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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

INSTITUTO JOÃO PAULO II


MESTRADO EM SERVIÇO SOCIAL E POLÍTICA SOCIAL

PROJECTO DE PESQUISA

CONTRIBUIÇÕES DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL


SOS HABITAT, NA PROMOÇÃO DO DIREITO À HABITAÇÃO E
CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE DOS CIDADÃOS FACE Á
POLÍTICAS PÚBLICAS HABITACIONAIS EM ANGOLA EM
2017-2024.

ALEXANDRE JOSÉ MIRANDA

Orientadora: PRF. Dra, Juarniyarmis Diaz Da Cruz.

Trabalho Submetido ao Comité de Ética da Universidade Católica de Angola


para avalição, Como requisito para elaboração da dissertação.

LUANDA-2024
CONTRIBUIÇÕES DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
SOS HABITAT, NA PROMOÇÃO DO DIREITO À HABITAÇÃO E
CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE DOS CIDADÃOS FACE Á
POLÍTICAS PÚBLICAS HABITACIONAIS EM ANGOLA EM
2017-2024.

ALEXANDRE JOSÉ MIRANDA

LUANDA-2024
1

Sumário

INTRODUÇÃO...................................................................................................................1

1 Enquadramento Teórico....................................................................................................3

1.2. Conceito de Sociedade Civil na perspectiva de Gramsci.............................................4

1.3. Conceito de Sociedade Civil em Marx........................................................................5

1.4. Conceito de Sociedade Civil em Hegel........................................................................6

1.5. Conceito de política pública.........................................................................................8

1.6. Conceito de Cidadão.....................................................................................................9

2. Metodologia a Aplicar...................................................................................................11

2.1. Abordagem qualitativa................................................................................................11

2.4. Amostragem por Conveniência..................................................................................11

2.5. Sujeitos de Pesquisa....................................................................................................12

2.6. Amostragem Intencional.............................................................................................12

2.7. Critérios Éticos da Escolha dos Sujeitos.....................................................................12

2.8. Técnica de Análise de Dados: Análise de Discurso....................................................12

2.9. Formas de Apresentação dos Dados/Informações......................................................13

2.10. Limitações do Estudo................................................................................................14

3. Resultados Esperados.....................................................................................................16

4. Cronograma de actividades............................................................................................17

5. Recursos.........................................................................................................................18

Referências.........................................................................................................................19

Apêndices..........................................................................................................................21
2

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como título: Contribuições da Organização da


Sociedade Civil SOS Habitat, na Promoção do Direito à Habitação e Condições de
Habitabilidade dos Cidadãos face á Políticas Públicas Habitacionais em Angola em
2017-2024. Diante das crescentes preocupações relacionadas com a habitação, surge à
indagação central que norteia a pesquisa segundo a qual: quais são às contribuições da
organização da sociedade civil SOS Habitat, na promoção do direito á habitação e
condições de habitabilidade dos cidadãos, face a políticas públicas em Angola em 2017-
2024?
Este estudo se justifica pela necessidade de conhecer as contribuições da
organização da Sociedade civil SOS Habitat, face a problemática da habitação em
Angola. Justifica-se ainda pela necessidade de provocar debates no seio da academia e
dos académicos para estimular novos estudos em torno do tema habitação e das condições
de habitabilidade em Angola.
Desta forma, o objetivo geral da pesquisa visa conhecer as contribuições da
organização da Sociedade civil SOS habitat, no âmbito das políticas públicas para a
promoção e defesa do direito e condições de habitualidade em Angola em 2017- 2024.
Quanto aos objectivos especificos da pesquisa, visa conhecer as propostas
habitacionais acolhidas e executadas pelo Estado angolano no âmbito das políticas
públicas, da habitação em Angola, em 2017-2024; e, por último, visa estudar os
mecanismos de persuasão da organização da sociedade civil SOS Habitat, face de
violação do direito a habitação e condições de habitabilidade em Angola em 2017- 2024.
A pesquisa está estruturada da seguinte maneira. No primeiro capítulo, fez-se
Enquadramento Teórico: Conceitos e Perspectivas Teóricas de abordagem das
principais categorias de analises como: organização, Sociedade civíl, políticas Públicas e
Cidadão.
Já o segundo capítulo, indica os procedimentos metodológicos: assim sendo,
optamos pela abordagem qualitativa, a teoria é marxismo, quanto, à técnica de recolha de
dados optamos por entrevista semiestruturada, amostragem será por conveniência, o
sujeito da pesquisa serão os membros de direcção da organização SOS Habitat, a técnica
de análise será de conteúdo ou hermenêutica, Finalmente, o último capítulo está
dedicado à interpretação e análise de conteúdos colhidos do sujeito da pesquisa e
consequentemente os resultados esperados como:
3

Conhecer de forma aprofundada, as contribuições da organização da Sociedade civil


SOS habitat, no âmbito das políticas públicas para a promoção e defesa do direito e
condições de habitualidade dos cidadãos em Angola em 2017-2024; Identificar as
propostas habitacionais acolhidas e executadas pelo Estado angolano no âmbito das
políticas públicas, da habitação em Angola, no ano de 2017- 2024; Analisar os
mecanismos de pressão da organização da sociedade civil SOS Habitat, face de violação
do direito a habitação e condições de habitabilidade dos cidadãos em Angola em 2017-
2024; provocar debates no seio da academia e dos académicos para estimular novos
estudos em torno do tema habitação e das condições de habitabilidade em Angola.
4

