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CADERNO VIRTUAL

PROCESSOS PSICOPATOLÓGICOS
DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Professora – Caroline Mendes

◎ E-mail institucional:
caroline.mendes@fmu.br

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AVALIAÇÕES

Avaliação 1 APS
N1 – 28/04 29/09

Prova com Filme “Como estrelas na Terra”+


conteúdo até documentário “O cérebro de Hugo”.
“Comportamentos Fazer uma relação entre os 2
autodestrutivos”. transtornos (Dislexia + TEA),
estabelecendo semelhanças e
diferenças entre os diagnósticos
Avaliação 2 apresentados, uma vez que ambos são
N2 – 02/06 transtornos do neurodesenvolvimento.
Pode ser em forma de tabela, texto,
tópicos, etc...

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◎ Córtex significa casca
◎ Neocórtex = novo córtex (casca)  seres
humanos
◉ Responsável por funções cognitivas +
executivas
◎ Quando há perda da massa cinzenta =
danos cerebrais
◎ Danos cerebrais precedem aspectos
AULA comportamentais
◎ Conectoma – mapa das conexões
17/02 neuronais – mensurar a quantidade de
sinapses no córtex cerebral
◎ Poda neural é um processo fisiológico, é
comum.
◎ Perda neural é patológico.
◎ Aproximadamente 50% das pessoas
quando apresentam um transtorno
mental é na adolescência, 15 anos.
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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22

1 – Na sua opinião, por que é difícil diagnosticar psicopatologias e por que são
negligenciadas?

R: Devido às questões socioeconômicas e culturais, o diagnóstico patológico ou


psicopatológico pode ter uma grande variação. Quando olhamos para as questões
culturais podemos apontar o fato que que ainda há muito tabu quando o assunto é saúde
preventiva, principalmente a saúde mental. Sendo assim, a psicopatologia é vista com
preconceito e julgamentos pela maioria da população, aliado com o fato de que não há
um olhar cultural para as questões de doenças na população jovem, uma vez que
doenças são esperadas em idades mais avançadas.
Além disso, os aspectos socioeconômicos também ditam aqueles que podem ter melhor
acesso aos atendimentos de saúde. Mesmo com politicas públicas, a saúde ainda tem um
longo caminho a percorrer. Portanto, exames neurológicos ainda são pouco
popularizados e muito caros, tornando o acesso muito restrito e distante da realidade de
grande parte da população. De maneira que, a psicopatologia somente será notada
quando atingir as camadas comportamentais do indivíduo.
Outro ponto é que os próprios métodos de detectação das psicopatologias ainda são
poucos e não existem ainda ferramentas capazes de identificar alguns transtornos com
total certeza. É através da análise clínica e observação que irá acontecer.

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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22

2 – O que gera incapacidade devido esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão?


R: Um dos fatores que podem ser observados é a perda neuronal, ou seja, a diminuição
da massa cinzenta em nosso encéfalo. Temos bilhões de neurônios e a perda de alguns é
esperada ao longo da vida do indivíduo, cujo se possui um funcionamento saudável do
cérebro, terá também um equilíbrio dessa perda neuronal no processo de plasticidade
neuronal. Já um indivíduo com dano, também terá a plasticidade neuronal, porém esta
estará mais comprometida e limitada.
Além disso, fatores ambientais podem ter uma grande influência nas questões
psicopatológicas. A depender da história de vida de um indivíduo, é possível notar muitas
vezes situações que potencializam as chances da progressão das psicopatologias.
Fatores como a alta prevalência das doenças, o fato de muitas dessas doenças serem
altamente debilitantes, comprometendo a motricidade do indivíduo, e também o fato
dessas doenças acontecerem muito cedo na vida de um indivíduo, pois começam a ser
manifestadas muito cedo no cérebro.

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ATIVIDADE 1 DE AULA 17/02/22

3 – Você acredita na correlação entre “desequilíbrio químico do cérebro” e


psicopatologias?
R: Fatores biopsicossociais estão diretamente ligadas às psicopatologias, sendo assim, é
justo dizer que o desequilíbrio ´químico no cérebro é uma das causas possíveis dentro da
psicopatologia´. Sendo assim, a depender da história de vida de um indivíduo, fatores
ambientais podem também apontar desequilíbrios que levam ao adoecimento.

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◎ O que se entende por Psicopatologia
seria na verdade Psicopatia, um
transtorno/doença mental
◎ Já o que dizemos comumente da
Psicopatia é, na verdade, Transtorno de
Personalidade Antissocial

AULA ◎ Um ´fármaco tentará fazer com o que o


patológico reverta para o estado
fisiológico
24/02
◎ Quando há quebra da nossa homeostase
há um estresse, há psicopatologia

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Etiologia – Causa das Doenças/Transtornos mentais

A Etiologia pode ser de 2 tipos:


• Adquiria (o indivíduo não nasceu assim, adquiriu ao longo da vida)  a causa é
externa ao indivíduo. Ex. pegar o corona, a pessoa foi infectada.
• Congênita (o indivíduo já nasceu com essa condição). Uma pessoa que nasce
com síndrome de down, por exemplo, teve uma alteração cromossômica.

Há casos, como a obesidade, que podem haver fatores congênitos (genéticos)


junto a comportamentos que são adquiridos. Na grande maioria das vezes os
transtornos mentais também são interações de fatores congênitos e fatores
ambientas (adquiridos).

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Estudos com gêmeos são muito utilizados para fazer uma análise do
desenvolvimento do curso de uma doença. Uma vez que gêmeos têm os
genes idênticos. Pode ser que uma doença seja manifesta em um gêmeo
e jamais no outro, isso pode ocorrer devido à questões ambientais.

Dois fatores ambientais ligados à esquizofrenia:


- Excesso de cortisol (estresse), especialmente na adolescência.
- A maconha.

Patogenia ou patogênese são todos os mecanismos desde a etiologia até a


manifestação da doença.

Fator de risco é a chance de uma determinada pessoa desenvolver uma doença.

O maior fator de risco para uma pessoa ter depressão ou transtorno bipolar são os
pais terem essas psicopatologias.

Um fator de risco para TEA é pouco intervalo entre as gestações de uma mulher
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Sinais e sintomatologia

Sinal é sempre uma característica que pode ser detectado e mensurado por um
profissional da saúde, tudo que é possível avaliar. (uma febre)

O sintoma não é mensurável e é completamente subjetivo, é tudo o que o


indivíduo relata ao profissional da saúde. (me sinto um pouco mal, um pouco
fatigado, etc.)

Na psicopatologia existem poucos sinais clínicos, pouca mensuração, portanto


muito mais sintomas.

Anedonia é a redução da capacidade


de sentir prazer.

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No período de patogênese não há aparição de sinais ou sintomas.

Chamamos o conjunto de sinais e sintomas: sintomatologia.

Pra ser um transtorno mental e não um sintoma passageiro, é preciso ter


significado clínico, ou seja, aquela sintomatologia deve envolver um grau de
prejuízo ao indivíduo em alguma esfera de sua vida e não serem sintomas
passageiros. Geralmente, os sintomas devem ser de no mínimo 6 meses.  se não
for feito um tratamento os sintomas pioram com o tempo.

A tristeza normal é passageira, a tristeza patológica só tende a piorar com o


tempo.

Diagnóstico: o meu paciente apresenta X transtorno. É quando há uma conclusão


de um quadro clínico (uma resposta objetiva à etimologia).E um diagnóstico
correto demora para ser fechado.

Diagnóstico diferencial (eu acho que é isso, mas pode ser outra coisa), é um grupo
de hipóteses.

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Prognóstico
Como o profissional da saúde pensa que aquela doença/transtorno irá
se manifestar no futuro.

A depender dos tipos de tratamento disponíveis é quando poderá se dizer se há


chances de um bom prognóstico.
- Prognóstico reservado: a probabilidade de melhora é baixa.
- Bom prognóstico: grande probabilidade de melhora/remissão (ausência de
sintomas)/cura
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◎ Estimulação Magnética Transcraniana  Pode
parecer similar a eletroconvulsoterapia.
◎ O paciente fica anestesiado e pode responder
muito bem quando os pacientes não respondem
à medicação.
◎ É um pequeno choque, uma onda
eletromagnética. Uma tentativa de forçar a
atividade neuronal.

AULA ◎ O Neurofeedback é uma tecnologia mais cara e


pouco acessível.
03/03 ◎ É um método não farmacológico com poucos
efeitos colaterais.

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Eletroencefalograma
Foi estabelecido um padrão de atividade neuronal onde foi considerado
que aquelas pessoas que apresentam um determinado padrão neuronal
é “normal”, ou seja, está na parte central da curva de Gauss, apresentando
um padrão “A”.
Quando o padrão neuronal não está dentro do centro, está na extremidade, é um
padrão “B”, a minoria das pessoas com características parecidas com às da
maioria apresentam esse padrão “alterado”.
Se o seu padrão está fora do centro, isso significa uma patologia.

ATIVIDADE - A Estimulação Magnética Transcraniana ou o Neurofeedback leva


em consideração a parte biopsicossocial?
São tratamentos que não análogos ou que substituem uma relação de
medicamentos. Uma vez que o foco cai especificamente na atividade neuronal, os
tratamentos não consideram que o indivíduo é um ser inserido numa sociedade e
de relações tanto com os aspectos psicológicos, bem como a interação do ser com
outros e o próprio ambiente.
Sendo assim, é necessário que ainda assim seja realizada, junto a esses
tratamentos, a psicoterapia. Pois não é eficaz levar em consideração apenas um
aspecto.
Principais transtornos da infância e da adolescência
Prevalência – número total de casos (número total estimado de
transtornos mentais). 16% da população mundial apresenta algum tipo
de transtorno.
Incidência – números novos de casos. (A incidência de transtorno mentais em
adolescentes aumentou com as redes sociais. Já havia uma prevalência – número
de casos – porém após as redes sociais a incidência – os números novos de casos
– aumentou).

Transtorno Mental

Se um transtorno mental não é identificado


quando ocorre desde a adolescência,
desfavorece um bom tratamento, podendo,
inclusive, nas fases adultas, pode evoluir para
outros transtornos, inclusive o Transtorno de
Personalidade Antissocial.
A QUANTIDADE DE AFETO QUE RECEBEMOS NA INFÂNCIA É
UM FATOR EPIGENÉTICO IMPORTANTE E ESTÁ ASSOCIADO
A UMA MAIOR OU MENOS SUSCEPTIBILIDADE AO
DESENVOLVIMENTO DE UM TRANSTORNO MENTAL.

Genoma = conjunto de genes.


O genótipo influencia em características físicas.

EPIGENÉTICA - FATORES AMBIENTAIS QUE TEM ESSA CAPACIDADE DE


INDUZIR O SILENCIAMENTO OU A EXPRESSÃO DE GENES.  Mas isso não
muda a sua genética.

“Uma mãe foi negligenciada na infância, teve altos níveis de cortisol e que podem
ter sido passados através da epigenética (transgeracional)” Caso a criança dessa
mãe receba muito afeto, pode ser que esse cortisol não se manifeste.

A epigenética é reversível, a genética não.


Um Transtorno Mental ou desordem cerebral, sempre se enquadram
em alguma categoria.
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TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
• Todos os transtornos do neurodesenvolvimento aconteceram antes
dos 18 anos de idade, todos apresentam início precoce.
• A patogenia começa já nas fases intrauterinas e o indivíduo teve uma alteração
no momento de formação do SNC. Os transtornos do desenvolvimento não
apresentam cura por conta do forte componente biológico associado a
alteração do desenvolvimento do SNC.
• Os transtornos do neurodesenvolvimento começam cedo e permanecem com o
indivíduo durante toda a vida.
• Há 2 tipos de transtornos:
• Globais – muito significativos, afetam de várias formas a vida dos portadores.
Deficiência intelectual, TEA e TDAH.
• Específicos – dislexia, prejuízo na leitura.

