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CESUPI - FACULDADE DE ILHÉUS

DEMÊNCIAS

Ilhéus – Bahia
2021
DEMÊNCIAS

Trabalho apresentado como defesa de nota


do primeiro crédito da disciplina
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO II, do curso de psicologia III
semestre, ministrado pelo docente Me. Paulo
Teixeira.

Ilhéus – Bahia
2021

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................4

2. PRINCIPAIS DEMÊNCIAS............................................................................6

2.1. Alzheimer.................................................................................................6

2.2. Demência por Parkinson.........................................................................8

2.3. Doença de Senil....................................................................................10

2.4. Demência de Pick..................................................................................12

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................14

REFERÊNCIAS..................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO

A demência é definida como uma síndrome resultante de doença cerebral,


geralmente de natureza crônica ou progressiva, que resultam em alterações
nas funções nervosas superiores que incluem a memória, o pensamento, a
orientação à compreensão, o cálculo, a linguagem e o raciocínio. A demência
apresenta assim como característica essencial o desenvolvimento de múltiplos
déficits cognitivos, que incluem a diminuição da memória e pelo menos uma
perturbação cognitiva como afasia, apraxia, agnosia ou uma perturbação do
funcionamento executivo.

Segundo alguns estudos, tanto a incidência como a prevalência de


demência aumentam com a idade, sendo que a cada cinco anos a partir dos 60
anos de idade essa incidência aumenta. As demências são divididas em
categorias, podendo ser degenerativas e não degenerativas corticais e
subcorticais, com início precoce (antes dos 65 anos de idade) e tardio (a partir
dos 65 anos), reversíveis ou irreversíveis, e rapidamente ou lentamente
progressivas. A maioria das demências tem início insidioso e lento, porém seu
diagnóstico deve ser bem avaliado, já que existem diversas apresentações da
doença, para que se evitem erros ou atrasos no inicio do tratamento.
O diagnóstico de demência é feito a partir da avaliação das funções
cognitivas e da perda de desempenho nas atividades do cotidiano, através de
exame neuropatológico. Para a realização da avaliação cognitiva são aplicados
testes, que quantificam o desempenho e permitem comparações, entre os
diversos tipos de demências. Também são realizados testes para a avaliação
neuropsicológica, para que se foque no tratamento de determinada perda
cognitiva, sendo também relevante para avaliar a evolução e os resultados
obtidos no tratamento.
O tratamento deve ser adequado para cada caso de demência, por isso
é importante que se crie uma estratégia de cuidados específicos para que a
intervenção seja eficaz. Nesta intervenção deve-se levar em consideração a

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história clínica, os efeitos-colaterais dos fármacos, as alterações na rotina, o
impacto na autonomia e na realização das atividades diárias do individuo.
Este trabalho de pesquisa bibliográfica tem como objetivo conhecer a
dinâmica de como ocorrem os principais tipos de demência e avaliar a
importância do psicólogo no processo de tratamento, a fim adquirir
conhecimento técnico para saber intervir de forma adequada em cada tipo de
demência e suas particularidades.

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2. PRINCIPAIS DEMÊNCIAS

2.1. Alzheimer
“A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa insidiosa
e progressiva que é clinicamente caracterizada pelo comprometimento das
habilidades cognitivas e funcionais, juntamente com sintomas
comportamentais” (Dibois,B 2016). Com a degeneração das células elas
perdem as funções levando ao comprometimento principalmente da cognição.
A cognição é composta por memória, orientação, atenção, capacidade
executiva e linguagem. A doença de Alzheimer tem esse nome por causa do
Dr. Alois Alzheimer, um neurologista alemão (1864-1915), que em 1906
observou alterações no tecido cerebral de uma mulher que consideravam ter
morrido por uma doença mental rara, porém sabe-se que essa alteração são
características inerentes da doença de Alzheimer.
As causas dessa doença não esta totalmente esclarecida. O fator
genético corresponde a 70%. Também existem outros fatores como: fatores
ambientais/ estilo de vida 30%, exposição a metais tóxicos (alumínio, cobre)
pesticidas, químicos industriais e poluentes atmosféricos. Neuroinflamação,
infecções virais, bacteriana e fúngicas crônicas podem ser fatores causadores
da via inflamatória.
O diagnóstico do mal de Alzheimer infelizmente é feito de forma tardia
muitas vezes quando a demência já está no estado mais avançado. Esse
diagnóstico ocorre após a exclusão da possibilidade de outras doenças ou
enfermidades que apresentam sintomas semelhantes e é feito com auxílio de
exames clínicos, exames de imagem e histórico familiar. Para alguns
estudiosos, a DA não é um processo natural do envelhecimento, mas um
transtorno mental caracterizado por uma atrofia cerebral que apresenta
configuração cerebral com sulcos corticais mais largos e ventrículos cerebrais
maiores do que o esperado pelo processo normal de envelhecimento,
demonstrado a partir de Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância
Magnética (RM).