1 Enquadramento Teórico

1.1. Conceitos de Organização

Segundo Dias (2018, p. 22), “as organizações podem ser entendidas como
instrumentos utilizados pelo homem para desenvolver determinadas tarefas que não
seriam possíveis de ser realizadas por um indivíduo em particular”.
Já para Drucker (1997), é um grupo humano, composto por especialistas que
trabalham em conjunto em uma tarefa comum. Podemos verificar tanto na acerssão de
Dias como de Drucker que a organização é um agrupamento de pessoas, com finalidade
de atingir objectivos específicos. Assim sendo, as organizações são unidades planejadas,
intencionalmente estruturadas com o propósito de atingir objectivos específicos, mas que
têm caracterizas especifica. Essa nossa afirmação encontra sustento em Etzione, segundo
a qual:
As organizações apresentam três características fundamentais, sendo a
primeira divisão de trabalho, poder e responsabilidades de comunicação, são
planejadas intencionalmente com objectivo de intensificar a realização de
objectivos específico. Segundo, a presença de um ou mais centros de poder que
controlam os esforços combinados da organização, direcionando-os para que
sejam atingidos os objectivos propostos; esses centros de poder devem reexaminar
continuamente as actividades da organização e, quando necessário, reordenar sua
estrutura, a fim de aumentar sua eficiência. Terceiro, substituição de pessoal,
quando não satisfaz aos padrões estabelecidos pela organização; nesse caso,
pessoas podem ser demitidas, sendo designadas outras para as tarefas. A
organização pode, também, promover uma realocação do seu pessoal, através de
transferências e promoções (Etzione, 1961, p. 88).

Assim, a existência das organizações sociais visa atender a determinadas


finalidades. Essas finalidades, pretendidas e esperadas das organizações são determinadas
funções manifestas1.
Por isso, torna-se evidente que uma organização social é um conjunto de pessoas,
determinadas pela divisão social do trabalho e que têm um objectivo em comum.
Então, não pode existir organização social sem pessoas, não pode existir
organização social sem papel social e não pode existir organização social sem objetivo.

1
Finalidades pretendidas e esperadas das organizações
5

1.2. Conceito de Sociedade Civil na perspectiva de Gramsci


Para compreendermos o conceito de sociedade civil em Gramsci, é necessário
partirmos do entendimento que o autor faz sobre o conceito de estado, que segundo o
mesmo, “o Estado é todo complexo de actividades práticas e teóricas com o qual a classe
dominante, justifica e mantém o seu domínio, mas também procura conquistar o
consentimento daqueles sobre os quais exerce a sua dominação” (Gramsci, apud Carnoy,
2006, p. 90).
Partindo desta afirmação, Gramsci distingue duas esferas: por um lado, a sociedade
política2, que corresponde aos aparelhos e funções que convencionalmente definem o
estado, como burocracia, exército, polícia, instituições jurídicas, entre outros. Por outro, a
sociedade civil3, composta por várias associações, escolas, imprensa, família, igrejas que
funcionam para reproduzir o poder da classe dominante (idem).
Como se vê, o conceito de sociedade civil em Gramsci engloba as instituições
responsáveis pela elaboração e difusão da cultura e das visões do mundo. A distinção,
entre sociedade política e sociedade civil como duas dimensões do estado e do poder
político, permitiu a Gramsci compreender que a dominação de classe não se restringe a
posse do aparelho repressivo-burocrático.
A dominação burguesa, para o autor, baseia-se no controle dos aparelhos da
sociedade civil, responsáveis por reproduzir as visões do mundo de acordo com os
interesses da burguesia.
Em outras palavras, o domínio da classe não se funda exclusivamente, na posse do
aparelho do estado, nos meios de coerção, mas também, se considera as instituições da
sociedade civil, em que a classe dominante exerce a sua hegemonia e se reproduz
enquanto tal.

Por conseguinte, Gramsci (apud, Violin, 1991, p. 6), passou a desenvolver uma
visão mais elaborada e complexa sobre sociedade civil, ao considerar que “são
2
Segundo Gramsci, (1971, p.98), é o conjunto de mecanismos através dos quais a classe dominante detém o
monopólio legal da repressão e da violência e que se identifica como aparelhos de coerção sob controlo das
burocracias executivas, da polícia, do exercito, dos tribunais entre outras.
3
Segundo Gramsci, é o conjunto de organismo designados como privados hegemonia, formada pelas
organizações responsáveis, tanto pela elaboração e difusão das ideologias, compreendendo assim o sistema
escolar, das igrejas, os sindicatos, os partidos políticos, as organizações profissionais, a organização
material da cultura (que se dá pelos jornais, revistas editoras, meios de comunicação de massa), entre
outras. Em suma, os ditos aparelhos privados de hegemonia (idem).
6

organizações responsáveis pela elaboração e difusão das ideologias”. Em nosso entender,


a sociedade civil busca exercer a sua hegemonia, conquistando aliados para a sua
exposição mediante a direcção política e o consenso, cujo objectivo é interferir na
construção da sociedade política. A sociedade civil precisa, portanto, vencer a
hegemonia, e o domínio do Estado.
Porém, esse domínio será vencido no campo das ideias e dentro das instituições,
pois que a sociedade civil não está orientada em função do Estado e nem se reduz as
relações económicas, mas, é principalmente, o extenso de complexo espaço da sociedade
global onde se travam disputas e lutas ideológicas numa outra perspectiva.

