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APOSTILA DE

SAÚDE MENTAL

Monitoria 2023.1
Lara Giovana Aguiar Magalhães
Thereza Victorya Alencar Viana
sumário
1. História da psiquiatria, reforma
psiquiátrica e modelos de atenção
2. Semiologia psiquiátrica + cLASSIFICAÇÃO DSM V
3. TranstornoS do humor (TDM, distimia e tab)
4. Esquizofrenia e outras psicoses
5. transtornos mentais da infância (Tea,
tdah)
6. USO E ABUSOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
DEPRESSÃO:
Ato ou efeito de deprimir, se abater física ou
moralmente.
Doença psiquiátrica, de origem crônica, que
causa alterações de humor, definida por
tristeza intensa e permanente, agregada à dor,
à desesperança.

Também conhecido como depressão unipolar, caracteriza-se por:


- Perda de prazer ou interesse em suas atividades diárias por pelo menos 2
semanas;
- Quatro sintomas de uma lista que inclui:
- Humor deprimido/triste
- Alterações no apetite e peso
- Alterações no sono e na atividade,
- Falta de energia, sentimentos de culpa,
- Problemas para pensar e tomar decisões e pensamentos recorrentes de morte ou
suicídio.
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Epidemiologia
- Prevalência de 5% a 17%;

- Sexo: 2x maior no sexo feminino;

- Incidência aumentando em pessoas com menos de 20 anos;

- Média aos 40 anos;

- Solteiros > Divorciados;

- Áreas rurais > Urbanas, acredita-se que por conta do dia a dia frenético;

- Sem correlação entre condição socioeconômica.

De acordo com dados de 2015 do Ministério da Saúde, os


transtornos mentais e uso de substâncias são a segunda
causa de perda da saúde no Brasil (DALY), assim como
as taxas de suicídio seguem crescentes na população
brasileira;

comorbidades
- Abuso de substâncias ( álcool, drogas licitas e ilícitas);

- Transtorno do pânico; TOC; Transtorno de ansiedade social;

- Homens: Abuso e dependência de álcool;


- Mulheres: Transtornos ansiosos e alimentares;
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
etiologia
- Aminas biogênicas;

- Circuitos neurais;

- Sistemas neurocomportamentais;

- Mecanismos neurorreguladores complexos;

- Outros fatores biológicos: dopamina, gaba, acetilcolina, cortisol, distúrbios


imunológicos e fatores genéticos.

- A atividade de repouso na amígdala e no córtex pré-frontal ventromedial


(CPFVM) de pacientes deprimidos seja elevada, em comparação com a dos
indivíduos não deprimidos (à direita, acima e abaixo).
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
teoria monoaminérgica
Essa teoria propõe que a depressão seja consequência de uma menor disponibilidade
de aminas biogênicas cerebrais, em particular de serotonina, noradrenalina e/ou
dopamina.

serotonina 5ht
É um neurotransmissor existente naturalmente, em especial, no nosso cérebro,
encarregado por conduzir os impulsos nervosos, além disso, tem funções como:
- Modular o humor;
- Tristeza;
- Alegria;
- Angustia;
- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Agressividade;
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
noradrenalina
Também chamada de norepinefrina, é um hormônio da família das catecolaminas e
precursor da adrenalina. Ela é sintetizada na medula suprarrenal em resposta ao
estresse de curta duração, como uma situação de perigo ou prazer.

Seu mecanismo de ação consiste na quebra de glicogênio no fígado e músculos


esqueléticos, além de ácidos graxos pelas células adiposas, que serão utilizadas como
fonte de energia imediata pelo organismo.

A noradrenalina também possui efeito inotrópico positivo, ou seja, ela possui a


capacidade de aumentar a força de contração do coração. A noradrenalina é também
relacionada com nossa capacidade de ficar em alerta, ter uma boa memória,
concentração e energia.

dopamina
A dopamina é um neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro
para as várias partes do corpo. A substância é conhecida como um dos hormônios da
felicidade e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a
motivação/interesse.

hipótese monoaminérgica
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
hipótese dos receptores
Propõe que existe um mecanismo compensatório do organismo frente à diminuição
dos neurotransmissores, tal fenômeno é responsável pelo aumento do número de
receptores, o que foi chamado de mecanismo Up Regulation.

