas e detém reações
automáticas inadequadas, passando de uma resposta para outra melhor e mais
considerada resposta que é adequada para a situação
• Córtex pré-frontal: “freio”; Dopamina e noradrenalina – perda do freio
• O déficit no controle inibitório acontecem em 4 áreas de funcionamento do
córtex pré-frontal
• 1. Memória operacional: dificuldade em lembrar coisas como prazos e
compromissos
• 2. Internalização de fala autodirigida: não conseguem manter seus
pensamentos para si mesmos ou realizar autoquestionamentos
• 3. Autorregulação de afeto, motivação e nível de excitação: A autorregulação
prejudicada do humor e da motivação fazem-nos exibir suas emoções
externamente sem censura, sendo ao mesmo tempo incapazes de autorregular
seu impulso e sua motivação
• 4. Reconstituição (correção de um comportamento): A capacidade prejudicada
de reconstituir torna as crianças menos capazes de resolver problemas, porque
são incapazes de analisar condutas e sintetizar novos comportamentos.
Teoria do TDAH de Barkly (1997)
• Déficit do comportamento inibitório (perda da capacidade de frear
certos comportamentos inadequados, acontece no cortéx pré-frontal,
as ações ocorrem de forma impulsiva e não planejada)
• A inibição ou o controle inibitório obstrui as condutas e detém reações
automáticas inadequadas, passando de uma resposta para outra melhor e mais
considerada resposta que é adequada para a situação
• Córtex pré-frontal: “freio”; Dopamina e noradrenalina – perda do freio
• O déficit no controle inibitório acontecem em 4 áreas de funcionamento do
córtex pré-frontal
• 1. Memória operacional: dificuldade em lembrar coisas como prazos e
compromissos
• 2. Internalização de fala autodirigida: não conseguem manter seus
pensamentos para si mesmos ou realizar autoquestionamentos
• 3. Autorregulação de afeto, motivação e nível de excitação: A autorregulação
prejudicada do humor e da motivação fazem-nos exibir suas emoções
externamente sem censura, sendo ao mesmo tempo incapazes de autorregular
seu impulso e sua motivação
• 4. Reconstituição (correção de um comportamento): A capacidade prejudicada
de reconstituir torna as crianças menos capazes de resolver problemas, porque
são incapazes de analisar condutas e sintetizar novos comportamentos.
Psicofarmacologia
• RITALINA - Metilfenidato
• É um psicoestimulante
• Principal mecanismo de ação: aumenta a disponibilidade da dopamina e da
noradrenalina na fenda sináptica.
Efeitos colaterais
• Frequência de efeitos colaterais de metilfenidato em crianças com TDAH,
Barkley e cols. descreveram 17 sintomas mais comuns em curto prazo;
• Redução de apetite e insônia são os principais efeitos colaterais;
• Sintomas comumente descritos como sendo causados pelo fármaco podem na
verdade ser atribuídos ao transtorno, tais como ansiedade, tristeza,
desinteresse e “olhar parado”
Efeitos colaterais
Efeitos colaterais a longo prazo
• Dependência, efeitos cardiovasculares e possível redução da estatura;
• Dependência medicamentosa do uso do metilfenidato é um risco mais
teórico do que prático;
• Geralmente, o paciente com TDAH consegue um bem-estar muito grande ao
utilizar a medicação, o que, na verdade, é um estímulo para manter seu
tratamento de forma adequada;
• Spencer et al: observaram que o déficit estatural de crianças com TDAH deve-
se ao próprio transtorno e não à medicação psicoestimulante utilizada;
Gittelman-Klein et al : observaram que pacientes que fizeram uso de
metilfenidato por dois verões consecutivos sem férias do medicamento tiveram
redução de 1,5 cm em comparação com os controles que tiveram férias da
medicação.