1.3. Conceito de Sociedade Civil em Marx


Marx olhava a sociedade civil como a base económica, e o Estado, como a
superestrutura. Ou seja, a sociedade civil, seria a esfera das relações económicas e dos
interesses particularistas e, o Estado à esfera da universalização. É a partir daqui, que se
constitui o ponto de partida para o desenvolvimento dos estudos de Marx, acerca da
natureza do Estado moderno e da sua relação coma sociedade civil.
Desse modo, para Marx (Apud. Montaño & Duriguetto. 2010 p. 35), “a sociedade
civil, enquanto sociedade burguesa, como esfera de produção e da reprodução da vida
material”. Em outras palavras, a sociedade civil e a superestrutura são para Marx a
mesma coisa. Todavia, compreende-se que a sociedade civil se fundamenta na natureza
estatal, e não o contrário.
Pensamos que o Estado é produto da sociedade civil, expressa suas contradições e
as perpetuas em uma esfera independente, com racionalidade própria. A centralidade da
sociedade civil como momento fundante do Estado implica, para Marx, “a investigação
dos processos históricos da génese da sua base material. É a partir dessa crítica que Marx
propõe uma teoria que compreende a ontologia do ser social”. (Marx, apud Montaño &
Duriguetto, 2020. p. 45).
Afinal, com quem a sociedade civil, como construção burguesa, se confrontava?
A resposta, de algum modo era dada pelos próprios intelectuais da ordem: a plebe, as
classes perigosas, os homens sem propriedade e sem cultura, os trabalhadores manuais.
Não bastava, por suposto, anotar como a sociedade civil da burguesia criava as suas
representações políticas, jurídicas, ideológicas. Era preciso conhecer os fundamentos da
sociedade civil, desvendar Como a contradição se desenvolvia na criação de homens
proprietários e homens não proprietários.
7

Marx reconhecia já em fins de 1843, que o atraso material da Alemanha exigiria


mais que uma simples emancipação política, sendo necessária uma práxis que
ultrapassasse os feitos das revoluções burguesas e se elevasse ao nível universal, humano
genérico. A interrogação crucial era aquela de que se haveria na realidade alemã “uma
discrepância semelhante à da sociedade civil e Estado dentro da própria sociedade civil.”
(Marx, como citado em Montanõ e Duriguetto 2010, p. 152).
A referência à possível discrepância na realidade alemã, semelhante à existente
entre a sociedade civil e o Estado, adiciona uma dimensão crítica à análise de Marx. Ele
parece questionar se na própria sociedade civil alemã existe uma disparidade interna
comparável à que observamos entre a sociedade civil e o Estado em geral. Essa
interrogação sugere uma preocupação profunda com as estruturas sociais e a dinâmica
interna específica da Alemanha naquele momento.
O parágrafo destaca a perspicácia de Marx ao abordar não apenas as questões
políticas imediatas, mas também as estruturas subjacentes que moldam a sociedade. A
busca por uma práxis que vá além das revoluções burguesas indica a visão de Marx de
que as transformações necessárias devem ser radicais e abrangentes, buscando uma
emancipação verdadeira e universal. Em última análise, esse trecho revela a profundidade
do pensamento de Marx e sua preocupação em compreender as complexidades
específicas de cada contexto social em sua busca por uma transformação mais abrangente
e significativa.

1.4. Conceito de Sociedade Civil em Hegel

Ao distinguir a sociedade civil do Estado liberal, Hegel quer efectivamente


contrariar abordagens contratualistas que, ao identificar o Estado com a sociedade civil,
não conseguiram aperceber-se da importância das associações independentes e do papel
que indivíduos conscientes e reflexivos têm na construção da sociedade civil moderna.
Qualquer que seja a explicação atribuída nesse terceiro significado do conceito
com relação à concepção jusnaturalista, parece razoável inferir que Hegel diferencia-se
dos contratualistas na medida em que chama de sociedade civil a sociedade pré-política -
fase da sociedade humana que os jusnaturalistas chamariam obviamente da sociedade
natural, sem "sociedade civil". As observações de Cohen e Arato reproduzem bem a
influência de Hegel e o efeito inovador do seu conceito:
8

Hegel é o autor representativo da ideia de sociedade civil, dado o caráter


sintético da sua teoria e por ter sido a primeira e talvez a mais bem-
sucedida tentativa de apresentar o conceito de sociedade civil para dar
conta da complexidade da sociedade moderna. Também teve o êxito em
incorporar direitos dos indivíduos como agentes portadores de consciência
moral (Cohen e Arato, 2000, p. 121).

