Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E SAÚDE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ESTELA MACHADO FERNANDES

GIOVANNA ESTEVÃO NEVES

INGRID MONTEIRO LARSEN

JULIA OTONI RUSSO

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

ANÁLISE DO FILME: FEITIÇO DO TEMPO

SANTOS

2023
2

ESTELA MACHADO FERNANDES

GIOVANNA ESTEVÃO NEVES

INGRID MONTEIRO LARSEN

JULIA OTONI RUSSO

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

ANÁLISE DO FILME: FEITIÇO DO TEMPO

Trabalho acadêmico interdisciplinar


realizado como exigência parcial para a
aprovação de todas as disciplinas do
sétimo semestre, sendo elas: Fundamentos
da Clínica Cognitivo Comportamental I,
Técnicas de Exames Psicológicos III,
Intervenções Psicológicas em Saúde
Mental; Processos Psicológicos Grupais II,
Temas de Psicologia e Educação;
Fundamentos da Clínica Psicanalítica I,
Fundamentos da Psicoterapia
Fenomenológica Existencial I,
Neuropsicomotricidade e Psicodrama, pela
Universidade Católica de Santos, do curso
de graduação de Psicologia, período
noturno.

SANTOS

2023
3

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO........................................................................................................0
5

2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO


HUMANO..................................................................................................................06
2.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental..............................06
2.2. Técnicas de Exames Psicológicos..........................................................XX
2.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental.........................................XX
2.4. Processos Psicológicos Grupais.............................................................XX
2.5. Temas de Psicologia e Educação...........................................................XX
2.6. Fundamentos da Clínica Psicanalítica....................................................XX
2.7. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica Existencial..................XX
2.8 Neuropsicomotricidade............................................................................XX
2.9 Psicodrama..............................................................................................XX

3. PRESENÇA DE RELAÇÕES PESSOAIS QUE FAVORECEM OU DIFICULTAM


O PROCESSO DE SAÚDE MENTAL.....................................................................XX
3.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental.............................XX
3.2. Técnicas de Exames Psicológicos.........................................................XX
3.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental.........................................XX
3.4. Processos Psicológicos Grupais............................................................XX
3.5. Temas de Psicologia e Educação...........................................................XX
3.6. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica
Existencial.....................................................................................................XX
3.7 Neuropsicomotricidade...........................................................................XX
3.8 Psicodrama.............................................................................................XX

4. SUGESTÃO DE POSSÍVEIS AÇÕES DIAGNÓSTICAS E INTERVENTIVAS


PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA DO
PROTAGONISTA.....................................................................................................XX
4

4.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental.............................XX


4.2. Técnicas de Exames Psicológicos..........................................................XX
4.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental.........................................XX
4.4. Processos Psicológicos Grupais.............................................................XX
4.5. Temas de Psicologia e Educação...........................................................XX
4.6. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica
Existencial......................................................................................................XX
4.7 Neuropsicomotricidade............................................................................XX
4.8 Psicodrama..............................................................................................XX

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................X
5

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho acadêmico, desenvolvido pelo grupo, é baseado no filme Feitiço


do Tempo, lançado em 17 de setembro de 1993 pelo diretor Harold Ramis, contando com o
artista Bill Murray para interpretar o protagonista da trama, Phil Connors.

Phil Connors é um repórter vaidoso e egocêntrico, acostumado com holofotes e


grandes destaques na televisão nacional. Suas reportagens são relacionadas às previsões
climáticas, o que o faz ter significativo conhecimento sobre o tempo, clima e estações do
ano. Designado a cobrir, pelo quarto ano consecutivo, o festival tradicional do Dia da
Marmota em Punxsutawney, Estados Unidos, Phil é forçado a viver repetidamente o mesmo
dia, preso no espaço-tempo.

