Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
com
Quetzaltenango)"
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
Quetzaltenango)"
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
POR
ALEJANDRA BEATRIZ COLOP VELASQUEZ
ANTES DA CONFERÊNCIA
Antes de tudo, quero agradecer a Deus, não só pela vida e pelas coisas boas que me dá todos os
dias, mas também por cada dificuldade que me ajudou a superar, cada tropeço ou queda que me
faz perceber minhas habilidades e dons. que ele me confiou e por me mostrar que tudo o que eu
planejo pode ser obtido desde que eu coloque minha confiança e fé nele.
Aos meus pais Jesús Edmundo e Edna Beatriz, pelo amor incondicional e pelo esforço que fazem para
me proporcionar o apoio financeiro necessário para concluir com sucesso esta etapa da minha vida.
Ao meu irmão Jesús Alberto por estar sempre ao meu lado, me encorajando e confiando que
posso fazer tudo o que me proponho e minhas irmãs Edna Luisa, Joseline Karina e María
Por último, mas não menos importante, aos formandos que, com toda a sua dedicação, me
Dedico o fruto deste trabalho a Deus, meu criador e salvador, que me dá a força e a sabedoria
necessárias para superar todas as dificuldades e assim alcançar todos os objetivos a que me
propus. Pois sem ele não teria minha família, que me apoia incondicionalmente, amigos,
professores, colegas e cada uma das pessoas que motivam meu crescimento e desenvolvimento
como pessoa.
Índice
P.
YO. INTRODUÇÃO……………………………………………………………. 1
1.1. Terapia Racional Emotivo-Comportamental………………………………………….. 7
1.1.1. Definição……………………………………………………………………… 7
1.1.2. Origens da terapia racional emotiva-comportamental 7
1.1.3. Princípios da Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT) 9
1.1.4. Lógica do esquema ABC……………………………………………………… 9
1.1.5. Técnicas centradas no esquema ABC…………………………………….. 10
1.1.6. Crenças racionais e irracionais e terapia racional emotiva-comportamental… 12
1.1.7. A imaginação racional emocional-comportamental…………………………………. 14
1.1.8. Autoanálise racional……………………………………………………… quinze
III. MÉTODO……………………………………………………………………... 28
3.1. Assuntos…………………………………………………………………………. 28
3.2. Instrumento…………………………………………………………………….. 28
3.3. Procedimento………………………………………………………………….. 29
3.4. Tipo de pesquisa, desenho e metodologia estatística………………………… 30
Portanto, pode-se dizer que entre as experiências de vida das mulheres guatemaltecas,
como em várias partes do mundo, está a violência doméstica, um fenômeno que não
distingue status social ou cultural. Costuma causar à vítima diversas consequências
físicas e psicológicas devido ao longo processo de submissão e coerção em que vive, a
principal característica deste tipo de violência é que ocorre dentro de casa e é
perpetrada por um familiar ou companheiro , envolve todos os membros mas com
maior intensidade a mulher.
As mulheres tendem a ser mais propensas a sofrer qualquer tipo de violência por parte do parceiro,
devido às construções culturais e sociais, bem como aos padrões familiares em que foram criadas. A
pressão social limita as ações da vítima no processo de acabar com o ciclo da violência, a cultura
ensina a mulher a ser submissa e abnegada perante o companheiro, e na família o padrão de violência
As consequências geradas pela violência nas mulheres são várias, mas como os homens
costumam utilizar recursos psicológicos através da coerção e submissão onde os
pensamentos, emoções e sentimentos são afetados, gera-se um desequilíbrio psíquico que
origina ideias irracionais sobre a responsabilidade pela agressão recebida, bem como a
vivência de culpa da vítima que acredita ser a responsável por provocar os ciclos violentos
que prejudicam sua integridade como pessoa, mulher, mãe e esposa.
1
O sentimento de culpa é considerado um estado emocional doloroso, cujo conteúdo mental
é a sensação de ter agido mal perante os padrões éticos, mas no momento de perder a
objetividade diante das circunstâncias vivenciadas, torna-se um sentimento irreal e
infundado, que é causado pelo dano à pessoa que o experimenta; então a vítima tende a
vivenciar repetidamente a culpa como o fardo das más ações não cometidas por ela, mas
pelo agressor, que desempenha um papel importante na distorção da realidade porque
reforça ideias de inferioridade por meio do abuso psicológico.
blogspot da Terapia racional emotiva em outubro, afirma que o REBT se baseia na premissa de
que "não são os acontecimentos que perturbam, mas a maneira como são interpretado"; e faz
2
referência ao ABC das emoções onde A é o evento ativador (é qualquer obstáculo,
frustração ou evento), B as crenças irracionais (corresponde àqueles pensamentos que
se tem e causam alterações emocionais) e C a consequência emocional e
comportamental (são emoções insalubres e comportamentos destrutivos e
autodestrutivos), portanto o objetivo inicial da técnica é ajudar as pessoas a alcançar
pensamentos mais racionais e construtivos sobre os eventos através de um método
chamado disputa de pensamentos irracionais que parte do método científico ou análise
racional socrática.
Sorribes, Lega, Calvo e Trujillo (2013) na pesquisa intitulada Baixa tolerância à frustração
e perfeccionismo em problemas sexuais e de relacionamento, publicada no blogspot da
Associação Espanhola de Terapia Racional Emotiva Comportamental em julho, explicam
que segundo REBT, a perturbação comportamental depende em grande parte da
manutenção de crenças irracionais. O objetivo foi explorar as relações entre os
diferentes tipos de crenças irracionais, problemas sexuais e de relacionamento, para os
quais 146 pacientes de um centro de psicologia e sexologia no nordeste da Espanha
com diferentes diagnósticos clínicos, de acordo com os resultados, existe uma
3
presença significativa de maior perfeccionismo em pessoas com problemas de relacionamento
do que naquelas com transtornos de ansiedade generalizada, bem como baixa tolerância à
frustração.
4
II: Emoções e estratégias de violência, publicado na revista da Associação Espanhola
de Neuropsiquiatria Vol. 15, Nº 96 de outubro/dezembro, expõe os resultados do
estudo realizado em 9 grupos de discussão formados por mulheres maltratadas,
que destaca o papel desempenhado pelas emoções (medo, amor, culpa, vergonha e
solidão) geradas na mulher que foi submetida a um processo de persuasão,
juntamente com as estratégias de controle exercidas pelo agressor, que
determinam que prolongue ou não abandone o situação de abuso em que se vive.