Ao redefinir o pensamento moderno do século XVIII sobre o conceito de sociedade


civil, Hegel conseguiu articular, num só esboço teórico e analítico, a liberdade pública do
indivíduo e a sociedade civil como portadora da civilização material, assim como
estabelecer a diferença entre sociedade civil e o Estado.
Mas essa diferença, tal como é pensada por Hegel, não parece apresentar a
sociedade moderna de forma precisa.
Por esta razão, a ideia de sociedade civil, em Hegel, como terreno central da
integração da sociedade, tomou-se menos importante na reconstrução de laços de
solidariedade baseada na organização autónoma da sociedade e no reconhecimento de
formas associativas independentes. Sobre este esquema hegeliano se pretende, mais uma
vez, chamar a atenção para o significado de sociedade civil.

[...] a teoria moderna como o mundo da alienação e, ao mesmo tempo, da


busca da sua integração, e, por outro. Identifica essa busca no Estado
moderno, mas não ficou claro se Hegel referia a um Estado social de
Hegel apresenta, por um lado, as sociedades civis, ou a um Estado
desejável [...] o argumento de Hegel, portanto. Não deixa de ser uma
restrição à participação efectiva dos cidadãos nos assuntos do Estado
(Cohen; Arato, 2000, p.122, 123).

Uma quarta acção da noção de "sociedade civil", como desenvolvimento das


relações económicas que precedem e determinam o momento político e, portanto, como
antítese sociedade-Estado, ocorre com Marx. Apesar da influência de Hegel sobre o seu
pensamento político e sociológico, Marx foi quem deu a passagem do termo de sociedade
civil como o momento estrutural, o momento decisivo das relações económicas. De
acordo com o entendimento de Norberto Bobbio,
[...] a sociedade civil, para Marx, compreende todo o conjunto da vida
económica e das relações materiais dos indivíduos dentro da sociedade, no
interior de uma fase determinada de desenvolvimento das forças
produtivas [...]; relações que caracterizam, por sua vez, a estrutura de cada
sociedade, isto é a base real sobre a qual se eleva uma superestrutura
9

política e jurídica [...]. Portanto, por sociedade civil, devemos entender


emancipação política da sociedade civil-burguesa (Bobbio, 1995, p. 1209.
grifo nosso).

1.5. Conceito de política pública


No entendimento de Sousa, política pública pode referir-se a diferentes objectos:
Um campo de atividade governamental, como exemplifica a política
agrícola; uma situação social desejada, como a política de igualdade de
gênero; uma proposta de ação específica, como a política de ações
afirmativas; uma norma quanto ao tratamento de determinado problema,
como a política de fontes de energia renováveis; ou mesmo um conjunto
de objetivos e programas que o governo possui em um campo de ação,
como a política de combate à pobreza. (Souza, 2006, PP. 20-45).

Este conceito de Sousa leva-nos a entender que as “O conjunto das atividades de


um governo, diretamente realizadas por agentes públicos ou por agentes da sociedade, e
que influenciam a vida dos cidadãos” é o que se pode chamar de política pública.
Transmite-se aqui, a ideia de uma intervenção de caráter público das decisões
tomadas, o foco se transfere para a ideia de que a política pública apresenta a natureza de
uma intervenção de certa realidade.
Assim sendo surge uma questão necessária: o que leva o Estado na
contemporaneidade intervir na questão social?
Se o “o Estado é então e antes de mais aquilo a que os clássicos do marxismo
chamaram o aparelho de Estado” (Althusser, 1970, P.31). Então, O Estado é uma
máquina de repressão que, permite às classes dominantes assegurarem a sua dominação
sobre a classe dominada para submetê-la ao processo de extorsão da mais- -valia quer
dizer, à exploração crupitalista.
A resposta da questão acima as autoras Rua e Romanini (S/D, p. 6), dizem
“sociedades modernas têm, como principal característica, a diferenciação social”. Isso
significa que seus membros não apenas possuem atributos diferenciados (idade, sexo,
religião, estado civil, escolaridade, renda, setor de atuação profissional), como também
possuem ideias, valores, interesses e aspirações diferentes e desempenham papéis
distintos no decorrer da sua existência. Isso faz com que a vida em sociedade seja
complexa e compreenda diferentes padrões de interação: cooperação, competição,
conflito. (Iden).
10

Por isso mesmo é que Rua e Romanini admitem Poder existir políticas públicas não
governamentais. (...) que são executadas como resultado de conflitos ou competição entre
actores políticos face aos seus interesses como é possível verificar abaixo:

As políticas que atendem ao interesse público tendem a responder a


necessidades sociais, são submetidas ao debate e participação popular, mas
que são propostas, formuladas e executadas por organizações não
pertencentes ao aparelho de Estado. Ex. as várias políticas de proteção ao
ambiente, em sua maior parte coordenadas por Organizações Não-
Governamentais (Rua e Romanini, S/D, p. 9. grifo nosso).

Pensamos que a organização da Sociedade Civil SOS Habitat encontra sustento


na asserção de Rua e Romanini, no que têm que ver com o seu contributo, face as
politicas sociais para a promoção e defesa do direito à habitação e condições de
habitabilidade em Angola.
Na verdade, a política (politics) é um processo que compreende a operação de
vários mecanismos e procedimentos destinados a resolver pacificamente os conflitos
quanto à alocação de bens e recursos públicos. Quem são os envolvidos nesse processo?
São aqueles cujos interesses serão afetados, positiva ou negativamente, pelas decisões e
ações, de atores políticos4.