Com sua memória preservada, ele acaba sendo forçado a viver em um mundo no
qual o tempo não avança para o amanhã. Nesses infinitos dias 2 de fevereiro, no evento do
Dia da Marmota, Phil passa por inúmeras reflexões sobre si e sobre sua perspectiva de
vida, experienciando situações desconfortáveis e a uma turbulência de emoções, para
enfim, ressignificar suas relações com o próximo.

O protagonista conta com Rita, sua produtora, a qual ele nutre grande admiração e
desejo de conquistá-la romanticamente. Ela, por sua vez, o alerta sobre seus
comportamentos individualistas, em busca de ajudá-lo. Entretanto, ainda sem dar ouvidos à
produtora e sem assumir responsabilidade por seus atos, Phil continua vivendo os mesmos
dias, tentando mudar todos os comportamentos externos, de pessoas que ele convive,
acreditando fielmente que, dessa forma, o ciclo do tempo paralisado será quebrado.

Durante todo o longa, o protagonista não é capaz de assumir responsabilidade, pois


a consciência de si, de seus atos e de seus comportamentos egoístas são passados
despercebidos, sem autocrítica. Assim, após viver diversos momentos de sufoco, frustração
e questionamentos por essa estagnação, Phil desenvolve e elabora mudanças em si, diante
das infinitas possibilidades de ser diferente a cada dia, encerrando finalmente o dia 2 de
fevereiro, com então a oportunidade tão desejada de viver o amanhã.
6

2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

2.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental

2.2. Técnicas de Exames Psicológicos

2.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental

2.4. Processos Psicológicos Grupais

Uma existência repetitiva como a demonstrada no filme, na qual Phil vive uma prisão
temporal, vivendo todos os dias o dia da marmota, demonstra uma metáfora da negligência,
no qual o personagem principal fica preso em um ciclo de reatividade, vício e hábito. Se
todos os dias são iguais e não há controle nenhum sobre isso, a solução e ação possíveis é
o desenvolvimento humano, ou seja, o desenvolvimento da única coisa possível de
controlar, nós mesmos. Nesse sentido, é necessária uma mudança interna, um processo de
autoconhecimento.

Phil, que é uma pessoa extremamente individualista, egoísta e arrogante,


inicialmente, aproveita essa prisão temporal para se dar bem e tirar proveito dos outros,
porém, isso não lhe traz conforto e conexão com o mundo e as pessoas à sua volta.
Entretanto, com o passar do tempo, ele passa a viver com atenção plena e foco no
presente, o que lhe traz mudanças profundas e benéficas para sua vida.

O protagonista compreende, então, com o passar do tempo e a repetição dos dias, a


importância e a necessidade clara de autorresponsabilidade na mudança que deseja ver ao
7

seu redor e em sua vida. Diante da necessidade de mudança, apenas conquistada por meio
de um desenvolvimento humano e uma evolução espiritual, Phil passa por um processo de
aceitação, que o possibilita desenvolver compaixão e relações possíveis, saudáveis e
curativas. Passou então a se sentir conectado com o mundo e com o próximo, tornando-se
mais compassivo, amoroso, paciente, compreensivo e altruísta.

Com essa mudança de olhar e comportamento, tanto a cidade quanto as pessoas


que ele odiava, passam a ser vistas e encaradas de forma positiva. Dessa forma, há um
despertar da consciência de Phil, que transforma a repetição dos dias em uma oportunidade
de crescimento e evolução, no qual passa a encontrar um significado relevante para aquela
vivência.

Em consonância com o discutido na disciplina de processos grupais, percebe-se,


então, que, ao se desenvolver e evoluir, vivendo de forma mais presente, Phil reconhece
seu próprio sofrimento e o sofrimento das pessoas que o cercam. Esse processo grupal e
coletivo pelo qual o protagonista passa permite a ele que desenvolva a compaixão e seja
capaz de se tornar uma pessoa extremamente sociável, em oposição ao sujeito egoísta do
início do filme.