 Esse pode ter cura


TRANSTORNOS DA ANSIEDADE
• O principal sentimento envolvido é o medo de uma coisa que não
oferece perigo ou sente o medo sem nenhum motivo aparente.
• Há sofrimento do indivíduo e a sensação de medo não passa, afetando
atividades de vida diária.
• O mais prevalente em crianças é o Transtorno de Separação.  Na fase adulta
pode desenvolver para Transtorno do Pânico.
• A principal comorbidade é o Transtorno Depressivo Maior (depressão).

TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
• Transtorno depressivo maior é mais intenso, com mais sintomas.
• A distimia é um transtorno leve, uma depressão mais leve.
• Em crianças e adolescentes: maus-humor, psicosomatização maior, baixa-
autoestima, tristezas, medos, distúrbios do sono, enurese (xixi na cama), dores
abominais, baixo rendimento escolar, comportamento “antissocial”.

 GRÁFICO DO
HUMOR
TRANSTORNOS DISRUPITIVOS DO CONTROLE DE IMPULSOS E DE
CONDUTA

TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD)


São crianças muito desobedientes e mal-humoradas, de maneira patológica. São
mentirosas, manipuladoras, mas não há agressão física.
TRANSTORNO DE CONDUTA (TC)
Alguns autores definem como uma forma mais intensa do TOD, há a presença de
condutas agressivas e até podem cometer crimes. Maus tratos a animais, crianças
que podem fazer infrações sexuais

TRANSTORNOS ALIMENTARES
• Muito mais presente (prevalente) no sexo feminino.
• Perturbações graves no comportamento alimentar.
• Anorexia, bulimia e compulsão alimentar.
• Comorbidades: depressão e transtornos de personalidade (borderline,
histriônico – pessoas com necessidade excessiva de chamar atenção e
anancástico – pessoas com perfeccionismo extremo)
TRANSTORNOS EXTERNALIZANTES
São mais facilmente identificados, envolvem conflito com alguém ou
com o ambiente. Exemplo: TDAH. (crianças com TDAH tem o costume de
querer escalar as coisas, ficar irrequieta, pedir pra ir ao banheiro várias vezes)
Têm maior prevalência em crianças do sexo masculino.

TRANSTORNOS INTERNALIZANTES
Não são facilmente identificados. Exemplo: a depressão e ansiedade (distúrbios
pessoais).
Têm maior prevalência em crianças do sexo feminino.

Num geral, a maior prevalência de transtornos mentais, como um geral, são do


sexo masculino. Porém, há autores que dizem que a prevalência é similar entre os
sexos, porém no sexo feminino haveria uma subnotificação.
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ATIVIDADE – SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E JUVENTUDE
1 Cite uma variável importante para o diagnóstico de TDAH.
Tem que ter significado clínica, sintomas e sinais que não são passageiros.
Tem seu desenvolvimento nos âmbitos pessoal, social ou escolar prejudicado pela
condição;
Manifestam os sintomas em diversos contextos, como na escola, em casa ou em
outras situações cotidianas, por exemplo.

2 Explique as diferenças entre comportamentos externalizantes e internalizantes.


Comportamentos externalizantes são mais facilmente identificados, envolvem
conflito com alguém ou com o ambiente. Em geral, nota-se uma mudança brusca
no comportamento do indivíduo. No caso de jovens também estão associados
comportamentos impulsivos, descontrolados e possivelmente agressivos.
Já os eventos internalizantes não são facilmente identificados. , existe um controle
excessivo das emoções, isolamento social e inibição.
ATIVIDADE – SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E JUVENTUDE

3. Por que o internalizante pode ser subdiagnosticado?


À medida que vamos ganhando mais autonomia, desde as fases mais iniciais da
vida ou mesmo quando já somos adultos, encontramos dificuldades em expressar
eventos íntimos, seja por uma questão de não saber como expressar tal evento,
medo de julgamentos ou até mesmo por nem sempre sermos capazes de notar
determinadas mudanças em nós mesmos. Sendo assim, a busca por ajuda
profissional nem sempre se torna uma prioridade, pois àqueles que vêm o
fenômeno de fora, dentro de um senso comum, podem achar que “fulano é assim
mesmo” ou “virou assim e não tem conserto”, mas sem uma consciência em ter
uma opinião ou diagnóstico médico. Com isso, o registro de casos para
transtornos e distúrbios mais internalizantes se torna subdiagnosticado, pois
apenas uma parcela de pessoas busca ajuda e tratamento e em geral só quando já
estão em situação crítica.
ATIVIDADE – SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E JUVENTUDE

4. Por que jovens apresentam maior potencial em superar problemas de


desordens psíquicas?
Ao longo de nossa existência passamos por um processo chamado plasticidade
neuronal, ou seja, a capacidade de adaptação do nosso Sistema Nervoso frente
aos acontecimentos do meio ao longo de nossas vidas. Essa plasticidade tende a
diminuir com o avanço da idade, sendo assim, jovens estão em uma fase onde a
neuroplasticidade se dá num maior nível, ajudando que a adaptação ao meio seja
maior e em consequência dando maiores recursos neurológicos para a superação
de eventuais desordens psíquicas.
Neuroplasticidade funcional – nossos neurônios se comunicam através
das sinapses, porém a forma como eles se comunicam está em constante
mudança dentro do nosso sistema nervoso. E isso muda por conta da
interação do sujeito com o ambiente.

Neuroplasticidade morfológica – é a morte e nascimento de neurônios. Os


neurônios que morrem são aqueles que não estão sendo utilizados. No caso de
um Transtorno Mental há uma intensa morte neuronal.

• A capacidade regenerativa dos neurônios se esgota precocemente

• Algumas poucas regiões do sistema nervoso contém células tronco capazes de


se proliferar na vida adulta

• Neurogênese adulta é limitada

• Lesões nos corpos celulares de neurônios geralmente levam à morte

• Lesões nos prolongamentos pode acontecer a regeneração dessas


regiões no SNP
Our process is easy

first last

second

31
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO

◎ É uma categoria com diversos tipos de


transtornos.

Etiologia (Por que as crianças apresentam


Deficiência Intelectual?)

AULA - Algumas apresentam alterações em genes


específicos, causa genética e outras por causas
10/03 ambientais.

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ALTERAÇÕES GENÉTICAS DO NEURODESENVOLVIMENTO

- Síndrome de Down (T21) – alteração em um cromossomo inteiro, são


muitos genes a mais
- Fenilcetonúria (PKU) – alteração em um único gene, é bem menos severa que a
Down. Este gene codifica uma proteína chamada fenilalanina hidroxilase. A
função dessa proteína é ser uma enzima que quebram/modificam/metaboliza
uma molécula chamada fenilalanina (aminoácido). Obtemos este aminoácidos
quando nos alimentamos de alimentos proteicos.

A proteína é como se fosse um trem, um


vagão corresponderia a um aminoácido.

Nós absorvemos os aminoácidos.

Crianças com a fenilcetonúria não possuem a


fenilalanina hidroxilase, sendo assim, a fenilalanina
não são metabolizadas e se acumulam dentro
dos neurônios, causando deficiência intelectual.
ALTERAÇÕES GENÉTICAS DO NEURODESENVOLVIMENTO

- Síndrome do X frágil – alteração de um gene que fica localizado no


cromossomo sexual X.
- Cada cromossomo tem vários genes.
- No sexo masculinos muito sintomas se assemelham ao autismo, atraso
neuropsicomotor. No sexo feminino não são tão severas as alterações.
- Alteração do gene FMR1 no cromossomo X;
- A alteração faz com que o indivíduo não produza adequadamente uma proteína
essencial para o desenvolvimento das conexões entre as células nervosas e a
maturação das sinapses;
- Meninos: atrasos para alcançar marcos como engatinhar ou caminhar,
- comportamento hiperativo ou impulsivo, bater palmas ou morder, atraso de fala
e linguagem;
- Meninas: esse transtorno podem não apresentar outros sintomas além de
menopausa prematura ou dificuldade para conceber um filho; (apenas um X
afetado, o outro compensa a alteração)
- Associação entre a síndrome do X frágil com TDAH, bem como com outros
transtornos do neurodesenvolvimento, incluindo o do espectro do autismo.
CAUSAS AMBIENTAIS – DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL

◎ A pessoa não tem nenhuma alteração genética


◎ Não vem de nenhuma alteração genética
◎ Agentes teratogênicos (tudo aquilo capaz de
produzir dano ao embrião ou feto durante a
gestação)

AULA AGENTES TERATOGÊNICOS



17/03 ◎
Subnutrição materna
Infecções durante o período gestacional –
Rubéola, ex
◎ Anóxia (faltou oxigênio pro cérebro do bebê na
hora do parto) ou lesão cerebral durante o parto
◎ Parto prematuro
◎ Principal fator: Consumo de drogas - durante
período gestacional, principalmente o consumo
de álcool. (SAF – síndrome alcoólica fetal)

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CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO SAF

• Aparência facial característica


• Problemas de crescimento
• Anormalidade no SNC (visíveis em exames de imagem) –
deficiência intelectual
• Exposição materna ao álcool

DÉFICITS COGNITIVOS

• Dificuldade no processamento e integração de informações


• Dificuldade em tarefas que requerem atenção
• Volume cerebral reduzido e malformação do corpo caloso -
Interrompe um processo saudável de comunicação entre os
hemisférios esquerdo e direito. Dificulta coordenação motora.
• Síndrome de abstinência
• Alta suscetibilidade em abandono escolar devido a DI, diagnóstico de outros
problemas de saúde mental (depressão), desenvolvimento de transtornos
decorrentes do uso de substâncias e incapacidade de viver independente.
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DSM-5

São necessários 3 critérios para caracterizar DI:


• Déficit nas habilidades intelectuais gerais (teste de QI)
• Idade específica (antes dos 18 anos)
• Prejuízos adaptativos (comunicação, independência e vida social).

