Psicofarmacologia
Ansiedade
É a antecipação de uma ameaça futura; é a
doença mental mais comum do mundo;
somente 36,9% dos pacientes recebem
tratamento.
Sintomas: Sensação de nervosismo,
inquietude, tensão; sensação de perigo
iminente, pânico; frequência cardíaca
aumentada; respiração acelerada; sudorese;
tremor; sensação de fraqueza e/ou cansaço;
problemas para se concentrar ou pensar em
algo diferente da preocupação atual;
insônia; problemas no GTI; dificuldade de
controlar a preocupação; desejo de evitar
coisas que desencadeiam ansiedade; medo
ou pavor fora de foco ou fora de escala
com a ameaça percebida.
*Os sintomas são frequentemente
associados à depressão.
Causas: Não há consenso sobre uma causa
específica, mas pode ser uma combinação
de fatores como: mudanças na substância
química do cérebro e seu funcionamento;
estresse ambiental; histórico familiar;
Depressão
Transtorno mental comum caracterizado
por tristeza persistente, falta de motivação
e falta de interesse ou prazer em atividades
anteriormente gratificantes ou agradáveis;
mundialmente, 5% dos adultos sofrem do
transtorno; mulheres têm 2x mais do que
eventos traumáticos; condições médicas;
abuso de álcool e drogas, etc.
Tratamento: “administração aguda de
medicamentos para controlar os episódios
de ansiedade e tratamento crônico para
controlar os sintomas não aliviados e
transtornos de ansiedade contínuos”.
Medicação: Benzodiazepínicos. Estes
medicamentos servem para TAG,
transtorno do pânico e ansiedade
situacional – produzem efeitos ansiolíticos,
sedativos, hipnóticos, anestésicos,
anticonvulsivantes e relaxantes
musculares. > Mais informações em
“Ansiolíticos”.
Efeitos adversos: Sedação,
comprometimento leve da memória,
diminuição do estado de alerta, retardo do
tempo de reação. Possíveis reações
paradoxais: aumento da ansiedade,
irritabilidade, agressão ou desinibição
comportamental.
homens; é subdiagnosticada e subtratada;
10% a 15% tentam suicídio em algum
momento.
Pode ser classificada como depressão
maior (unipolar), distimia (transtorno
depressivo persistente) ou transtorno
bipolar I e II (doença situações adversas ou potencialmente
maníaco-depressiva). traumáticas; sedentarismo e dieta
desbalanceada; vícios e abusos de
Sintomas: Humor triste; preocupação substâncias.
pessimista; irritabilidade; diminuição do
interesse em atividades normais; lentidão Tratamento: Ocorre de 6 à 12 meses e
mental e falta de concentração; insônia ou possuem retirada gradual. Caso o paciente
hipersonia; perda ou ganho de peso esteja cronicamente deprimido (há mais de
significativo; agitação ou retardo dois anos), o tratamento é feito ao longo da
psicomotor; sentimentos de culpa e vida – um terço desses pacientes têm
inutilidade; diminuição da energia e da remissão completa.
libido; ideação suicida.
Medicação: IMAOs, ISRSs, ISRNs,
Causas: Histórico familiar ou genética; TCAs.
disfunção bioquímica no cérebro; índice
altos de tendências a experimentar Efeitos adversos: Ver mais em
emoções negativas; condições ambientais - “Antidepressivos”.

Psicose
É um sintoma de doenças mentais que se
caracteriza pelo senso de realidade
distorcido ou inexistente.
Sintomas: POSITIVOS (comportamento
alucinatório, pensamento perturbado e
descontrole comportamental) e
NEGATIVOS (apatia, avolição, alogia);
déficits cognitivos.
psicóticas, delírio com características
psicóticas, transtorno psicótico breve,
transtorno delirante, transtorno
esquizoafetivo, esquizofrenia.
Tratamento: ACTs de primeira geração
(depressão psicótica).
Medicação: Clorpromazina; Haloperidol.