- Anormalidade nos receptores monoamínicos;

- A depleção de neurotransmissores provoca supra regulação compensatória dos


receptores pós-sinápticos;

- Feedback negativo.
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
hipótese dos receptores
Após a exposição do estresse crônico, ocorre diminuição dos níveis de BDNF e
também de outras neurotrofinas. Consequentemente há redução da neurogênese,
diminuição da formação dendrítica e o aumento da vulnerabilidade celular.

Estresse, BDNF e atrofia


cerebral na depressão (fator
neurotrófico derivado do
cérebro);
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Fator neurotrófico derivado do cérebro
O Fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) é um membro da família de
proteínas homólogas conhecidas como neurotrofinas que modulam a plasticidade do
sistema nervoso, tendo função o crescimento, diferenciação e reparo dos neurônios.

- Local de possível falha na transdução de sinais pelos receptores monoaminérgicos


na depressão;
- Mantém a viabilidade dos neurônios cerebrais;
- Sob estresse, pode ocorrer repressão do gene do BDNF;
- Se os genes para o BDNF forem desativados, a diminuição do BDNF pode
comprometer a capacidade do cérebro de criar e manter neurônios e perda de
sinapses.
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Circuitos cerebrais da depressão
Os estudos de neuroimagem revelam que muitos circuitos cerebrais que
normalmente regulam o humor estão desregulados na depressão. Localizada no
interior do cérebro, a amígdala é altamente responsiva a estímulos salientes tais como
recompensas e ameaças potenciais.

CPF, córtex pré-frontal; BP, parte basal do prosencéfalo; E, estriado; NAc, nucleus
accumbens; T, tálamo; Hi, hipotálamo; A, amígdala; H, hipocampo; NT, centros de
neurotransmissores do tronco encefálico; ME, medula espinal; C, cerebelo
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Circuitos cerebrais da depressão
Na depressão, a amígdala é hiperativa e responde excessivamente a eventos
negativos. Por sua vez, a amígdala se conecta a um conjunto de regiões cerebrais
que dispara a resposta fisiológica e comportamental aos estímulos emocionais. Neste
conjunto, estão incluídos o córtex pré-frontal medial, o núcleo accumbens, o
hipocampo e a ínsula. O hipocampo está envolvido na formação da memória e,
juntamente com o córtex pré-frontal, é particularmente vulnerável aos efeitos do
estresse.

As pessoas depressivas são mais suscetíveis ao estresse, que pode provocar alterações
físicas no cérebro, incluindo a atrofia do hipocampo. Esta e outras mudanças nas
pessoas deprimidas podem causar respostas inadequadas para eventos emocionais.

O córtex pré-frontal medial está envolvido na regulação de quão fortemente


reagimos a estímulos. Tratamentos com medicamentos antidepressivos, terapia
cognitivo-comportamental e eletroconvulsoterapia afetam a estrutura e a função
dessas e de outras regiões do cérebro.

Os modelos animais com camundongos são fundamentais para nos ajudar a


entender as mudanças celulares e moleculares subjacentes a depressão e a
desenvolver melhores tratamentos. Apesar de ser impossível saber se um
camundongo está deprimido, os roedores submetidos a estresse crônico apresentam
alguns sintomas semelhantes aos seres humanos deprimidos tais como ansiedade,
menos interação social e menos interesse em atividades prazerosas.
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Circuitos cerebrais da depressão
Embora nem toda depressão humana seja desencadeada por estresse, esses modelos
podem lançar luz sobre a biologia da depressão. Isto é o máximo que os cientistas
conseguem obter ao estudar camundongos. Tal como acontece com os seres
humanos, o estresse crônico em camundongos pode levar a atrofia do hipocampo e
do córtex pré-frontal. Estudos também demonstraram plasticidade neuronal alterada
em várias regiões do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal, hipocampo, a
amígdala, e nucleus accumbens.

Em um hipocampo saudável, ​experiências podem levar a mudanças nas conexões


entre os neurônios, resultando em aprendizado. Estas alterações são denominadas
neuroplasticidade. O estresse crônico pode reduzir essa plasticidade.

Cérebros saudáveis ​também continuam a produzir novos neurônios em uma parte


do hipocampo e esses novos neurônios lentamente modulam e integram os seus
circuitos. Eles têm um forte efeito sobre a atividade e o comportamento do
hipocampo. Estes novos neurônios também são afetados pelo estresse. Eles ficam em
número reduzido nos cérebros estressados. Estes efeitos podem ser consequência de
baixos níveis de proteínas que aumentam o crescimento e a plasticidade neuronal: as
neurotrofinas. A redução da plasticidade pode prejudicar a capacidade do
hipocampo de regular adequadamente a resposta ao stress, podendo levar a um ciclo
vicioso no qual estresse acarreta mais estresse.