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O exame macroscópico do cérebro na DA revela atrofia mais
proeminente nas regiões frontais, temporais e parentais; afetando sobretudo as
corticais associativa. É possível também visualizar alterações com o exame
microscópico, que podem incluir perda neural e degeneração sináptica intensa,
principalmente nas camadas piramidais do córtex cerebral, estrutura límbicas e
os córtices associativos; com relativa preservação das áreas corticais primárias
(motora, somatisensitiva e visual). O exame microscópico aponta para a
presença de lesões principais como placas senis e amaranhados
neurofibrilares, degeneração granulo vascular, glicose astrocitica e angiopatia
amilóide. A presença de corpúsculo de Lewy nos neurônios corticais ocorre
ocasionalmente a doença.
As Demências atingem mais de 47 milhões de pessoas no mundo e a
DA mais de 35 milhões de pessoas no mundo. Existe uma projeção de 13
milhões de indivíduos nos EUA em 2050. Esta doença é mais prevalecente
depois dos 65 anos. O Alzheimer é caracterizado, principalmente, pela perda
de memória, mais logo surgem outros sintomas como alteração no humor,
agressividade, dificuldade para realizar atividades do dia a dia e com o passar
das fases ocorre até mesmo o desligamento total da realidade que se vive.
Por ser uma doença sistêmica é necessária uma equipe multidisciplinar
para que esse indivíduo seja tratado como um todo, para que possa ter uma
melhor qualidade de vida. Estudos demonstram que a farmacoterapia atual não
modificam o curso da doença. Atualmente o foco das pesquisas está em
drogas que possam retardar ou prevenir a progressão da doença (drogas
antiamieloide, drogas de Anti Tau). Ainda não existe uma melhora clínica
comprovada com o uso de medicações porque o Alzheimer até então é uma
doença que não tem cura.
Para que o sofrimento do individuo acometido pelo Alzheimer seja
minimizado, se fazem necessários o acompanhamento e intervenções de
vários profissionais, ou seja, de uma equipe multidisciplinar. Dentro dessa
equipe é necessário e importante o papel do psicólogo, pois é norma da
psicologia se fazer presente em todo o ambiente onde acontece algum
sofrimento psíquico. Já que é uma doença que não tem cura é preciso da
qualidade de vida não tão somente ao indivíduo acometido por DA como
também o seu familiar ou cuidador, já que é uma doença que tende a adoecer

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toda a família, portanto se faz necessário um suporte psicológico para todos
envolvidos na questão. Com avanço da doença a terapia será imprescindível
aos familiares para ajudá-lo a lidar com controle das suas emoções no dia a dia
no cuidado desse paciente.

2.2. Demência por Parkinson


A Doença de Parkinson (DP) constitui-se numa desordem
neurodegenerativa e progressiva  de etiopatogenia desconhecida, que acomete
os neurônios dopaminérgicos da substância negra, resultando em um déficit de
dopamina no corpo estriado, substância negra e regiões profundas do cérebro.
Caracteriza-se pela presença de disfunção monoaminérgica múltipla, incluindo
o déficit de sistemas dopaminérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos e
noradrenérgicos. O déficit desses neurotransmissores afeta a capacidade do
organismo de controlar os movimentos normais.

Embora a DP habitualmente acometa indivíduos a partir dos 60 anos,


têm sido descritos casos de início precoce. Atinge 0,1% da população geral e
1% da população acima de 65 anos; sua incidência cresce com o
envelhecimento. A sobrevida após o surgimento da doença é de 9 a 12 anos e
trata-se de uma das principais causas de incapacidade da atividade motora em
idosos.
Nos estágios iniciais da DP, o processo neurodegenerativo é quase
totalmente localizado nas fibras dopaminérgicas que inervam o putâmen dorso-
lateral, e as manifestações clínicas são principalmente motoras. Com a
progressão da doença, a perda de dopamina (DA) envolve todo o striatum e
outras regiões do córtex cerebral, do tronco e da medula espinal. Dessa forma,
devido o acometimento de áreas diversas do encéfalo e tronco, é possível
concluir que vários sinais da DP podem estar relacionados. Estes sinais são
chamados não-motores (distúrbio do sono, a disfunção cognitiva, a depressão).