Transtornos motores
• O diagnóstico é dado quando observa atraso no desenvolvimento das
habilidades motoras, grossas e finas, que resultam em dificuldade no
desempenho das atividades escolares, de vida diária, no brincar e lazer;
• Geralmente são crianças inteligentes, com habilidades em muitas áreas, mas
que não conseguem desempenhar tarefas motoras com a mesma rapidez e
eficiência que os colegas da mesma idade;
• Mais comum em crianças prematuras; alteração em regiões cerebrais
relacionadas a circuitos motores
• Transtorno do Tourret
1. Combinação de movimento crônico e tiques vocais, sendo homens na maioria;
2. Em geral fazem movimentos incontroláveis com a cabeça e, às vezes, com
partes do tronco, ao mesmo tempo, realizam vocalizações que soam muito
bizarras ou obscenas;
3. Déficits nos mecanismos inibitórios do cérebro no córtex pré-frontal
Mesma frase para um portador de dislexia: O amorfaz oser hum ano serca paz de
superarse uslimi tes
Causas prováveis da dislexia
• Transtorno da Linguagem
1. Não se expressam de forma adequada
2. Vocabulário limitado
3. Omissão de palavras. – Ex: “eu me divirto muito
ontem” ao invés de “eu me diverti”.
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• Transtorno de comunicação social (pragmática)
1. Dificuldade em estabelecer uma comunicação adequada;
2. Déficits no uso social da comunicação verbal e não-verbal (tal como
saber como cumprimentar pessoas ou interpretar a forma como são
cumprimentadas)
3. São incapazes de condizer sua comunicação com as necessidades do ouvinte,
tal como falar de forma diferente com crianças e adultos.
4. Em uma conversa, tem dificuldades para seguir as convenções sociais de
revezar-se ao falar;
5. Problemas para entender significados implícitos ou ambíguos (metáforas).
Atividade 07/04
Critérios de diagnóstico
Período mínimo de 6 meses; ocorrência frequente de pelo menos quatro
dos seguintes comportamentos:
1) Perde a calma com frequência;
2) Frequentemente tem discussões com adultos;
3) Constantemente desacata ou se recusa a obedecer a solicitações ou regras
de adultos;
4) Adota um comportamento bastante incomodativo;
5) Costuma responsabilizar os outros por seus erros ou comportamento
inadequado;
6) Mostra irritação com facilidade;
7) Geralmente está enraivecido e ressentido
8) Apresenta-se como rancoroso ou vingativo.
TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR
Graus de Severidade
Leve: os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (casa, escola, trabalho,
com colegas)
Moderado: alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes.
Grave: alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes.
TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR
• Dos 3 tipos de TDAH o que possui maior comorbidade com TOD é o
Hiperativo Impulsivo.
• A relação entre TOD e problemas emocionais é particularmente
intrigante : Tem sido sugerido que há aspectos afetivos do TOD que predizem
transtornos emocionais como ansiedade e depressão
• Considera-se que o TOD precede o TC, pois crianças que recebem, assim como
aqueles indivíduos com TC estão mais propensos a entrarem para a categoria
daqueles com TPAS (Transtorno de Personalidade Antissocial)
TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
• Indivíduos violam os direitos dos outros e as normas ou as leis da
sociedade; agressivos com pessoas e animais, destruição de
propriedade, fraude ou roubo e violações sérias de regras;
• Não possuem sentimentos de culpa ou remorso;
• 2 tipos: TC com início na infância (antes dos 10 anos) e TC com início na
adolescência.
• Falta de empatia.
DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• Forma mais básica de empatia
• Neurônios espelhos que são ativados ao observarmos o outro. Estão ligados à
linguagem, motricidade e contágio emocional.
• Aparece desde as primeiras semanas de vida.
• Adotar posturas, movimentos e expressões que observamos no outro.
• Ao quinto mês de vida, bebês já conseguem descriminar expressões faciais de
alegria, raiva, surpresa e outras emoções.
• Essa forma de empatia de ativação dos neurônios espelhos ligados a emoção
estão comprometidos.
DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• Com 1 ano de idade começam a aparecer 2º tipo de empatia, a de
solidariedade ou preocupação simpática.
• Olhar para a emoção do outro, ser afetado por ela, se preocupar em
consolar o outro.
• Crianças se manifestam por meio de atitudes que fariam sentido na vida delas
(utilizam as formas de consolo que aprenderam).