GRAU DE SEVERIDADE
Baseados em quão bem o indivíduos é capaz de se adequar nas habilidades 
leve, moderado, grave e profundo

Esferas
• Habilidade Conceitual: capacidade de aprendizagem (matemática, português...)
• Habilidade Social: interação com outras pessoas, responsabilidades, fácil de ser
enganado ou manipulado, se consegue seguir regras
• Habilidade Prática: o quanto uma pessoa consegue viver independentemente.
Se consegue comer sozinha, locomover-se, usar o banheiro, vestir-se, preparar
refeições, cuidar da casa, tomar medicamentos, lidar com dinheiro, usar o
telefone, habilidades ocupacionais, manter os ambientes seguros
EXEMPLOS DE GRAUS DE SEVERIDADE

Social
• Leve – Imaturo em situações sociais, dificuldade para regular as emoções e
para comportar-se de maneira adequada para a idade, ingenuidade.
• Moderado – Linguagem menos complexa do que a de seus pares, capaz de
vínculos sociais e emocionais com os outros, mas pode não ser capaz de ler os
sinais sociais de outras pessoas.
• Grave – Vocabulário e gramática limitados, capaz de entender dala e gestos
simples.
• Profundo – Entendimento muito limitado de fala e gestos na comunicação
social, pode expressar desejos e emoções de forma não verbal.
EXEMPLOS DE GRAUS DE SEVERIDADE

Prática:
• Leve – Pode ser capaz de cuidar de si mesmo, mas necessita apoio com tarefas
complexas na vida diária, como fazer compras, transporte, cuidado de crianças
e manejo de dinheiro.
• Moderado – Capaz de suprir apenas algumas poucas necessidades pessoais,
necessita de apoio e supervisão.
• Grave – Requer apoio e supervisão para atividades da vida diária, não pode
tomar decisões por si ou pelos outros, comum autolesão.
• Profundo – Dependente de outras pessoas para todos os aspectos de
atividades diárias, prejuízos físicos e sensoriais.
PREVENÇÃO

Primária:
• Promoção de saúde e proteção específica. Prevenção da condição que
resultaria em DI. Ex.: Prevenção do consumo de álcool pela mãe durante
gravidez.
Secundária:
• Diagnóstico e tratamento precoce. Ações para evitar que uma condição
existente resulte em deficiência intelectual. Ex.: instrução de dieta especial para
um indivíduo nascido com fenilcetonúria.
Terciária:
• Reabilitação. Ações para minimizar a gravidade de incapacidades funcionais
associadas com a etiologia ou para prevenir condições secundárias causadas
pelo próprio diagnóstico ou que se desenvolvem mais tarde na vida. Exemplo:
cirurgia corretiva para mal-formações cardíacas na Síndrome de Down
ATIVIDADE 17/03 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Leia as frases e responda “V” se a frase for verdadeira e “F” se a frase
for falsa. Em caso de frases incorretas, explique o que está errado.

1. A prevenção primária para DI tem menor custo e maior eficácia. (V)


2. O abuso de álcool por mulheres gestantes pode induzir alterações numéricas
nos cromossomos. (F) Falso: o abuso causa SAF e não é alteração
cromossômica/genética. Etiologia ambiental/epigenética.
3. O teste do pezinho pode detectar fenilcetonúria e T21. (F) Falso: fenilcetonúria
sim e o T21 não.
4. Transtorno de conduta é uma comorbidade frequente em crianças com DI e
também faz parte da categoria “transtornos do neurodesenvolvimento”. (F) Falso:
é comorbidade de DI, mas TC é um transtorno disrupitivo, outra categoria.
5. Os transtornos do neurodesenvolvimento iniciam na infância e geralmente,
quando tratados de forma adequada, desaparecem na vida adulta. (F) Falso: não
tem cura, mesmo tratado de forma adequada.
6. Os indivíduos podem apresentar DI a partir da idade adulta. (F) Falso: se
caracteriza antes dos 18 anos.
7. Indivíduo com DI que dependem completamente de outras pessoas para
realizar qualquer atividade em sua vida cotidiana, apresentam o grau profundo
em habilidades práticas. (V)
ATIVIDADE 17/03 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

8. Agentes teratogênicos são os principais responsáveis pelas causa


genéticas de DI. (F) Falso: não causam alterações genéticas.
9. A síndrome do X frágil apresenta maior prevalência no sexo masculino, já que
estes apresentam apenas um cromossomo X. (V)
10. Crianças com fenilcetonúria devem evitar todos os alimentos proteicos. (F)
Falso: não são todos os alimentos, são os proteicos de origem animal.
11. Recebem o diagnóstico de síndrome alcoólica fetal crianças que apresentam
aparência facial característica, problemas de crescimento e anormalidades no
sistema nervoso central, ainda que a mãe não tenha ingerido álcool durante o
período gestacional. (F) Falso: é necessária a comprovação do uso de álcool pela
mãe no período de gestação.
12. A T21 é caracterizada pela presença de um gene a mais no cariótipo do
indivíduo. (F) Falso: é um cromossomo inteiro a mais.
13. Para receber o diagnóstico de DI, basta o indivíduo apresentar QI inferior a 70.
(F) Falso: são três os critérios de diagnóstico.
14. A prevenção terciária em DI consiste em conscientizar a população em relação
ao consumo de drogas durante o período gestacional. (F) Falso: isso acontece na
primária. Terciária é já reabilitação.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - NEURODESENVOLVIMENTO

• A palavra autismo significa “por si mesmo”, remetendo à ideia de


fechar-se dentro de si, tornando-se alheios ao mundo social.
• No dia 02 de abril é o dia mundial da conscientização de TEA.
• Antigamente: autismo
• A partir do DSM-5: Transtorno do espectro autista.
• Variedades de distúrbios sociais e comunicativos, interesses e padrões de
atividade restritos.
• Não tem cura, mas dependendo da gravidade o tratamento é bem eficaz.
• Forte componente genético
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - NEURODESENVOLVIMENTO

• A palavra autismo significa “por si mesmo”, remetendo à ideia de


fechar-se dentro de si, tornando-se alheios ao mundo social.
• No dia 02 de abril é o dia mundial da conscientização de TEA.
• Antigamente: autismo
• A partir do DSM-5: Transtorno do espectro autista.
• Variedades de distúrbios sociais e comunicativos, interesses e padrões de
atividade restritos.
• Não tem cura, mas dependendo da gravidade o tratamento é bem eficaz.
• Forte componente genético

Exemplos de Déficits sociais/comunicativos


• Atrasos de uso da linguagem
• Evitam contato visual
• Alteração nas expressões faciais, gestos e posturas
• Não interagem com outras crianças
• Não gosta de colo ou aconchego
• Não se comunica com gestos (palma ou tchau)
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - NEURODESENVOLVIMENTO

Exemplos de Repetitivos e Interesses restritos


• Fixação pelo mesmo assunto ou brinquedos;
• Resistência ao novo, mantém sempre um mesmo padrão;
• Interesses limitados de forma muito específica;
• Movimentos repetitivos (tamborilar os dedos);
• Gosto restrito a poucos alimentos;
• Ecolalia (repetir o mesmo som repetidas vezes);
• Super especialistas em uma área específica que envolva seu foco de atenção.
Transtorno Desintegrativo da Infância

◎ Algumas crianças com transtorno do espectro


autista parecem se desenvolver normalmente
pelos dois primeiros anos de vida, mas, em
algum ponto antes dos 10 anos, começam a
perder as habilidades de linguagem e motoras,
bem como outras funções adaptativas,
incluindo controle do intestino e da bexiga. Essa
condição rara antes era chamada de transtorno
AULA desintegrativo da infância, porém o diagnóstico
foi eliminado do DSM-5 e é, agora, incorporado

24/03 ao transtorno do espectro autista.

50
TEA DE ALTO FUNCIONAMENTO, ANTERIORMENTE CHAMADO DE
TRANSTORNO DE ASPERGER

• Sintomas menos extremos;


• Diferença: não apresenta atraso no desenvolvimento intelectual e da
linguagem;
• Não apresenta DI associada;
• Podem evitar o contato visual ou, alternativamente, podem manter o olhar fixo
nos outros. Suas expressões faciais e posturas podem parecer incomuns;
• Tendem a se tornar preocupados com um conjunto limitado de interesses
(falam excessivamente sobre o assunto);
• Vocabulário rebuscado;
• Nos primeiros anos de vida, os pais tendem a ver seus filhos mais como
especialmente dotados do que como vítimas de um prejuízo;
• Quando adultos, geralmente muito bem-sucedidos no campo escolhido,
sobretudo em áreas como tecnologia e engenharia
SÍNDROME DE RETT
• Não pertence ao TEA;
• Criança desenvolve-se normalmente no início da vida (até os 4 anos) e,
então, começa a apresentar prejuízos neurológicos e cognitivos, incluindo
desaceleração do crescimento da cabeça e alguns dos sintomas de transtorno
do espectro autista;
• Síndrome ocorre quase exclusivamente no sexo feminino.
• Mutações no gene MECP2 (cromossomo X);
• Anormalidades na produção de uma proteína fundamental para o
desenvolvimento do SNC;
• Como a anormalidade genética está mais frequentemente presente no
cromossomo X de origem paterna, mas quase nunca se manifesta no pai, a
hipótese é de que a anormalidade genética ocorra durante a espermatogênese.
ETIOLOGIA
• Causas principalmente genéticas (cromossomos 2, 7 e 15)
• São mais de 200 genes relacionados
• Causas ambientais: idade parental (pais mais
velhos tem uma probabilidade maior de terem um filho com TEA),
medicamentos (valproato e antidepressivos), infecções, nutrição, pouco
intervaloentre gestações).

MODELOS DOS COPOS


• Imagine que cada pessoa é um copo. Uma pessoa com TEA vai ser um copo
com determinadas características biológicas e ambientais quando
ultrapassando um limite e que são representadas por bolas.
• Apenas fatores ambientais ou apenas fatores genéticos não são suficientes
para “encher o copo”.
• Modelo oligogênico (muitos genes associados) e multifatorial.
• O TEA é aditivo, a soma, a adição de fatores genéticos e ambientais associados.
ETIOLOGIA
• Causas principalmente genéticas (cromossomos 2, 7 e 15)
• São mais de 200 genes relacionados
• Causas ambientais: idade parental (pais mais
velhos tem uma probabilidade maior de terem um filho com TEA),
medicamentos (valproato e antidepressivos), infecções, nutrição, pouco
intervaloentre gestações).

MODELOS DOS COPOS


• Imagine que cada pessoa é um copo. Uma pessoa com TEA vai ser um copo
com determinadas características biológicas e ambientais quando
ultrapassando um limite e que são representadas por bolas.
REGIÕES ENCEFÉLICAS ENVOLVIDAS
• Cerebelo (desenvolvimento motor e coordenação motora, equilíbrio),
Córtex pré-frontal (diversas funções como sociabilidade,
desenvolvimento da linguagem, planejamento, funções executivas,
pensamento abstrato, atenção), áreas de associação (processamento de
estímulos visuais, auditivos, sensoriais)

AUTISMO E NEUROPLASTICIDADE
• Genes associados impactam em 2 fatores:
desenvolvimento da neuroplasticidade e ativação
de neurônios espelho.
• Interação de genes + ambiente + experiências
do bebê
• A criança tem o dobro de sinapses de um adulto,
pois quando uma criança nasce o cérebro não sabe
como o meio funcionará, portanto tem uma “reserva
sináptica”, sendo assim o cérebro lança circuitos para
inúmeras atividades.
• Com o tempo, dependendo da aprendizagem e desenvolvimento, o cérebro
passa a identificar as conexões sinápticas com maior frequência e as que não
são utilizadas, vão sendo eliminadas.
AUTISMO E NEUROPLASTICIDADE
• Há alteração da neuroplasticidade. Nosso cérebro fica mais funcional
quando ocorre-se a poda neural, no caso de crianças com TEA há um
déficit com o processo da poda neural, de maneira que há um excesso de
sinapses e conexões que deveriam ter sido podadas.

• A relação entre o autismo e os neurônios espelho: em seres humanos, não se


restringem a áreas motoras.
• São ativados os neurônios espelho:
• Atividades ao observarmos ações, comportamentos e sentimentos de outras
pessoas.
• Desempenham papel fundamental em relação à interpretação das ações
alheias; ajudam a predizer o comportamento alheio.
AUTISMO E NEUROPLASTICIDADE

• A área de brocar é bastante afetada, acarretando num déficit de linguagem.