Nem todos os pacientes com DP apresentam todos os sintomas ao


mesmo tempo. A doença pode afetar cada um de maneira diferente, e, em
alguns casos, podem passar-se muitos anos antes de uma incapacitação ou
limitação significativa das atividades cotidianas.

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Clinicamente, a DP apresenta-se como tremor, rigidez, bradicinesia e
instabilidade postural que pioram com a progressão da doença. Ocorrem
também como manifestações precoces, diminuição da expressão facial
(hipomimia), diminuição do piscamento ocular e hipofonia. O comprometimento
motor se torna bilateral após três a cinco anos do diagnóstico inicial. As
alterações posturais e de marcha costumam aparecer em fases tardias e
constitui a maior causa de limitação, perda de equilíbrio e quedas.

Ainda é incerto o efeito que o tempo de duração dos sintomas da DP


exerce sobre as funções neurocognitivas. No entanto, é possível observar a
relação entre o tempo de evolução da doença e o desempenho dos pacientes
nos testes de memória, percepção e solução de problemas. Uma vez que
sendo a DP uma patologia progressiva e crônica é de se esperar que a piora
progressiva das habilidades cognitivas ocorra com a evolução da doença.

As alterações neuropsiquiátricas encontradas na DP constam de:


alterações cognitivas/demência; depressão; alucinações/delírio/delirium; mania/
hipomania; hipersexualidade; ansiedade/crises de pânico; transtorno
obsessivo-compulsivo. Após oito anos de seguimento da doença cerca de três
quartos dos pacientes já apresentavam os sinais da demência. O risco de
desenvolver demência é duas vezes maior em indivíduos com DP do que em
controles com mesma idade. A incidência de demência na DP é cumulativa
com o avançar da idade e, a este respeito, aos 85 anos o paciente portador de
DP apresentará demência em 65% dos casos (esta chance parece ser
independente do aumento da possibilidade de desenvolver demência com o
aumento da idade observado na população geral).

A diferenciação entre demência e DP deve ser feita em relação as


seguintes condições: depressão, confusão mental, demência dos corpos de
Lewy, hidrocefalia de pressão intermitente e doença de Alzheimer. Os
mecanismos neurobiológicos implicados na demência da DP ainda não estão
completamente esclarecidos, mas há dados sugestivos de que deve participar
desse processo o comprometimento das alças dopaminérgicas que partem do
mesencéfalo (circuito fronto-estriatal não-motor); alteração das projeções

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colinérgicas para o córtex cerebral, elementos neuropatológicos do tipo
Alzheimer e corpos de Lewy.

A principal consequência da demência na DP é a restrição quanto ao


uso de medicação antiparkinsoniana, pois elas podem provocar efeitos
colaterais neuropsiquiátricos. Dessa forma, o manejo do quadro demencial na
DP envolve rigorosa seleção de antiparkinsonianos a serem empregados,
evitando-se o uso de medicação anticolinérgica.

O distúrbio de memória está entre as alterações mais frequentes


observadas na DP, caracterizado pela dificuldade em recordar informações
verbais recentemente aprendidas, devido a déficit na codificação de novas
informações ou a uma dificuldade na capacidade de utilizar eficientemente a
codificação semântica devido a problemas no processamento da informação.
Os distúrbios de linguagem e compreensão são de ocorrência rara nos
pacientes parkinsonianos. O comprometimento mais observado envolve a
capacidade de nomear e a fluência verbal. Os distúrbios de linguagem e
compreensão são de ocorrência rara nos pacientes parkinsonianos. O
comprometimento mais observado envolve a capacidade de nomear e a
fluência verbal.

De modo geral a demência associada à DP é caracterizada por: redução


ou falta de iniciativa para atividades espontâneas; incapacidade de desenvolver
estratégias exitosas para resolução de problemas; lentificação de processos
mnésticos; lentificação do processamento global da informação; prejuízo da
percepção visuoespacial; dificuldades de conceitualização; dificuldades na
geração de listas de palavras.