Em relação ao sentimento de culpa causado pela situação vivida, sugere-se a
seguinte hipótese: A culpa em suas diferentes manifestações é ativamente
mobilizada e gerada pelo agressor e pelo processo de abuso. alguns autores,
5
A violência intrafamiliar em mulheres ocorre independentemente da idade, condição social, estado
civil, padrões parentais, religião, nível de escolaridade, sendo que pouquíssimas vítimas denunciam
legalmente seus problemas; Recomenda-se que seria preciso que a sociedade guatemalteca fosse
instruída a modificar os padrões culturais adquiridos que foram ensinados e, portanto, praticados por
anos, para que a mulher ou o homem tenha um relacionamento saudável com seu cônjuge.
San Martin (2014) no artigo intitulado A Redução da Indenização pela Culpa da Vítima/
Reflexões à Luz da Análise de Algumas Fontes Romanas, que aparece na Revista de
Direito Privado nº 27, de julho/dezembro, expõe os critérios que deve ser utilizado para
efetivar a redução da indenização em caso de culpa concorrente da vítima, bem como
uma análise do significado e alcance da chamada reparação de faltas no direito romano
e sua superação pela obra de Christian Wolff, o A obra mostra que, ao contrário do que
geralmente se ensina, os juristas romanos contemplavam a possibilidade de repartição
do dano entre a vítima e o povo, pelo que
6
Eles cuidaram de identificar critérios objetivos que permitissem uma conexão entre o comportamento da
1.1.1. Definição
Ellis (como citado em Hernández, 2007) define a terapia racional emotiva-comportamental (REBT)
como o esquema ou forma de raciocínio que tem controle sobre pensamentos, ações e
Windy e Ellis (como citado em Gerril e Zimbardo, 2005) definem a terapia comportamental
indesejáveis.
Oblitas (2008) explica que diferentes correntes psicológicas foram desenvolvidas ao longo dos
séculos, uma delas é a teoria cognitiva apresentada por Aaron Beck, que é um conjunto
7
de processos ativos-diretivos, estruturados e limitados no tempo, que ganharam popularidade como a
orientação psicoterapêutica com maior evidência empírica e experimental devido à sua capacidade de
pressuposto teórico de que a resposta emocional e o comportamento das pessoas são determinados
Além disso, em 1955, Albert Ellis formulou uma nova forma de psicoterapia baseada na terapia
cognitiva de Beck, denominada Terapia Racional Emotiva (RET). Fica estabelecido que o início
surge da vida pessoal de Ellis devido aos seus problemas físicos e de personalidade, portanto, ele
Por fim, o TRE é elaborado com base na ideia de que o comportamento é regulado pelo sistema
de crenças de cada indivíduo, bem como pela forma como se dá a interpretação de situações
objetivas, com o objetivo primordial de promover uma terapia para modificação de cognições
Em 1955 foi chamada de terapia racional, depois terapia emotiva racional e finalmente em 1994
com base em seu aprendizado, postula três aspectos básicos: primeiro, as pessoas podem
controlar em grande medida seu destino, segundo, são mais felizes quando têm objetivos e
fazem esforços racionais para alcançá-los e, terceiro, você vive melhor internalizando a si mesmo.
8
1.1.3. Princípios da Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT)
Toda terapia atual ou psicológica centra sua finalidade com base em princípios que sustentam e
moldam as ideias de quem postula uma técnica psicoterapêutica. Ellis estabelece seis princípios
que são:
- Porque você sente com base no que pensa, para acabar com um problema emocional
você tem que começar com uma análise de seus pensamentos.
- Embora as crenças possam ser mudadas, essa mudança não necessariamente acontecerá
facilmente.
Assim, os princípios REBT estabelecem que os comportamentos das pessoas estão intimamente
causaram tal ação não estejam mais presentes. Desta forma, ele concentra sua atenção nos fatores
atuais que são responsáveis por esse desconforto perdurar ao longo do tempo.
9
Tabela nº 1
ABC da Terapia Racional Emotiva Comportamental
PARA B. C.
eventos crenças e pensamentos consequências emocionais
A terapia cognitiva foi desenvolvida para modificar os processos de pensamento que estão
na base do sofrimento psicológico, afirma que a origem do desconforto não é pensar como
tal, mas sim devido a crenças irracionais. De acordo com o esquema formulado, o processo
terapêutico continua com as letras D e E, concedendo a D o processo de disputa racional
para conduzir à reestruturação de novas crenças e E então representa os efeitos do processo
de mudança cognitiva na vida experiências, conforme estabelecido por Ellis e Grieger
(conforme citado em Fernández, 2012).
10
As técnicas utilizadas pela terapia racional emotiva-comportamental de Ellis (conforme citado em
Oblitas, 2008) são de natureza cognitiva, com o passar do tempo o elemento comportamental é
considerado dentro das diretrizes de trabalho, entre as técnicas cognitivas destacam-se as seguintes:
- O debate filosófico: é o principal método utilizado pelo REBT para substituir uma ideia
irracional. Consiste na adoção do método científico para a vida cotidiana. O processo inicial é
que assuma a responsabilidade, aceite, procure e reconheça as fontes filosóficas dos seus
sintomas.
- Debater crenças irracionais: consiste em questionar e desafiar a validade das crenças ou hipóteses
que a pessoa tem sobre si mesma, sobre os outros e sobre o mundo. Seu objetivo é atingir um
- Método socrático: caracteriza-se por utilizar uma série de questões sistemáticas que
servem de guia para o raciocínio indutivo de cada sessão, cujo objetivo é cuidar e cultivar
as habilidades de pensamento conceitual e abstrato da pessoa.
onze
- Reestruturação Racional Sistemática: É uma técnica que visa dotar a pessoa de
habilidades de enfrentamento, bem como uma mudança de perspectiva dos aspectos
problemáticos que surgem na vida, para que ela possa funcionar como seu próprio
terapeuta.
uso da dialética) para com o paciente, a fim de conseguir a detecção de situações ativadoras (A ),
Crenças racionais segundo Isabel (2007) são aquelas que favorecem e ajudam a pessoa a se
sentir bem ou satisfeita consigo mesma, mesmo que isso resulte em uma emoção desagradável,
como a tristeza gerada por alguma perda que é considerada uma consequência objetiva ou
lógica.