• Em torno de um ano, as crianças iniciam o processo de compreensão de que o
sofrimento não é delas, mas de outro, embora ainda pareçam confusas sobre o
que fazer.
• Em seguida, aparece um 3º tipo de empatia: tomada de perspectiva empática.
• Forma mais complexa de empatia;
• Envolve oferecer algo que é necessidade para o outro, considerando a história
de vida e interesses do outro;
• Como o outro compreende o mundo;
• Outros são diferentes, com desejos diferentes;
• Metáfora da boneca russa: ao longo do
desenvolvimento de empatia, um tipo
engloba o outro.
DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• A pessoa com TC e TOD têm um problema com o desenvolvimento
da empatia, principalmente no 2º e 3ºs estágios do desenvolvimento
da empatia.
• O outro é uma entidade totalmente separada dele
TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
Critérios de diagnóstico
Presença de três (ou mais) dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, com
presença de pelo menos um deles nos últimos 6 meses:
1. Provocações, ameaças e intimidações frequentes;
2. Frequentes lutas corporais;
3. Utilização de arma capaz de causar sérios danos corporais;
4. Crueldade física para com as pessoas;
5. Crueldade com animais;
6. Roubo com confronto com a vítima;
7. Coação sexual;
8. Provocação de incêndio com a intenção de provocar sérios danos;
9. Destruição deliberada de propriedade alheia;
TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
Critérios de diagnóstico
10. Invasão de casa, prédio ou automóvel alheio;
11. Mentiras frequentes para obter ganhos ou favores, ou para se
esquivar de obrigações;
12. Roubo de objetos valiosos sem confronto com a vítima;
13. Frequente permanência na rua à noite, apesar da proibição dos pais (início
antes dos 13 anos);
14. Pelo menos duas fugas de casa enquanto vive na casa dos responsáveis legais;
15. Faltas frequentes à escola (iniciando antes dos 13 anos)
ETIOLOGIA
• Predisposição associada aos seguintes fatores na
literatura: Rejeição e negligência parental (principal:
maus tratos na infância), práticas inconsistentes de
criação dos filhos com disciplina severa, abuso físico ou
sexual, falta de supervisão, mudanças frequentes dos
responsáveis pela criança e família muito numerosa.
• Alguns sugerem que TOD apresenta importante sobreposição genética com TC,
enquanto outros estudos indicaram propriedades únicas para cada
ESTUDOS COM GÊMEOS
• TC em 1.100 pares de gêmeos MZ (monozigóticos, gêmeos idênticos)
de 5 anos de idade;
• Gêmeo com TC, 25% de chance de o outro também manifestar,
quando seus pais os maltratavam fisicamente;
• Em contrapartida, aquelas crianças com risco genético baixo que foram
submetidas a maus tratos físicos tinham apenas 2% de chance de desenvolver o
TC.
EXISTE CURA?
• Ainda não há um conhecimento a respeito, porém, existe a possibilidade de
mudar o comportamento de crianças com o TC, e evitar que se tornem agressores
mais tarde;
• A maioria das crianças com TC tem histórias de desafio de oposição. Entretanto,
muitas crianças com transtorno de oposição desafiante o superam quando
chegam à adolescência, desde que não tenham outro transtorno, tal como
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH);
• Estudos mostram que pelo menos 50% das crianças com TC desenvolvem TPAS
IMPACTOS NO CÉREBRO
• Todo transtorno mental tem uma relação com o córtex pré-frontal,
a sua função é fazer o controle inibitório, diminuir a impulsividade e
aumentar o autocontrole. Nos transtornos mentais, acontece o
inverso.
• Há uma maior atividade nas amigdalas cerebrais, que estão associadas a
emocionais negativas, como raiva, medo, explosões emocionais, rancor.
• Sendo assim, o córtex pré-frontal tem menos atividade e as amigdalas tem
maior atividade.
• Monomania oxidase A (MAO – A) – Enzima que regula a quantidade de
serotonina no SNC. A deficiência de serotonina ocorre numa alteração na
atividade dessa enzima. A MAO-B está associada à quantidade de dopamina.
