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Curso Online:

A Importância da Atividade Física na


Terceira Idade
O papel do cuidador de idosos............................................................................2

Demências: higiene, alimentação, eliminações e supervisão.............................3

Alterações fisiológicas do envelhecimento..........................................................6

Primeiros socorros da pessoa idosa....................................................................7

Estatuto do Idoso.................................................................................................8

Idoso, família e sociedade...................................................................................9

Serviços de assistência ao idoso no Brasil........................................................10

Feridas e úlcera por pressão, prevenção e cuidados........................................11

Situações de risco, prevenção e cuidados........................................................12

Referências bibliográficas..................................................................................15

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O PAPEL DO CUIDADOR DE IDOSOS

Se almeja contribuir para a qualidade de vida e para a saúde psicológica da


pessoa na terceira idade matricule-se já no Curso Gratuito Online
Acompanhante de Idosos da iEstudar. O acompanhante de idosos permanece
com a pessoa assistida ou vai com ela para outros lugares, seja pela
necessidade ou simplesmente pelo lazer.

O ato de cuidar é complexo. O cuidador e a pessoa a ser cuidada podem


apresentar sentimentos diversos e contraditórios, tais como: raiva, culpa, medo,
angústia, confusão, cansaço, estresse, tristeza, nervosismo, irritação, choro,
medo da morte e da invalidez. Esses sentimentos podem aparecer juntos na
mesma pessoa, o que é bastante normal nessa situação. Por isso precisam ser
compreendidos, pois fazem parte da relação do cuidador com a pessoa
cuidada.

É importante que o cuidador perceba as reações e os sentimentos que afloram,


para que possa cuidar da pessoa da melhor maneira possível. O cuidador deve
compreender que a pessoa cuidada tem reações e comportamentos que
podem dificultar o cuidado prestado, como quando o cuidador vai alimentar a
pessoa e essa se nega a comer ou não quer tomar banho. É importante que o
cuidador reconheça as dificuldades em prestar o cuidado quando a pessoa
cuidada não se disponibiliza para o cuidado e trabalhe seus sentimentos de
frustação sem culpar-se.

O estresse pessoal e emocional do cuidador imediato é enorme. Esse cuidador


necessita manter sua integridade física e emocional para planejar maneiras de
convivência. Entender os próprios sentimentos e aceitá-los, como um processo
normal de crescimento psicológico, talvez seja o primeiro passo para a
manutenção de uma boa qualidade de vida.

É importante que o cuidador, a família e a pessoa a ser cuidada façam alguns


acordos de modo a garantir uma certa independência tanto a quem cuida como
para quem é cuidado. Por isso, o cuidador e a família devem reconhecer quais
as atividades que a pessoa cuidada pode fazer e quais as decisões que ela
pode tomar sem prejudicar os cuidados. Incentive-a a cuidar de si e de suas
coisas. Negociar é a chave para se ter uma relação de qualidade entre o
cuidador, a pessoa cuidada e sua família.

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DEMÊNCIAS: HIGIENE, ALIMENTAÇÃO, ELIMINAÇÕES E SUPERVISÃO

Demência é uma categoria genérica de doenças cerebrais que gradualmente e


a longo prazo causam diminuição da capacidade de raciocínio e memória, a tal
ponto que interfere com a função normal da pessoa.

Outros sintomas comuns são problemas emocionais, problemas


de linguagem e diminuição da motivação. Geralmente a consciência da pessoa
não é afetada.

O tipo mais comum de demência é a doença de Alzheimer, responsável por 50


a 70% dos casos. Entre outras causas comuns estão a demência
vascular (25%), demência com corpos de Lewy (15%) e demência
frontotemporal. Entre outras possíveis causas, menos prováveis, estão
a hidrocefalia de pressão normal, doença de Parkinson, sífilis e doença de
Creutzfeldt-Jakob.