Muñoz (2005) lista uma série de características sobre crenças racionais e irracionais para
fazer uma distinção entre as duas:
12
Tabela nº 2
Características das ideias racionais e irracionais
racional irracional
- É lógico e coerente. É empiricamente - Não é lógico (pode começar com uma
- Crenças racionais são adaptadas à realidade social ou pelo menos reconhecem fatos e
normas.
13
Lega, Caballo e Ellis (como citado em Riso, 2006) sugerem as características das crenças
irracionais, que são:
É uma técnica inicialmente criada por Maultsby em 1971 (conforme citado em Isabel,
2007) posteriormente utilizada pelo REBT como uma de suas principais técnicas de
intervenção psicoterapêutica. O principal objetivo é dotar o indivíduo de um método
de treino que facilite a passagem das emoções negativas (C) para emoções mais
adequadas em relação a situações ativadoras (A) que são geralmente os
determinantes dos distúrbios psicológicos na pessoa.
Ellis em 1981 (citado em Isabel, 2007) estabelece uma versão da técnica através da
seguinte rotina de intervenção:
- A pessoa é convidada a relaxar.
- Uma vez relaxada, a pessoa é convidada a imaginar vividamente, com o máximo de detalhes
- Em seguida, eles são questionados sobre as emoções negativas inadequadas que estão experimentando e
14
Por meio dessas etapas estabelecidas por Ellis, a autoinstrução é alcançada, concentra-se no
funcionamento do cérebro como uma câmera que armazena todas as experiências da
pessoa, que no processo não vê e não reage ao que está diante de seus olhos. .; pelo
contrário, preste atenção à imagem que é reproduzida no neocórtex, conforme explica
Oblitas (2008). Deve-se notar que é uma técnica de treinamento eficaz e um exercício de
retreinamento do cérebro.
Para isso, existem outros elementos ou ferramentas úteis dentro desta técnica na
modificação de imagens que são descritos por Beck e Emery (como citado em Isabel, 2007):
- Projeção temporal: pretende-se que a pessoa alcance uma certa objetividade ao colocar as
quinze
componentes cognitivos, emocionais e físicos dos problemas pessoais, bem como as
mudanças racionais que devem ser feitas.
O objetivo desta técnica é fazer com que a pessoa descreva o evento ativador (A) e depois
liste cada um deles e verifique se ela tem uma atitude positiva, negativa ou neutra em
relação às consequências (C) de suas ideias (B). A seção (C) é dividida em dois momentos,
emoções e ações; Em seguida, as cinco questões racionais são descritas na frente de (C), as
novas emoções e ações que eles desejam ter em eventos futuros são escritas em (E) e em
(Da) a verificação de (A) é estabelecida para finalmente substituir as idéias (B) irracionais por
idéias racionais na seção (Db).
problemas pessoais de todos os tipos: vícios, abuso de substâncias, raiva, raiva, culpa,
1.2.1. Definição
Reidl e Jurado (2007) definem culpa como o termo que denota um estado emocional
doloroso, cujo conteúdo mental é o sentimento de ter agido mal à luz de padrões
éticos, sejam eles sociais ou pessoais.
Lewis (citado em Reidl & Jurado, 2007) define a culpa como a emoção primariamente
relacionada com um comportamento particular, separada do eu (controle), sem
16
No entanto, o sentimento pode ser muito doloroso porque envolve uma sensação de tensão
e remorso pelo que foi feito de errado.
outras pessoas, que ensinam a ser culpadas por não fazer o que é devido, então a origem da
culpa é de natureza social de acordo com Castilla del Pino (como citado em Miralles, 2013) que
Segarra (2011) explica que a culpa é um fenômeno da experiência pessoal como consequência de
alguma ação que viola um princípio norteador que se origina de onde a pessoa mora ou vive, ou seja,
Então a culpa é uma forma de práxis com a qualidade de poder estimar fazer o que se sabe
errado ou foi feito e retrospectivamente considerar a inaceitabilidade de tal ação e tomar
medidas corretivas diante dela, é preciso levar em conta que tudo o que chama-se como o
mal tende a variar de uma cultura para outra, assim como a vivência da culpa é a consciência
do sentimento que acompanha o ato que transgride as normas éticas, que pode ser
arrependimento ou pesar.
Sentir-se culpado é uma forma específica de saber que uma regra foi transgredida, mas
quem sente mágoa, angústia e responsabilidade pelos fatos, além de identificar o
sentimento, também o expressa diretamente ao aceitar as consequências de ter feito
algo errado ou indiretamente ao tentando fugir dos efeitos das ações.
17
efeitos contraproducentes do mesmo, o que gera uma falha no pensamento devido a ser
submetido a fortes pressões mentais.
As construções sociais do gênero das pessoas segundo Dattner (2014) impactam a forma
como a culpa é reconhecida, a forma como se reage à culpa recebida e não recebida, o
autorreconhecimento e quanto crédito é recebido dos outros.
Os estereótipos de gênero ainda estão presentes nas diversas áreas em que as pessoas se
são discriminadas por atribuir-lhes funções de nível inferior ao dos homens, o que tende a gerar
18
A sociedade atual estabelece um duplo papel para a mulher que é trabalhar e ser dona de casa ao
mesmo tempo, portanto, ela não consegue atender todas as demandas que lhe são apresentadas,
tanto da família quanto do local onde ela vive. obras, o que gera neles um sentimento de culpa
duradouro ao longo do tempo. Mas esse sentimento não se limita a essas duas áreas, geralmente a
fêmea é ensinada a arcar com as responsabilidades dos atos alheios (família, companheiro ou colegas)
Em alguns casos, em casa, é ela quem costuma arcar com tudo, inclusive com os danos que lhe
podem ser causados, pois é vítima constante de subjugação psicológica, como no caso da
violência doméstica, é ela quem arca o pior, devido a essa tendência a se sentir culpada pelo que
acontece em seu ambiente, pois o homem constantemente reforça as crenças irrealistas de ser o
19
Fríes e Hurtado (2010) explicam que a violência contra a mulher passou de uma prática
socialmente aceita a uma grave violação dos direitos humanos. Segundo estudos realizados na
América Latina e Caribe, esse tipo de agressão contra a mulher ocorre mais no âmbito doméstico
Ramos e Luzón (2008) explicam que a mulher vítima de repetidas agressões e submetida a uma
situação de violência sofre continuamente uma série de lesões psicológicas que reduzem sua
capacidade de interpretar o que está acontecendo com ela e sua capacidade de resposta, o que a
leva para interpretar a realidade que vive sob o padrão estabelecido pelo agressor. Isso leva a
uma dissociação da realidade em que o abuso é visto como normal e a culpa recai sobre ela
mesma.