Diante do contexto da população apresentada no filme, e da transformação,


evolução e desenvolvimento humano do protagonista, pode-se dizer que Phil assumiu, de
certa forma, o papel de facilitador daquele grupo de pessoas, uma vez que passa a agir
para aliviar o sofrimento dos demais membros daquela coletividade, despertando nela a
confiança e a credibilidade necessárias para promover e contribuir para o bem-estar social.
Quando Phil aceita que o amanhã pode não vir, ele passa, então, a agir para que este, caso
venha, seja melhor do que o hoje, para ele e para todos ao seu redor. E é justamente essa
dedicação cuidadosa a um futuro incerto que lhe permite acordar, finalmente, em um novo
dia.

2.5. Temas de Psicologia e Educação

Phil é um jornalista que inicialmente se apresenta uma pessoa ranzinza e


individualista, agindo de forma incompreensível e nada colaborativa com os outros à sua
volta. Mediante a reviravolta da trama, onde o protagonista fica preso no espaço e no tempo
e precisa viver o mesmo dia repetidas vezes, Phil se vê angustiado, em conflito com o
mundo e tenta incansavelmente mudar o que está a sua volta, manipulando tudo e todos a
8

seu favor, mantendo seu jeito individualista, sem perceber que tudo continua a acontecer do
mesmo jeito independentemente dele, e que não é possível mudar o mundo real. Esta, da
mesma forma, também é a nossa condição.

Estamos todos presos neste tempo, neste espaço, sem, como Phil, sabermos bem
porquê. É preciso elaborarmos a forma como nos percebemos, e interpretamos o mundo, e
tomar esta distância é essencial para que consigamos ter responsabilidade por nós
mesmos, e não projetar essa responsabilidade no outro. Ao final do longa, Phil consegue
dar outro sentido a forma que ele se sente sobre o mundo, este imutável, e aprende que é
preciso mudar a si mesmo.

Desta forma, ele passa a agir diferente com os outros, não mais de maneira
manipulativa, mas genuína. O protagonista após viver infinitas vezes o mesmo dia, percebe
que foi preciso mudar ele mesmo com relação ao mundo, ao invés de mudar o mundo com
relação a ele.

2.6. Fundamentos da Clínica Psicanalítica

A narrativa do filme “O feitiço do tempo” tem como protagonista o personagem Phill,


que vive o mesmo dia, o dia da marmota, todos os dias, atravessado pelos mesmos
eventos, interagindo com as mesmas pessoas em forma de looping, sem compreender
como esse evento foi desencadeado e tampouco como retornar ao estado de normalidade.
Phill é um personagem egóico, irônico, que mantém uma certa frivolidade nas
relações interpessoais, um distanciamento aparente. Sua vida tem como pano de fundo um
tom afetivo melancólico de forma que o personagem utiliza a ironia enquanto bode
expiatório para a uma postura defensiva para com o outro e para com a vida em si.
O personagem traz consigo elementos psíquicos que apontam para a sua
constituição narcísica, ou o que para psicanálise seria o processo de narcisização. No caso
de Phill, o narcisismo ainda não está bem elaborado e remete-se a uma postura regressiva,
ou infantil, como se tivesse estacionado no primeiro modelo psíquico que é apresentado ao
bebê. Sobre o narcisismo:

Na abordagem psicanalítica o narcisismo está ligado à


sexualidade. Integra a imagem corporal e possibilita uma
identidade, o surgimento do Eu. O narcisismo vai além do
autoerotismo e permite que se instaure um indivíduo
diferenciado do outro. É uma relação autocentrada, um
9

estado de contemplação de si mesmo, de autossuficiência e


perfeição. É um processo onde o indivíduo apodera-se da
imagem do próprio corpo, identificando-se com ela. Olha-se
no espelho e reconhece a imagem como sendo sua. O
narcisismo é uma fase intermediária entre o autoerotismo e
o amor objetal (O CONCEITO..., 2015).