Por conta dos neurônios espelho é que adquirimos nossas habilidades de
comunicação verbal e escrita, quando a área de brocar é afetada, então, as
crianças não conseguem imitar movimentos, gestos que são necessários para a
reprodução da fala ou de determinadas palavras.
ATIVIDADE TEA – 24/03/22
https://www.youtube.com/watch?v=Z_N4tvz49JY
• 1) Como as conexões neuronais no SNC das pessoas portadoras de
TEA poderiam explicar déficits cognitivos e algumas habilidades
exacerbadas?
• R: Cérebros de indivíduos portadores de TEA possuem uma hiperconectividade
em determinadas regiões do cérebro, esse excesso de atividades nessas regiões
podem causar tanto o déficit de um funcionamento tido como normal, mas
também podem estar associados a um super talento em uma atividade.
• 2) O que significa e expressão “a criança é uma esponja?”
• R: porque nos primeiros 5 anos de vida o cérebro é muito plástico e permeável,
qualquer exposição forma conexões de forma muito rápida, as crianças captam
as coisas de maneira muito rápida.
• 3) Qual a diferença entre neuroplasticidade regular e a neuroplasticidade em
uma criança com TEA?
• R: regularmente é esperado que o cérebro perca muitos neurônios que não
fazem sentido para o seu funcionamento dentro da história de vida de um
indivíduo, ocorre uma seleção de neurônios que ficam e que regulam um
funcionamento dito normal da atividade psico-motora-cognitiva. Num cérebro
com TEA há um déficit com o processo da poda neural, de maneira que há um
excesso de sinapses e conexões que deveriam ter sido podadas.
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade

◎ Transtorno do neurodesenvolvimento que


envolve um padrão persistente de desatenção
e/ou hiperatividade.
◎ Espectro
◎ Quais comportamentos constituem uma
condição diagnosticável não é inteiramente
AULA clara
◎ Hiperexcitação e distrabilidade: Incapacidade
31/03 de filtrar estímulos externos irrelevantes
(quando é psicopatologia? – Se prejudicam o
indivíduo, principalmente na escola e tem
sentido clínico, talvez seja TDAH)
◎ Pessoas com TDAH não têm um déficit de
cognição, não conseguem prender a atenção

59
3 tipos de TDAH
• Predominantemente desatento (pouca/nenhuma hiperatividade)
• Predominantemente hiperativo impulsivo (pouca/nenhuma desatenção)
• TDAH combinado (quando há desatenção e hiperatividade

• TDAH “tipo combinado”: indivíduos que satisfazem ambos os conjuntos de


critérios por pelo menos 6 meses
• TDAH “tipo predominantemente desatento”: indivíduos que satisfazem
os critérios para desatenção, mas não para hiperatividade, nos últimos 6 meses
• TDAH “tipo predominantemente hiperativo”: indivíduos que satisfazem os
critérios para hiperatividade, mas não para desatenção, nos últimos 6 meses.
(Tem comorbidade com o Transtorno de Conduta)

Sintomas
• É necessário que haja 6 sintomas de desatenção e/ou de hiperatividade por
pelo menos 6 meses. Para ser TDAH combinado é necessário constar os 6
sintomas em ambos aspectos.
• Sintomas de desatenção e de hiperatividade devem estar presentes antes dos
12 anos de idade.
• Sintomas devem causar prejuízo em dois ou mais contextos (tal como escola e
família)
61
62
Principais consequências do TDAH
• Escola: notas baixas e repetências
• Quando chegam à idade adulta, eles têm mais probabilidade de
desenvolver transtornos relacionados a substâncias
• Pessoas com TDAH continuam a vivenciá-lo durante a adolescência e a idade
adulta.
• A etiologia vêm sempre de uma relação entre fatores genéticos e ambientais

Fatores ambientais
• Complicações na hora do parto
• Dano cerebral
• Exposição a substâncias tóxicas durante o período gestacional
• Doenças infecciosas
• Estresse
Etiologia
• Genes associados à dopamina e noradrenalina
• Crianças com TDAH em um estudo revelaram que, em média, o volume
do seu córtex era 9% menor, e elas apresentavam interrupções nos
circuitos envolvidos na regulagem do controle motor; amygdala e hipocampo:
regulação das emoções.
Teoria do TDAH de Barkly (1997)
• Déficit do comportamento inibitório (perda da capacidade de frear
certos comportamentos inadequados, acontece no cortéx pré-frontal,
as ações ocorrem de forma impulsiva e não planejada)
• A inibição ou o controle inibitório obstrui as condutas e detém reações
automáticas inadequadas, passando de uma resposta para outra melhor e mais
considerada resposta que é adequada para a situação
• Córtex pré-frontal: “freio”; Dopamina e noradrenalina – perda do freio
• O déficit no controle inibitório acontecem em 4 áreas de funcionamento do
córtex pré-frontal
• 1. Memória operacional: dificuldade em lembrar coisas como prazos e
compromissos
• 2. Internalização de fala autodirigida: não conseguem manter seus
pensamentos para si mesmos ou realizar autoquestionamentos
• 3. Autorregulação de afeto, motivação e nível de excitação: A autorregulação
prejudicada do humor e da motivação fazem-nos exibir suas emoções
externamente sem censura, sendo ao mesmo tempo incapazes de autorregular
seu impulso e sua motivação
• 4. Reconstituição (correção de um comportamento): A capacidade prejudicada
de reconstituir torna as crianças menos capazes de resolver problemas, porque
são incapazes de analisar condutas e sintetizar novos comportamentos.
Teoria do TDAH de Barkly (1997)
• Déficit do comportamento inibitório (perda da capacidade de frear
certos comportamentos inadequados, acontece no cortéx pré-frontal,
as ações ocorrem de forma impulsiva e não planejada)
• A inibição ou o controle inibitório obstrui as condutas e detém reações
automáticas inadequadas, passando de uma resposta para outra melhor e mais
considerada resposta que é adequada para a situação
• Córtex pré-frontal: “freio”; Dopamina e noradrenalina – perda do freio
• O déficit no controle inibitório acontecem em 4 áreas de funcionamento do
córtex pré-frontal
• 1. Memória operacional: dificuldade em lembrar coisas como prazos e
compromissos
• 2. Internalização de fala autodirigida: não conseguem manter seus
pensamentos para si mesmos ou realizar autoquestionamentos
• 3. Autorregulação de afeto, motivação e nível de excitação: A autorregulação
prejudicada do humor e da motivação fazem-nos exibir suas emoções
externamente sem censura, sendo ao mesmo tempo incapazes de autorregular
seu impulso e sua motivação
• 4. Reconstituição (correção de um comportamento): A capacidade prejudicada
de reconstituir torna as crianças menos capazes de resolver problemas, porque
são incapazes de analisar condutas e sintetizar novos comportamentos.
Psicofarmacologia
• RITALINA - Metilfenidato

• AUMENTA ATIVIDADE CEREBRAL


• AUMENTA A CAPACIDADE DE ATENÇÃO
• PROLONGA VIGÍLIA

• É um psicoestimulante
• Principal mecanismo de ação: aumenta a disponibilidade da dopamina e da
noradrenalina na fenda sináptica.
Efeitos colaterais
• Frequência de efeitos colaterais de metilfenidato em crianças com TDAH,
Barkley e cols. descreveram 17 sintomas mais comuns em curto prazo;
• Redução de apetite e insônia são os principais efeitos colaterais;
• Sintomas comumente descritos como sendo causados pelo fármaco podem na
verdade ser atribuídos ao transtorno, tais como ansiedade, tristeza,
desinteresse e “olhar parado”
Efeitos colaterais
Efeitos colaterais a longo prazo
• Dependência, efeitos cardiovasculares e possível redução da estatura;
• Dependência medicamentosa do uso do metilfenidato é um risco mais
teórico do que prático;
• Geralmente, o paciente com TDAH consegue um bem-estar muito grande ao
utilizar a medicação, o que, na verdade, é um estímulo para manter seu
tratamento de forma adequada;
• Spencer et al: observaram que o déficit estatural de crianças com TDAH deve-
se ao próprio transtorno e não à medicação psicoestimulante utilizada;
Gittelman-Klein et al : observaram que pacientes que fizeram uso de
metilfenidato por dois verões consecutivos sem férias do medicamento tiveram
redução de 1,5 cm em comparação com os controles que tiveram férias da
medicação.
Transtornos motores
• O diagnóstico é dado quando observa atraso no desenvolvimento das
habilidades motoras, grossas e finas, que resultam em dificuldade no
desempenho das atividades escolares, de vida diária, no brincar e lazer;
• Geralmente são crianças inteligentes, com habilidades em muitas áreas, mas
que não conseguem desempenhar tarefas motoras com a mesma rapidez e
eficiência que os colegas da mesma idade;
• Mais comum em crianças prematuras; alteração em regiões cerebrais
relacionadas a circuitos motores

4 tipos de transtornos motores


• Transtorno do desenvolvimento da coordenação
1. Prejuízo marcante em suas capacidades de coordenar os movimentos das
mãos e dos pés;
2. Problemas para engatinhar, caminhar e sentar;
3. Elas podem ser incapazes de amarrar seus sapatos, jogar bola, completar um
quebra-cabeças ou mesmo escrever de forma legível;
4. Dificuldade esportivas → sobrepeso
4 tipos de transtornos motores
• Transtorno do Tique
1. Movimento ou uma vocalização rápidos, involuntários e recorrentes;

• Transtorno do Tourret
1. Combinação de movimento crônico e tiques vocais, sendo homens na maioria;
2. Em geral fazem movimentos incontroláveis com a cabeça e, às vezes, com
partes do tronco, ao mesmo tempo, realizam vocalizações que soam muito
bizarras ou obscenas;
3. Déficits nos mecanismos inibitórios do cérebro no córtex pré-frontal

• Transtorno do Movimento Estereotipado


1. Comportamentos repetitivos, aparentemente impulsivos (abanar as mãos,
balançar o corpo, bater a cabeça, se morder);
2. Cerca de 60% das crianças entre as idades de 2 e 5 anos realizam esses
comportamentos repetitivos, portanto eles são muito comuns; contudo,
apenas recebem o diagnóstico quando tais ações criam prejuízo significativo
(auto lesão)
Transtornos Específicos da Aprendizagem – Atraso ou déficit em sua
capacidade de adquirir uma habilidade acadêmica básica

• Transtorno específico da aprendizagem com matemática


1. Discalculia: padrão de dificuldades no sentido numérico, na capacidade de
aprender fatos matemáticos e em realizar cálculos corretos.
2. Criança: problemas para completar a lição de casa; adulto: incapaz de controlar
o saldo bancário

• Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na expressão escrita


1. Disgrafia: prejuízo na escrita; letra ilegível; não consegue utilizar linhas; letras
muito juntas; lentidão para escrever;
2. Disortografia: dificuldade na organização de palavras, usar adequadamente
regras gramaticais ou de pontuação e organizar parágrafos
Transtornos Específicos da Aprendizagem – Atraso ou déficit em sua
capacidade de adquirir uma habilidade acadêmica básica

• Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na leitura (dislexia)


1. Omitem, distorcem ou substituem palavras quando leem. Por consequência,
leem de uma forma lenta e hesitante;
2. Dificuldade em ler e escrever corretamente, no reconhecimento preciso e/ou
fluente da palavra escrita, dificuldade na habilidade de decodificação e em
soletração;
3. Dificuldades mais recorrentes são: para reconhecer letras e identificar fonemas
(ex: casa e zebra); troca de letras, inversões, omissão ou acréscimo de letras e
sílabas (ex: “parede” se decodifica como “padere”, confunde “margarida” com
“margarina”). Em texto corrido, ocorrem junções:
Exemplo: O amor faz o ser humano ser capaz de superar seus limites.