A mulher está dissociada da realidade e acredita firmemente que é a responsável pelos atos
de violência contra ela, isso gera um sentimento de culpa por não ser capaz de atribuir a
responsabilidade ao autor do ato de agressão a que é constantemente submetida. Esse
sentimento se origina principalmente da agressão psicológica por parte do agressor, que dá
origem a ideias irracionais que limitam o fim do ciclo de violência.
agressor, cria um vínculo sentimental que reflete a situação vivenciada como percebida
vinte
isso é considerado uma consequência psicológica derivada do abuso, por isso a
compensação da mulher abusada é de interesse para o plano de tratamento.
A vítima então experimenta repetidamente a culpa como um fardo de más ações não
realizadas por ela, mas pelo agressor, que desempenha um papel importante na distorção
da realidade. Por ser por meio da coerção e da submissão que o agressor consegue manter
a companheira vitimada por muito tempo, ele reforça nela as ideias de inferioridade por
meio do abuso psicológico.
A culpa gerada pela constante submissão e coerção quebra o senso de realidade e na forma
como a situação é percebida, faz com que a vítima se sinta responsável pelos atos cometidos
contra sua integridade. Assim, esse sentimento de culpa é considerado pela psicologia como
uma ideia ou crença irracional como consequência da falha no processo de discernimento
dos fatos que são meramente cognitivos.
vinte e um
- Fatores familiares: a história familiar é um fator de risco tanto para a vítima quanto
para o agressor, pois os padrões de relação com o gênero são aprendidos. É aqui
que residem e continuam historicamente os ciclos de violência.
- Personalidade e estilo relacional: são as características da vítima e do agressor que
Azcárate (2010) consideram que a terapia cognitiva é conveniente para trabalhar as diferentes
crenças irracionais que são consequência da violência, para conseguir uma mudança nas
Assim, para gerir as crenças irracionais que são geradas pelas experiências de vida
ao longo do desenvolvimento de cada pessoa, é necessário ter em conta
22
consideração vários fatores como cultura, sociedade, família e personalidade como tal,
para melhor reconhecer todos aqueles pensamentos disfuncionais que causam
desequilíbrio a nível psicológico.
De acordo com as teorias cognitivas apresentadas por Beck e Ellis, os pensamentos são a fonte
das disfunções de uma pessoa, portanto, quando se fala em consequências para ações
cometidas em nível social ou pessoal, acredita-se que é importante distinguir entre um real ou
irreal sentimento de culpa fazer com que o indivíduo, no caso, a vítima perceba o prejuízo
cognitivo/emocional a que foi submetida e assim encerrar o ciclo da violência. Tudo isso por meio
23
II. EXPOSIÇÃO DO PROBLEMA
A violência contra a mulher é um fenômeno sociocultural universal que não se limita ao nível
socioeconômico e gera diversas consequências físicas e psicológicas para a vítima. É um
padrão de comportamento presente em homens e mulheres que são ensinados a serem
violentos e submissos. A agressão dirigida ao gênero feminino é aceita devido aos papéis
estabelecidos socioculturalmente para cada gênero, sendo atribuído ao homem um nível de
poder sobre a mulher, que é considerada vulnerável a qualquer disputa de poder e tomada
de decisão.
A condição de ser mulher e as diferenças de gênero determinam como agir diante das situações
que vivenciam ao longo da vida. Sendo a violência intrafamiliar uma situação em que as
mulheres estão mais vulneráveis a consequências psicológicas como a culpa, que é considerada
uma emoção que regula o comportamento humano diante de ações que atentam contra a
integridade alheia. O sentimento de culpa nem sempre tem sua origem em atos cometidos pela
pessoa, mas sim em ideias irracionais causadas por danos aos quais ela foi submetida.
Esse tipo de culpa irracional é gerado porque o agressor é uma parte importante da vida da
vítima. Ser familiar ou companheira cria nela a ideia de ser a causadora do abuso cometido
contra sua pessoa, portanto, tanto o agressor quanto a sociedade determinam os papéis
24
Quetzaltenango, a segunda cidade mais importante da Guatemala, também sofre abusos
diários contra a integridade da mulher, situação que desperta interesse em diversas
instâncias como a jurídica, voltada para a punição do agressor; na área da saúde em relação
aos danos físicos, e no nível da educação, o conhecimento dos direitos e providências que
são tomadas caso alguém sofra algum tipo de violência; Mas, quem foca a atenção no
processo de compensação psicológica da vítima?
2.1. Metas
2.2. Hipótese
h1.Implementar terapia racional emotivo-comportamental em mulheres vítimas de violência
doméstica onde tem impacto positivo no tratamento de sentimentos de culpa.
h0.Implementar terapia emocional-comportamental racional em mulheres vítimas de violência
25
23. variáveis de estudo Terapia
Racional Emotivo-
Comportamental Culpa
Lewis (citado em Reidl & Jurado, 2007) define a culpa como uma emoção relacionada
principalmente com um determinado comportamento, como algo separado de si mesmo
(controle), no entanto, o sentimento pode ser muito doloroso, envolve uma sensação de
tensão e remorso sobre o que foi feito errado. Esse sentimento também é conhecido como
estado emocional doloroso, cujo conteúdo mental é a sensação de ter feito algo errado
diante de padrões éticos no nível pessoal ou social.
26
(SC-35) de Zabalegui Rodríguez, que a define como uma escala que mede a variável
atitudinal do sujeito que sente culpa, a tendência a ter sentimentos de culpa como
traços de personalidade, a aplicação pode ser individual ou coletiva.
2.6. Entrada
- A Guatemala se beneficiará porque, sendo um país culturalmente machista, precisa de
contribuições desse tipo que façam com que sua população entenda as repercussões que essa
mulheres.
