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CURSO DE PSICOLOGIA
SALVADOR-BA
2022
ANDRESSA NEVES, CAROLINNA REBOUÇAS, ELOISA MENEZES, EVELIN
MICHELE, EVELYN SANTANA, HEILA FERREIRA, IGOR MOREIRA, JENIFFER
BARROS, JEUNE MALTA, JOICE CORREIA, LUCAS MARCELO
Trabalho da disciplina de
Neuroanatomofisiologia, apresentado ao
Curso da Graduação de Psicologia, da
Faculdade Anhanguera.
SALVADOR-BA
2022
Sumário
1. DOENÇA DE ALZHEIMER ................................................................................... 4
4. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 17
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1. DOENÇA DE ALZHEIMER
O Alzheimer é um dos mais de 60 tipos de demência, que pode ser definida como
uma doença degenerativa do cérebro, ou seja, um processo progressivo de
perda das funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento,
linguagem, atenção, capacidade de planejamento, representando um declínio do
estado geral de uma pessoa em relação a um estado anterior e influenciando
seu desempenho para as atividades de vida diária (autocuidado, continência,
transferências e alimentação). As alterações comportamentais podem ocorrer
desde o início e são muito frequentes no decorrer da doença. Indivíduos com
Alzheimer podem ter características depressivas, de agitação e de
agressividade, ou até mesmo delírios e alucinações.
É rara sua existência em pessoas com menos de 65 anos de idade. Torna-se
mais comum com o aumento da idade. Cerca de 10% das pessoas com mais de
65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa
enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o
diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de oito a 10 anos.
A doença se divide em três fases, desde um estágio inicial, de menor
dependência, até o estágio avançado, em que a dependência é total.
Ainda não está bem estabelecida uma causa específica para o aparecimento da
doença de Alzheimer, porém o que se sabe é que existem inúmeros fatores de
risco que podem contribuir para o seu aparecimento. De forma geral, os
principais fatores de risco são idade avançada, genética e histórica familiar,
doenças cardiovasculares, diabetes, altos níveis de colesterol.
Além do componente genético, foram apostados como agentes etiológicos a
toxicidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a substâncias reativas de oxigênio
(ROS) e a aminoácidos neurotóxicos, e a ocorrência de danos em microtúbulos
e proteínas associadas.
O diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico, ou seja, é realizado através de
uma consulta médica, exame físico, onde o profissional faz uma anamnese com
o paciente e também com seus familiares para entender todas as características
das queixas e realizar o diagnóstico.
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1.1. FISIOPATOLOGIA
Embora ainda não haja uma cura para o mal de Alzheimer, os tratamentos
buscam proporcionar mais tempo de vida e mais qualidade. Eles também podem
interromper o avanço da doença, garantindo a autonomia do doente. Os
tratamentos podem ser farmacológicos ou não farmacológicos.
1.2.2 Musicoterapia
- Deterioração cognitiva de perda da memória de curto prazo
É desenvolvida a aprendizagem de canções, reconhecimento de peças
folclóricas, associação de nome de peças através da percepção auditiva,
também a reprodução de ditados rítmicos e melódicos fáceis e a reprodução dos
sons em forma de eco.
- Desenvolvimento da percepção auditiva
É utilizada a imitação com a voz e o reconhecimento dos sons e para aumentar
a concentração são reproduzidos sons e ritmos e a realização de atividades em
grupo como o coral ou o aprendizado de danças fáceis.
- Atividades utilizadas no sistema da dor muscular e crônica, transtorno do
sonho ou fadiga extrema visando à redução da dor.
É proposto liberar as tensões acumuladas que de acordo com o modelo
Benenzon, possibilitam maior capacidade de relaxamento e as atividades são
exercícios de relaxamento e respiração ouvindo música, audição de obras
musicais e atividades de dança que visam estimular o ritmo.
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1.2.3 Farmacológicos
Diferentes tratamentos estão disponíveis atualmente no mercado, tanto aqueles
que focam nas hipóteses colinérgicas e glutamatérgica.
- Inibidores da acetilcolinesterase (Ache)
As pessoas que sofrem de DA apresentam níveis baixos de acetilcolina, um
importante neurotransmissor. Os inibidores da ACHE retardam a degradação
metabólica da acetilcolina, otimizando a disponibilidade deste substrato para a
comunicação entre as células.
- Rivastigmina
A rivastigmina (nome comercial: Exelon® foi aprovada no ano 2000. Este
fármaco impede a degradação da acetilcolina, inibindo a acetilcolinesterase e a
butirilcolinesterase (BUCHE), uma colinesterase que desempenha papel menor
na degradação de acetilcolina no corpo humano.
- Galantamina
A galantamina (nome comercial: Razadyne® foi aprovada em 2001). Esse
fármaco impede a degradação da acetilcolina e estimula os receptores
nicotínicos a liberar maiores quantidades desse neurotransmissor no cérebro.
- Memantina
A memantina (nome comercial: Namenda®) foi o primeiro fármaco aprovado pela
FDA para tratar os sintomas de DA moderada a severa, sendo também o
primeiro e, por enquanto, o único representante da classe dos antagonistas de
receptores de NMDA. Ela regula a atividade do glutamato, que é liberado em
grandes quantidades por células danificadas pela DA e por alguns outros
distúrbios neurológicos. Quando o glutamato alcança os receptores do tipo
NMDA nas células de superfície, o cálcio flui livremente para dentro da célula, o
que pode levar à degeneração celular. A memantina tem a capacidade de evitar
esta sequência destrutiva. Por muitos anos, a memantina esteve disponível em
alguns países europeus, e está disponível nos EUA desde outubro de 2003. Este
fármaco é geralmente bem tolerado pelo paciente, sendo os efeitos colaterais
mais comuns cefaleia, constipação, diarreia, tontura e sonolência. Em julho de
2010, a Namenda XR®, uma formulação de liberação prolongada do
medicamento, foi liberada para uso nos EUA. Os seus efeitos secundários mais
comuns são dores de cabeça, diarreia, tonturas e pressão arterial elevada.