Mesma frase para um portador de dislexia: O amorfaz oser hum ano serca paz de
superarse uslimi tes
Causas prováveis da dislexia

ÁREA DE WERNICKE (VERDE LIMÃO)


• Compreensão da linguagem; interpretação simbólica da linguagem

CENTRO DA FALA (PRETO)


• Área de broca; expressão da linguagem, contém os programas motores da
fala; executa a articulação da fala.
• Participa do processo de decodificação fonológica e que vai organizar a
resposta motora com a finalidade de executar a articulação da fala após
receber o estímulo transmitido e processado pela área de Wernicke.
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO –
TRANSTORNOS DE COMUNICAÇÃO

• Transtorno da Linguagem
1. Não se expressam de forma adequada
2. Vocabulário limitado
3. Omissão de palavras. – Ex: “eu me divirto muito
ontem” ao invés de “eu me diverti”.

AULA • Transtorno do som da fala – Tartamudez (guagueira)


1. São incapazes de produzirem fala fluente. Eles
07/04 podem emitir verbalizações como repetições e
prolongamentos de sons, palavras cortadas,
bloqueio de sons. Substituições de palavras para
evitar termos problemáticos e palavras expressas
com um excesso de tensão.

75
• Transtorno de comunicação social (pragmática)
1. Dificuldade em estabelecer uma comunicação adequada;
2. Déficits no uso social da comunicação verbal e não-verbal (tal como
saber como cumprimentar pessoas ou interpretar a forma como são
cumprimentadas)
3. São incapazes de condizer sua comunicação com as necessidades do ouvinte,
tal como falar de forma diferente com crianças e adultos.
4. Em uma conversa, tem dificuldades para seguir as convenções sociais de
revezar-se ao falar;
5. Problemas para entender significados implícitos ou ambíguos (metáforas).
Atividade 07/04

Causas genéticas e Não tem cura Inicia na gestação


Afeta as
ambientais
comunicações
verbais e não verbais

Tem tratamento Fatores específicos e


globais Memórias
operacionais
TRANSTORNOS DISRUPITIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS
E DA CONDUTA
• Disruptivo: Ruptura de padrões; desobediência patológica ou crime;
• Indivíduos que têm dificuldade para regular suas emoções e seu
• comportamento e cujo transtorno viola os direitos dos outros;
• Externalizantes;
• Em crianças e adolescentes TOD e TC;
• Em adultos, exclusivamente, TEI
• Causa idiopática (quando não sabemos o porque acontece)

• TOD e TC têm cura, mas pode ser que desenvolvam Transtorno de


Personalidade Antissocial na fase adulta (homens) ou pode evoluir pra
transtorno de humor, no sexo feminino, como depressão
TRANSTORNOS DISRUPITIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS
E DA CONDUTA

TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR


• Humor irritável, comportamento questionador e desafiador e espírito vingativo
que resultam em problemas familiares ou escolares significativos.
• Esse transtorno é muito mais extremos do que a rebeldia normal da infância ou
da adolescência e é mais do que uma fase.
• Ressentidos, agressivos, rancorosos e donos da verdade.
• Incomodam outras pessoas de forma deliberada
• Costuma se tornar evidente entre as idades de 8 e 12 anos (principalmente no
sexo masculino, depois da puberdade no sexo feminino)
• Constante vitimização
• Meninos pré-adolescentes são mais propensos a desenvolvê-lo do que
meninas da mesma idade, mas após a puberdade, ele tende a ser igualmente
comum em homens e mulheres.
• Tendem a ser mais opositores com os pais.
TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR

Critérios de diagnóstico
Período mínimo de 6 meses; ocorrência frequente de pelo menos quatro
dos seguintes comportamentos:
1) Perde a calma com frequência;
2) Frequentemente tem discussões com adultos;
3) Constantemente desacata ou se recusa a obedecer a solicitações ou regras
de adultos;
4) Adota um comportamento bastante incomodativo;
5) Costuma responsabilizar os outros por seus erros ou comportamento
inadequado;
6) Mostra irritação com facilidade;
7) Geralmente está enraivecido e ressentido
8) Apresenta-se como rancoroso ou vingativo.
TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR

Graus de Severidade
Leve: os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (casa, escola, trabalho,
com colegas)
Moderado: alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes.
Grave: alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes.
TOD – TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR
• Dos 3 tipos de TDAH o que possui maior comorbidade com TOD é o
Hiperativo Impulsivo.
• A relação entre TOD e problemas emocionais é particularmente
intrigante : Tem sido sugerido que há aspectos afetivos do TOD que predizem
transtornos emocionais como ansiedade e depressão
• Considera-se que o TOD precede o TC, pois crianças que recebem, assim como
aqueles indivíduos com TC estão mais propensos a entrarem para a categoria
daqueles com TPAS (Transtorno de Personalidade Antissocial)
TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
• Indivíduos violam os direitos dos outros e as normas ou as leis da
sociedade; agressivos com pessoas e animais, destruição de
propriedade, fraude ou roubo e violações sérias de regras;
• Não possuem sentimentos de culpa ou remorso;
• 2 tipos: TC com início na infância (antes dos 10 anos) e TC com início na
adolescência.
• Falta de empatia.

DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• Forma mais básica de empatia
• Neurônios espelhos que são ativados ao observarmos o outro. Estão ligados à
linguagem, motricidade e contágio emocional.
• Aparece desde as primeiras semanas de vida.
• Adotar posturas, movimentos e expressões que observamos no outro.
• Ao quinto mês de vida, bebês já conseguem descriminar expressões faciais de
alegria, raiva, surpresa e outras emoções.
• Essa forma de empatia de ativação dos neurônios espelhos ligados a emoção
estão comprometidos.
DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• Com 1 ano de idade começam a aparecer 2º tipo de empatia, a de
solidariedade ou preocupação simpática.
• Olhar para a emoção do outro, ser afetado por ela, se preocupar em
consolar o outro.
• Crianças se manifestam por meio de atitudes que fariam sentido na vida delas
(utilizam as formas de consolo que aprenderam).
• Em torno de um ano, as crianças iniciam o processo de compreensão de que o
sofrimento não é delas, mas de outro, embora ainda pareçam confusas sobre o
que fazer.
• Em seguida, aparece um 3º tipo de empatia: tomada de perspectiva empática.
• Forma mais complexa de empatia;
• Envolve oferecer algo que é necessidade para o outro, considerando a história
de vida e interesses do outro;
• Como o outro compreende o mundo;
• Outros são diferentes, com desejos diferentes;
• Metáfora da boneca russa: ao longo do
desenvolvimento de empatia, um tipo
engloba o outro.
DESENVOLVIMENTO DA EMPATIA
• A pessoa com TC e TOD têm um problema com o desenvolvimento
da empatia, principalmente no 2º e 3ºs estágios do desenvolvimento
da empatia.
• O outro é uma entidade totalmente separada dele

TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
Critérios de diagnóstico
Presença de três (ou mais) dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, com
presença de pelo menos um deles nos últimos 6 meses:
1. Provocações, ameaças e intimidações frequentes;
2. Frequentes lutas corporais;
3. Utilização de arma capaz de causar sérios danos corporais;
4. Crueldade física para com as pessoas;
5. Crueldade com animais;
6. Roubo com confronto com a vítima;
7. Coação sexual;
8. Provocação de incêndio com a intenção de provocar sérios danos;
9. Destruição deliberada de propriedade alheia;
TC – TRANSTORNO DE CONDUTA
Critérios de diagnóstico
10. Invasão de casa, prédio ou automóvel alheio;
11. Mentiras frequentes para obter ganhos ou favores, ou para se
esquivar de obrigações;
12. Roubo de objetos valiosos sem confronto com a vítima;
13. Frequente permanência na rua à noite, apesar da proibição dos pais (início
antes dos 13 anos);
14. Pelo menos duas fugas de casa enquanto vive na casa dos responsáveis legais;
15. Faltas frequentes à escola (iniciando antes dos 13 anos)

ETIOLOGIA
• Predisposição associada aos seguintes fatores na
literatura: Rejeição e negligência parental (principal:
maus tratos na infância), práticas inconsistentes de
criação dos filhos com disciplina severa, abuso físico ou
sexual, falta de supervisão, mudanças frequentes dos
responsáveis pela criança e família muito numerosa.
• Alguns sugerem que TOD apresenta importante sobreposição genética com TC,
enquanto outros estudos indicaram propriedades únicas para cada
ESTUDOS COM GÊMEOS
• TC em 1.100 pares de gêmeos MZ (monozigóticos, gêmeos idênticos)
de 5 anos de idade;
• Gêmeo com TC, 25% de chance de o outro também manifestar,
quando seus pais os maltratavam fisicamente;
• Em contrapartida, aquelas crianças com risco genético baixo que foram
submetidas a maus tratos físicos tinham apenas 2% de chance de desenvolver o
TC.

EXISTE CURA?
• Ainda não há um conhecimento a respeito, porém, existe a possibilidade de
mudar o comportamento de crianças com o TC, e evitar que se tornem agressores
mais tarde;
• A maioria das crianças com TC tem histórias de desafio de oposição. Entretanto,
muitas crianças com transtorno de oposição desafiante o superam quando
chegam à adolescência, desde que não tenham outro transtorno, tal como
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH);
• Estudos mostram que pelo menos 50% das crianças com TC desenvolvem TPAS
IMPACTOS NO CÉREBRO
• Todo transtorno mental tem uma relação com o córtex pré-frontal,
a sua função é fazer o controle inibitório, diminuir a impulsividade e
aumentar o autocontrole. Nos transtornos mentais, acontece o
inverso.
• Há uma maior atividade nas amigdalas cerebrais, que estão associadas a
emocionais negativas, como raiva, medo, explosões emocionais, rancor.
• Sendo assim, o córtex pré-frontal tem menos atividade e as amigdalas tem
maior atividade.
• Monomania oxidase A (MAO – A) – Enzima que regula a quantidade de
serotonina no SNC. A deficiência de serotonina ocorre numa alteração na
atividade dessa enzima. A MAO-B está associada à quantidade de dopamina.
ATIVIDADE 14/04/2022

• TC envolve agressividade (a pessoas, • Falta de afeto na primeira • Problemas emocionais podem


animais), mais severo que TOD. infância indicar fatores genéticos, pois
são encontrados tanto em
• TC – crueldade e falta de empatia, • Violência física e violência
Beth como em Jonathan
comprometimento na ativação de psicológica
neurônios espelhos.
• Alcoolismo materno durante
• TC tem menor perspectiva de cura que o período gestacional
o TOD, maiores de chances de
diagnóstico de TPAS na fase adulta.
• TC envolve comportamento criminoso e
coação sexual
AVALIAÇÃO

• Dia 28/04 – prova


• Matéria – Até TOD e TC
• Matéria que caiu na N1 não cairá na N2

AULA
14/04

90
COMPORTAMENTOS AUTODESTRUTIVOS NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
• Acontece mais na adolescência, na infância é mais raro.

Envolvem: abuso de substâncias (Transtorno por abuso de substâncias,


autolesão e comportamento suicida).