27
III. MÉTODO
3.1. assuntos
O estudo foi realizado com um grupo de mulheres com idade entre 20 e 65 anos, que
sofreram violência intrafamiliar, pertencentes a classe social baixa, média e média-alta e que
ingressaram com ações nas diversas instâncias da justiça e se dirigiram a psicoterapia ao
Centro de Psicologia Landivariana da Universidade Rafael Landívar da capital departamental
de Quetzaltenango. O universo foi estabelecido através do registo dos casos acolhidos na
instituição, tendo sido utilizado o universo completo constituído por 30 mulheres, as quais
foram avaliadas e assim extraiu-se a amostra de 15 mulheres que pontuaram nos níveis
mais elevados.
3.2. instrumentos
-Escala para medir o sentimento de culpa SC-35
Foi utilizada a escala SC-35 adaptada para o espanhol, criada por Luis Zabalegui em 1993, possui
duas partes, a primeira foi através da revisão histórica das abordagens psicológicas que tratam a
culpa como um sentimento; A segunda parte apresenta a construção da escala a medir, não a
culpa ou o sentimento de culpa, mas apenas como variável atitudinal do sujeito que sente culpa,
a propensão ou tendência para ter sentimentos de culpa, como traço de personalidade que
permite diferenciar alguns indivíduos de outros pela sua intensidade e pela forma como se
culpabilizam.
Cada item expressa algo que, no seu caso, pode ser: TF: Totalmente Falso ou simplesmente Falso, MBF:
Bastante Falso, ou seja, mais falso do que verdadeiro, MBV: Bastante Verdadeiro, ou seja, mais verdadeiro
A forma de qualificação é atribuir pontos a cada item da seguinte forma: TF = 1 ponto MBF =
2 pontos MBV = 4 pontos TV = 5 pontos. Os itens negativos (1 e 31) recebem pontuação
inversa: TF = 5 pontos MBF = 4 pontos MBV = 2 pontos TV = 1 ponto. Um item não
respondido ou respondido incorretamente (por exemplo, marque duas respostas) recebe 3
28
pontos, por fim a soma de todos os pontos obtidos nos 35 itens é o escore total.
- De 100 a 120: Esta é uma pessoa que claramente tende a se culpar mais do que o
normal.
-Dos 70 aos 90: A pessoa sofre de sentimentos de culpa como a maioria. (não um pouco / não muito).
- Dos 40 aos 60 anos: muito pouca tendência a sentir-se culpado. Pessoa calma e segura
de si que consegue dormir sem perturbações.
- Menos de 40: Pessoa que não é nada afetada por sentimentos de culpa, muito relaxada e
- Menos de 20: Eu seria uma pessoa excessivamente fria, insensível, rude, que passa por tudo e para
A escala SC-35 mede exclusivamente a tendência pessoal a sentir-se culpado, como uma característica
atitudinal da pessoa, neste sentido é creditada como um instrumento confiável para medir esta tendência
3.3. Procedimento
- Seleção do tema de pesquisa e realização de três resumos. Entrega de
- Aprovação de um dos resumos de acordo com critérios estabelecidos pelo corpo docente.
29
- Escrever a introdução, tendo em conta as instruções estabelecidas pelo guia para a
realização do trabalho de graduação.
utilizados.
Segundo Zapata (2005), uma vez que surge o problema a ser investigado, a hipótese é formulada, as
variáveis são reconhecidas e sabe-se como vão ser controladas, deve-se escolher o desenho
adequado para trabalhar, para o que é necessário conhecer o tamanho da amostra ou população e o
tipo de amostragem a ser utilizada; Relativamente à presente investigação sobre a relação entre a
experimental o mais adequado, que segundo León e Montero (2011) é o contraste de uma relação
causa-efeito de uma problema, que não permite estabelecer a priori os controlos mínimos, mas pela
forma de aplicação é muito útil na avaliação de programas de intervenção psicológica, para melhorar
30
A metodologia a ser usada neste projeto de pesquisa é a seguinte:
Significado da média para amostras comparadas
- √
31
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados obtidos pela aplicação da Escala SC-35, que mede a
tendência a experimentar sentimentos de culpa como traço de personalidade, em mulheres
vítimas de violência doméstica, que frequentam psicoterapia no Centro Landívarian de
Psicologia da Universidade Rafael Landívar de a capital do departamento de
Quetzaltenango. O teste foi aplicado a um grupo de 30 mulheres, de onde foi extraída a
amostra representativa de 15 mulheres que apresentam os níveis mais altos avaliados pelo
teste, posteriormente foi aplicado um tratamento focado nas técnicas e considerações
estruturais da Terapia Racional Emotiva. (TREC), para por fim verificar se a intervenção tem
impacto no sentimento de culpa.
TABELA Nº 1
32
A tabela acima mostra a tendência e frequência com que o sentimento de culpa ocorre
nos diferentes níveis avaliados pela Escala SC-35, antes de extrair as mulheres que
foram objeto do estudo para a intervenção psicoterapêutica; Com os dados anteriores
ainda não é possível determinar estatisticamente a significância do resultado. As tabelas
a seguir representam os valores obtidos no trabalho de campo.
GRÁFICO Nº 1
gráfico em porcentagens
0%
10%
MENOS DE 20
13% 3. 4% MENOS DE 40
40 a 60
70 a 90
10%
100 a 120
MAIS DE 120
10%
MAIS DE 140
23%
No gráfico acima é possível analisar os percentuais obtidos para cada nível de tendência à
culpa, 34% das mulheres avaliadas pontuam entre as pessoas que não são afetadas pelo
sentimento de culpa, enquanto os níveis em que o sentimento de culpa de culpa já é
considerado como um traço de vulnerabilidade na pessoa perante as experiências de vida,
da categoria que aponta dos 40 aos 60 anos, demonstra-se uma tendência de 23%, a
experimentar sentimentos de culpa como a maioria das pessoas, de Nesta categoria, as
mulheres com escores variando entre 64 e 70 foram considerados como parte do
tratamento a ser aplicado.
33
Níveis a partir de 70 pontos representam uma frequência de 10% a 13% entre as
mulheres avaliadas. Essas categorias são consideradas de maior risco e, portanto,
qualificam-se para serem submetidas ao tratamento.
