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2º Ano
ESQUIZOFRENIA
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Discentes:
Eldina Joaquim Coimbra
Luciana da Conceição
Inácio Bonde
Marlene Luís Magaio
Nádia Marta Berecuane
ESQUIZOFRENIA
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 5
2. ESQUIZOFRÊNIA ................................................................................................... 7
2.1.2. Incidência.................................................................................................... 7
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2.3.3. Esquizofrenia parafrenica ......................................................................... 14
3. Conclusão ................................................................................................................ 19
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1. Introdução
Neste presente trabalho ira se abordar sobre a Esquizofrenia, seu conceito, sua
psicopatologia, as formas clínicas, diagnóstico e o seu tratamento. Apesar dos imensos
avanços nas últimas décadas, particularmente em função do avanço das neurociências, a
psiquiatria ainda guarda algumas áreas de grande polémica e de conceitos inconclusos.
Desde sua primeira descrição na literatura por Kraepelin, em 1903, as psicoses
paranóides do envelhecimento têm recebido distintas definições e descrições que
mudaram no de correr do tempo. Esta é área do conhecimento psiquiátrico das mais
complexas, nebulosas e desconhecidas. A insuficiência de estudos nessa área contrasta
com o imenso fascínio que desperta como tema de estudo psiquiátrico. A busca de seu
entendimento confunde-se com a pró ria história da psicogeriatria, com contribuições,
ao seu esclarecimento, de alguns dos mais importantes autores da história da medicina.
Esse grupo de transtornos deve ser distinguido das psicoses tardias que cursam com
doenças cerebrais, como as demências degenerativas e vasculares, os transtornos do
humor, os transtornos de personalidade, os transtornos clínicos, as patologias
decorrentes do uso e abuso de substâncias, bem como de outras causas exógenas.
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1.1. Objectivos
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2. ESQUIZOFRÊNIA
2.1.2. Incidência
2.1.3. Etiologia
Apesar de ser considerada uma doença única, esta categoria diagnóstica inclui um grupo
de transtornos, provavelmente com causas heterogéneas, mas apresentações
sintomáticas semelhantes. A esquizofrenia abrange pacientes com manifestações
clínicas, resposta ao tratamento e curso da doença bastante variados. Sendo assim,
nenhum factor etiológico isolado é considerado como causador. O modelo etiológico
usado com maior frequência é o modelo de stresse diátese, segundo o qual o indivíduo
que desenvolve esquizofrenia teria uma vulnerabilidade biológica específica (diátese),
que, activada pelo stresse, permitiria o aparecimento dos sintomas. Os factores
entressorres podem ser genéticos, biológicos, psicossociais ou ambientais.
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Vários estudos sugerem um componente genético na etiopatogenia deste transtorno. Foi
observado que a incidência nas famílias é maior que na população em geral, e a
concordância entre gémeos monozigóticos é maior que em gémeos dizigóticos. Além
disso, o estudo com filhos adoptivos indica que o risco está associado à presença de
esquizofrenia nos parentes biológicos; o fato de conviver com um esquizofrénico não
parece aumentar no adoptivo o risco da doença.
2.1.4. Desencadeamento
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capacidade intelectual e o ambiente cultural do paciente. Além disso, os sintomas
podem mudar com a evolução do quadro.
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atitudes do paciente. Alucinações cenestésicas são percepções alteradas dos
órgãos e do esquema corporal, como sentir o cérebro encolhendo, o fígado se
despedaçando ou perceber que roubaram seus ossos. Alucinações visuais,
tácteis, olfactivas e gustativas também podem ocorrer, mas geralmente indicam a
presença de uma síndrome psicogenia ou de psicose desencadeada por drogas.
Pensamento: O delírio é uma das principais alterações do pensamento
encontrada em pacientes esquizofrénicos e podem ter conteúdos persecutórios,
autorreferentes, religiosos ou grandiosos. O paciente pode acreditar que seus
pensamentos ou comportamento são controlados por uma entidade externa,
constituindo delírios de influência. O pensamento pode apresentar-se
desagregado, com vivências de roubo, intrusão, difusão ou bloqueio. Outras
alterações incluem o afrouxamento dos nexos associativos, incoerência e
tangencialidade.
Linguagem: Neologismos e ecolalia podem ser observados, assim como
quadros de mutismo. A mussitação é a produção repetitiva de uma voz muito
baixa, murmurada, em tom monocórdico, sem significado comunicativo, como
se estivesse falando “para si”; pode ser encontrada com frequência na
esquizofrenia
2.2. Psicopatologia
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(descarrilamento ou afrouxamento das associações). As respostas a perguntas podem ter
uma relação oblíqua ou não ter relação alguma (tangencialidade). Raras vezes, o
discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é quase incompreensível,
lembrando a afasia receptiva em sua desorganização linguística (incoerência ou "salada
de palavras"). Uma vez que o discurso levemente desorganizado é comum e
inespecífico, o sintoma deve ser suficientemente grave a ponto de prejudicar de forma
substancial a comunicação efectiva. A gravidade do prejuízo pode ser de difícil
avaliação quando a pessoa que faz o diagnóstico vem de um contexto linguístico
diferente daquele de quem está sendo examinado. Pode ocorrer desorganização menos
grave do pensamento ou do discurso durante os períodos prodrômicos ou residuais da
esquizofrenia.
Uma incapacidade de aprender que não pode ser explicada por factores
intelectuais, sensoriais ou de saúde;
Uma incapacidade de construir ou manter relações interpessoais satisfatórias
com colegas e professores e professoras;
Tipos inapropriados de comportamento ou sentimentos sob circunstâncias
normais;
Um estado generalizado de infelicidade ou depressão;
Uma tendência a desenvolver sintomas físicos ou medos associados a problemas
pessoais ou emoções.