Além disso, podem ocorrer reduções na plasticidade em outras partes do cérebro de


forma que o conjunto destas alterações pode contribuir para outros sintomas da
depressão como anedonia. Se as mudanças celulares observadas em camundongos
estão envolvidas também na depressão humana ainda não está claro.
TranstornoS do humor
Transtorno depressivo maior
Circuitos cerebrais da depressão
A maioria dos antidepressivos disponíveis hoje pode aumentar rapidamente a
quantidade de neurotransmissores como serotonina e norepinefrina nas sinapses. No
entanto, a melhora dos sintomas em pacientes e em camundongos leva semanas para
ocorrer.

Apesar de este atraso não ser totalmente compreendido, o tratamento prolongado


com antidepressivos pode reverter algumas das mudanças induzidas pelo estresse
crônico aumentando a expressão de neurotrofinas e reiniciando a plasticidade do
hipocampo.

Os tratamentos não-químicos para a depressão, incluindo a eletroconvulsoterapia


também promovem plasticidade do hipocampo em camundongos. O tratamento
antidepressivo também pode reverter as alterações induzidas pelo estresse em outras
áreas do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal, circuitos de recompensa e
diferentes tratamentos podem atingir diferentes regiões para melhorar os sintomas.

Recentemente, descobriu-se que a droga cetamina tem um rápido efeito


antidepressivo tanto em pacientes quantos em roedores. O mecanismo por trás disso
é uma área de intensa pesquisa. A cetamina bloqueia uma transmissão sináptica, de
forma a ativar um número de vias de sinalização e a aumentar da expressão de
neurotrofinas.

Estas alterações moleculares resultam num aumento da plasticidade no córtex pré-


frontal e no hipocampo que contribui para os efeitos terapêuticos da cetamina. Ao
estudar as mudanças no cérebro causadas por estresse crônico e como os
antidepressivos como a cetamina agem, os pesquisadores podem encontrar novos
alvos para o tratamento e novos medicamentos que atuem mais rápido, de maneira
mais específica ou de forma mais eficaz do que os tratamentos atualmente
disponíveis.”
TranstornoS do humor
tratamento farmacológico
- Inibidores da MAO;

- Tricíclicos;

- Inibidores seletivos de recaptação de serotonina;

- Inibidores seletivos de recaptação de noradrenalina e serotonina.

Interações com a tiramina da alimentação


- Crise hipertensiva após a ingestão de tiramina;

- Tiramina induz liberação de NE;

- Destruição de noradrenalina pela MAO-A normalmente;

= IMAO bloqueia MAO-A;

- “Reação do tipo queijo”


TranstornoS do humor

tricíclicos
- Estrutura com três anéis;

- Bloqueiam serotonina e/ou noradrenalina;

- Clomipramina, imipramina amitriptilina, nortriptilina, desipramine;

- Atualmente são agentes de segunda linha no tto do TDM.


TranstornoS do humor
tricíclicos
- Boa eficácia;

- Principal limitação: Efeitos indesejados: Bloqueios dos receptores colinérgicos


muscarínicos, dos receptores H1-histamínicos, dos receptores α1- adrenérgicos e
dos canais de sódio sensíveis à voltagem.

Reações adversas dos ATC


TranstornoS do humor
Reações adversas dos ATC

- Ganho de peso;
Induzem viradas
- Sonolência;
maníacas
- Constipação;

- Xerostomia;

- Visão turva;

- Tontura;

- Sonolência;

- Queda da PA;
TranstornoS do humor
inibidores seletivos de recaptação de
serotonina
- Mais utilizados;

- Menores reações adversas;

- Mais comuns:
Agitação, tremores, taquicardia, náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, anorgasmia;

- Fluoxetina, sertralina, citalopram, escitalopram, paroxetina, fluvoxamina

outros antidepressivos:
- ISRN: Venlafaxina, desvenlafaxina, Duloxetina;

- Boa aceitação assim como os ISRS, com reações adversas semelhantes;

- Outros: Mirtazapina e Trazodona.