A mesma pessoa pode manifestar mais de um tipo de demência. Uma minoria


de casos é de origem hereditária. No DSM-5, a demência foi reclassificada
como perturbação neurocognitiva, com vários graus de gravidade. O
diagnóstico tem por base a história da doença e exames cognitivos,
complementados por exames imagiológicos e análises ao sangue para
despistar outras possíveis causas. Um dos exames cognitivos mais usados é
o mini exame do estado mental. As medidas para prevenir a demência
consistem em diminuir os fatores de risco como a hipertensão
arterial, tabagismo, diabetes e obesidade. Não está recomendado o rastreio na
população em geral.

A demência é um termo geral para várias doenças neurodegenerativas que


afetam principalmente as pessoas da terceira idade. Todavia a
expressão demência senil, embora ainda apareça na literatura, tende a cair em
desuso. A maior parte do que se chamava demência pré-senil é de fato
a doença de Alzheimer, que é a forma mais comum de demência
neurodegenerativa em pessoas de idade. Embora existam casos raros
diagnosticados de pessoas na faixa de idade que vai dos 17 anos aos 50 anos
e a prevalência na faixa etária de 60 aos 65 anos esteja abaixo de 1%, a partir
dos 65 anos ela praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85 anos
de idade, atinge 30 a 40% da população.

Segundo a Organização Mundial da Saúde a exposição aos disruptores


endócrinos poderá desencadear a doença de Alzheimer.

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A demência pode ser descrita como um quadro clínico de declínio geral na
cognição como também de prejuízo progressivo funcional, social e profissional.
As demências mais comuns são:

Demência no mal de Alzheimer;

Demência vascular e;

Demência com corpos de Lewy.

No dicionário internacional de doenças outras demências são classificadas


como:

CID 10 - F02.0 Demência da doença de Pick

CID 10 - F02.1 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob

CID 10 - F02.2 Demência na doença de Huntington

CID 10 - F02.3 Demência na doença de Parkinson

CID 10 - F02.4 Demência na doença pelo vírus da imunodeficiência


humana (HIV)

Esses diagnósticos não são exclusivos sendo possível, por exemplo, a


existência de Alzheimer simultaneamente com uma demência vascular. Outras
classificações incluem a demência na Síndrome de Korsakoff.

Atualmente, o principal tratamento oferecido para as demências baseia-se nas


medicações inibidoras da colinesterase (donepezil, rivastigmina ou
galantamina), que oferecem relativa ajuda na perda cognitiva, característica
das demências, porém, com uma melhora muito pequena. Nesse sentido, a
melhora das funções cognitivas verificadas no estudo avaliado não pode ser
relacionada apenas a esse tipo de medicação.

O exercício mental tem um papel fundamental na preservação de uma boa


saúde mental.

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Uma dieta funcional e exercícios físicos associados também demonstraram
serem protetivos contra o desenvolvimento da demência ou para diminuir o
curso progressivo dessa patologia. Não obstante, pessoas com tendência à
demência que utilizaram vitaminas antioxidantes (vitaminas C e E, por
exemplo) apresentaram menor perda cognitiva que pessoas que não utilizaram
tal recurso.

A deficiência de vitamina D está associada a um risco significativamente maior


do desenvolvimento de demências incluindo a doença de Alzheimer.

Assim, o diagnóstico precoce da demência é um aspecto importante para que


os tratamentos existentes possam diminuir a progressão das perdas cognitivas,
funcionais, sociais e profissionais em pessoas com esta patologia. Conforme
demonstrou o estudo de Bragin et al. (2005), o tratamento deve ser integrativo,
envolvendo uma equipe multidisciplinar, com medicações específicas e
suplementação alimentar, além de uma mudança do estilo de vida que inclui
exercícios físicos moderados, cessação do uso do fumo, uma alimentação
adequada e uma vida com o máximo possível de atividades.