ATIVIDADE 14/04/2022
AULA
14/04
90
COMPORTAMENTOS AUTODESTRUTIVOS NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
• Acontece mais na adolescência, na infância é mais raro.
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS
• Quando uma pessoa faz uso de alguma substância química que gera
dependência, chamamo-la de droga de abuso.
• PODEM SER: MEDICINAIS, LÍCITAS OU ILÍCITAS (ATUAM NO SNC)
• Existem diferenças entre remédio, drogas, fármaco e medicamentos.
• Drogas de abuso: são substâncias químicas que podem causar dependência.
• Existem medicamentos que também podem gerar dependência
(psicoestimulantes, benzoadipínicos - bzds) que quando utilizados
indiscriminadamente, mesmo suas finalidades sendo terapêuticas.
• Substâncias Lícitas: álcool e nicotina.
• Substâncias ilícitas: cocaína, craque, maconha, LSD, MD e etc.
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS • Barbitúricos – depressora –
medicamentos pra tratar insônia,
• Quando uma pessoa utiliza uma ansiedade e convulsão
substância por conta própria, de • Analgésicos opiódies (morfina) –
forma abusiva, seja lícita ou ilícita, depressora
inclusive medicamentos, podem
• Substâncias voláteis (anestésico – ketamina)
causar dependência. Importante: são – depressora
drogas escolhidas e tendem a
gerar um prazer imediato.
• Hoasca (santo daime) – enteógico – DMT
dimetiltriptamina, Maior ativação de
• Psicotrópicos: atuam no sistema neurônios, do córtex cerebral – Perturbadora
(de alguma forma altera a percepção de
nervoso central, atua e modifica a
sentidos e pode causar alucinações)..
atividade neuronal, de alguma forma.
Todas as drogas são psicotrópicas. • Tabaco (nicotina) - Estimulante
• Drogas de abuso: alteram e deformam • Anfetaminas - Estimulante
• CAUSA OU CONSEQUÊNCIA?
ADOLESCÊNTES SÃO MAIS PROPENSOS A DROGAS
DE ABUSO
• O uso de drogas em geral inicia na adolescência, que
é também a
época de maior vulnerabilidade para outros
transtornos psicológicos.
• O consumo precoce também é um fator de risco
para posterior
transtorno ou por uso de substâncias.
AULA Devido a
• Neuroplasticidade: quanto mais cedo o inicio de uso
05/05 de drogas, maior o risco de dependência. Isso ocorre
devido à plasticidade neuronal, que quando
estimulada, provoca um rearranjo sináptico.
99
ATIVIDADE 05/05
• Explique o que são opióides?
R: droga extraída da papoula antigamente, atualmente são produzidas
em laboratório. É um forte inibidor de dor, substância analgésica que
causa euforia (sensação de prazer), faz a ativação das vias de recompensa no
núcleo accumbens, pois dá uma grande impulso de dopamina nessa região. Morfina,
codeína e heroína são exemplos.
PSICOSE
• Perda de contato com a realidade.
• Refere-se a sintomas como delírios e alucinações,
pensamentos e falas desorganizadas,
comportamento motor estranho, movimentos
estereotipados, movimentos bizarros (catatonia ou
AULA fala excessivamente).
• Esquizofrenia = principal tipo de psicose.
12/05 • Etimologia: frenia = mente; esquizo = fragmentada,
dividida.
• O médico francês Benedict Morel descreve como
uma doença denominada como démence precoce
(demência cerebral do jovem)
• Manifesta-se na adolescência, à partir dos 15 anos,
mas já ocorre antes. É um transtorno mental de
pessoas jovens. Em crianças é raro.
• Acomete 1% da população mundial.
109
DELÍRIOS X ALUCINAÇÕES
• Alucinação: experiências sensoriais reais baseadas em coisas irreais;
visual, auditiva, tátil, olfativa e/ou gustativa.
Ex: ouvir vozes, alucinações visuais com imagens que parecem reais.
• Delírio: Interpretação distorcida da realidade (não envolve nossos sentidos);
Ex: Perseguição e megalomania.