1.6. Conceito de Cidadão


Segundo Tonet (2002, p. 77) “O cidadão é o individuo que têm direitos e deveres
das mais diversas ordens e que têm o Estado à garantia de que estes direitos e deveres
terão uma existência efetiva”.

4
Os atores políticos são inúmeros e variam segundo cada tipo de política pública no qual estão envolvidos,
ou seja, são específicos. Cada ator político pode exibir lógicas próprias de comportamento, interesses
próprios e recursos de poder próprios. Por “recursos de poder” entendem-se os variados instrumentos
mediante os quais os atores podem tentar influir no curso das decisões e negociar politicamente, como:
recursos financeiros, posições de autoridade, capacidade de mobilização política, reputação, vínculos com
outros atores relevantes, habilidades estratégicas, conhecimento, informação, etc.
11

Pensamos que o conceito apresentado por Tonet, é bastante problemático na


medida em que o Estado é o Estado da classe dominante economicamente.
Então, “o Estado caracteriza-se como a instituição que, acima de todas as outras, tem
como função assegurar e conservar a dominação e a exploração de classe”. (Marx, apud
Bottomore, 2013, p. 217).
Partindo desta afirmação, pode-se compreender que o Estado não é a garantia dos
direitos e deveres de toda a sociedade como afirmou Tonet. É garantia de direitos para
alguns e de deveres para outros. Até porque no Estado moderno a sociedade é dividida
em duas. (Classe dominante e classe dominada).
Tudo isso leva-nos então a fazer uma pergunta óbvia, somos todos cidadãos?
Abordagem política liberal clássica sobre cidadania, defende que todos os homens
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos como está claro na declaração da
Independência dos Estados Unidos de (1776), na declaração dos direitos do homem e do
cidadão da revolução francesa de (1789), na declaração universal dos direitos do homem
da ONU de ( 1948). A existência desse discurso decorre do facto dos “homens tiverem
que se organizar em sociedade e instituir uma autoridade capaz de garanti-los esses
direitos e deveres” (Tonet, 2002, p. 84).
O pensamento de uma igualdade natural era um elemento importante na luta contra
a desigualdade natural que fundamentava a ordem feudal. Como se pode ver:
Como se pode ver:
No seio dessa organização social a posição do indivíduo era definida pelo
nascimento, pela sua condição social ou pela profissão. Era tão assim que se um
indivíduo nascesse senhor feudal ele conservava esse status por toda sua vida.
Assim como o servo, desde o seu nascedouro até a sua morte, mantinha-se na
condição de subordinado. Os “elementos da vida social” como a propriedade, a
família e o trabalho eram elevados a “elementos da vida de Estado” pelos
privilégios adquiridos “na forma da senhorialidade fundiária, do estado e da
corporação” (Marx, 1991, p. 47, grifo do autor).

A partir dos termos acima é possível perceber que a cidadania está diretamente
ligada à existência de Estado democrático. Com tudo que se supõe: Estado de direito,
partidos políticos, representação, divisão de poderes, eleições, rotatividade no poder etc.
Por outro lado, Hrendit (1979), rejeita inteiramente a ideia de uma igualdade natural.
Segundo a autora, os homens não nascem iguais, mas diferentes. A igualdade é resultado
da acção dos próprios homens através da sua organização em comunidade política.
12

2. Metodologia a Aplicar

2.1. Abordagem qualitativa


Segundo Gomes (2022, p. 50), “os estudos qualitativos permitem compreender os
fenómenos em profundidade e tentam descobrir os seus significados, de que são
exemplos os estudos de caso”. É uma abordagem que se centra no paradigma
interpretativo e sociocrítico e pode basear-se em dados primários ou secundários.
Deslauriers (1997, p. 294) explica que a expressão métodos qualitativos não têm um
sentido preciso, em ciências sociais designa uma variedade de técnicas interpretativas que
têm por fim descrever, descodificar, traduzir, certos fenómenos sociais que se produzem
mais ou menos naturalmente.

2.2. Marxismo
De acordo com Borges (2020, p. 69), “essa teória permite compreender a
sociedade olhando para os seres humanos e suas necessidades materiais de sobrevivencia,
inseridos na história”. Levanta-se aqui importatantes questões teóricas de análise da
sociedade capítalista vinculando-as á utlidade e ás necessidades humanas. Essa teória, nos
permite perceber que o primeiro facto histórico é a produção dos meios que permitem
satisfazer as necessidades de sobrevivência ( comer, ter um teto, vestir,[...].

2.3. Entrevista semiestruturada


(Taquette, 2015; Yamasaki 2009). É um procedimento de coleta de dados que faz
uso da palavra. Pode ser individual ou em grupo, também denominado de grupo focal.
Neste item serão tratadas as entrevistas individuais. Trata-se de uma técnica de coleta de
dados em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas
ou lança temas para que ele reflita e fale sobre os mesmos.

2.4. Amostragem por Conveniência

Optaremos por amostragem por conveniência. De acordo com GIL (2008, p.89),
a amostragem por conveniência constitui o menos rigoroso de todos os tipos de
amostragem. Por isso mesmo, é destituída de qualquer rigor estatístico.
Neste sentido pensamos que, o que o pesquisador selecciona são os elementos a
quem tem maior acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma representar o
universo. Aqui reside a razão da nossa opção por este tipo de amostragem. Aplica-se este
13

tipo de amostragem em estudo exploratório ou qualitativo, onde não é requerido elevado


nível de precisão.