TranstornoS do humor
benzodiazepínicos
- Grupo de psicotrópicos mais comumente utilizados na prática clínica;

- Indicados como coadjuvantes no TDM para tratamento da insônia e sintomas


ansiosos em comorbidades;

- Indicados no TAB como coadjuvantes para insônia, sedação, antimaníacos ( tto


agudo) agitação psicomotora, ansiedade comorbida;

- Uso não superior a 4 semanas;

- Diazepam; Clonazepam; Alprazolan; Bromazepam.


TranstornoS do humor
distimia
E um transtorno psiquiátrico, popularmente
conhecido como depressão de longa
duração. A doença é diferente da depressão
comum, pois se caracteriza pelo mau humor
constante. Os pacientes com Distimia
apresentam irritação constante e
personalidade difícil.

sintomas e critérios diagnósticos


Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, durante, pelo
menos, 2 anos.

Para que haja o diagnóstico, é preciso que o indivíduo também apresente pelo
menos duas das características abaixo:
- Apetite diminuído ou alimentação em excesso;
- Insônia ou hipersonia (dormir em demasia);
- Fadiga ou baixa energia;
- Baixa autoestima;
- Dificuldade em concentração ou tomar decisões;
= Sentimentos de desesperança.
TranstornoS do humor
distimia
- Pode se iniciar na adolescência, o que reforça a ideia de que esses
comportamentos são parte da identidade da pessoa;

- O próprio paciente pode ter dificuldade em perceber que está precisando de


ajuda, pois também aceita os sintomas como parte de sua personalidade;

- Geralmente, são as outras pessoas que percebem e comentam que há algo de


errado, ressaltando a negatividade do indivíduo e aconselhando uma busca por
ajuda.

transtorno afetivo bipolar


- Elevada prevalência;

- Início precoce;

- Números frequentes de episódios;

- Pacientes permanecem em depressão por longos períodos;

- Causa grande impacto social com custos elevados para o governo, para os
pacientes e seus familiares;

- Perda da produtividade e até de perda de emprego;

- Prejuízo do desenvolvimento social, causa desenlace familiar, separações.

- Doença estigmatizada, causando sérios problemas em pacientes e familiares.


TranstornoS do humor
transtorno afetivo bipolar
- O transtorno bipolar (TB) é caracterizado por recorrência de episódios de
mania/hipomania, depressão e períodos de normalidade afetiva;

- A presença de um episódio maníaco/hipomaníaco é condição imprescindível para o


diagnóstico de TB;

- Transtorno que se inicia, em geral, no começo da vida adulta;

- Frequentemente cursa com elevadas taxas de morbidade e mortalidade, está


associado a risco de suicídio.

epidemiologia
- Média de inicio do transtorno aos 20 anos;

- Apresenta prevalência ao longo da vida que varia entre 0,6 e 2%,


com média de 1%;

- A incidência independe de etnia, nacionalidade e condição socioeconômica

- A prevalência de TB I é semelhante em homens e mulheres; já o TB II é mais


comum em mulheres;

- A taxa de mortalidade é duas vezes maior do que na população geral.


Suicídio é a principal causa de mortalidade.
TranstornoS do humor
transtorno afetivo bipolar
fatores etiológicos
- Fatores biológicos;

- Disfunção em sistemas de neurotransmissores;

- Fatores genéticos;

- Um dos pais afetados - 25 a 50% de chance do filho ser afetado;

- O padrão de transmissão mais provável é o poligênico e multifatorial;

- Fatores psicossociais;

quadro clínico da mania - tab 1

euforia
- Episódio maníaco por alterações no humor, psicomotricidade e cognição;

- O humor clássico e característico do episódio maníaco é a euforia;

- Sensação de bem­estar intenso, expansivo, desinibido e jocoso;

- Humor irritado, disfórico, mostrando­-se mal ­humorado, arrogante e amargo;

- Torna-se agressivo verbal e fisicamente quando se sente contrariado;

- Agitação psicomotora.
TranstornoS do humor
transtorno afetivo bipolar
quadro clínico da mania - tab 1
- Pensamento acelerado (comprometimento da coesão lógica do pensamento);

- Fuga de ideias;

- Logorreia (Discurso incompreensível);

- Autoestima aumentada, com ideias de grandeza, poder e importância


social exageradas;

- Sintomas psicóticos (alucinações auditivas ou visuais. Delírios de grandeza, com


conteúdo religioso de referência ou persecutório;