ESQUIZOFRENIA
• Sintomas positivos: a maioria da população não apresenta, mas indivíduos com
esquizofrenia podem apresentar mais. Sintomas que aparecem, relacionadas ao
excesso de dopamina em algumas regiões do SNC.
-> Delírios
-> Alucinações
-> Exageros na linguagem e na comunicação
-> Comportamento desorganizado
• Sintomas negativos: o contrário d, sintomas que diminuem na presença de pessoas
com esquizofrenia. Relacionados a falta de dopamina em outras regiões do SNC.
-> Embotamento afetivos
-> Alogia – redução da lógica
-> Avolição
-> Anedonia – redução de sensações prazerosas
-> Redução de sociabilidade
-> Prejuízo na atenção
ESQUIZOFRENIA
• Há, ao mesmo tempo, o excesso e a falta de dopamina no SCN de
um esquizofrênico, porém em regiões diferentes do cérebro.
128
PERTURBAÇÕES DO HUMOR E TRANSTORNOS ANSIOSOS NA
NFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
• Transtornos depressivos na infância, são bastante peculiares.
• Transtornos bipolares na infância são raros, quando ocorrem na fase
da infância e adolescência são similares aos dos adultos.
TRISTEZA x DEPRESSÃO
• Transtorno tem significado clínico (envolve grau de prejuízo, não são sintomas
passageiros).
• Quando é um sentimento normal da vida (tristeza) tende a melhorar com o
tempo, quando é um transtorno, dificilmente melhoram sem um tratamento.
• Alterações no humor que se desviam significativamente do estado emocional
basal ou habitual do indivíduo.
• Disforia: humor triste excepcionalmente intenso. É mais comum quando
crianças e adolescentes o mau humor e irritabilidade, podendo ou não haver
tristeza.
• Eutimia: eu= normal. Timia = humor
• Distimia: dis= depressão
PERTURBAÇÕES DO HUMOR E TRANSTORNOS ANSIOSOS NA
NFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
151
REAÇÕES FÍSICAS AO MEDO
• Aumento do estado de alerta
• Aumento na frequência cardíaca
• Aumento da respiração e sudorese
• Aumento de emoções negativas
SINTOMAS
• A- Segundo o DSM-V, o ataque de pânico é: um surto abrupto de medo ou de
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem
quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
• 1. Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
• 2. Sudorese
• 3. Tremores ou abalos
• 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento
• 5. Sensações de asfixia
• 6. Dor ou desconforto torácico
TRANSTORNO DE PÂNICO E AGORAFOBIA
• 7. Náusea ou desconforto abdominal
• 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio,
calafrios ou ondas de calor
• 9. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento)
• 10. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de
estar se distanciando de si mesmo)
• 11. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
• 12. Medo de morrer
• B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de
ambas as seguintes características:
• ■ Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico
adicionais ou sobre suas consequências.
• ■ Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos
ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de
pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
• C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica
(p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
• D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
AGORAFOBIA
• Ansiedade intensa desencadeada pela exposição real ou antecipada
a situações nas quais as pessoas podem ser incapazes de obter ajuda
caso se tornem incapacitadas. O sintomas são os mesmos do TP;
• Intenso medo ou ansiedade desencadeados pela exposição real ou antecipada a
situações como usar transporte público; estar em um espaço fechado, como um
cinema, ou em um espaço aberto, como um estacionamento; e sair de casa
sozinho;
• Temem não as situações em si, mas a possibilidade de não conseguir ajuda ou
de não poder escapar se tiverem sintomas de pânico ou outros sintomas
constrangedores ou incapacitantes;
• Esse medo ou essa ansiedade são desproporcionais ao perigo real envolvido na
situação;
• Esses sintomas devem persistir ao longo do tempo (neste caso, pelo menos seis
meses) e causar considerável sofrimento.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
• Transtorno de ansiedade generalizada não tem foco específico;
• Pessoas sentem-se ansiosas a maior parte do tempo (nem sempre
sabem o porquê);
• Temem que o pior sempre aconteça;
• Pessoas acham muito difícil controlar sua preocupação;
• A falta de confiança delas em sua capacidade de controlar ou lidar com seus
sentimentos e reações de ansiedade agrava ainda mais o problema.