A demência associada à DP, na ocasião do diagnóstico, geralmente é de


grau leve a moderado e na exploração clínica encontram-se mais salientes: a
lentificação psicomotora e do processamento cognitivo global, disfunção
executiva (prejuízo na abstração, na formação de conceitos, na geração
espontânea de palavras), as disfunções construtivas e um baixo rendimento em
algumas tarefas matemáticas.

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2.3. Doença de Senil
A doença de senil é um conjunto de doenças acometidas principalmente
na terceira idade, geralmente acontece quando o indivíduo começar a perder a
sua capacidade cognitiva, apresentando sintomas como a perda da memória,
perda da atenção, linguagem, raciocínio, dificuldade de reconhecer objetos e
incapacidade de realizar movimentos. O termo demência vem do termo Latim
que significa D de insuficiência e mente de privação considerando assim a
privação da mente.
Existem atualmente dois tipos da doença de senil, a primeira é pré Senil,
e a senil. a pré senil acontece em indivíduo com menos de 60 anos, já a senil
em indivíduo a partir dos 65 anos sendo elas um grupo de doenças que
acontece a idosos nessa faixa etária, existem duais classificação para a senil, a
reversível que ocorre por fatores como a depressão, hipertireoidismos, falta de
vitaminas b12, e anemias, obtendo o diagnóstico com antecedência e fazendo
o tratamento de forma adequada pode vim a ter seu quadro reverso. a
irreversível é causada pela degeneração do cérebro fazendo parte desse
grupo, a doença de Alzheimer, doenças vasculares, traumatismo craniano
dentre outras.
Alguns dos sintomas da doença senil são: confusão mental,
desorientação, dificuldade de se comunicar, esquecimento, dificuldade de
reconhecer família. as principais causas estão relacionadas ao estilo de vida
obtido pelo indivíduo ao longo da sua vida, se o indivíduo vivência ou vivenciou
ao longo da sua trajetória situação de estresse, traumas, perda de um ente
querido, má alimentação, sedentarismo, tem grandes chances de obter essa
demência. O diagnóstico dessa doença é feito por diversos exames sendo um
deles o hemograma, além disso, é fundamental que o médico busque analisar
como está o processo cognitivo do paciente e se ele já vem apresentando
alguns sintomas da possível doença.
O tratamento da senil na fase inicial é realizado através de remédios,
fisioterapia e terapia ocupacional, a família e cuidadores tem um papel
fundamental no tratamento pois é importante que o indivíduo se sinta acolhido
e participante do meio à qual está inserido podendo assim preservar o seu
processo cognitivo é de suma importância que ele continue com suas tarefas
de antes e que a família o estimule a praticar diariamente, pois é necessário

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que os familiares colaborem para que ele se mantenha atuante em seu meio
social. Ao estudar sobre a doença do senil vemos a importância da atuação do
psicólogo para com o paciente, desenvolvimento e estimulado as suas
cognições, motivando o, fortalecer as áreas enfraquecidas pela doença além
de estimulara-lo a realizar tarefa que venha a obter prazer, para com a família o
psicólogo irá apoia-los e desenvolver estratégias que venha ajudar os
familiares a lidar com a doença além de auxilia-lo a agir de maneira adequada
diante dessa situação.

2.4. Demência de Pick


A demência de Pick é uma doença frontotemporal e neurodegenerativa
incomum, causada pelo excesso de proteínas tau nos neurônios conhecidos
como corpos de pick. Seu nome deve-se a um alemão, neurologista e
professor de psiquiatria da Universidade de Praga, chamado Arnold Pick, que a
descreveu pela primeira vez em 1892, examinando o tecido cerebral de
diversos pacientes que vieram a óbito e tinham histórico de demência.
A doença de Pick é um tipo de DFT (Doença Frontotemporal) e pode se
desenvolver tanto em homens como em mulheres de qualquer idade, porém a
idade mais afetada por esse tipo de doença está na faixa etária de 40 á 65
anos, raramente encontra- se alguém com a demência de Pick antes dos 40
anos, tendo como estimativa 1 em cada 100.000 pessoas afetadas por essa
doença e ela é encontrada com mais frequência em pessoas do sexo feminino
do que do sexo masculino. A doença de Pick pode ser dita como uma doença
hereditária, já que cerca de 50% das pessoas que desenvolvem DFT tem
histórico familiar, sendo comprovado que os indivíduos que desenvolve ela,
têm uma mutação no gene da proteína tau, no cromossomo 17, fazendo com
que altere a produção dessa proteína.
O diagnóstico dessa doença é feito a partir de testes neuropsicológicos,
imagiologia, ressonância magnética e quando o paciente apresenta certo grau
de déficit de atenção, considera a possibilidade de ele ter epilepsia, sendo
assim é recomendada a realização de um eletroencefalograma e um período
de testes anticonvulsivantes. Também a um exame feito com o líquido
cefalorraquidiano, a fim de verificar a pressão e a existência de antígenos
contra certos agentes e marcadores para determinar patologias, o diagnostico