- Diminuição da necessidade de sono;

- Trajar­-se de forma exuberante e inabitual;

- Promiscuidade;

- Gastos excessivos e fúteis;

- Atividades de risco de vida;


TranstornoS do humor
transtorno afetivo bipolar
quadro clínico da Hipomania - tab 1

quadro
leve

- Sintomas semelhantes aos dos quadros maníacos, exceto pela ausência de


sintomas psicóticos (Sem delírios e alucinações);

- Sem prejuízo acentuado ao funcionamento social ou ocupacional e não


exigindo a hospitalização;

- Humor elevado, exaltado, excessivamente confiante e algumas vezes irritável;

- Em relação à cognição, há profusão de ideias com aumento da velocidade do


pensamento, embora sem incoerências;

- Melhora na performance social, acadêmica ou profissional;

- Muita energia e autoconfiança, o que pode levar ao aumento das atividades


como hipersexualidade, impulsividade e gastos financeiros exagerados;

- Necessidade de sono diminuída.


TranstornoS do humor
transtorno afetivo bipolar
ciclagem rápida
- Ocorrência de quatro ou mais episódios maníacos ou depressivos em um
período de 12 meses;

- Associada a pior prognóstico;

- Maior frequência em mulheres;

- Alguns fatores precipitantes estão relacionados à ciclagem rápida, como uso de


antidepressivos e hipotireoidismo;

O diagnóstico leva em
média 10 anos.
TranstornoS do humor
transtorno ciclotímico
- Perturbação crônica e flutuante do humor ao longo de pelo menos dois anos

- Há sintomas depressivos e hipomaníacos subsindrômicos;

- Algum prejuízo significativo e breves intervalos livres de sintomas (dois meses


ou menos);

- Em nenhum momento a presença de sintomas é grave o suficiente para


preencher os critérios para episódios agudos;

- “TB leve” ou equivalente bipolar do transtorno distímico;

Antipsicóticos para tto agudo da


mania
- Antipsicóticos de primeira geração: Clorpromazina, haloperidol,
levomepromazina, trifluoperazina, zuclopentixol.

- Antipsicóticos de segunda geração: Aripiprazol, clozapina, lurasidona,


quetiapina, olanzapina, risperidona, ziprasidona

- Acredita-se que nos transtornos psicóticos haja uma


desregulação nos circuitos de dopamina, constituídos de
excesso de atividade dopaminérgica na via mesolímbica;

- Todos os antipsicóticos conhecidos capazes de tratar os


sintomas psicóticos positivos são bloqueadores do
receptor de dopamina D2.
TranstornoS do humor
estabilizadores de humor
- Tratamento de manutenção do TAB;

Lítio:
- Primeiro estabilizador;
- Muito eficaz;
- Janela terapêutica estreita;
- Mecanismo de ação incerto;
- Prevenção de suicídios;
- Várias reações adversas;
- Avaliar funções tireoidianas e renais, descartar gravidez;
- Litemia c/ 5 dias VR: 0,6 - 1,2 mEq/L

mecanismo de ação
- Possível modulação de transdução de sinais;

- Modulação de receptores de neurotransmissores como o sistema de


fosfatidilinositol, em que o lítio inibe a enzima inositol monofosfatase;

- Regulação da expressão gênica para fatores de crescimento;

- Plasticidade neuronal(novos neurônios) abaixo, com inibição da GSK-3


(glicogênio sintase quinase 3) e proteinoquinase C
TranstornoS do humor
estabilizadores de humor

Reações adversas do lítio


- Acne
- Aumento de peso
- Erupção cutânea
- Náusea
- Diarreia
- Redução dos hormônios da tireoide
- Aumento do tamanho da tireoide
- Aumento dos leucócitos
- Poliúria
- Incontinência urinária
- Tremores
TranstornoS do humor
estabilizadores de humor
- Ácido Valpróico
- Divalproato Sódico
- Carbamazepina
- Oxcarbamazepina
- Lamotrigina
- Topiramato

terapias alternativas
- Terapia cognitivo comportamental (padrão ouro)
- Hábitos de vida
- Atividade física
- Alimentação
- Evitar gatilhos. Filmes, séries e livros violentos ou excessivamente
dramáticos. Notícias trágicas e momentos desconfortáveis.
TranstornoS do humor
referências
contatos:
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