2.5. Sujeitos de Pesquisa


A população-alvo desta pesquisa será composta por membros de direccão da
organização da Sociedade civil SOS Habitat. Essa inclusão abrangente visa capturar
perspectivas diversas e experiências variadas relacionadas ao trabalho da organização
SOS Habitat, fornecendo uma visão holística das contribuições da organização.

2.6. Amostragem Intencional


Busca-se garantir que os participantes selecionados ofereçam contributos
significativos sobre as acções da organização SOS Habitat e seu impacto nas
comunidades. A intencionalidade na escolha dos participantes permitirá uma análise
aprofundada e focada nos aspectos mais relevantes para os objectivos da pesquisa.
.
2.7. Critérios Éticos da Escolha dos Sujeitos
Antes do início da pesquisa, se buscará a aprovação ética junto a um comitê de
ética, conforme as diretrizes e normas éticas estabelecidas. O objectivo é assegurar que a
pesquisa seja conduzida de maneira ética, respeitando os princípios fundamentais de
protecção aos participantes.
Todos os participantes serão solicitados a fornecer consentimento informado antes
de sua inclusão no estudo. Este processo garantirá que os participantes estejam
plenamente cientes dos objectivos da pesquisa, da identidade do pesquisador e das
implicações de sua participação. O consentimento informado será óbtida de maneira livre
e esclarecida, destacando a autorização para o uso dos depoimentos na dissertação e sua
eventual publicação.
Os dados colectados serão tratados com total confidencialidade, e a identidade dos
participantes será preservada através do anonimato.

2.8. Técnica de Análise de Dados: Análise de Discurso


A pesquisa empregará a técnica de Análise de Discurso como abordagem
qualitativa para extrair significados e compreender os padrões subjacentes nas respostas
das entrevistas e nos documentos analisados. Essa técnica se baseia na interpretação
14

detalhada das expressões verbais utilizadas pelos participantes, bem como na análise
crítica dos documentos, buscando não apenas o que é dito, mas também como é dito.
A análise de discurso permitirá a identificação de padrões recorrentes nas
narrativas dos entrevistados e nos documentos, destacando temas-chave relacionados às
acções da SOS Habitat na promoção do direito à habitação.
Além da superfície das respostas, a técnica buscará explorar os significados
subjacentes, considerando nuances, metáforas e contextos culturais presentes nas
expressões utilizadas pelos participantes. Contextualização das Informações:
A análise de discurso será aplicada para contextualizar as informações colectadas,
relacionando as narrativas dos entrevistados com o contexto mais amplo das actividades
da SOS Habitat. Isso proporcionará uma compreensão mais profunda das percepções dos
participantes e da relevância dessas percepções no cenário habitacional em Angola.
A técnica facilitará a interconexão entre os dados qualitativos provenientes das
entrevistas e da análise documental, promovendo uma abordagem integrada na
interpretação das informações coletadas.
A análise de discurso contribuirá para validar e fortalecer os achados, assegurando
consistência e confiabilidade nos resultados apresentados.
Ao empregar essa técnica, a pesquisa busca ir além da simples descrição das
respostas dos participantes, explorando as camadas mais profundas de significado
presentes nas narrativas. A análise de discurso enriquecerá a compreensão global da
pesquisa, permitindo uma interpretação mais robusta e informada sobre o papel da SOS
Habitat na promoção e defesa do direito à habitação em Angola.

2.9. Formas de Apresentação dos Dados/Informações


Os resultados da pesquisa serão apresentados de maneira clara e abrangente,
utilizando diversas formas de comunicação para transmitir efetivamente as descobertas.
Os resultados serão inicialmente apresentados de forma descritiva, fornecendo
uma visão geral das principais descobertas. Em seguida, será adotada uma abordagem
temática, organizando as informações em categorias relevantes que emergirem dos dados.
A apresentação enfatizará detalhes significativos e padrões emergentes
identificados ao longo da análise. Isso proporcionará uma compreensão mais profunda
das implicações e relevâncias das descobertas.
Gráficos e tabelas serão empregados para visualizar dados quantitativos, quando
aplicável. Isso incluirá representações visuais que facilitarão a compreensão rápida e
15

eficaz de tendências, distribuições e relações entre variáveis.


A incorporação de citações directas dos participantes e documentos analisados
será uma prática constante. Essas citações diretas servirão para dar voz aos envolvidos,
oferecendo uma autenticidade aos resultados e ilustrando as experiências e perspectivas
dos participantes.
A apresentação dos resultados será construída de maneira a formar uma narrativa
coerente, conectando os achados de maneira lógica e fluída. Isso permitirá que os leitores
compreendam a sequência lógica das descobertas e sua importância no contexto geral da
pesquisa.
Os resultados serão contextualizados no âmbito mais amplo da pesquisa,
relacionando as descobertas com a literatura existente e o contexto sociopolítico em
Angola. Essa contextualização contribuirá para uma compreensão mais abrangente e
informada dos resultados.
A apresentação dos resultados incluirá considerações críticas sobre as limitações
do estudo e a validade dos achados. Essa transparência promoverá uma interpretação
equilibrada e realista dos resultados.
Ao adotar essas abordagens na apresentação dos dados, a pesquisa visa
proporcionar uma compreensão holística e acessível das descobertas, atendendo tanto a
leitores familiarizados com o tema quanto a um público mais amplo interessado nas
implicações do estudo.