À medida que o filme se desenrola, mais precisamente na cena em que está


bêbado, em uma perseguição policial, dirigindo um carro em alta velocidade nos trilhos do
trem, o personagem diz (...) “E se não tivesse amanhã? Não haveria consequência,
podiamos fazer o que desse na telha”, o personagem esbraveja (...)”A vida inteira é a
mesma coisa: arrumar o quarto, cuidar da sua irmã, ser um bom menino, não beber vinho
com cerveja nunca. Ah, é, e não dirigir nas ferrovias…”. Neste momento o personagem se
dá conta do ciclo de repetição e passividade no qual estava inserido, que é evidenciado
pelo fenômeno looping do dia marmota.
Sob a ótica psicanalítica, observa-se uma rigidez excessiva, cristalizada através do
superego e construída desde a infância. Esses valores que estão carimbados no
inconsciente de Phill, de forma silenciosa orientam a sua vida até o momento em que há a
elaboração destes afetos, o momento em que seu aparelho psíquico suporta a mudança,
justamente na cena do carro.
Dalgalarrondo 2008, p. 245, reforça a noção de que no narcisismo primário, a libido
do sujeito está voltada para si mesmo e não há diferenciação entre o Eu e o não-Eu. Nessa
fase inicial do desenvolvimento psíquico, o bebê mantém uma relação simbiótica com a
mãe, na qual não há espaço para a percepção do mundo exterior. No entanto, quando o
indivíduo consegue elaborar seus afetos, é possível quebrar essa dinâmica narcísica e
evoluir o psiquismo para produzir novas formas de viver.
O exemplo de Phill mostra que a evolução psíquica, não em um sentido de
progresso, mas sob a possibilidade de produção de bem-estar, é possível quando há uma
diferenciação do Eu e do não-Eu, permitindo que o indivíduo perceba a existência de outros
objetos e pessoas além de si mesmo e da mãe, em outras palavras, ao perceber o impacto
do Outro, pode-se elaborar o narcisismo constituinte e sair do ciclo de repetição.

2.7. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica Existencial

Com base no desenvolvimento humano a partir da abordagem fenomenológica


existencial, é possível considerar o protagonista, Phil, um sujeito distante do modo
10

fenomenológico de ser, sendo assim, um homem regido por princípios metafísicos, que
determinam seu modo de viver, pensar, se relacionar e de ser-no-mundo.

Essa afirmação é baseada em suas crenças científicas sobre a previsão do tempo,


do clima e das estações do ano, que se apoiam em um conhecimento lógico de alicerce
científico, tomado por ele, como verdade absoluta. Verdade, esta, que não permite
mutabilidade e relatividade, assim sendo, uma perspectiva única de contemplar os
fenômenos do tempo.

O modo de viver de Phil, juntamente com suas atitudes, é testado a partir de um


evento inusitado de estar paralisado dentro de um espaço-tempo, fadado a repetir o mesmo
dia inúmeras vezes. Dessa forma, o protagonista é impulsionado a refletir a respeito de
suas perspectivas, relacionamentos, personalidade e, principalmente, sobre o que significa
ser-no-mundo, tendo assim, a chance de ressignificar velhas crenças e conceitos absolutos.

Essa ressignificação pode ser relacionada ao modo fenomenológico de ser, que por
sua vez, permite a indeterminação, a provisoriedade e a fluidez da verdade, que se mostra
para cada pessoa de forma singular. É, também, relacionado à liberdade e à quebra de uma
busca pelo seguro e pelo previsível.

Suas novas perspectivas o permitem quebrar o ciclo de dias repetidos e simbolizam


um novo jeito de estar no mundo, com infinitos modos de ser e em constante movimento.