TABELA Nº 2
Resultados gerais da tendência a experimentar sentimentos de culpa.
(PRÉ-TESTE E PÓS-TESTE)
1. 64 41
2. 77 41
3. 77 43
4. 98 52
5. 104 51
6. 108 74
7. 112 66
8. 120 66
9. 122 68
10. 135 64
onze. 137 61
12. 138 64
13. 147 67
14. 147 80
quinze. 150 79
assuntos totais quinze quinze
3. 4
maior que o nível de confiança estabelecido de 2,58 e, portanto, rejeita-se a hipótese nula e aceita-se a
GRÁFICO Nº 2
(PRÉ-TESTE e PÓS-TESTE)
Gráfico de resultados
160
140
120
100
80 PRÉ-TESTE
PÓS-TESTE
60
40
vinte
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
No gráfico acima é possível analisar e observar uma evidente diferença nas pontuações
obtidas antes e após o tratamento aplicado, o que analogamente indica uma diferença
estatisticamente significativa nas médias obtidas.
35
TABELA Nº 3
Amostras comparadas
Diferença de 55
meias
significado 6,99 > 2,58
pré-teste e pós-teste do grupo de sujeitos do estudo, fica evidente uma diminuição na média de
55 pontos, o que reflete uma significância da média das amostras comparadas de 6,99 maior que
confiabilidade adequado.
36
V. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O objetivo desta pesquisa foi avaliar e tratar o sentimento de culpa na mulher vítima
de violência doméstica. Acima de tudo, pretendeu-se examinar o nível de
intensidade da culpa vivenciada pelas mulheres, bem como saber como a Terapia
Racional Emotivo-Comportamental (REBT) a afeta, para a qual foram utilizadas as
diferentes técnicas estruturalmente estabelecidas por este estudo. modelo, como
auto-análise racional, imaginação racional-emotiva e diálogo socrático ou disputa de
idéias irracionais. Além disso, foram identificados aqueles fatores associados à
situação de vida, que limitam a pessoa a sair do ciclo da violência. As principais
conclusões deste estudo são discutidas a seguir.
Dos resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se deduzir que a exposição a eventos
como a violência, independentemente do tipo, em algum momento da vida das
mulheres estudadas, causa-lhes uma carga emocional e psicológica associada à crença
irracional de ser culpado das agressões repetidamente recebidas contra sua pessoa.
Como também é evidente que fatores culturais e familiares determinam a manutenção
da situação, até que vejam em risco a vida de seus entes queridos e a sua própria.
Por outro lado, para manter o ciclo da violência, o agressor recorre principalmente à violência
psicológica, que segundo Escudero, Polo, López e Aguilar (2005) no artigo intitulado La
37
persuasão coercitiva, modelo explicativo da manutenção de mulheres em situação de
violência de gênero. II: Emoções e estratégias de violência expõem que a mulher que passou
por um processo de persuasão, juntamente com as estratégias de controle exercidas pelo
agressor, gera sentimentos e emoções como culpa, medo, vergonha e solidão, que
determinam que a situação de o abuso a que é submetida seja prolongado ou abandonado.
Assim, ao reconhecer o papel desempenhado tanto pelo agressor como pelas emoções geradas
irracionais relacionadas à violência vivenciada, leva a pessoa a tomar a decisão de acabar com o
ciclo da violência.
Embora a psicoterapia como tal seja de grande benefício para as pessoas que decidem
receber apoio a nível psicológico, é mais para quem vive situações que mudam a forma
como interpretam as suas vidas e o mundo que as rodeia, por isso Echauri e Az cárate (2010)
consideram que a terapia cognitiva é a mais adequada para trabalhar com as crenças
irracionais dos indivíduos, mas apenas a terapia racional emotivo-comportamental de Albert
Ellis reconhece a ligação entre pensamentos, emoções, consequências e comportamentos
gerados pelos Equívocos originários de eventos ativadores.
Neste caso, o sentimento de culpa na mulher vítima de violência doméstica tem origem no
processo de coação, persuasão e submissão psicológica exercido pelo agressor, o que gera nela
a ideia irracional de ser a responsável pelos atos de agressão recebidos, Porque de acordo com o
estudo, a frequência com que ele costuma ouvir frases como "Por sua causa, eu reajo assim" ou
"É que se você não me deixasse com raiva, eu não te machucaria"; é muito alta, situação que a
fez duvidar durante o tempo que durou o abuso, se eles foram ou não a causa das reações
38
Mas se atentarmos para a definição que Reidl e Jurado (2007) nos dão em relação ao sentimento
de culpa, segundo eles, trata-se de um termo que denota um estado emocional doloroso, cujo
conteúdo mental é a sensação de ter agido mal à luz dos padrões éticos, sejam eles sociais ou
pessoais, percebemos que as agressões sofridas pelas mulheres no âmbito familiar não
decorrem de atos por elas cometidos, mas sim, são de responsabilidade tanto de quem agrediu
quanto do padrão cultural e família em que se é criado, onde as mulheres são ensinadas
Porém, pelos dados obtidos por meio da escala SC-35, 50% das mulheres avaliadas
necessitaram de intervenção psicoterapêutica, que as ajudou a modificar aquelas
crenças irracionais, que as fizeram manter aquela carga emocional dolorosa em relação
à situação de violência da qual foram vítimas.
Da análise dos resultados deste estudo, pode-se afirmar que a tendência a sentir culpa, após
a violência vivida, varia em pontuações de 64 a 150 em níveis de intensidade que são
representados por 10%, 13% e 23% respectivamente , Em comparação com o estudo
realizado por Coronado e López (2011) na tese intitulada Culpa em mulheres vítimas de
violência doméstica, pode-se dizer que a culpa e a violência ocorrem independentemente da
idade, condição social, estado civil, padrões parentais, religião e escolaridade, pois a relação
entre a vítima e o agressor, na maioria das vezes, é de natureza conjugal ou de parceria.
39
conseguiu identificar as principais crenças irracionais enraizadas em cada uma das mulheres
estudadas.