ABUSO DE SUBSTÂNCIAS
• Quando uma pessoa faz uso de alguma substância química que gera
dependência, chamamo-la de droga de abuso.
• PODEM SER: MEDICINAIS, LÍCITAS OU ILÍCITAS (ATUAM NO SNC)
• Existem diferenças entre remédio, drogas, fármaco e medicamentos.
• Drogas de abuso: são substâncias químicas que podem causar dependência.
• Existem medicamentos que também podem gerar dependência
(psicoestimulantes, benzoadipínicos - bzds) que quando utilizados
indiscriminadamente, mesmo suas finalidades sendo terapêuticas.
• Substâncias Lícitas: álcool e nicotina.
• Substâncias ilícitas: cocaína, craque, maconha, LSD, MD e etc.
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS • Barbitúricos – depressora –
medicamentos pra tratar insônia,
• Quando uma pessoa utiliza uma ansiedade e convulsão
substância por conta própria, de • Analgésicos opiódies (morfina) –
forma abusiva, seja lícita ou ilícita, depressora
inclusive medicamentos, podem
• Substâncias voláteis (anestésico – ketamina)
causar dependência. Importante: são – depressora
drogas escolhidas e tendem a
gerar um prazer imediato.
• Hoasca (santo daime) – enteógico – DMT
dimetiltriptamina, Maior ativação de
• Psicotrópicos: atuam no sistema neurônios, do córtex cerebral – Perturbadora
(de alguma forma altera a percepção de
nervoso central, atua e modifica a
sentidos e pode causar alucinações)..
atividade neuronal, de alguma forma.
Todas as drogas são psicotrópicas. • Tabaco (nicotina) - Estimulante
• Drogas de abuso: alteram e deformam • Anfetaminas - Estimulante

a atividade neuronal e transmissão de • Cafeína – Estimulante


neurotransmissores.
Ilícitas

DROGAS MAIS UTILIZADAS • Heroína – Depressora

Lícitas • Maconha (cannabis) – perturbadora

• Álcool (etanol) – depressora (reduz atividade • LSD – perturbadora


neuronal) – altera a atividade inibitória do • Cocaína – Estimulante
pré-frontal
• Ecstasy - estimulante
• Benzodiazipinicos - depressora
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS
• Todas as drogas de abuso, lícitas e ilícitas, ativam a via de recompensa
cerebral e causam sensações prazerosas/euforia.

• DEPENDÊNCIA: quando a pessoa prioriza a utilização da droga, apesar de


todos os danos. Controle prejudicado (fissura), prejuízo social, uso arriscado e
alterações no SNC (tolerância e abstinência). Se a pessoa possui 2 desses
fatores, já não se pode dizer que faz uso recreativo, isto é, faz o abuso da droga

VIAS DE RECOMPENSA CEREBRAL


• Recompensa: as drogas trazem recompensa
para o usuários, seja por produzir sensações de
prazer, aliviar tensões ou alterar o humor e a
percepção.
• Reforço: Tendência da droga produtora de
prazer levar à repetida auto-admininstração.
• Positivo: organismo age para ter
recompensa = sensação agradável.
• Envolve principalmente a região do
Núcleo Accumbens (conjunto de neurônios
associados a sensações prazerosas, utilizam
como neurotransmissor a dopamina).
VIAS DE RECOMPENSA CEREBRAL
• Tudo o que aumenta a atividade dopaminérgica no núcleo accumbens
causa prazer, em pessoas com ou não em estado de abuso de
substâncias.
• O núcleo accumbens também é conhecido como centro do prazer cerebral.

• Biologicamente, esse sistema visa garantir a sobrevivência, através da


motivação de comportamentos, tais como: comer, beber, reproduzir-se.
• O ato de comer ativa a via de recompensa, alimentos gordurosos ativam de
forma mais intensa essas vias, o que pode ser uma das
causas da compulsão alimentar.
• Nem tudo o que ativa a via de recompensa
cerebral causam dependência. Ex: olhar uma
foto bonita, fotos de bichinhos, etc.

• Ativar a via de recompensa significa


aumentar a liberação de dopamina
no accumbens.  Quando acontece
pelas drogas, podem ocorrer de forma
mais forte, 10x mais. A dopamina fica por mais
tempo em nosso organismo.
VIAS DE RECOMPENSA CEREBRAL
• Esse excesso de dopamina no accumbens é a euforia.
TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA FÍSICA
• Todo neurotransmissor pra ter a sua atividade, precisa de um receptor.
• Ao longo do tempo a liberação de dopamina continua alta, porém os
receptores do neurotransmissor vão reduzindo. Não podendo serem
captados, esses neurotransmissores ficam soltos no organismo.
• Além da dopamina, algumas
drogas de abuso envolvem o
glutamato, um
neurotransmissor que
participa da memória e da
aprendizagem. Por
consequência, o abuso de
drogas de longo prazo pode
baixar reduzir receptores
glutamatérgicos e, portanto,
leva-lo a vivenciar prejuízos
na memória.
• SINTOMATOLOGIA FÍSICA
Síndrome de abstinência
• Glutamato é um neurotransmissor relacionado a memória e aprendizagem.
DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
• Sempre que há a ativação da via de recompensa, o hipocampo, que
participa da formação de memória, está associado.
• Tudo o que envolve a emoção (formação de memória no hipocampo),
ocorre uma formação muito reforçada do traço de memória da sensação
prazerosa.  Isso causa que muitos dependentes químicos tenham um alto
índice de recaída, ou seja, ao lembrar da droga ou sensação de prazer, a pessoa
então sente vontade.

• Tolerância: A pessoa precisa aumentar progressivamente a dose da droga para


produzir o efeito desejado ou o efeito de uma dada dose diminui ao longo do
tempo.
• Abstinência: efeitos físicos e emocionais inconvenientes ocorrem quando a
utilização da droga é interrompida.
DSM - V
• Diagnóstico por abuso de substâncias: dois tipos – tolerância e estado
de abstinência;
• Transtorno por uso de substâncias (tolerância); - pode ter cura, pode ser
reversível.
• Transtorno induzido por uso de substâncias (abstinência); - mais difícil de ser
tratado, quando um indivíduo está há anos sem utilizar a substância, está em
remissão.
• Embora muitas pessoas comumente se refiram a esses transtornos como
representando uma “adição”,
os autores do DSM-5 preferem
o termo “transtornos por uso de
substâncias”, por ser mais
neutro;
• Comorbidade de uso de
substâncias e outros transtornos;
• Indivíduos com transtorno
de humor e ansiedade são mais
propensos.

• CAUSA OU CONSEQUÊNCIA?
ADOLESCÊNTES SÃO MAIS PROPENSOS A DROGAS
DE ABUSO
• O uso de drogas em geral inicia na adolescência, que
é também a
época de maior vulnerabilidade para outros
transtornos psicológicos.
• O consumo precoce também é um fator de risco
para posterior
transtorno ou por uso de substâncias.

AULA Devido a
• Neuroplasticidade: quanto mais cedo o inicio de uso
05/05 de drogas, maior o risco de dependência. Isso ocorre
devido à plasticidade neuronal, que quando
estimulada, provoca um rearranjo sináptico.

• As maiores mudanças decorrentes da utilização de


drogas, ocorrem no córtex

99
ATIVIDADE 05/05
• Explique o que são opióides?
R: droga extraída da papoula antigamente, atualmente são produzidas
em laboratório. É um forte inibidor de dor, substância analgésica que
causa euforia (sensação de prazer), faz a ativação das vias de recompensa no
núcleo accumbens, pois dá uma grande impulso de dopamina nessa região. Morfina,
codeína e heroína são exemplos.

• Nosso corpo é capaz de produzir opiódes? Explique.


R: Sim, produzimos a endorfina ou betoendorfina. Nossos receptores opióides estão
em nosso cérebro para se ligarem à endorfina, neurotransmissor analgésico para criar
euforia. A endorfina é endógena, isto é, nosso próprio corpo produz. As substâncias
sintéticas ão exógenas (que vêm de fora do corpo), como a heroína.

• Por que os opioides causam dependência?


R: Ativam a via de recompensa cerebral, liberando dopamina no accumbens e
causando o reforço positivo, levando o indivíduo a fazer posteriores usos.

• Explique a relação entre uso crônico e tolerância aos opiodes.


R: Ocorre uma down regulation de opioides (diminuem a quantidade de receptores
opioides), sendo assim é preciso de uma dose maior para gerar o efeito esperado.
Também ocorrem a diminuição dos receptores de noradrenalina. Há um ponto que o
indivíduo faz uso para aliviar os sintomas de abstinência físicos.
Autolesão - FAZER ALGO CONTRA SI SEM A INTENÇÃO DE MORRER
• Pacientes não pretendem que os atos sejam letais (mas pode ser fator
preditor);
• Principais fatores de risco: transtornos psiquiátricos, problemas
familiares, abuso de substâncias.
• Principais fatores de proteção: prática de esportes (ensina a perder, tolerar
frustrações, trabalhar em equipe)
• Formas mais comuns: mutilação ou corte; queimadura e quebra de ossos;
• Principalmente entre 12 e 15 anos;
• Mais frequente em meninas;
• Muitos escondem as lesões;
• Principal motivo: sensação prazerosa.

• Sempre quando temos sensação de dor física ou mesmo estamos em situação


de grande estresse há liberação de endorfina em nosso organismo. A autolesão
vem como um alívio da dor emocional pela liberação da endorfina (substância
analgésica) em nosso corpo.
• Dor  endorfina  conforto e relaxamento  sensação melhor que a angústia
anterior  redução da ideação suicida (a pessoa se sente melhor).
• Ao mesmo tempo que produzimos adrenalina também produzimos cortisol e
endorfina.
SUICÍDIO
• Comportamento suicida – pensamentos sobre provocar
intencionalmente danos ou a morte autoinfligidos (ideação suicida)
e atos que causaem danos (tentativa de suicídio) ou a morte (suicídio);
• Antidepressivos e ideação suicida.
• Terceira maior causa de morte entre adolescentes (atrás apenas de violência e
acidentes de trânsito);
• OMS: No Brasil, a cada 46 minutos uma pessoa comete suicídio;
• Média mundial: adultos 6 a cada 100 mil hab., adolescentes 9 a cada 100 mil
hab.;
• Meninas: ideias e tentativas suicidas cerca de 2x mais que meninos;
superdosagem de drogas ou se cortando;
• Meninos: morrem por suicídio 4x mais; usam métodos mais letais (armas de
fogo, enforcamento ou saltar de alturas).
ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS
PSICÓTICOS

PSICOSE
• Perda de contato com a realidade.
• Refere-se a sintomas como delírios e alucinações,
pensamentos e falas desorganizadas,
comportamento motor estranho, movimentos
estereotipados, movimentos bizarros (catatonia ou
AULA fala excessivamente).
• Esquizofrenia = principal tipo de psicose.
12/05 • Etimologia: frenia = mente; esquizo = fragmentada,
dividida.
• O médico francês Benedict Morel descreve como
uma doença denominada como démence precoce
(demência cerebral do jovem)
• Manifesta-se na adolescência, à partir dos 15 anos,
mas já ocorre antes. É um transtorno mental de
pessoas jovens. Em crianças é raro.
• Acomete 1% da população mundial.

109
DELÍRIOS X ALUCINAÇÕES
• Alucinação: experiências sensoriais reais baseadas em coisas irreais;
visual, auditiva, tátil, olfativa e/ou gustativa.
Ex: ouvir vozes, alucinações visuais com imagens que parecem reais.
• Delírio: Interpretação distorcida da realidade (não envolve nossos sentidos);
Ex: Perseguição e megalomania.

ESQUIZOFRENIA
• Sintomas positivos: a maioria da população não apresenta, mas indivíduos com
esquizofrenia podem apresentar mais. Sintomas que aparecem, relacionadas ao
excesso de dopamina em algumas regiões do SNC.
-> Delírios
-> Alucinações
-> Exageros na linguagem e na comunicação
-> Comportamento desorganizado
• Sintomas negativos: o contrário d, sintomas que diminuem na presença de pessoas
com esquizofrenia. Relacionados a falta de dopamina em outras regiões do SNC.
-> Embotamento afetivos
-> Alogia – redução da lógica
-> Avolição
-> Anedonia – redução de sensações prazerosas
-> Redução de sociabilidade
-> Prejuízo na atenção
ESQUIZOFRENIA
• Há, ao mesmo tempo, o excesso e a falta de dopamina no SCN de
um esquizofrênico, porém em regiões diferentes do cérebro.