2.10. Limitações do Estudo


A natureza qualitativa da pesquisa pode introduzir subjectividade nas
interpretações dos dados. As respostas dos participantes e a análise de discurso estão
sujeitas à interpretação do pesquisador, o que pode resultar em diferentes entendimentos
dos mesmos dados. Essa subjectividade será reconhecida e controlada durante a análise,
com medidas rigorosas para garantir a validade e confiabilidade das interpretações.
Limitações práticas relacionadas ao tempo e aos recursos disponíveis podem
impactar a extensão e profundidade da pesquisa. A condução de entrevistas, observações
e análise documental requer um investimento significativo de tempo e recursos
financeiros. Essas restrições podem influenciar a capacidade de incluir um número maior
de participantes, realizar observações em diferentes contextos e explorar a fundo todas as
dimensões relevantes do papel da SOS Habitat na promoção do direito à habitação.
16

Devido à abordagem qualitativa e à natureza específica da pesquisa, os resultados


podem ter limitações em termos de generalização. As descobertas podem ser específicas
ao contexto da SOS Habitat em Angola e podem não ser directamente aplicáveis a outras
organizações ou contextos sociopolíticos.
Existe a possibilidade de viés de resposta por parte dos participantes,
especialmente ao lidar com questões sensíveis relacionadas à eficácia das ações da SOS
Habitat. Os participantes podem ter uma inclinação a fornecer respostas socialmente
desejáveis, impactando a validade das informações colectadas.
A amostragem intencional, embora estratégica, pode apresentar limitações na
representatividade dos participantes selecionados. Algumas vozes importantes na
comunidade ou perspectivas alternativas podem não estar totalmente representadas na
amostra, influenciando a abrangência das conclusões.
As conclusões do estudo refletirão o contexto temporal específico em que a
pesquisa foi realizada. Mudanças nas condições sociais, económicas ou políticas após a
conclusão da pesquisa podem limitar a aplicabilidade contínua dos resultados.
Ao reconhecer e abordar essas limitações de forma transparente, à pesquisa visa
fornecer uma avaliação crítica e honesta do seu alcance e das conclusões apresentadas,
promovendo uma interpretação
17

3. Resultados Esperados

Os resultados que se podem esperar do presente estudo são os seguintes:


Conhecer as contribuições da organização da Sociedade civil SOS habitat, no
âmbito das políticas públicas para a promoção e defesa do direito e condições de
habitualidade em Angola em 2017-2024;
Identificar as propostas habitacionais acolhidas e executadas pelo Estado angolano
no âmbito das políticas públicas, da habitação em Angola, em 2017- 2024;
Analisar os mecanismos de pressão da organização da sociedade civil SOS
Habitat, face de violação do direito a habitação e condições de habitabilidade em Angola
em 2017-2024;
Provocar debates no seio da academia e dos académicos para estimular novos
estudos em torno do tema habitação e das condições de habitabilidade em Angola.
18

4. Cronograma de actividades
Quadro nº 1: Distribuição das fases da pesquisa
PERÍODO LECTIVO
2022-2023 2023-2024
ACTIVIDADES A DESENVOLVER Iº SEMESTRE IIº SEMESTRE Iº SEMESTRE IIº SEMESTRE
O No De Ja Fe M Ab M Ju Ju O No De Ja Fe M Ab M Ju Ju
ut v z n v ar r ai n l ut v z n v ar r ai n l
Disciplinas Curriculares X X X X X X X X X X
Encontros com Orientador X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Aperfeiçoamento do Projecto X X X X X X X X
Remessa do projecto no Comité de Ética X
Elaboração da Fundamentação teórica X X X X X X X X X X X X X XX
Elaboração da Metodologia X X X X X X
Realização do Exame de qualificação X
Frequência nos NEPs X X X X X
Levantamento bibliográfico complementar X X X X X X X X X X X X X X X X X
Pesquisa de campo X X X X X
Colecta de dados X X X X X
Análise dos dados X X X X X
Redacção e conclusão da Dissertação X X X
Revisão do texto X
Entrega do trabalho X
Defesa do trabalho X
Ajustes no Trabalho X
Entrega da Versão Final X
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5. Recursos
Todo e qualquer projecto, demanda por si recursos, deste modo, o projecto contará com
apenas um recurso humano que é o pesquisador. Quanto aos recursos materiais e humanos
necessários é conforme o quadro abaixo:

Quadro 2: Orçamento para pesquisa


Nº DESCRIÇÃO VALOR UN (AKZ) QTD VALOR TOTAL (AKZ)
1 Custo com transportes 1,000.00 288 288,000.00
2 Serviços de Internet 2,000.00 24 48,000.00
3 Cadernos 800.00 4 3,200.00
4 Tinteiros hp 122 15,000.00 6 90,000.00
5 Resmas de papel A4 3,000.00 5 15,000.00
6 Esferográficas 150.00 10 1,500.00
7 Lápis 100.00 3 300.00
8 Borrachas 150.00 3 450.00
9 Afias 150.00 2 300.00
10 Outros 200,000.00 1 200,000.00

Fonte: Elaborado pelo autor


20

Referências

ALTHUSSER, L. (1970). Ideologia e Aparelhos Ideologicos do Estado. Editora: Presença.