Uma abordagem integrativa pode reduzir o curso das perdas cognitivas da


demência, porém, ainda não existem tratamentos que possam "curar"
integralmente essa patologia. Assim, a prevenção ao longo da vida é o melhor
recurso existente. É importante durante a vida manter uma alimentação
saudável e exercícios físicos regulares; bem como na aposentadoria torna-se
imprescindível manter um estilo de vida ativo.

Em questão aos exercícios físicos, segundo Pérez e Carral (2008), estes


apresentam um potencial de melhorar a plasticidade do cérebro, reduzindo as
perdas cognitivas ou minimizando o curso progressivo da demência. A
importância dos exercícios físicos no tratamento da demência pode ser apoiada
por outros estudos.

A demência, chamada de transtorno neurocognitivo maior ou ligeira na DSM-V,


corresponde a uma alteração progressiva de áreas do cérebro, resultando em
alterações da memória, comportamento, linguagem e personalidade,
interferindo diretamente na qualidade de vida da pessoa.

A demência pode ser interpretada como um conjunto de sinais e sintomas


relacionados a alterações cerebrais que pode ter causas diversas, sendo mais
frequentemente associada ao envelhecimento.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento, de uma forma geral não é uniforme, alguns idosos


apresentam alterações importantes, como o desequilíbrio, e outros não. O que
ocorre, de forma geral, é um conjunto de transformações estruturais e
funcionais que se acumulam de forma progressiva e específica para cada
indivíduo.

Ocorrem também alterações na composição corporal do idoso, como por


exemplo, o aumento da gordura corporal. Para se ter ideia, com 75 anos de
idade o indivíduo tem praticamente o dobro de gordura que ele tinha com 25
anos. Dessa forma, tem-se um aumento expressivo da quantidade de tecido
adiposo.

Outra alteração relevante é a redistribuição desse tecido adiposo. Ocorre uma


redução da quantidade de gordura nos membros (braços e pernas) e um
aumento do acúmulo de gorduras na região do tronco, aumentando, assim, a
chamada gordura central. Quando essa gordura está intrínseca aos tecidos
mais internos (viscerais), tem-se aumento da probabilidade de o indivíduo
apresentar doenças cardíacas.

Um problema importante é a tolerância à glicose que está alterada, por isso o


idoso pode apresentar aumento da glicemia que é inata ao processo de
envelhecimento e pode gerar dificuldade em diagnosticar o diabetes, embora
esta seja uma morbidade com alta prevalência nesse grupo populacional.
Dessa forma, é preciso diferenciar o que é o aumento da glicemia associada ao
processo de envelhecimento e o que é o aumento da glicemia devido ao
diabetes.

Deve-se fazer a diferenciação entre as alterações fisiológicas do


envelhecimento (senescência) das alterações do envelhecimento patológico
(senis) e, para tanto, é necessário conhecer e distinguir o considerado normal
do patológico.

Envelhecimento, nos seres humanos, é o processo de desgaste do corpo (ou


das células), depois de atingida a idade adulta. As causas do envelhecimento
ainda não são totalmente conhecidas; teorias propõem que acúmulo de danos
(por exemplo, mutações no DNA) possa causar aumento de falhas no
organismo. Outras teorias propõem que o envelhecimento possa ser
programado geneticamente.

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PRIMEIROS SOCORROS DA PESSOA IDOSA

A hipoglicemia é uma complicação que consiste na baixa da taxa de açúcar no


sangue e acomete predominantemente em diabéticos e, principalmente,
aqueles que estão em tratamento com medicamentos.

Tratamento: É ideal buscar um meio de aferição da glicemia já ao primeiro sinal


de uma baixa. Ter disponíveis fontes de açúcar que posam ser consumidas
rapidamente: mel, balas, uma colher de café de açúcar.

Acidentes são a 6º maior causa de morte em idosos, estando as quedas como


uma dessas graves ocorrências.