No entanto, os fatores que favorecem o fim da violência são: denunciar o agressor e obter apoio
na justiça, ter um emprego estável, o apoio dos filhos e da família de origem e receber ajuda de
natureza psicológica, que em alguns casos pode é um fator que aumenta a segurança das
mulheres e nisso o grupo de terapia significou para muitas uma tomada de consciência das
capacidades que tanto elas quanto o resto do grupo possuem, em comparação com o que San
Martín (2014) indica no artigo intitulado A redução de indemnização por culpa da vítima/
Reflexões à luz de algumas fontes romanas; onde explica que dividir o dano entre a vítima e as
40
Assim, o estudo realizado mostra que a terapia racional emotivo-comportamental pode ser aplicada a
pessoas que sofrem ou sofreram em algum momento de suas vidas, atos de violência, que causam
41
SERRA. CONCLUSÕES
- A vivência da violência na mulher determina a forma como ela interpreta o mundo ao seu
redor e consequentemente como ela reage a ele, essa situação costuma gerar padrões que a
limitam a sair do ciclo violento em que vive, mas ao reconhecer as ideias , emoções e
comportamentos que são frequentes nela e lhes der um tratamento adequado, a forma de ver
42
VII. RECOMENDAÇÕES
por meio das técnicas de psicoterapia REBT, a fim de promover o apoio mútuo no
tipos e avaliar os participantes das mesmas, para reconhecer se possuem algum fator de risco para
essas questões.
43
VIII. REFERÊNCIAS
de mulheres que fazem parte da Caimu-Guatemala, que deixaram de viver com seus maridos
e tiveram que se sustentar com suas famílias. (Tese de graduação não publicada).
biblio3.url.edu.gt/Tesis/2012/05/42/Aguilar-Maria.pdf.
Cordova, M. (2014). Só se vive uma vez. Carisma Médio. P. 68. Retirado de:
https://books.google.com.gt/books?id=mGdTBAAAQBAJ&pg=PA68&dq=culpa+real
+ e+unreal&hl=es&sa=X&ei=Zm4EVaDSBMLAgwTlt4TQDw&ved=0CBwQ6AEwA
A#v=onepage&q=culpa%20real%20e%20irreal&f=false
Coronado, A. e López, L. (2011). Culpa em mulheres vítimas de violência doméstica no
Departamento da Guatemala. (Tese de graduação não publicada). Universidade de San
Recuperado de http://biblioteca.usac.edu.gt/tesis/13/13_3478.pdf.
parágrafos.
44
Echauri, J. e Azcárate, J. (2010). Violência contra a mulher no casal. chaves de
análise e intervenção. Madri. Pontifícia Universidade Comillas. pp. 269-271.
Recuperado de:
https://books.google.com.gt/books?
id=3Acs3NnJ9j4C&pg=PA208&dq=violence+against+women+in+partners/
+factors+influencing+guilt+hl=es&sa= X
&ei=GNEEVabgBIaggwTs64P4Bw&ved=0CBwQ6AEwAA#v=
onepage&q=the%20violence%20contra%20the%20women%20in%20the%20couple%2F%20factors%
Echeburua, E.; Corral, P. e Love, P. (2001). Estratégias de enfrentamento contra
sentimentos de culpa. Análise e modificação do comportamento. Vol. 27, No. 116.
Departamento de personalidade, avaliação e tratamentos psicológicos, Faculdade
de Psicologia. Universidade do País Basco. Obtido em http://www.ehu.eus/
echeburua/pdfs/3-estrafronta.pdf.
Escudero, A., Polo, C., López, M. e Aguilar, L. (2005, Outubro/Dezembro). persuasão
modelo coercitivo e explicativo da manutenção da mulher em situação de
violência de gênero. II: Emoções e estratégias de violência. Revista da Associação
Espanhola de Neuropsiquiatria, Vol. 25, No. 96, páginas 59-91. recuperado de
http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S0211-
57352005000400005&script=sci_arttext.
Quatro cinco
&ved=0CC0Q6AEwAzgK#v=onepage&q=la%20violencia%20intrafamiliar%20en%20guatemala&f=true
Garcia, J. (2005). I Jornada de estudo, reflexão e opinião sobre violência. Padilha Editorial
Livros. Universidade de Sevilha, Universidade Internacional da Andaluzia (UNIA). pp.
PA57&dq=factores+que+determinar+la+culpa+en+la+victima+de+violencia&hl=es&
sa=X&ei=T9MEVarWNoG6ggTwpYGACA&ved= 0CDgQ6AEwBQ#v=umapágina&q=f
atores%20que%20determinam%20a%20culpa%20em%20a%20vítima%20de%20violência&f=verdadeiro.
3VOOOK7j7sATn9oDQDg&ved=0CD8Q6AEwBg#v=onepage&q=albert%20ellis%2
0rational%20terapia emocional&f=false
InstitutRet Barcelona (2007). Sentimos como pensamos. Terapia emotiva racional do Blogspot.
Extraído de http://terapiaracionalemotiva.blogspot.com/.
Elizabeth, P. (2007). Não posso mais. Intervenção cognitivo-comportamental frente aos sintomas
+ de+ativando+situações&hl=es&sa=X&ei=tCv5VI7EKIsQTJyoD4Cw&ved=0C
B8QuwUwAA#v=onepage&q=detection%20of%20activating%20situations&f=false
46
Lega, L. (1993). Como aplicar algumas regras básicas do método científico para mudar o
idéias irracionais sobre si mesmo, outras pessoas e a vida em geral. Psicologia
Comportamental, Vol. 1, No. 1 páginas 101-110. recuperado de
http://www.behavioralpsycho.com/PDFespanol/1993/num1/Como%20aplicar%20algu
nas.pdf.
Munoz, A. (2005). Autoterapia: Guia para curar as emoções. México. Crown Publishing
202-220.
47
privado Não. 27. recuperado de
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2534387.
asociaciontrec.blogspot.com/.
Torre, J. (2010). Mulher, mulher e bioética. Espanha madri. Pontifícia Universidade Comillas.
p.102.
Zapata, O. (2005). Ferramentas para a elaboração de teses e pesquisas socioeducativas.