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pode ser dado também após a morte, através de um exame do tecido cerebral
desse indivíduo.
Os sintomas causados por ela são diversos, podendo ser visto desde
alterações de comportamento, que levam a condutas socialmente inadequadas
como desinibição, grosseria, impulsividade, agitação, agressividade, mudanças
de hábitos alimentares, manifestação de desejos sexuais exacerbados,
comportamento apático, tendo quadros depressivos hipoativos, redução de
energia e motivação, tendo também outros sintomas como problemas na
linguagem, dificuldade para falar e de se expressar, confusão mental,
instabilidade emocional e dificuldade de se movimentar, as habilidades
espaciais e a memória permanecem intactas.
O tratamento da demência de Pick é um tratamento sintomático, que
inclui o uso de analgésicos, anticolinérgicos e anti-histamínicos, usados a fim
de melhorar o bem estar do paciente e das pessoas importantes e próximas a
ela, já que essa doença causa transtorno tanto para a pessoa enferma como
para os familiares e amigos que convivem com ela no dia-dia. Caso não
tratada, a degeneração e os sintomas se agravam à medida que o tempo
passar. Na primeira avaliação é recomendado que o paciente realize
tratamento empírico dos sintomas condizentes ao distúrbio de sono e
depressão, suspenda o uso de fármacos já que podem comprometer a
memória e levar a uma confusão mental, repor a vitamina B1 do corpo e tratar
a encefalite herpética, caso o tenha.
O apoio psicológico aos familiares e aos pacientes é de extrema
importância, sendo assim, existe vários grupos de apoio psicológico para os
familiares, cuidadores e pessoas com doenças neurodegenerativas, e terapias
ocupacionais com o intuito de fazer a pessoa gerir a demência e se adaptar a
sua nova condição de vida, estimulando também o indivíduo a ter bons
comportamentos e ignorar os comportamentos inadequados, porém o diálogo
com o paciente fica mais difícil com o passar do tempo pelo fato da sua
linguagem está sendo afetada e se degenerando. Por conta de essa doença
provocar a deterioração progressiva inevitável, a estimativa de vida de uma
pessoa que a desenvolve, cai bruscamente, tendo em média de 6 a 12 anos de
vida após o início dos primeiros sintomas que também persistem durante 6 a
10 anos após o começo.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho trata-se de alguns tipos de demências que podem


ocorrer com a chegada da 3° idade, pois, nesta fase do desenvolvimento,
perdem-se gradativamente algumas habilidades motoras e cognitivas. Diante
disso o presente trabalho teve como objetivo a explanação da doença e suas
formas de prevenção e da importância do acompanhamento psicológico.
Durante o trabalho foi abordado as seguintes tipos de demências:
Alzheimer (afeta a memória e outras funções mentais), Parkinson (afeta o
sistema nervoso central), Senil (afeta em funções cognitivas e sociais) e
Demência de Pick/ frontotemporal (afeta a parte dos lobos frontais do cérebro).
As principais contribuições deste trabalho foram conhecer de forma mais
aprofundada o que é e como se desenvolve as demências nos sujeitos que
estão na terceira idade e como a psicologia pode contribuir para amenizar o
sofrimento dos portadores de tal doença e de seus cuidadores.

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REFERÊNCIAS

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psicólogo. 2016. Dissertação- (Especialização em Psicologia Clínica e da
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Pick>. Acesso em: 14 set
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FARIAS, Cláudia. Demência senil o que é, sintomas e tratamentos. Local:


Blog Tua Startup Madeira – EV 108, Camp. Ano 2007 a 2021.

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