Lisboa.

BOBBIO, N., ET al. (1998). Dicionário de política. Brasília - DF: Editora da Universidade
de Brasília.
BORGES, E. (2020). Pesquisa qualitativa para todos. Editora: Vozes. Rio de Janeiro.
BOTTOMORE, T. (2013). Dicionário do Pensamento Marxista. 1ªEdição. Zahar, 218.

CARNOY, M. (2006). Estado e teoria política. Editora: Papirus. Campinas.

COHEN, J. & ARATO, A. (2000). Sociedade civil e teoria social. Editora: Avritzer. Belo
Horizonte.

DIAS, R. (2018). Sociologia Das Organizações. Editora: Atlas. São Paulo.

DRUCKER, P. (1997). Sociedade Pós-Capítalista. Editora: Pioneira. São Paulo.

ETZIONE, A. (1961). Análise Complexa e Comparativa Organizacional. Editora: Free of


Glencos. Nova York.

GIL, A. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Editora: Atlas. São Paulo.

GOMES, B. (2022). Metodológia Metódos e Técinicas de Investigação. Editora: Caneta de


Estilo. Lisboa.

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MONTANÕ & DURIGETTO. (2010). Estado, Classe e Movimento Social. Editora:


Cortez. São Paulo.

TONET, I. (2002). Democrácia ou Liberdade. Maceió.

RUA, M. & ROMANINI, R. (S/D). Curso Online Políticas Públicas, Para Aprender
Políticas Públicas. IGEPP. Instituto de Gestão Economica e Políticas Públicas. 1º Volume.

SOUZA, C. (2003). Políticas Públicas: Questões Temáticas e de Ppesquisa. Editora:


Caderno CRH, Salvador.
21

TAQUETTE, Er & MINAYO, Mcs (2015). Caracteristicas do Estudo Qualitativo. Editora:


Colectiva.

VIOLIN, T. (2006). Terceiro Sector e as Parcerias Com Administração Pública: Uma


Análise Crítica. Belo Horizonte.

.
22

APÊNDICES

Apêndice nº 1 Guião de Entrevista

1: Variáveis para Caracterização dos Sujeitos de Pesquisa:


Sexo
Idade
Categoria Ocupacional
Habilitações Literárias
Local de Residência

a) No seu entender, quais foram às contribuições da organização SOS habitat, no âmbito das
políticas públicas para a promoção e defesa do direito e condições de habitualidade em
Angola no ano de 2017-2024?

b) quais foram às propostas acolhidas e executadas pelo Estado angolano no âmbito das
políticas públicas, da habitação e condições de habitabilidade em Angola, em 2017- 2024?

c) quais são os mecanismos de pressão que organização SOS Habitat têm usa, face de
violação do direito a habitação e condições de habitabilidade dos cidadãos em Angola no ano
de 2017-2024?
23

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA


TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título: “Contributo da Organização SOS Habitat, face as Políticas públicas para a


Promoção e Defesa do Direito à Habitação e condições de habitabilidade em Angola no ano
2017-2024”. Este documento destina-se a fornecer informações sobre a pesquisa conduzida
pela Universidade Católica de Angola (UCAN) e a obter o seu consentimento para participar
no estudo. Por favor, leia cuidadosamente este termo antes de tomar uma decisão.
Objectivos da Pesquisa: da pesquisa visa Conhecer as contribuições da organização da
Sociedade civil SOS habitat, no âmbito das políticas públicas para a promoção e defesa do
direito e condições de habitualidade em Angola no ano de 2017-2024;
Visa ainda, Identificar as propostas habitacionais acolhidas e executadas pelo Estado
angolano no âmbito das políticas públicas, da habitação em Angola, no ano de 2017- 2024;
E por último, visa Analisar os mecanismos de pressão da organização da sociedade civil SOS
Habitat, face de violação do direito a habitação e condições de habitabilidade em Angola no
ano de 2017-2024;
Procedimentos: Participação em entrevistas e observações. Tempo estimado de
participação: 15 minutos.
Confidencialidade: Os dados serão tratados de forma confidencial e anonimizada.
Voluntariedade: A participação é voluntária, e o participante tem o direito de retirar
seu consentimento a qualquer momento, sem penalizações.
Informação de Contato: Em caso de dúvida ou nova informação, o pesquisador
Alexandre José Miranda pode ser contactado pelo e-mail alexandremirandaaaaf@gmail.com
ou no número de telefone (929670831).
Termo de Consentimento: Eu, __________________________________________,
confirmo que li e compreendi as informações fornecidas neste termo. Estou ciente dos
objetivos da pesquisa, dos procedimentos envolvidos e do uso dos dados coletados. Entendo
que a participação é voluntária, e concordo em participar neste estudo.

Assinatura do Participante:
____________________________Data: _______________
O participante receberá/recebeu uma cópia deste termo para sua referência.

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