Causas: Transtornos de humor (depressão Efeitos adversos: Acatisia, distonia,

maior ou mania) com características parkinsonismo, discinesia tardia, sedação,
psicóticas; psicose induzida por ganho de peso, hiperprolactinemia, efeitos
substância;demência com características cardiovasculares.

Esquizofrenia
É um transtorno do neurodesenvolvimento
com genética complexa e fisiopatologia Sintomas: Ilusão, alucinações, agitação,
incompletamente compreendida. embotamento afetivo, pensamento
desordenado, reações inadequadas, fobias,
falta de prazer ou interesse em atividades,
comportamento agressivo, etc.
Causas: Fatores ambientais no segundo
trimestre fetal, complicações no parto e
abuso de substâncias no final da
adolescência ou no início da idade adulta.
Tratamento: Tratamento antipsicótico
agudo – redução do comportamento
agitado, desorganizado ou hostil,
diminuição do impacto das alucinações,
melhora na organização do pensamento e
Mania
O que é: Período de humor elevado,
expansivo ou irritável com sintomas de
aumento de energia e diminuição da
necessidade de sono.
> Assim como na psicose, a mania pode
ser induzida por medicamentos ou
substâncias de abuso (cocaína e
anfetaminas).
Transtorno Bipolar
Transtorno de humor caracterizado por
episódios periódicos de intensa alegria e
mania alternados a profunda depressão.
Tratamento: Antidepressivos não são
recomendados como monoterapia para o
TB, pois podem induzir a mudança de um
episódio de depressão para um episódio
maníaco. Não há dados que relacionem o
tratamento antidepressivo com o suicídio,
porém é preciso fazer o monitoramento
desses pacientes SEMPRE.
redução do retraimento social. >
Recuperação funcional, diminuindo a
gravidade dos sintomas positivos e
negativos e remediando a disfunção
cognitiva, embora o impacto nos dois
últimos seja modesto.
Medicação: Clorpromazina, Haloperidol,
Clozapina.
Efeitos adversos: Acatisia, distonia,
parkinsonismo, discinesia tardia, sedação,
ganho de peso, hiperprolactinemia, efeitos
cardiovasculares.
> Mania X Hipomania: a hipomania não
resulta em prejuízo funcional ou
hospitalização e nem resulta em sintomas
psicóticos.
A mania representa um pólo do
transtorno bipolar tipo I.
Medicação: Lítio, Carbolitium, Clozapina,
Quetiapina, Olanzapina, Lurasidona,
Lamotrigina, Ácido Valpróico.
Gravidez: o uso do lítio no primeiro
trimestre pode criar malformações
congênitas; o ácido valpróico pode gerar
teratogênico; espinha bífida e raramente
anencefalia (DTN), defeitos cardíacos,
craniofaciais, esqueléticos e dos membros
e um possível conjunto de características
dismórficas, a "síndrome do valproato”. A
Lamotrigina é a mais segura.
Crianças: Risperidona, aripiprazol e
Olanzapina.
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade um dos transtornos
neurocomportamentais mais comuns na
infância, porém o tratamento
farmacológico é altamente eficaz.
Sintomas: Falha na inibição de impulsos,
emocionalmente explosivos, incapacidade
de organização de tempo para realizar uma
dada tarefa, incapacidade de organização
de tarefas em sequência, falta de
motivação para iniciar tarefas,
desorganização generalizada (exemplos na
vida adulta: problemas com finanças,
comportamentos de risco, abuso de drogas,
relacionamentos em crise, brigas no
trânsito, encarceramento por agressão,
atraso na conclusão de objetivos de vida –
baixa auto-estima).
Causas: Córtex pré-frontal, gânglios
basais e cerebelo são afetados –
conectividade reduzida. Déficits no
Riscos
Crianças: Psicoestimulantes (reação:
Diminuição do apetite, dor de estômago,
distúrbios do sono, extremidades frias e
dores de cabeça).
Idosos: Benzodiazepínicos de ação
prolongada (risco de acúmulo);
Idosos: Lítio, divalproato de sódio,
carbamazepina, lamotrigina, antipsicóticos
atípicos e antidepressivos.
funcionamento executivo (norepinefrina),
má manutenção da atenção (concentração
de dopamina baixa), genes, baixo peso ao
nascer e tabagismo materno.