Caso ocorra a queda:

 Avaliar o estado geral do idoso (senso de tempo e espaço,


comunicabilidade,...)
 Avaliar as condições físicas do idoso (breve exame físico buscando
possíveis lesões, principalmente em locais como crânio, fêmur e ossos
da bacia)

Convulsão é a contração involuntária da musculatura, provocando movimentos


desordenados, com ou sem perda da consciência. Podem estar relacionadas
com uma reação natural do estresse, traumatismo, distúrbio hereditário ou
doenças que afetam o cérebro.

Engasgos: Observar o sinal das mãos no pescoço (clássico do engasgo). No


entanto, o melhor a fazer é perguntar se a pessoa se engasgou e se consegue
falar (emitir algum som). Dependendo dessa última resposta, sua conduta
mudará, pois, caso a pessoa consiga falar ou emitir sons, indicará que houve
uma obstrução parcial das vias aéreas. Caso contrário, provavelmente o fato se
deve a uma obstrução total das vias aéreas.

Queimaduras: Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no


organismo humano pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas
sobre o corpo humano.

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ESTATUTO DO IDOSO

No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10.741 de 1 de Outubro de 2003)


é um estatuto no qual são estabelecidos os direitos dos idosos e são previstas
punições a quem os violarem, dando aos idosos uma maior qualidade de vida.
Por essa lei em vigor os filhos maiores de 18 anos são responsáveis pelo bem
estar e saúde dos pais idosos. Por essa lei, em vigor no Brasil, é considerado
idoso as pessoas a partir dos 60 anos de idade e impõe as penalidades a quem
infringir a lei.

"Artigo. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos


assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos."

"Artigo. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa


humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade."

"Artigo 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder


Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária."

Em 2017 o Brasil editou a lei nº 13.466 e sob a mesma se define que dentre os
idosos, é assegurada prioridade especial aos maiores de oitenta anos,
atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos
demais idosos.

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IDOSO, FAMÍLIA E SOCIEDADE

Perante o idoso, a família assume um papel importantíssimo. Com a fragilidade


que acompanha o processo de envelhecimento, é comum surgirem conflitos
entre filhos e pais, que passam a exigir novas responsabilidades e maiores
cuidados.

Sendo assim, cabe aos membros da família entender as transformações de


vida da pessoa, conhecer melhor suas fraquezas e modificar a visão e suas
atitudes quanto à velhice, colaborando para que o idoso mantenha o seu lugar
no grupo familiar e na sociedade.

Um dos principais problemas quanto ao envelhecimento, refere-se


ao isolamento social e aos sentimentos de solidão. Pesquisas recentes e a
experiência prática mostra que os idosos que perdem ou têm suas capacidades
diminuídas, carregam consigo a expectativa de receberem mais atenção e
cuidados de seus filhos e netos. O fato é que, nesta fase da vida, o idoso
precisa sentir-se valorizado, viver com dignidade e receber o carinho da família.

Envelhecer não é apenas um processo biológico, psicológico e social, mas algo


que ultrapassa os limites da senescência, não se definindo apenas pelos
cabelos brancos e as marcas deixadas pelos longos anos.

O Estatuto do Idoso em seu art. 1° define idoso como o “sujeito de idade


superior a 60 anos”. A Política Nacional do Idoso, como a “pessoa maior de 70
anos de idade”.

Até meados do ano de 1994, o conceito de idoso era estabelecido com base
em critérios biológicos, e muitas vezes, caso a caso.

Importante salientar, que o Estatuto do Idoso não separa os idosos capazes


dos incapazes, de modo que ao completar setenta anos quaisquer que sejam
as condições do sujeito, físicas ou mentais, torna-se idoso para todos os efeitos
legais.

Com o advento da tecnologia e a consequente melhoria na qualidade de vida,


houve um aumento significativo na expectativa de vida do ser humano e uma
diminuição na taxa de natalidade, respectivamente, os direitos do idoso
passaram a ser discutidos com maior veemência, de modo que, a legislação
teve que acompanhar tal progresso.

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SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA AO IDOSO NO BRASIL

Na legislação brasileira, é considerada idosa a pessoa que tenha 60 anos ou


mais de idade. Para comprovar a idade, basta apresentar um documento oficial
com foto, como a carteira de identidade ou a carteira nacional de habilitação.