México.EditorialPax.Pp.127-128. Retirado de:https://books.google.com.gt/
books?id=i339_F3C1RIC&pg=PA127&dq=dise%C3%
B1os+de+investigacion+cuantitativa&hl=es19&sa=X&ei=PpVbnKGtaSsQTq8ICABg
&ved=0CCwQ6AEwAQ#v=onepage&q=dise%C3%B1os%20de%20investigacion%2
0quantitative&f=true
48
ANEXOS
APÊNDICE 1
PROPOSTA
Introdução
Há anos que se presta atenção ao trabalho e gestão de situações que provocam uma distorção
no pensamento, atitude e comportamento da pessoa, a fim de compreender porque se
comportam de determinada maneira.
Justificação
Reconhecendo a influência do ambiente em que a pessoa se desenvolve, na forma como
interpreta as suas experiências de vida, na forma como pensa e sente, considera-se
fundamental a realização de um acompanhamento psicoterapêutico adequado para que a
pessoa possa manter um equilíbrio e uma bom funcionamento nas diversas áreas em que atua,
neste caso a mulher que sofreu violência doméstica. No entanto, existe a certeza de que
qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade, condição socioeconômica ou status
intelectual, pode em algum momento de sua vida passar por um evento que produza
sentimentos de culpa. Isso permite que essa proposta seja implementada em qualquer setor da
população considerado vulnerável a essa situação.
49
Por isso, propõe-se a implementação de uma série de oficinas que ajudem a modificar as
construções mentais da pessoa, como prevenção, visando o gerenciamento das ideologias
de gênero estipuladas pela sociedade em que está inserida.
Agendar
promovam um ambiente
cordial.
relação à violência.
3. Processo de Após a aplicação do esquema uma hora e Humanos: participantes
música e outros.
cinquenta
5. Reforço Levar as pessoas a uma hora e Humanos: participantes
Avaliação
- A avaliação será realizada por meio de votação de opinião.
- Aplicação da escala SC-35, para determinar as mudanças que surgiram após sua
primeira aplicação.
51
APÊNDICE 2
Completamente
Completamente
Cidade: _______________________________________ Data: __________________________
VERDADEIRO.
verdadeiro
falso
Falso
Telefone: _________________________
QUESTÕES
1. Preocupo-me com o que as outras pessoas possam pensar do que faço.
2. Quando estou feliz, duvido que mereço.
3. Não mereço ser amado.
4. Quando cometo um erro, por menor que seja, passo muito mal.
5. Quando me acusam injustamente, penso que talvez tenham razão.
6. Eu me sentiria feliz se pudesse, de alguma forma, corrigir o erro que cometi.
7. Ao longo da minha vida cometi muitos erros dos quais me arrependo muito.
8. Quando me dizem que um superior quer falar comigo, sinto-me mal e começo a pensar no
que fiz de errado.
9. Tem coisas do meu passado que não quero nem lembrar.
10. Às vezes fico paralisado ao ver como as pessoas não têm vergonha de agir de alguma
forma, quando me preocupo tanto com o que faço.
11. Não sei porque sexo ainda é algo sujo para mim.
12. Quando tenho que receber cuidados de outras pessoas, sinto-me culpado.
13. Quando perco um amigo penso: "Que erro cometi de novo."
14. Tenho a sensação de "quebrar" tudo o que toco.
15. Quando me revelo como realmente sou, sinto que enganei os outros.
16. Eu ficaria muito envergonhado se tivesse que ir para a cadeia.
17. Há situações que me marcam por muito tempo.
18. Não é estranho que meus amigos me esqueçam.
19. Sou o culpado pelos meus fracassos.
20. Quando percebo que um amigo fala mal de mim, começo a pensar no que lhe fiz.
21. Se eu pudesse me purificar de toda culpa, isso tiraria um peso dos meus ombros.
22. A maior felicidade é se comportar corretamente.
23. Às vezes me sinto culpado por coisas que não fiz.
24. Sinto falta da inocência de quando era criança.
25. Há muitas coisas que as pessoas acham que são certas, mas eu não as vejo assim.
26. Tenho medo de que algo ruim me aconteça, embora eu não tenha feito nada de errado.
27. Já tive vontade de cuspir em mim mesmo ao me olhar no espelho.
28. Quando tenho sucesso em alguma coisa, às vezes suspeito que não mereço.
29. Sinto um peso quando penso em meu pai.
30. Entendo e justifico facilmente os outros, mas NÃO a mim mesmo.
31. Não me sinto pior do que a maioria.
32. Sempre que algo dá errado, acho que todos recebem o que merecem.
33. É imperdoável não retribuir quem me ama.
34. Às vezes, sinto nojo de mim mesmo.
35. Há pensamentos e desejos que me infectam como se fossem sujeira.
PARA B. C. D.
ADIÇÃO
1 2 4 5
PONTUAÇÃO TOTAL
52
ANEXO 3
PROCEDIMENTO ESTATÍSTICO
XI F fa ∑ f * Xi d́ ∑f*d ∑ f * d'2
64 1 1 64 52 52 2704
77 2 3 154 38 78 3042
98 1 4 98 18 18 324
104 1 5 104 12 12 144
108 1 6 108 8 8 64
112 1 7 112 4 4 16
120 1 8 120 4 4 16
122 1 3 122 6 6 36
135 1 10 135 19 19 361
137 1 onze 137 vinte e um vinte e um 441
138 1 12 138 22 22 484
147 2 14 294 178 62 1922
150 1 quinze 150 94 3. 4 1156
∑ 15 ∑ 1736 ∑ 10710
-estatísticos
Metade:
√ √
Desvio: √
53
TABELA DE RESULTADOS PRÉ-TESTE
XI F fa ∑ f * Xi d ∑f*d ∑f*d2
52 51 2 82 vinte 40 800
43 1 3 43 18 18 324
51 1 4 51 10 10 100
52 1 5 52 9 9 81
61 1 6 61 0 0 0
64 2 8 128 3 6 18
66 2 10 132 5 10 cinquenta
67 1 onze 67 6 6 36
68 1 12 68 7 7 49
74 1 13 74 13 13 169
79 1 14 79 18 18 324
80 1 quinze 80 19 19 361
∑ 15 ∑ 917 ∑ 2312
-estatísticos
Metade:
√ √
Desvio: √
54
SIGNIFICADO DA MÉDIA PARA AMOSTRAS COMPARADAS
2. √ √ √ √
3.
4.CR⁄Nível de confiança
DIFERENÇA DE MEIOS
X1 X2
Número de assuntos quinze quinze
116 61 Diferença = 55
26,72 12h42
√ √
√ √
55