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MORTALIDADE EPREJUÍZOS FUNCIONAIS NA

ESQUIZOFRENIA

Apresentado por Camila Teleginski

UFPR - 2024
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INTRODUÇÃO
A esquizofrenia é reconhecida como um dos transtornos médicos
psiquiatricos mais incapacitantes, impactando negativamente a
vida dos indivíduos afetados e suas comunidades. Ela se manifesta
através de uma variedade de sintomas, incluindo alucinações,
delírios, comportamento desorganizado, anedonia, falta de
motivação e comprometimento cognitivo. Esses sintomas podem
resultar em prejuízos significativos no funcionamento social e
ocupacional dos pacientes
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INTRODUÇÃO
Ao longo do tempo, houve um avanço significativo no entendimento da
esquizofrenia, passando de uma visão inicial centrada nos aspectos
neurológicos para uma compreensão mais abrangente que reconhece a
disfunção cognitiva como um componente central da doença. A pesquisa
moderna revela déficits cognitivos generalizados em diversas áreas, o
que gera um impacto substancial na vida diária dos pacientes
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PREJUÍZOS FUNCIONAIS
O comprometimento cognitivo na esquizofrenia vai abranger:
Velocidade de processamento
Atenção
Memória de trabalho
Aprendizado e memória verbal
Aprendizado e memória visual
Raciocínio/função executiva
Compreensão verbal
Cognição social
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PREJUÍZOS FUNCIONAIS
Esses comprometimentos refletem-se no desempenho em
testes neuropsicológicos, sendo que pessoas com esquizofrenia
têm, em média, um a dois desvios-padrão abaixo dos controles
saudáveis.
É importante notar que os medicamentos antipsicóticos e
anticolinérgicos podem afetar a cognição, mas relatos de
distúrbios de memória na esquizofrenia frequentemente
precedem o tratamento farmacológico
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PREJUÍZOS FUNCIONAIS
A cognição social desempenha um papel crucial na
esquizofrenia, influenciando a capacidade dos indivíduos de
interagir e se relacionar com os outros.
Os déficits na cognição social incluem dificuldades na percepção
emocional, mentalização e na capacidade de atribuir intenções
aos outros, todos os quais contribuem para os prejuízos sociais
observados em pacientes com esquizofrenia.
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PREJUÍZOS FUNCIONAIS
Sintomas de Humor e Ansiedade: são comuns na esquizofrenia, ocorrendo em
taxas mais elevadas do que na população em geral. Esses sintomas podem
afetar significativamente a qualidade de vida e exigir atenção clínica
especializada.
Consciência e Estigma: A falta de consciência da doença é comum na
esquizofrenia, o que pode dificultar o tratamento e a adesão à terapia. Além
disso, o estigma associado ao diagnóstico pode ter impactos negativos na
autoestima e no bem-estar dos pacientes.
Manifestações Físicas Associadas: Distúrbios neurológicos, catatonia,
distúrbios do sono e distúrbios metabólicos são comumente associados à
esquizofrenia.
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MORTALIDADE
A esquizofrenia, está associada a um risco significativamente elevado de
mortalidade. Uma meta-análise abrangente, envolvendo 135 estudos de
coorte e mais de 4,5 milhões de pacientes com esquizofrenia em
comparação com cerca de 1,11 bilhão de pessoas da população geral,
ofereceu uma visão detalhada desse aumento de risco.

Os resultados revelaram um aumento de 2,9 vezes na mortalidade por


todas as causas entre os pacientes com esquizofrenia em comparação
com a população geral. Além disso, houve um risco aumentado de 1,6
vezes em relação a doenças físicas específicas
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MORTALIDADE
CAUSAS DE MORTALIDADE ESPECÍFICAS
Entre os pacientes com esquizofrenia, as taxas de mortalidade foram
particularmente altas para causas específicas, como suicídio (9,7 vezes) e
pneumonia (7 vezes).
O risco também foi elevado para uma variedade de doenças físicas,
incluindo cardiovasculares, cerebrovasculares, endócrinas,
gastrointestinais, infecciosas, hepáticas, neurológicas, respiratórias e
urogenitais, além de diabetes mellitus e vários tipos de câncer.
Portanto, com o risco aumentado de desenvolver várias condições médicas
coexistentes, a expectativa de vida desses pacientes pode ser
significativamente afetada.
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MORTALIDADE
FATORES DE RISCO E PROTETORES
O risco de mortalidade foi ainda maior em pacientes com
esquizofrenia incidente, especialmente aqueles com menos de 40
anos.
Transtornos do uso de substâncias também foram identificados como
um fator significativo de risco.
No entanto, o tratamento antipsicótico, especialmente com LAIs
(antipsicóticos injetáveis de ação prolongada) de SGA (antipsicótico
atípico ou de segunda geração) e clozapina, mostrou-se protetor
contra a mortalidade.
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CONCLUSÃO
A busca por tratamentos eficazes para a disfunção cognitiva na
esquizofrenia tem sido um foco importante da pesquisa.
Embora vários tratamentos farmacológicos tenham sido
investigados, ainda não há nenhum composto aprovado
especificamente para tratar a disfunção cognitiva associada à
esquizofrenia.
Com os recentes avanços na compreensão dos mecanismos
subjacentes e o desenvolvimento de biomarcadores, há esperança de
que tratamentos mais eficazes possam estar disponíveis no futuro.
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CONCLUSÃO
É crucial fornecer diagnóstico e tratamento precoces para pacientes
com esquizofrenia, pois a mortalidade por todas as causas é 7,4 vezes
maior em casos de primeiro episódio. A prevalência de suicídios
consumados é alta, especialmente próximo ao início da doença.
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REFERÊNCIAS
UpToDate. Disponível em:
<https://sso.uptodate.com/contents/schizophrenia-in-adults-clinical-
features-assessment-and-diagnosis?
search=esquizofrenia%20mortalidade&source=search_result&selectedTitle
=1%7E150&usage_type=default&display_rank=1#H3044850538>. Acesso em:
19 mar. 2024.
‌CORRELL, C. U. et al. Mortality in people with schizophrenia: a systematic
review and meta‐analysis of relative risk and aggravating or attenuating
factors. World Psychiatry, v. 21, n. 2, p. 248–271, 7 maio 2022.
‌MCCUTCHEON, R. A.; KEEFE, R. S. E.; MCGUIRE, P. K. Cognitive impairment in
schizophrenia: Aetiology, pathophysiology, and treatment. Molecular
Psychiatry, v. 28, n. 5, p. 1–17, 23 jan. 2023.
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REFERÊNCIAS
JAVITT, D. C. Cognitive Impairment Associated with Schizophrenia: From
Pathophysiology to Treatment. Annual Review of Pharmacology and
Toxicology, v. 63, n. 1, p. 119–141, 20 jan. 2023.
UFPR |

OBRIGADA
Camila Teleginski

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