Tratamento: Os psicoestimulantes têm
sido os medicamentos de escolha para o
tratamento do TDAH há mais de 60 anos.
75% a 80% das crianças se beneficiam
deste tratamento.
Medicação: Metilfenidato,
dexmetilfenidato, dextroanfetamina,
lisdexanfetamina, levo-anfetamina.
*Considerar o uso concomitante de
ansiolíticos para tratamento com
psicoestimulantes.
Efeitos adversos: Diminuição do apetite,
dor de estômago, distúrbios do sono,
extremidades frias e dores de cabeça.
benzodiazepínicos em geral (aumento do
risco de queda); IMAOs (efeitos adversos
fortes, como hepatotoxicidade e
hipertensão); TCAs (efeitos adversos
como sedação, visão turva, taquicardia e
hipotensão ortostática) Riscos a serem
considerados para prescrição da
medicação: Solidão; queda. Grávidas: IMAOs não são recomendados,
causam crise hipertensiva. TCAs não são
Hipertensos: IMAOs (hipertensão); IRSN de primeira escolha, como exemplo o
(venlafaxina pode induzir hipertensão em Clomipramine pode causar má formação.
10% a 15% dos pacientes com doses mais ISRS pode causar malformação no
altas). coração no primeiro semestre da gravidez,
porém são considerados seguros com leves
Bipolares: IRSN (venlafaxina pode efeitos adversos. IRSN, no primeiro
induzir a mania). trimestre, pode causar defeitos cardíacos,
do cérebro e da coluna, além de lábio
Cardíacos: TCAs (efeitos semelhantes à leporino e fenda palatina.
quinidina na condução cardíaca). Benzodiazepínicos não devem ser usados,
pois gera recém-nascidos sedados, sub
Função hepática comprometida: responsivos e com abstinência.
Benzodiazepínicos de ação prolongada;

Antidepressivos
Em geral, os antidepressivos aumentam a cérebro, mas em outros órgãos com
transmissão serotoninérgica ou neurônios.
noradrenérgica. *A IMAO metaboliza os
Serotonina: Modula o humor, cognição, neurotransmissores monoaminas via
recompensa, aprendizado, memória e desaminação oxidativa (quanto mais
inúmeros processos fisiológicos como receptores são afetados, maiores os efeitos
vômito e vasoconstrição. colaterais; pacientes que cometem suicídio
Norepinefrina (ou noradrenalina): têm menos serotonina sendo recebida
Aumenta a excitação e o estado de alerta, (menos receptores), talvez por isso haja a
promove a vigilância, melhora a formação coragem de cometer suicídio).
e recuperação da memória e concentra a Exemplos: Fenelzina (comprimido),
atenção. selegilina (adesivo).
> Os adesivos são muito lentos. Mesmo
Inibidores da Monoamina Oxidase se “encher” de adesivo, não ocorre a
(IMAO): possuem eficácia contra a superdose. Além disso, tem os lugares
depressão equivalente aos TCAs, mas são certos para aplicar. Se colocar no joelho
raramente utilizados devido à toxicidade e por exemplo, tem baixa
interação medicamentosa. Outros irrigação/hidratação da área, então não
antidepressivos são excretados do corpo adianta nada.
em 24h mas os efeitos da IMAo Efeitos adversos: Aumento da pressão
permanecem por duas semanas - é muito arterial, crise hipertensiva grave no caso de
tóxico! Além de ser expressa não só no interações alimentares com tiramina ou
com medicamentos que podem tornar a
interação potencialmente fatal;
hepatotoxicidade.
Superdosagem: Crise de hipertensão,
forte dor de cabeça, dor no peito,
taquicardia, fotossensibilidade, sudorese,
febre, sensação de frio, pele grossa,
náuseas ou vômitos, torcicolo. Em casos
severos, pode levar a coma e colapso
cardiovascular.
*Evitar álcool no início do tratamento.
Evitar a interação com epinefrina.
Crianças: o uso do adesivo está em
investigação para o tratamento de doenças
psiquiátricas pediátricas.