Não cometa violência contra a pessoa idosa. Existem várias formas de agredir
os idosos (negligência, abandono, agressão física, sexual, psicológica etc. Se
você estiver sofrendo ou conhecer alguém que esteja sofrendo qualquer forma
de violência, conte o que está acontecendo para um profissional de saúde,
ligue Disque 100 ou busque ajuda no Conselho dos Direitos do Idoso,
Ministério Público ou Delegacia do Idoso.

O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) é uma iniciativa inovadora na garantia


de direitos da pessoa idosa, fruto de forte mobilização da sociedade, e abrange
as seguintes dimensões:

 direito à vida;
 à liberdade;
 ao respeito;
 à dignidade;
 à alimentação;
 à saúde;
 à convivência familiar e comunitária.

Atenção integral à saúde da pessoa idosa, por intermédio do Sistema Único de


Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção,
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que
afetam preferencialmente os idosos.

A gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano, com reserva


de 10% dos assentos, que deverão ser identificados com placa de reserva.

Reserva de duas vagas gratuitas no transporte interestadual para idosos com


renda igual ou inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para os
idosos que excedam as vagas garantidas.

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FERIDAS E ÚLCERA POR PRESSÃO, PREVENÇÃO E CUIDADOS

As úlceras por pressão são feridas que ocorrem em função da falta de


oxigenação na superfície da pele, gerada por compressão prolongada em
pacientes internados ou acamados por longos períodos. Essas lesões afetam
significativamente a qualidade de vida desses pacientes e se não tratadas
adequadamente, podem aumentar o risco de mortalidade do mesmo.

O local acometido geralmente apresenta uma temperatura elevada, coloração


avermelhada e sensibilidade ao toque. Em situações mais graves, pode ocorrer
o rompimento da pele, ocasionando uma ferida que pode evoluir para uma
infecção. É importante ressaltar que a intensidade e a duração da pressão têm
relação direta com o aparecimento destas feridas.

Normalmente, os locais mais afetados são áreas onde há proeminência óssea,


ou seja, entre a parte final da coluna e início do cóccix, no calcanhar e na parte
superior do fêmur. Entretanto, pernas, pés, glúteos, costas e cotovelos também
podem ser afetados pelas úlceras por pressão.

Alguns cuidados são bem importantes e podem ser realizados desde os


primeiros momentos em que o paciente apresentar risco para desenvolver
úlcera por pressão:

Colocar um colchão piramidal macio (formato de caixa de ovo) sobre o colchão


da cama do paciente;

Mudar o paciente de posição na cama de quatro em quatro horas;

Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para diminuir a pressão


nos calcanhares;

Manter a pele hidratada com óleos e cremes à base de vegetais e uma boa
higienização, utilizando sabonetes neutros;

Pacientes que utilizam fraldas: mantê-las limpas e secas;

Áreas avermelhadas na pele não devem ser manipuladas e esfregadas com


esponjas, pois poderá aumentar a área lesionada;

Colocar o paciente sentado em poltrona macia quando possível, várias vezes


ao dia;

Manter limpa as roupas de cama, bem como, bem secas e bem esticadas.
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SITUAÇÕES DE RISCO, PREVENÇÃO E CUIDADOS

Para evitar a queda de idosos:

Cuidado com os tapetes, pois são escorregadios. A dica é usar tapetes


emborrachados e antiderrapantes;

Evitar situações de risco: subir em cadeiras, escadas, ou qualquer outro objeto


sem o devido cuidado;

Má iluminação pode facilitar as quedas. Então, andar em ambientes iluminados


é fundamental para evitar quedas;

Evite pisos escorregadios ou encerados;

Usar sapatos e chinelos com solado antiderrapante;

Instalar barras de apoio no banheiro. Corrimão dentro de casa, se necessário,


também é uma boa ideia;

Deixar o caminho sempre livre de fios e extensões e sem bagunça;

A visita regular ao oftalmologista é importante. Assim, a dificuldade de visão


pode ser um facilitador de quedas;

O uso inadequado de medicamentos pode provocar reações desconhecidas,


que facilitam as quedas;

Conversar sempre com um médico caso a queda tenha ocorrido, mesmo que
não tenha se machucado.