2.8 Neuropsicomotricidade

2.9 Psicodrama

A partir da análise e interpretação do desenvolvimento humano do filme, baseadas


na perspectiva psicodramatista, é possível destacar o protagonista, Phil, como um indivíduo
regido pelas conservas culturais, moldado em um padrão social de rigidez, objetividade e
praticidade, principalmente em sua atuação como jornalista, que é fundamentada
unicamente na ciência e na concreticidade. As conservas culturais, que atravessam o
personagem, reprimem a verdadeira identidade do EU e limitam comportamentos de
autenticidade para comportamentos socialmente padronizados.
11

Sendo assim, esses comportamentos de Phil o prendem no espaço-tempo, e ele é


forçado a buscar sua legítima identidade para quebrar o ciclo de dias repetidos, que
potencializa transformações, mudanças de perspectivas e um novo manejo de relacionar-
se. Ao olhar para si, o protagonista se depara com múltiplas possibilidades, inclusive, o
resgaste de elementos como a pessoalidade, espontaneidade, naturalidade e sinceridade,
que, quando devidamente estimulados, podem ser extremamente positivos no
desenvolvimento da autonomia, no desejo de explorar novos conhecimentos, no
aprimoramento de relações interpessoais e na capacidade de enxergar efetivamente a si, o
outro e o mundo.
Moreno, criador do Psicodrama, afirma que todo ser humano é um gênio em
potencial, um agente espontâneo. Em sua citação: “A espontaneidade é um estado de
prontidão do sujeito para responder mais rapidamente quando lhe for solicitado. É uma
condição — um ajustamento — do sujeito, uma preparação dele para uma ação livre” (1992,
p. 152), é reafirmado a essencialidade de criar, reinventar e retransformar para o sentido da
existência humana, sendo um modo de sobrevivência e de produção.
Por fim, para o Psicodrama e para Levy Moreno, a espontaneidade-criatividade tem
o propósito de ampliar a nossa potência de ação, sendo uma abordagem que oferece
ferramentas para atingir objetivos existenciais em comum, melhores relações interpessoais
e o aprimoramento do autoconhecimento.

3. PRESENÇA DE RELAÇÕES PESSOAIS QUE FAVORECEM OU DIFICULTAM


O PROCESSO DE SAÚDE MENTAL

3.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental

3.2. Técnicas de Exames Psicológicos

3.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental

3.4. Processos Psicológicos Grupais

O processo de evolução e desenvolvimento humano pelo qual passa o protagonista


está diretamente ligado à consciência e grau de envolvimento no que se refere às suas
relações interpessoais e a maneira como ele as desenvolve. Dessa forma, na versão
12

egoísta de Phil, quando este pensava apenas em si mesmo e não possuía um olhar
empático para o outro e suas dores, suas relações grupais e interpessoais eram tóxicas e
superficiais, não gerando benefício algum para ninguém, além de o manter desconfortável e
desconectado do mundo ao seu redor. Tratam-se, portanto, de relações que dificultaram
seu processo de saúde mental, o que acabou por prejudicar todo o seu processo de
desenvolvimento e evolução pessoal.

Em contrapartida, somente a partir do momento em que Phil dedicou uma postura


empática para a vida e o sofrimento das pessoas que compunham o grupo no qual ele
estava obrigatoriamente inserido, suas relações passaram a ser compostas de sentido e
significado, possibilitando uma conexão com o grupo e com o meio, bem como permitindo a
existência de relações positivas e profundas que favoreceram seu processo de cura e
saúde mental, tendo como consequência, por fim, seu processo de autoconhecimento e
renascimento, através de seu desenvolvimento humano e emocional.

Um exemplo claro de como a mudança de postura no que concerne às relações


pessoais pode afetar direta e profundamente a saúde mental do sujeito consiste em sua
relação com Rita, por quem ele nutre um sentimento romântico e desejo de se relacionar.
Enquanto se importava apenas com si mesmo e suas próprias vontades e necessidades,
Phil não encontra a felicidade e Rita, seu objeto de desejo, não o admira, pelo contrário, o
despreza. Somente quando Phil passa a repensar sua própria vida, percebendo-se como
um ser humano falho e vulnerável, passa a enxergar também o outro com compaixão e
compreende que precisa evoluir para conquista o amor de Rita.