Idosos: uso raro devido aos efeitos.
Inibidores seletivos da recaptação de
serotonina (ISRS): primeira escolha no
tratamento de depressão maior, ansiedade
generalizada, síndrome do pânico,
ansiedade social e transtornos
obsessivo-compulsivos, síndrome disfórica
pré-menstrual e prevenção de sintomas
vasovaginais em mulheres pós-menopausa.
Mecanismo: inibe a possibilidade da
serotonina ser recaptada, portanto força-a a
permanecer possível de ser ligada aos
receptores de serotonina.
Efeitos adversos: Em alguns casos há o
aumento da ansiedade; embotamento das
habilidades intelectuais e da concentração;
diminuição da libido. A retirada repentina
pode precipitar uma síndrome de
descontinuação.
*Interação com álcool causa tontura e
náusea leves.
*Podem aumentar o risco de sangramento.
Exemplos: Escitalopram, fluoxetina,
sertralina, paroxetina, fluvoxamina.
Superdosagem: Síndrome da serotonina
grave (alterações no estado mental como
ansiedade, agitação, inquietação e delírio);
hiperatividade autonômica (taquicardia,
hipertensão, hipertermia, diaforese, tremor,
vômito e diarréia); hiperatividade
neuromuscular: tremor, hipertonia ou
rigidez muscular, mioclonia, hiper-reflexia,
espasmo clônico (incluindo espasmo
clônico ocular), respostas do extensor
plantar. > Geralmente se resolve em 24h.
Crianças: Investigação de prós e contras,
costuma ser não-recomendado para
menores de 18 anos.
Idosos: citalopram, escitalopram e
sertralina – primeiras escolhas.
Inibidores da Recaptação de Serotonina
Norepinefrina (IRSN): Possui o início do
efeito mais rápido do que os ISRSs.
Mecanismo: Inibem a recaptação de
serotonina e norepinefrina (noradrenalina),
fazendo com que os neurotransmissores
sejam “obrigados” a se ligar novamente
aos seus receptores.
Efeitos adversos: Semelhante aos dos
ISRS: náusea, constipação, insônia, dores
de cabeça e disfunção sexual. Pode induzir
hipertensão em 10% a 15% dos pacientes
em doses mais altas. É raro um dano
hepático. Pode induzir mania. Há síndrome
da descontinuação.
*Assim como ISRS, causa tontura e
sedação na interação com álcool, além de
exacerbação dos sintomas.
*Estimulam sangramentos.
Exemplos: Duloxetina, Venlafaxina.
Superdosagem: Sintomas leves, porém
podem causar morte mais facilmente que
ISRS, apesar de menos do que TCAs.
Menor quantidade de cápsulas e bom
manejo do paciente para reduzir o risco de
overdose. Não há tratamento específico,
usa-se o de suporte – carvão ativado.
Indica-se o monitoramento dos sinais efeitos cardíacos que podem ser fatais com
vitais e ritmo cardíaco. Em caso de overdose – limitação do uso de TCAs em
convulsões, são tratadas com pacientes com doenças cardíacas.
benzodiazepínicos e outros Exemplos: nortriptilina, clomipramina.
anticonvulsivantes. Superdosagem: Convulsões, arritmias
Crianças: Evitação antes dos 18 anos. cardíacas e apneia. Principal mortes por
Usa-se “duloxetina” para 7 a 17 anos em overdose em todo o mundo.
caso de ansiedade generalizada. Crianças e adolescentes: eficácia
Antidepressivos tricíclicos (TCA): a comprovada no tratamento de enurese,
eficácia foi estabelecida há muito tempo TOC e TDAH. Poucas evidências válidas
contra a depressão, mas exibem sérios para ansiedade.
efeitos adversos. Idosos: Devem ser evitados devido ao seu
Mecanismo: É antagonista de potencial de efeitos adversos.