ALTERAÇÕES NAS ESTRUTURAS ENCEFÁLICAS


• Alta perda neuronal. Os indivíduos podem apresentar, principalmente nos casos mais
severos, o ventrículo cerebral aumentado. Esse ventrículo é um “buraco”/câmara
preenchido por líquor (que protege e nutre). Perda de massa encefálica.
• Etiologia: associação entre causas genéticas e causas ambientais.
• Alterações nos neurotransmissores de dopamina e glutamato. Pelo menos 19 ou 20
genes dispersos entre os cromossomos 1, 2, 5, 6, 8, 11, 13, 14, 19 e 22.

PRINCIPAIS FATORES AMBIENTAIS


• Estressores farmacológicos: abuso de substâncias, principalmente a maconha. Dose-
dependente (quanto mais o indivíduo utiliza a droga, maiores são as chances de
desencadear esquizofrenia)
• Estressores sociais: sair de casa para entrar na faculdade, desemprego, morte de alguém,
romper relacionamentos, etc. Agentes ambientais iniciam mudanças epigenéticas.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• Há um período específico em que os surtos psicóticos aparecem mais vezes.
• Esse período corresponde à FASE ATIVA (período no qual o indivíduo tem os
surtos psicóticos). Tem duração de pelo menos 30 dias consecutivos, de forma
frequente, principalmente, os sintomas positivos, podendo também haver alguns
dos sintomas negativos.
• Antes da FASE ATIVA, o indivíduo tem a FASE PRODRÔMICA (sintomas amenos, leves de
esquizofrenia, principalmente sintomas negativas. É uma alteração sutil de
comportamento. Nessa fase, às vezes, também podem ocorrer sintomas positivas, mas de
forma muito leve.
• Após esses 30 dias de FASE ATIVA, o indivíduo deve apresentar a FASE RESIDUAL
(alteração sutil no comportamento), envolvem majoritariamente sintomas negativos, mas
se apresentar sintomas positivos, também são leves.
• Essas fases devem estar presentes, por no mínimo 6 meses.
ATIVIDADE 12/05
1 – Sintomas positivos: delírio de grandeza e de paranoia (acha que o amigo
tenta sabotá-lo). Comportamento desorganizado (movimentos
estereotipados). Sintomas negativos: possível redução afetiva
(embotamento), terminou um relacionamento que descreveu como não
sentir mais nada. Teve prejuízo na atenção e não tem vontade de estudar, além da falta
de motivação.

2 – Fase pré-vestibular e a cobrança da família geraram estresse em demasiado


(estressores sociais) e foram associados ao uso da maconha (estressor farmacológico).
Devido ao seu histórico, nota-se que a mãe teve anorexia, durante o período gestacional
pode ter havido subnutrição,. Dois parentes seus morreram por doenças mentais, isso
pode denotar a presença de genes.

3- Sintomas negativos - redução da dopamina na via mesocortical. Sintomas positivos -


aumento da dopamina na via mesolimbica. Atrofia cerebral, perda intensiva de neurônios
também são outros exemplos.
Atividades

São 8 atividades ao total, entregar, pelo menos 7

• Enviar para: fmuatividades2022@gmail.com


• Todas atividades em um único e-mail
• Título do e-mail: Nome Completo
• Data: 31 de maio
AULA
19/05

128
PERTURBAÇÕES DO HUMOR E TRANSTORNOS ANSIOSOS NA
NFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
• Transtornos depressivos na infância, são bastante peculiares.
• Transtornos bipolares na infância são raros, quando ocorrem na fase
da infância e adolescência são similares aos dos adultos.

TRISTEZA x DEPRESSÃO
• Transtorno tem significado clínico (envolve grau de prejuízo, não são sintomas
passageiros).
• Quando é um sentimento normal da vida (tristeza) tende a melhorar com o
tempo, quando é um transtorno, dificilmente melhoram sem um tratamento.
• Alterações no humor que se desviam significativamente do estado emocional
basal ou habitual do indivíduo.
• Disforia: humor triste excepcionalmente intenso. É mais comum quando
crianças e adolescentes o mau humor e irritabilidade, podendo ou não haver
tristeza.
• Eutimia: eu= normal. Timia = humor
• Distimia: dis= depressão
PERTURBAÇÕES DO HUMOR E TRANSTORNOS ANSIOSOS NA
NFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

• No transtorno depressivo, o fator causal (ambiental) é caracterizado


por uma situação de grande estresse sofrido. Há situações onde os gatilhos
ambientais nem sempre ficam muito claros.
• Em crianças há uma alteração motora que pode caracterizar hiperatividade e
em alguns casos uma grande diminuição.
• Pessoa eutímica, até pode
oscilar, mas não são grandes
alterações.
• As alterações serão
percebidas quando,
dentro da escala de humor,
há uma polarização
podendo ser de depressão
maior ou a mania.
• A depressão também pode
ser conhecida como
Depressão Unipolar
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: DEPRESSÃO MAIOR

A. Pela maior parte do tempo, quase todos os dias, por um período


de 2 semanas, e pessoa vivencia pelo menos CINCO dos seguintes
critérios. Anteriormente, ela deve ter experimentado uma mudança de
funcionamento, e pelo menos um dos sintomas devem estar presentes.
• 1. Humor deprimido. Em crianças e adolescentes o humor pode ser irritável em
vez de triste.
• 2. Anedonia (redução de prazer). Em crianças pode-se notar o desinteresse por
esportes ou brincadeiras.
• 3. Alterações no apetite e no peso. Em crianças deve-se atentar para o fato de
que apenas o ganho de peso menor do que o esperado corresponde à perda de
peso em adultos. Em Crianças, como estão em fase de desenvolvimento, podem
até ter um aumento de peso, mas menor do que o esperado para aquela faixa
etária.
• 4. Insônia ou hipersonia (quando dorme muito ou mesmo nem levantam da
cama, autocuidado prejudicado).
• 5. Diminuição da atividade psicomotora. Em crianças observa-se tom de fala
monotonal (fala lenta) e alteração da atividade motora, podendo ser muita ou
pouca.
• 6. Fadiga ou perda de energia.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: DEPRESSÃO MAIOR

• 7. Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva inadequada.


Em crianças, ideias de não ser amado de ser um peso para a família.
• 8. Dificuldade para manter a concentração ou tomar decisões. Repercussão no
rendimento escolar.
• 9. Pensamentos recorrentes sobre morte. Em crianças pode ser observada
vontade de desaparecer, fugir, ou ideação suicida, planos ou tentativas de
suicídio. Crianças querem “dormir eternamente”.
• Tentativas de suicídio ou o suicídio de fato são amis característicos na
adolescência, a partir dos 11 anos de idade.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
C. O episódio não pode ser atribuído aos efeitos fisiológicos de uma substância ou
outra condição médica.
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é bem mais explicada por
transtorno do espectro da esquizofrenia. Os sintomas negativos da esquizofrenia,
assemelham-se aos do transtorno depressivo maior. Se a pessoa tem esquizo, o
que parece depressão, na verdade são esses sintomas negativos.
E. Nunca houve um episódio maníaco ou hipomaníaco. Se houve pelo menos um
episódio, então é transtorno bipolar.
CURSO E PROGNÓSTICO

• Pode atingir crianças com menos de 6 anos (tem início habitualmente


entre 10 e 17 anos);
• Duram em média mais tempo entre as meninas: ↑ risco de recaída;
• Cerca de 15 a 30% dos adolescentes com sintomas depressivos são
diagnosticados com Transtorno Bipolar antes da idade adulta;
• Medicamentos antidepressivos? São os medicamentos mais utilizados em todas
as faixas etárias e tratam apenas a depressão e não o TB. E não devem ser
utilizados na TB, o antidepressivo pode piorar a fase da mania.
• Para TB: estabilizadores de humor, tipo o Lítio, carbamazepina.
• Psicossomatização: quando a pessoa tem alguma alteração
psicológica, mas no corpo se manifesta como dor física.
• Duram em média mais tempo entre as meninas: ↑ risco de recaída;
• Cerca de 15 a 30% dos adolescentes com sintomas depressivos são
diagnosticados com Transtorno Bipolar antes da idade adulta;
• Medicamentos antidepressivos? São os medicamentos mais utilizados em todas
as faixas etárias e tratam apenas a depressão e não o TB. E não devem ser
utilizados na TB, o antidepressivo pode piorar a fase da mania.
• Para TB: estabilizadores de humor, tipo o Lítio, carbamazepina.
Drogas de abuso
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: DISTIMIA

Pessoas com transtorno depressivo persistente (distimia) têm, por pelo


menos 2 anos (1 ano para crianças e adolescentes), um conjunto mais
limitado dos sintomas que ocorrem com o transtorno depressivo maior,
incluindo distúrbios do sono e do apetite, energia baixa ou fadiga, autoestima
baixa, dificuldade com concentração e tomada de decisão e sentimentos de
desesperança (pelo menos dois destes sintomas). Entretanto, as pessoas com
transtorno distímico no momento presente não satisfazem os critérios para um
episódio depressivo maior.
TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR

O diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor


é usado para crianças que exibem irritabilidade crônica e grave e têm
explosões de raiva frequentes que ocorrem, em média, três ou mais vezes por
semana durante pelo menos um ano. Entre esses episódios, as crianças com esse
transtorno são extremamente irritáveis.

• Tentativas de suicídio ou o suicídio de fato são amis característicos na


adolescência, a partir dos 11 anos de idade.
TRANSTORNO BIPOLAR
• No TB ora o indivíduo está no extremo do polo positivo (mania severa),
ora está no extremo do polo negativo (depressão severa), podendo ter
momentos de eutimia.
• Quando o indivíduo apresenta os sintomas de depressão, são iguais os da
depressão maior.
• Quem apresenta só mania, sem apresentar fases depressivas, é considerada
com o Transtorno Bipolar tipo 1.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCNTES


• São os mesmos para Transtorno Bipolar na vida
adulta. Porém, os sintomas são menos claros em
crianças e adolescentes.
• 70% dos casos não atendem os critérios
diagnósticos clássicos.
• Muitas vezes não apresentam episódios claros
de mania e depressão.
Nunca vai para uma depressão maior e
nem para a hipomania
Fatores ambientais: evento muito traumático, tipo uma tragédia. 75%
dos casos de depressão acontecem devido a evento traumático.
E a utilização de drogas e o estresse também no transtorno bipolar.
Para a depressão, principalmente estresse.
• As regiões afetadas sofrem de grande perda neuronal,
principalmente nas regiões do córtex pré-frontal e no hipocampo.
• Um dos primeiros sintomas da depressão é a pessoa começar a
esquecer o que ia dizer.

• DA = Dopamina | 5HT = Serotonina | NE = noradrenalina (noraepinefrina).


• Esses 3 neurotransmissores juntos são responsáveis pela qualidade de humor e
são chamados de monoaminas (mono =1, aminas = aminoácidos).
• Quando as monoaminas estão baixas, temos uma tristeza normal,
porém níveis extremamente baixos representam o Transtorno de
Depressão.
• E quando estão levemente mais elevadas, sentimos felicidade, quando
acontece o exagero, há o comportamento de mania.