De fato, somente quando ele passa por seu processo de autoconhecimento e


renascimento, permeado na compaixão e evoluindo como ser humano, é que ele conquista
o amor de Rita, podendo vivenciar uma relação interpessoal profunda, significativa e
extremamente benéfica para sua saúde mental.

3.5. Temas de Psicologia e Educação

O protagonista conta com Rita, que é a produtora, na qual Phil admira e deseja
conquistá-la. Ela sempre se posiciona em relação a ele dizendo que o acha muito
individualista e recita um poema que acredita o descrever: ~inserir poema~. Ela percebe
quando ele múltiplas vezes a manipula e sempre reage a todas as tentativas, por vezes
dando um tapa na cara dele. É uma personagem que contribui para aproximar Phil do que
13

ele precisa entender, ele está cansado do mundo se mostrar exatamente igual pois ele
mesmo é quem vinha agindo da mesma forma sobre o mundo. A relação estabelecida entre
Phil e Rita o indaga, e exercita a reflexão do protagonista a respeito de si mesmo e suas
atitudes.

3.6. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica Existencial

3.7 Neuropsicomotricidade

3.8 Psicodrama

4. SUGESTÃO DE POSSÍVEIS AÇÕES DIAGNÓSTICAS E INTERVENTIVAS


POSSÍVEIS PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA
DO PROTAGONISTA

4.1. Fundamentos da Clínica Cognitivo Comportamental

4.2. Técnicas de Exames Psicológicos

4.3. Intervenções Psicológicas em Saúde Mental

4.4. Processos Psicológicos Grupais

A fim de promover saúde mental e qualidade de vida para Phil de modo eficaz e que
não demore mais do que o tempo necessário do processo, indica-se a promoção e a
aplicação da técnica de Mindfulness, uma prática meditativa com foco na atenção plena e
no momento presente. Através do Mindfulness, a pessoa desenvolve e atinge um estado de
presença e consciência intencional do corpo e da mente, tornando-se assim, mais ciente de
suas emoções, sensações e pensamentos no momento presente.

Dessa forma, através da prática do Mindfulness, Phil pode focar no momento


presente e, consequentemente, em seu processo de autoconhecimento, o que lhe
possibilita a percepção da vulnerabilidade e falibilidade humanas. Tal prática permite,
assim, contato direto e profundo com suas emoções e sentimentos, desenvolvendo e
14

aprimorando especificamente a empatia, essencial para sua evolução e desenvolvimento


pessoais. Isto porque possibilita a mudança de comportamentos nocivos e prejudiciais, ao
mesmo tempo em que permite e promove o estabelecimento de relações interpessoais
positivas, profundas e significativas, peças fundamentais para uma saúde mental adequada
e uma boa qualidade de vida.

4.5. Temas de Psicologia e Educação

4.6. Fundamentos da Psicoterapia Fenomenológica Existencial

4.7 Neuropsicomotricidade

4.8 Psicodrama

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bruhn, M. M., Boscolo, K. O., Barboza, R. P., & Cruz, L. R. (2019). Psicologia, palhaçaria e
psicodrama: Construção coletiva de aprendizados e intervenções. Revista Brasileira de
Psicodrama, 27(1), 65-74. https://dx.doi. org/10.15329/0104-5393.20190007

COUTO, Luiza Vieira e CHAVES, Wilson Camilo. O trauma sexual e a angústia de


castração: percurso freudiano à luz das contribuições de Lacan. Psicol. clin. [online]. 2009,
vol.21, n.1, pp. 59-72

ROSSI, Maria de Lourdes Terribile; MELLO, Magda Medianeira de. Reflexões sobre o
narcisismo normal e patológico. In: III Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG, I Salão
de Extensão & I Mostra Científica, 2015.

Você também pode gostar