transportadores de serotonina e
noradrenalina. *Em alguns casos, crianças, adolescentes e
Efeitos adversos: sedação; embotamento adultos jovens com menos de 25 anos
cognitivo; efeitos adversos mediados pelo podem ter um aumento nos pensamentos
SNP (visão turva, boca seca, taquicardia, ou comportamentos suicidas ao tomar
constipação, dificuldade para urinar); antidepressivos, especialmente nas
hipotensão ortostática; ganho de peso; primeiras semanas após o início ou quando
a dose é alterada.*

Ansiolíticos
Funcionamento: Aumento da eficácia do redução da comunicação entre neurônios,
produto químico endógeno GABA = que gera efeito calmante. O ácido
y-aminobutírico (GABA) é o principal
neurotransmissor inibitório no SNC. Há
um aumento de íons cloreto, que
hiperpolariza o potencial de membrana do
neurônio e dificulta o desencadeamento do
potencial de ação.
Subtipos
Ação curta: meia-vida média de 1 a 12h.
Pode ocorrer insônia de efeito rebote na
descontinuação, além de sintomas de
abstinência e ansiedade durante o dia caso
haja uso prolongado. – Midazolam.
Ação intermediária: meia-vida média de
12 a 40h. Podem demonstrar efeitos na
primeira metade do dia. Há insônia de
rebote, porém é mais comum após a
descontinuação do benzodiazepínico. –
Alprazolam, clonazepam.
Ação prolongada: meia-vida média de 40
a 250h. Risco de acúmulo em idosos e
indivíduos de função hepática gravemente
prejudicada; efeito rebote e abstinência
menos graves. – Diazepam.
Efeitos adversos: Sedação,
comprometimento leve da memória,
diminuição do estado de alerta, retardo do
tempo de reação. Possíveis reações
paradoxais: aumento da ansiedade,
irritabilidade, agressão ou desinibição
comportamental.
*Em casos de administração crônica, há o
desenvolvimento de tolerância.
Antipsicóticos
Mecanismo: Todos atuam no sistema
dopaminérgico. No geral, são antagonistas
de receptores D2 ou antagonistas parciais,
*É recomendado o uso por um curto
período de tempo junto a outros
medicamentos.
*Há alto potencial de tolerância,
dependência e abuso; a descontinuação
precoce sem outro medicamento para fazer
manutenção resulta em recaída; a retirada
após tratamento crônico pode resultar em
aumento da ansiedade e convulsões.
Superdosagem: Raramente há toxicidade
significativa. Os sintomas da superdose
são: fala arrastada, ataxia e estado mental
alterado. Sobre o comprometimento
respiratório: incomum em ingestões
isoladas de benzodiazepínicos, mas se
tomado com etanol, drogas ou outras
medicações, pode ocorrer depressão
respiratória. Caso ocorra toxicidade grave,
será apresentado um estado de estupor ou
coma.
*Em caso de interações com outros
sedativos, opióides ou álcool, pode ocorrer
efeitos adversos graves como sedação
profunda, coma e morte.
Idosos: aumento do risco de quedas, deve
ser usado com cautela.
Crianças: uso raro, prescrito somente em
casos de ansiedade grave. Uso durante
curto período!
Grávidas: NÃO deve ser usado. Gera
recém-nascidos sedados, sub responsivos e
com abstinência.
Tratamento de curto prazo: ocorre
quando os sintomas são transitórios, logo
os medicamentos antipsicóticos são
administrados apenas durante e logo após
os períodos de exacerbação dos sintomas.
Funciona para pacientes com delírio,
demência, transtorno depressivo maior ou
mania com características psicóticas,
psicoses induzidas por substâncias e
transtorno psicótico breve. Os sintomas
psicóticos de delírio ou demência
geralmente são tratados com baixas doses
de medicação.
> Em caso de psicose aguda é possível
sentir benefícios entre 1h a 2h após a
administração da medicação.
> Em caso de depressão maior psicótica,
usa-se antipsicóticos com doses menores e
antidepressivos. Tratamento prolongado
não é necessário.
Tratamento de longo prazo: É o tipo de
tratamento feito na esquizofrenia.
> Tratamento antipsicótico agudo:
redução do comportamento agitado,
desorganizado ou hostil, diminuição do
impacto das alucinações, melhora na
organização do pensamento e redução do
retraimento social.