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2. DEMÊNCIA VASCULAR
O Manual MSD (Merck Sharp and Dohme) define a Demência Vascular (DVa)
como a perda da função mental em virtude da destruição do tecido cerebral, visto
que seu suprimento de sangue está reduzido ou bloqueado. Dessa forma, a
demência vascular pode ser entendida como a diminuição, lenta e progressiva,
da função mental, que afeta diversos aspectos cognitivos como a memória, o
pensamento, o juízo e até mesmo a forma de aprendizagem. Após a doença de
Alzheimer, a demência vascular é a segunda causa mais comum de demência
associada ao envelhecimento.
O risco de desenvolver uma demência do tipo vascular é maior em pessoas que
têm algum tipo de fator que possa diminuir a circulação de sangue no cérebro.
Por esse motivo muito desses fatores são os mesmos identificados para o AVC,
incluindo tabagismo, pressão alta, diabetes, alimentação rica em gorduras e falta
de exercício físico, por exemplo.
A falta de sangue no cérebro provoca várias conseqüências neurológicas. A
demência vascular é, normalmente, a conseqüência de um AVC, se
caracterizando como uma doença progressiva e com sintomas irreversíveis.
Esses sintomas podem se tornar mais intensos de forma súbita e, pouco tempo
depois, estagnar por um período, piorando anos ou meses depois. Os sintomas,
assim como em qualquer doença, variam muito de pessoa para pessoa,
principalmente no que diz respeito à intensidade. Contudo, dentre os mais
comuns, podemos citar: perda de memória, dificuldade para falar, desnutrição,
desequilíbrio, problema de coordenação.
O diagnóstico da demência vascular é feito por meio de exames neurológicos e
de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, além
do médico avaliar os sintomas apresentados pelo paciente e os hábitos de vida.
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2.1.4 Hipoperfusão
Trata-se de síndrome de isquemia cerebral decorrente de insuficiência cardíaca
e de hipotensão. É mais comum nas zonas de transição entre os territórios
irrigados por duas grandes artérias. Apresenta-se com afasia transcortical,
prejuízo de memória, apraxia e déficits visoconstrutivos. A área mais sensível à
hipoperfusão encontra-se entre os territórios das artérias cerebrais médias e
posteriores.
atrial, como a varfarina. Afinal, eles contribuem para evitar riscos e outra AVE.
Entretanto, não existe tratamento medicamentoso específico para a demência
vascular, pela perda do tecido cerebral. Em alguns casos, medicamentos
utilizados na doença de Alzheimer podem ser prescritos, assim como
antidepressivos para pacientes que apresentam quadros de depressão
associada à demência. No entanto, a solução é cuidar dos fatores de risco e
evitar novos agravos.
2.3.4 Psicoeducação
Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar
autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.
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Embora muitas vezes seja difícil diferenciar uma condição da outra - já que os
sintomas da demência vascular variam enormemente e alguns, como as falhas
na memória, no raciocínio e no pensamento são comuns aos dois males -,
Moreno-González explica que as causas de ambas são distintas.
Enquanto a origem da demência vascular está ligada ao dano vascular, "sabe-
se que a principal causa do Alzheimer é a acumulação de proteínas tóxicas
geradas no cérebro, e que vão danificar direta ou indiretamente os neurônios, e,
finalmente, vão provocar a morte deles", diz a pesquisadora.
Além disso, as duas condições tendem a evoluir de forma diferente. "O Alzheimer
costuma ser uma doença que progride lentamente, como um caminho que desce
um morro de forma mais ou menos homogênea", diz Fortea Ormaechea.
"Por outro lado, os eventos vasculares podem acontecer hoje - se você tem um
infarto, tem um dano cerebral, se recupera em poucos meses, mas ficam
sequelas - e, se não voltar a ter nenhum outro infarto e não tiver outra causa,
fica estabilizado. Ou pode ter outro infarto no ano seguinte e voltar a piorar",
explica.
Ou seja, a deterioração cognitiva pode se dar de maneira escalonada e mais
marcada, em contraposição a uma evolução mais linear.
Ambas podem possuir um curso crônico e progressivo. Entretanto, a Doença de
Alzheimer (DA) é marcada pelo distúrbio cognitivo relacionado à memória,
principalmente a memória episódica. Enquanto que a demência vascular tem
maior comprometimento da função executiva e tendem a ter melhor aprendizado
verbal e recordação.
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4. REFERÊNCIAS
http://periodicos.unifil.br/index. Php/Revistateste/article/view/1282/1255
Envelhecimento, demência e doença de Alzheimer: o que a psicologia tem a
ver com isso?* Juliane Silveira Lima' Universidade Federal de Santa Catarina
HTTPS://www.editorarealize.com.br/editora/anais/cieh/2019/TRABALHO_EV12
5_MD1_SA3_ID1399_11052019123141.pdf
BRUCKI, Sonia Maria Dozzi; FERRAZ, Ana Cláudia; FREITAS, Gabriel R de;
MASSARO, Ayrton Roberto; RADANOVIC, Márcia; SCHULTZ, Rofrigo Rizek.
Tratamento da Demência Vascular, 2011. Disponível em:
https://www.demneuropsy.com.br/imageBank/pdf/v5s1a07.pdf