Art. 9.º É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à


saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um
envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a


acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições

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adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério
médico.

Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento


conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de
impossibilidade, justificá-la por escrito.

Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso


serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer
dos seguintes órgãos:

I - autoridade policial;

II - Ministério Público;

III - Conselho Municipal do Idoso;

IV - Conselho Estadual do Idoso;

V - Conselho Nacional do Idoso.

Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada,
conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência
Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais
normas pertinentes.

Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam
meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei
Orgânica da Assistência Social - Loas.

Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas


a firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada.

Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou


núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.

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Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou
substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar,
ou, ainda, em instituição pública ou privada.

Deve-se reconhecer as contribuições dos idosos frágeis, doentes e vulneráveis


e garantir seus direitos de atenção e segurança, para se construir "uma
sociedade para todas as idades", onde mesmo os mais dependentes possam
dar alguma contribuição, no mínimo dos exemplos de vida.

O aumento da expectativa de vida da população brasileira, conquistado graças


aos avanços tecnológicos e da medicina, não garantiu, no entanto, a qualidade
dessa existência prolongada. Já são significativos, no contexto da população
brasileira, os percentuais de nonagenários e até mesmo de centenários, na sua
maioria portadores de comprometimento da capacidade funcional, exigindo
dessa forma cuidados especiais, mais freqüentemente em domicílio, ou em
instituições de longa permanência.

Essa situação fez emergir um novo personagem no cenário da atenção a esses


idosos: o cuidador doméstico, geralmente um familiar pouco preparado para
essa função, que é assumida em decorrência dos arranjos familiares
estabelecidos a partir da situação de dependência a ser enfrentada. Fraturas
de fêmur e de quadril, artroses, acidentes vasculares cerebrais, doenças
reumáticas, demências, são eventos freqüentes em idosos muito idosos,
determinando inúmeras limitações e alterando a dinâmica, a economia e muitas
vezes a saúde das famílias desses idosos .

De acordo com Caldas (1995), a sobrecarga física, emocional e


sócioeconômica decorrente dessa situação é muito grande, não se podendo
esperar que os cuidadores familiares dêem conta dessa situação, sem dispor
de alguma forma de suporte.

Durante os últimos anos têm aumentado consideravelmente o grau de


sensibilidade social pelo fenômeno da violência e o maltrato. No princípio, a
atenção foi focada na violência à criança, depois na violência doméstica e
recentemente tem despertado interesse o maltrato e negligência de que são
vitimas as pessoas idosas.

Os direitos, concomitantes com os deveres pessoais e sociais que temos, não


são distintos nos ciclos de nossas vidas. A ênfase na proteção aos direitos
humanos das pessoas idosas deve superar as desvantagens existentes e
evitar que perpetuem as discriminações e as situações de inferioridade dadas
socialmente e culturalmente aos idosos.

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Referências Bibliográficas

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de


Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador /
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https://www.tuasaude.com/demencia/

iSaúde. Conheça as alterações que ocorrem com o envelhecimento.

Disponível em:

https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/conheca-as-alteracoes-que-
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https://saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-da-pessoa-idosa

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COMO TRATAR?
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Disponível em:

https://www.danonenutricia.com.br/adultos/alimentacao-por-sonda/ulceras-por-
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Meriana C. Peri – Jornalista.Assessoria de Comunicação.Hospital Regional


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Disponível em:

http://www.saude.pr.gov.br/

S241ca São Paulo (Cidade). Secretaria da Saúde. Violência doméstica contra a


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Disponível em: http://midia.pgr.mpf.gov.br/

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