Antipsicóticos de primeira geração:
Clorpromazina, Haloperidol.
Antipsicóticos de segunda geração:
Clozapina (eficaz na esquizofrenia
refratária; menos efeitos extrapiramidais);
Risperidona.
Efeitos adversos: Acatisia, distonia,
parkinsonismo, discinesia tardia, sedação,
ganho de peso, hiperprolactinemia, efeitos
cardiovasculares.
> Álcool: aumenta os efeitos colaterais
do haloperidol e clozapina no SNC,
causando tontura, sonolência e dificuldade
de concentração.
*Pacientes psicóticos agudos respondem
dentro de horas, apesar de levar semanas
para atingir a resposta máxima.
*Se não houver respostas em 2 semanas é
necessária uma reavaliação clínica.
*Primeiro episódio de esquizofrenia: doses
menores.
*Pacientes crônicos: doses que excedem
os intervalos recomendados.
*A dosagem deve ser ajustada com base
em sinais clinicamente observáveis de
benefício antipsicótico e efeitos adversos
(ganho de peso, sedação, etc).
*As drogas antipsicóticas são viciantes.
Doença refratária: falta de resposta a
doses adequadas por períodos de tempo
adequados podem indicar doença
refratária, sendo a melhor escolha a
Clozapina.
Riscos – Clozapina: risco de
agranulocitose (requer monitoramento
hematológico), alta carga metabólica,
redução dose-dependente do limiar
convulsivo, ortostase, sedação, efeitos
anticolinérgicos (especialmente
constipação) e sialorréia.
Superdosagem: sedação, efeitos
anticolinérgicos e ortostase. Combinação
com outros medicamentos pode levar à
morte principalmente por depressão
respiratória.
Gravidez: Olanzapina, risperidona e
quetiapina são seguros para a gravidez e
não causam malformação.
Criança: Aripiprazol, asenapina,
olanzapina, paliperidona, quetiapina e
risperidona.
Idoso: Risperidona, quetiapina e
aripiprazol.
 Regulador de Humor
Lítio: alta eficácia na profilaxia de futuras
fases maníacas e depressivas do transtorno
bipolar.
– Apenas o lítio demonstrou
consistentemente reduzir o risco de
suicídio em comparação com outros
tratamentos
Gravidez: Associação entre a exposição
ao lítio no primeiro trimestre e um risco
aumentado de malformações congênitas.
Psicoestimulantes
Utilizados para TDAH.
Mecanismo: Atuam em dopamina e
norepinefrina.
Exemplos: Sais de anfetaminas,
dextroanfetamina, Guafacina,
Dexmetilfenidato.
Efeitos adversos: Diminuição do apetite,
dor de estômago, distúrbios do sono,
extremidades frias e dores de cabeça.
*Tomar IMAOs com estes medicamentos
pode ser fatal.
*Tomar álcool em quantidade moderada
não interage perigosamente com a
medicação para TDAH.
Superdose: Euforia, delírio, confusão,
psicose tóxica e alucinações, raiva extrema
com ameaças de comportamento agressivo,
Superdosagem: Vômitos, diarréia profusa,
tremor grosseiro, ataxia, coma e
convulsões. Casos graves: confusão
mental, hiperreflexia, tremor grosseiro,
disartria, convulsões e sinais neurológicos
focais e de nervos cranianos, evoluindo
para coma e óbito. Às vezes o dano pode
ser irreversível. Arritmia cardíaca,
hipotensão e albuminúria podem ocorrer.
ideação paranóica. Raramente relatos de
homícidio ou suicídio. – Tratar com
monitoramento do paciente e carvão
ativado.
Crianças: Psicoterapia e metilfenidato.
Adolescentes: Psicoterapia e metilfenidato
ou outras anfetaminas.
Adultos: Psicoterapia e metilfenidato ou
outras anfetaminas.
Gravidez: “A exposição ao metilfenidato
no início da gravidez está associada a um
pequeno, mas significativo aumento do
risco de malformações graves, que podem
ser atribuídas principalmente ao aumento
do risco de malformações cardíacas. Dados
conflitantes na literatura.”