• Intervenções não farmacológicos: uma boa dieta (nutritiva e rica em alimentos


com triptofano) e FATOR NEUROTRÓFICO DERIVADO DO CÉREBRO (BDNF
que protege neurônios contra a morte neuronal e estimula o nascimento de
novos neurônios). A pessoa com depressão tem redução de BNDF e os
antidepressivos vão tentar aumentar a produção dessa proteína.
• Atividade física aeróbia, aumenta de forma aguda o BDNF.
Transtornos de Ansiedade

• É uma categoria que engloba diversos transtornos.


• É necessário investigar qual o tipo do Transtorno de
Ansiedade.
• Na adolescência: mais comum (TAG)
• Na infância: Transtorno de Separação

AULA • Anisedade  Todos já sentimos ansiedade ou medo.


O transtorno se caracteriza pelo excesso de
ansiedade ou medo, que podem ser paralisantes.
26/05 • Cortisol (hormônio) e adrenalina (neuro-hormônio)
são reações fisiológicas em resposta ao medo ou à
ansiedade.

151
REAÇÕES FÍSICAS AO MEDO
• Aumento do estado de alerta
• Aumento na frequência cardíaca
• Aumento da respiração e sudorese
• Aumento de emoções negativas

• Quando as pessoas tem algum transtorno de ansiedade, elas se sentem assim o


tempo inteiro.
• No Transtorno de Ansiedade: medo constante,
preocupação ou pavor, sem uma causa especifica
ou desproporcional com a situação; prejuízo
funcional.
• Agorafobia: medo de sair de casa.
• Eixo HHA – Hipotálamo, hipófise adrenal 
Pessoas com os transtornos de ansiedade têm
uma super ativação desse eixo, tendo excesso de
cortisol e excesso de adrenalina.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE – REGIÕES DO CÉREBRO AFETADAS
• Insônia produz ou piora quadros depressivos
• Cortisol em excesso também diminui o quadro de produção
imunológico

• Sistema límbico – Estruturais Principais


• Amigdalas Cerebrais: responsáveis pelo medo e pela ansiedade, favorecem a
maior produção de cortisol quando são ativadas

• No transtorno de ansiedade, há uma


redução expressiva de
serotonina (5ht) e um retransmissor,
que é o GABA (ácido gama amino
butino).
• Redução de GABA: vulnerabilidade
genética e em constante estado de
alerta
• Medicamentos ansiolíticos:
potencializam a atividade de GABA.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
• A. Medo excessivo (3 ou + sintomas) por 4 semanas em crianças
e adolescentes:
• 1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de
afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.
• 2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos
envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença, ferimentos,
desastres ou morte.
• 3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à
separação de uma figura importante de apego (p. ex., perder-se, ser
sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
• 4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o
trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da separação.
• 5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as
figuras importantes de apego em casa ou em outros contextos.
• 6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem
estar próximo a uma figura importante de apego.
• 7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.
• 8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais,
náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de apego
ocorre ou é prevista.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
• B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo
menos quatro semanas em crianças e adolescentes e geralmente
seis meses ou mais em adultos.
• C. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.
• D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental

• Crianças na faixa etária de 5 a 8 anos apresentam mais sinais do que as de 9 a


12 anos; Muito raro em adultos.
• Crianças menores relatam ter mais pesadelos e sofrimento excessivo à
separação;
• Após os ataques terroristas de 11 de setembro, estima-se que quase 13% das
crianças em idade escolar da cidade de Nova York tiveram um diagnóstico
provável de transtorno de ansiedade de separação;
• Prevalência: 4 a 5%.
MUTISMO SELETIVO
• A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas
nas quais existe a expectativa para tal (p. ex., na escola), apesar
de falar em outras situações.
• B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na
comunicação social.
• C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro mês
de escola).
• D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto
com o idioma exigido pela situação social.
• E. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno da comunicação
nem ocorre exclusivamente durante o curso de transtorno do espectro autista,
esquizofrenia (catatonia, pode ser um indício de esquizo, perda da fala) ou
outro transtorno psicótico.

• As estimativas da prevalência desse transtorno variam de 0,2 a 2,0%,


começando entre as idades de 3 e 6 anos, com ocorrências iguais entre
meninos e meninas
FOBIAS ESPECÍFICAS
• A. Medo irracional ou ansiedade acentuados acerca de um objeto
ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção,
ver sangue)
• B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta
imediata de medo ou ansiedade.
• C. 0 objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa
ansiedade ou sofrimento.
• D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto
pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
• E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração
mínima de seis meses.
• F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
• G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno
mental
FOBIAS ESPECÍFICAS
• CATEGORIAS
• Animais (aracnofobia);
• Ambiente natural (tempestades, alturas, incêndios);
• Sangue-injeção-ferimento (ver sangue, submeter-se a um procedimento
médico invasivo);
• Realizar atividades em situações particulares (dirigir, voar, ficar em um espaço
fechado);
• Quinta categoria de fobias específicas: variedade de outros estímulos ou
situações, como o medo de palhaços;
• Dentre as Fobias Específicas mais comuns na infância destacam-se as de
pequenos animais, injeções, escuridão, altura e ruídos intensos;
• No total, a prevalência ao longo da vida para fobia específica é de 12,5%.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
• A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações
sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras
pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma
conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex.,
comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex.,
proferir palestras).
• B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que
serão avaliados negativamente(i.e., será humilhante ou constrangedor;
provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
• C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
• D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou
ansiedade.
• E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela
situação social e o contexto sociocultural.
• F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de
seis meses.
• G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL
• H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos
fisiológicos de uma substância ou de outra condição médica.
• I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos
sintomas de outro transtorno mental.
• J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade,
desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo, ansiedade
ou esquiva é claramente não relacionado

• Além de quaisquer contribuições genéticas que possam tornar algumas


crianças mais propensas a desenvolver transtorno de ansiedade social, há
certas mudanças que ocorrem na infância e na adolescência que também
podem aumentar o risco de um indivíduo desenvolver esse transtorno.
• Em particular, a capacidade de pensar sobre como você é visto pelos outros,
que aparece na adolescência, pode interagir com a vulnerabilidade fisiológica
para levar ao aparecimento de sintomas.
TRANSTORNO DE PÂNICO E AGORADOBIA
• Ataque de pânico: Período de intenso medo e desconforto físico
acompanhado pelo sentimento de estar sendo oprimido e prestes a
perder o controle;
• Transtorno de pânico: Transtorno de ansiedade no qual um indivíduo tem
ataques de pânico repetidos ou tem constante apreensão e preocupação sobre
a possibilidade de ataques recorrentes;
• Ter um ataque de pânico ocasional não é suficiente para justificar a atribuição
desse diagnóstico ao cliente.

SINTOMAS
• A- Segundo o DSM-V, o ataque de pânico é: um surto abrupto de medo ou de
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem
quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
• 1. Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
• 2. Sudorese
• 3. Tremores ou abalos
• 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento
• 5. Sensações de asfixia
• 6. Dor ou desconforto torácico
TRANSTORNO DE PÂNICO E AGORAFOBIA
• 7. Náusea ou desconforto abdominal
• 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio,
calafrios ou ondas de calor
• 9. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento)
• 10. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de
estar se distanciando de si mesmo)
• 11. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
• 12. Medo de morrer
• B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de
ambas as seguintes características:
• ■ Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico
adicionais ou sobre suas consequências.
• ■ Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos
ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de
pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
• C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica
(p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
• D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
AGORAFOBIA
• Ansiedade intensa desencadeada pela exposição real ou antecipada
a situações nas quais as pessoas podem ser incapazes de obter ajuda
caso se tornem incapacitadas. O sintomas são os mesmos do TP;
• Intenso medo ou ansiedade desencadeados pela exposição real ou antecipada a
situações como usar transporte público; estar em um espaço fechado, como um
cinema, ou em um espaço aberto, como um estacionamento; e sair de casa
sozinho;
• Temem não as situações em si, mas a possibilidade de não conseguir ajuda ou
de não poder escapar se tiverem sintomas de pânico ou outros sintomas
constrangedores ou incapacitantes;
• Esse medo ou essa ansiedade são desproporcionais ao perigo real envolvido na
situação;
• Esses sintomas devem persistir ao longo do tempo (neste caso, pelo menos seis
meses) e causar considerável sofrimento.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
• Transtorno de ansiedade generalizada não tem foco específico;
• Pessoas sentem-se ansiosas a maior parte do tempo (nem sempre
sabem o porquê);
• Temem que o pior sempre aconteça;
• Pessoas acham muito difícil controlar sua preocupação;
• A falta de confiança delas em sua capacidade de controlar ou lidar com seus
sentimentos e reações de ansiedade agrava ainda mais o problema.

• A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na


maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou
atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
• B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
• C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos
seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos
dias nos últimos seis meses).
• Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
• 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
• 2. Fatigabilidade.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
• 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
• 4. Irritabilidade.
• 5. Tensão muscular.
• 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono
insatisfatório e inquieto).
• D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
• E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância
(p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex.,
hipertireoidismo).
• F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental

• Nociceptores: não há dor no cérebro, a dor de cabeça está relacionada a


alteração nos vasos sanguíneos.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
• Obsessão: Pensamento, palavra, frase ou imagem indesejados que
repetida ou persistentemente vêm à mente da pessoa e causam
sofrimento.
• Compulsão: Comportamento repetitivo e aparentemente intencional realizado
em resposta a impulsos incontroláveis ou de acordo com um conjunto de regras
ritualísticas ou estereotipadas.

• TOC: Transtorno de ansiedade caracterizado por obsessões e/ou compulsões


recorrentes que consomem tempo excessivo ou causam sofrimento ou prejuízo
significativos.  CONJUNTO DE REGRAS RITUALÍSTICOS

• Pessoas vivenciam obsessões ou compulsões em tal grau que acham difícil


conduzir suas atividades diárias. Como parte do transtorno, podem vivenciar
sofrimento e prejuízo significativos em seu funcionamento ocupacional e social.
Em crianças e adolescentes causa prejuízo na atenção e desempenho escolar;
• As compulsões mais comuns envolvem a repetição de um determinado
comportamento, tal como lavagem e limpeza, contagem, ordenação de itens.
Elas também podem tomar a forma de rituais mentais, como contar até um
certo número toda vez que um pensamento indesejado vem à mente.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
4 dimensões principais:
• 1. obsessões associadas com compulsões de checagem;
• 2. Necessidade de ter simetria e de colocar as coisas em ordem;
• 3. Obsessões sobre limpeza associadas com compulsões de lavar;
• 4. Comportamentos relacionados a acumulação
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE - PREVALÊNCIA
• Após TDAH e TC, os transtornos ansiosos encontram-se entre os
mais comuns em crianças e adolescentes;
• Até 10% das crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno
ansioso (excluindo-se o TOC, que afeta até 2% das crianças e adolescentes);
• Mais de 50% das crianças ansiosas experimentarão um episódio depressivo
como parte de sua síndrome ansiosa;
• O principal fator de risco para um transtorno ansioso de início na infância é ter
pais com algum transtorno de ansiedade ou depressão;
• Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como
exagerados ou irracionais, especialmente as menores.

Quadros mais frequentes em crianças e adolescentes:


• 1. Transtorno de ansiedade de separação (6-8 anos; na infância pode anteceder
quadro de TP e agorafobia quando adulto)
• 2. Transtorno de ansiedade generalizada (adolescentes)
• 3. Fobias específicas
• 4. Fobia social
• 5. Transtorno de pânico
MEDICAMENTOS ANSIOLÍTICOS
• Efetivos pontualmente na crise de ansiedade
• Se usados de forma mais frequente podem causar mais danos do
que benefícios
• Quando usados por muito tempo, podem gerar dependência
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Atividade
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