Este documento resume uma dissertação de mestrado comparando as obras "Terra Sonâmbula" de Mia Couto e "Se o Passado não Tivesse Asas" de Pepetela, que retratam as experiências das crianças durante as guerras civis em Moçambique e Angola. O autor analisa a representação dos personagens infantis e seu papel na narrativa, criticando os efeitos negativos da guerra na família e infância. Ele conclui que estas obras contribuem para a reconstrução das nações por meio de
Descrição original:
É uma resenha da obra de Edgar Mutunda que retrata o sofrimento das crianças angolanas e moçambicanas no contexto da guerra civil nos dois países da lusofonia africana. O autor da obra faz um estudo comparativo das narrativas de Mia Couto e Pepetela na seguinte titulação: "Protagonismo da Criança em "Terra Sonâmbula de Mia Couto" e em "Se o Passado não Tivesse Asas de Pepetela como repúdio à guerra fria.
Título original
INFÂNCIA EM CONTEXTO DE GUERRA EDGAR MUTUNDA_PEDRO KAVELA
Este documento resume uma dissertação de mestrado comparando as obras "Terra Sonâmbula" de Mia Couto e "Se o Passado não Tivesse Asas" de Pepetela, que retratam as experiências das crianças durante as guerras civis em Moçambique e Angola. O autor analisa a representação dos personagens infantis e seu papel na narrativa, criticando os efeitos negativos da guerra na família e infância. Ele conclui que estas obras contribuem para a reconstrução das nações por meio de
Este documento resume uma dissertação de mestrado comparando as obras "Terra Sonâmbula" de Mia Couto e "Se o Passado não Tivesse Asas" de Pepetela, que retratam as experiências das crianças durante as guerras civis em Moçambique e Angola. O autor analisa a representação dos personagens infantis e seu papel na narrativa, criticando os efeitos negativos da guerra na família e infância. Ele conclui que estas obras contribuem para a reconstrução das nações por meio de
Protagonismo da criança em Terra Sonâmbula de Mia Couto e Se o Passado não Tivesse Asas de Pepetela como Repúdio à Guerra Civil. O presente ensaio resulta de uma dissertação de Mestrado em Estudos Lusófonos pela Universidade da Beira do Interior (UBI)-Portugal.
Trata-se de um estudo comparativo da História da
Literatura Luso-Africana que teve como amostra intencional, as obras dos escritores Mia Couto (Moçambicano) e Pepetela (Angolano), pelo facto de terem escrito obras que retratam as intepéries pelas quais as crianças passaram durante a guerra civil, ocorridas em Moçambique e em Angola. Ao abordar esta temática, Edgar Faria Mutunda, inscreve-se na Antologia da Literatura Infantil na vertente da crítica sócio-histórica em ficção.
O autor apresenta um breve historial da literatura
nestes dois países desde a década 50, reflectindo sobre as motivações do seu surgimento, bem como as estrutura dos textos literários. Neste sentido, o autor faz referência as obras da Revista Mensagem do Movimento Nacional Independente de Angola e a Revista Nsaho de Moçambique.
Edgar Mutunda afirma que, se na década de 50, em Angola
a literatura começara sua formação da literatura afro- lusófona em Angola ao passo que em Moçambique verificou-se uma demarcação da literatura colonial como transposição do “monus” literário Português. Enquanto em Moçambique a literatura nos primórdios do Pós-Independência não incorporava aspectos concretos do contexto moçambicano; Em Angola mais do que ficção literária já se fazia uma transposição literária da idiossincrasia das intenções anti-coloniais através da narrativa.
Para esta comparação, Mutunda cita Pires Laranjeira (ao)
e Inocência Mata (mz).
Assim, “com rigor e profundidade, o autor da Infância em
contexto da guerra civil teve o mérito de conseguir cotejar de acordo com os mais exigentes padrões do método comparativista, duas obras que retratam, cada um a seu modo, um tema delicado, e por isso, pouco abordado: O da “criança em contexto da guerra civil em Moçambique e em Angola”. Segundo Cristina Costa Vieira (2018) (Prefaciadora da obra em apresentação.
O estudo repartido em três fases:
• Na primeira fase, a obra apresenta as aproximações
históricas e literárias de Angola e de Moçambique; • Na segunda fase, reflecte sobre os personagens em texto narrativo, seu protagonismo na acção, referindo-se à MUIDINGA – em “Terra Sonâmbula” de Mia Couto e à HIMBA – em “Se o passado não tivesse Asas” de Pepetela. Uma narrativa engraçada em que MUIDINGA teve o mais velho TUAHIR, como tutor e HIMBA teve o velho Kassule como orientador nos seu processo de re- socialização.
E, ao reflectir sobre os tipos de protagostas e seu relevo
no enredo literário; o crítico literário Edgar Mutunda faz um incipit narrativas, através da extensão de pormenorização descritiva – critica a guerra civil como um dos prinicpais factores da desestruturação familiar nos dois países lusófonos; Suas críticas se aproximam assim, aos princípios defendidos pela DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA, proclamada pela ONU na sua Resolução Nº 1386 (XIV) de 20 de Novembro de 1959, no 6º princípio que defende a família como um dos elementos primários para uma infância feliz.
Para Edgar Mutunda a guerra civil roubou a infância de
muitos indivíduos, deixou muitas crianças, hoje adultas, sem terra, sem família e sem património. É, de facto, a invocação de uma catarse psico-social, que pode ser feita por meio da busca da Consciência Nacional, reflectida nas obras de Mia Couto e Pepetela como figuras incontornáveis da ficção africana de expressão portuguesa. CONCLUSÃO
As produçoes destes autores defende Mutunda
inscrvem-se no âmbito da reconstrução de cada uma das nações através de uma representação que transcende a mera ficção literária – caindo no realismo contextual da pragmática descritiva. «FINIS CORONAT OPUS»