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AVALIAÇÃO BIMESTRAL – AV 2

DISCIPLINA: PSICOFARMACOLOGIA – CURSO: PSICOLOGIA – TURNO: NOTURNO –


DATA: 03/10/2023 – PROF.: DR. RODERLEI NAGIB GOES
ALUNA: SUSY DOS SANTOS GOMES DE ARAÚJO – MAT: 2210712

A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que envolve uma série de alterações


neuroanatômicas e neuroquímicas e é uma doença mental crônica e incapacitante.
É importante, observar alguns fatores que podem interferir no diagnóstico da esquizofrenia, como
os fatores hereditários, fatores ambientais e alterações neuroanatõmicas.
Assim, analisando o caso do Carlos, foi possível constatar no caso de Fatores
hereditários que se ele tivesse parentes de primeiro grau esquizofrênico, o Carlos teria mais chances
de desenvolver a doença do que as pessoas em geral, no entanto, no caso de Carlos, a história
familiar demonstra que apenas uma prima distante por parte de pai, foi diagnosticada com
esquizofrenia descartando os fatores hereditários como algo determinante.
No que se refere a Fatores ambientais, não foi possível avaliar se houve complicações da
gravidez e do parto, infecções e outras doenças que possam ter alterado o desenvolvimento do
sistema nervoso no período de gestação de Carlos, portanto, não há como avaliar esse fator.
Quanto a alterações neuroquímicas, sabe-se que problemas com certas substâncias
químicas do cérebro, incluindo neurotransmissores chamados dopamina e glutamato, podem
contribuir para a esquizofrenia. Assim como o uso de drogas psicoativas, que alteram a mente, mas
também, no caso de Carlos, esses fatores não foram descritos.
Dito isso, algumas das correlações neuroanatômicas associadas à esquizofrenia podem
ser identificadas:
a) Córtex Cerebral: Alterações no córtex cerebral são uma característica marcante na
esquizofrenia. O córtex pré-frontal, em particular, está frequentemente envolvido. As
anormalidades incluem, Hipofrontalidade que é a diminuição da atividade no córtex
pré-frontal, relacionada a problemas de planejamento, tomada de decisões e controle
emocional e; a Perda de volume cortical que em alguns casos, há uma diminuição no
volume cortical, especialmente no lobo frontal.

b) Hipocampo: O hipocampo é uma estrutura cerebral importante para a memória e o


processamento emocional. Pacientes com esquizofrenia frequentemente apresentam:
Diminuição do volume do hipocampo: Isso pode estar relacionado a dificuldades de
memória e processamento emocional.

c) Amígdala: A amígdala desempenha um papel fundamental no processamento


emocional e na resposta ao medo. Na esquizofrenia, podem ocorrer alterações na
amígdala, contribuindo para sintomas emocionais e de medo.
d) Ventrículos Cerebrais: Pacientes com esquizofrenia muitas vezes apresentam
alargamento dos ventrículos cerebrais, sugerindo a perda de tecido cerebral adjacente.

e) Sistema Dopaminérgico: A teoria dopaminérgica é uma das mais conhecidas para


explicar a esquizofrenia. Ela sugere que uma hiperatividade do sistema de dopamina no
cérebro pode contribuir para os sintomas positivos da doença, como alucinações e
delírios.

f) Circuitos Cerebrais Disfuncionais: A conectividade cerebral é frequentemente


comprometida na esquizofrenia. Os circuitos que envolvem áreas como o córtex pré-
frontal, tálamo e amígdala podem apresentar disfunções na coordenação das funções
cognitivas.

g) Desenvolvimento Cerebral Anormal: Fatores genéticos e ambientais durante o


desenvolvimento fetal podem contribuir para anormalidades no desenvolvimento
cerebral, aumentando o risco de esquizofrenia.

h) Alterações na Matéria Branca: Estudos de imagem cerebral também relataram


anormalidades na matéria branca do cérebro em pacientes com esquizofrenia, o que
pode afetar a comunicação entre diferentes áreas cerebrais.

Diante do exposto, sugere-se para tratamento da esquizofrenia apresentada por Carlos,


além da medicação antipsicótica, a terapia e um suporte psicossocial para gerenciar os
sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O objetivo do tratamento da esquizofrenia será o controle dos sintomas e a retomada da
rotina, trabalho e relacionamento com amigos e familiares.
No tratamento medicamentoso Carlos utilizará a medicação indicada pelo psiquiatra, de
forma contínua para não ter novas crises. Os medicamentos se dividem em antipsicóticos ou
neurolépticos e têm duas funções principais de alívio dos sintomas na fase aguda da doença e
prevenção de novos episódios da doença.

Já a Terapia Comportamental Cognitiva, será necessária para atingir os benefícios do


tratamento com medicamentos e reintegrar a pessoa com esquizofrenia à sociedade.
Por fim, o aporte psicossocial, visa auxiliar a família para ser orientada sobre como
proceder e conviver da melhor maneira com o Carlos.

Eis o relatório.

SUSY DOS SANTOS GOMES DE ARAÚJO


MAT: 2210712

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