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precedidos por uma sensação de tensão ou ansiedade que é aliviada pelo
comportamento, o que também é muitas vezes acompanhado por uma sensação de
gratificação. Pessoas com transtorno de comportamento repetitivo com foco no corpo
tentam parar ou diminuir seu comportamento.
É uma condição incomum, mais vista em pacientes com doenças primárias do humor ou
transtornos psicóticos avançados. Cerca de 25 a 50% dos pacientes internados pelo
problema tem um transtorno de humor, como o episódio depressivo maior, ao passo que
aproximadamente 10% tem esquizofrenia.
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que o indivíduo irá ser prejudicado, assediado, e assim por diante, por outra pessoa,
organização ou grupo) são mais comuns. Delírios de referência (i.e., crença de que
alguns gestos, comentários, estímulos ambientais, e assim por diante, são direccionados
à própria pessoa) também são comuns. Delírios de grandeza (i.e., quando uma pessoa
crê que tem habilidades excepcionais, riqueza ou fama). Delírios são considerados
estranhos se claramente implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos da
mesma cultura, não se originando de experiências comuns da vida. Um exemplo de
delírio estranho é a crença de que uma força externa retirou os órgãos internos de uma
pessoa, substituindo-os pelos de outra sem deixar feridas ou cicatrizes. Os delírios que
expressam perda de controle da mente ou do corpo costumam ser considerados
estranhos; eles incluem a crença de que os pensamentos da pessoa foram "removidos"
por alguma força externa (retirada de pensamento), de que pensamentos estranhos foram
colocados na mente (inserção de pensamento) ou de que o corpo ou as acções do
indivíduo estão sendo manipulados por uma força externa (delírios de controle).
2.2.7. Alucinações
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Esquizofrenia simples: caracterizado pelo início insidioso e progressivo de conduta
estranha e incapacidade para atender às exigências da sociedade, com declínio global do
desempenho. Os aspectos negativos da esquizofrenia residual, como embotamento
afectivo e perda da volição, se desenvolvem sem ser precedidos por quaisquer sintomas
psicóticos manifestos.
É a forma mais comum e geralmente de início mais tardio do que nas formas
hebefrência e catatónica, o que pode garantir que o paciente permaneça mais
preservado. O quadro clínico é caracterizado pela presença de ideias delirantes, de
conteúdo principalmente persecutório, de grandeza ou místico, acompanhadas de
alucinações auditivas e perturbações do senso percepção. As vozes alucinatórias
costumam ter carácter ameaçador ou de comando e vivências de influência são comuns.
Alterações do afecto, vontade e psicomotricidade não são proeminentes.
2.4. Diagnóstico
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incluem história familiar, história pré-mórbida e resposta ao tratamento. Em certos
transtornos de personalidade podem ocorrer sintomas que se assemelham ao da
esquizofrenia, como transtornos de personalidade paranóide e borderline. Geralmente,
se ocorrem sintomas psicóticos, estes são transitórios e não proeminentes. Os quadros
de retardo mental podem apresentar distúrbios de comportamento e de humor que
sugerem esquizofrenia.
2.4.4. Prognóstico
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funcionamento básico do paciente. A vulnerabilidade ao stresse é mantida. Ao longo do
quadro, os sintomas positivos mais exuberantes (delírios e alucinações) tendem a
diminuir de intensidade, enquanto os sintomas negativos mais residuais (embotamento
afectivo e estranhezas do comportamento) podem se tornar mais graves.
2.4.5. Tratamento
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Os APs atípicos atuam em outros sítios da dopamina e podem ter acção em outras vias
neurotransmissoras. São medicações mais bem toleradas e mais eficazes no tratamento
de sintomas negativos, porém de alto custo.
Os antipsicóticos atípicos podem ser indicados nos casos de intolerância aos APs típicos
ou nos pacientes em que existe uma chance maior de ocorrer sintomas extrapiramidais.
A clozapina é reservada para os casos em que há resistência a outros APs, não devendo
ser utilizada como primeira escolha, devido ao risco de complicações hematológicas
(agranulocitose). O tratamento do primeiro episódio deve ser iniciado com doses baixas
de um neuroléptico de segunda geração, com aumento gradual da dose semanalmente.
Os APs podem demorar de 3 a 8 semanas para produzir algum efeito. Se não houver
resposta satisfatória dos sintomas após este período, deve-se trocar por um neuroléptico
de outra classe farmacológica. A medicação deve ser mantida por um mínimo de 6 a 12
meses após a remissão dos sintomas. Nos episódios psicóticos agudos, em que há
extrema agitação e agressividade, podem ser utilizados neurolépticos injetáveis
(intramuscular), até que a medicação oral actue eficazmente. Quando o paciente
apresenta estabilização da sintomatologia, é indicado manter a menor dose possível da
medicação, com o mínimo de efeitos colaterais e prevenir recaídas. Nesta fase, é
possível utilizar medicações injetáveis de liberação lenta (depot ou de depósito),
melhorando a adesão ao tratamento.
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3. Conclusão
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4. Referências bibliográficas
MEDGRUPO. MedCurso Ciclo 1: Psiquiatria. Editora: Medyn. 2019
CORREA, António C. de Oliveira. Revista Médica de Minas Gerais. Belo
Horizonte, MG - Brasil. 2017.
Organização Mundial de Saúde. Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento: Descrições Clínicas e Directrizes Diagnósticas. Tradução:
Dorgival Caetano. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993. 351 p.
M294 Manual diagnóstico e estatístico de transtorno5 DSM-5. Porto Alegre:
Artmed, 2014. xliv, 948 p.
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