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UNIVERSIDADE RAFAEL LANDÍVAR


ESCOLA DE HUMANIDADES
BACHARELADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

TERAPIA RACIONAL EMOTIVO-COMPORTAMENTAL E SENTIMENTO DE CULPA

(Estudo realizado com mulheres vítimas de violência doméstica, que frequentam

psicoterapia no Centro de Psicologia Landivarian da capital departamental de

Quetzaltenango)"

TRABALHO DE GRADUAÇÃO

ALEJANDRA BEATRIZ COLOP VELASQUEZ


CARTÃO 15756-11

QUETZALTENANGO, JANEIRO DE 2016


CAMPUS DE QUETZALTENANGO
UNIVERSIDADE RAFAEL LANDÍVAR
ESCOLA DE HUMANIDADES
BACHARELADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

TERAPIA RACIONAL EMOTIVO-COMPORTAMENTAL E SENTIMENTO DE CULPA

(Estudo realizado com mulheres vítimas de violência doméstica, que frequentam

psicoterapia no Centro de Psicologia Landivarian da capital departamental de

Quetzaltenango)"

TRABALHO DE GRADUAÇÃO

ARTIGO APRESENTADO AO CONSELHO DA FACULDADE DE


HUMANIDADES

POR
ALEJANDRA BEATRIZ COLOP VELASQUEZ

ANTES DA CONFERÊNCIA

O TÍTULO DE PSICÓLOGO CLÍNICO NO GRAU ACADÊMICO DE PÓS-GRADUAÇÃO

QUETZALTENANGO, JANEIRO DE 2016


CAMPUS DE QUETZALTENANGO
AUTORIDADES DA UNIVERSIDADE RAFAEL LANDÍVAR
REITOR: FR. EDUARDO VALDES BARRIA, SJ
VICE-PRECTOR ACADÊMICO: Dr. MARTA LUCRECIA MENEZ GONZALEZ DE PENEDO
VICE CHANCELER DE ENG. JOSÉ JUVENTINO GÁLVEZ RUANO
PESQUISA E
PROJEÇÃO:
VICE CHANCELER DE FR. JULIO ENRIQUE MOREIRA CHAVARRÍA, SJ
INTEGRAÇÃO UNIVERSITÁRIA:
VICE CHANCELER LIC. ARIEL RIVERA IRIAS
ADMINISTRATIVO:
SECRETÁRIO GERAL: LIC. FABIOLA DE LA LUZ PADILLA BELTRANENA DE
LORENZANA

AUTORIDADES DA FACULDADE DE HUMANIDADES


DOYENNE: MGTR. MARIA HILDA CABALLEROS ALVARADO DE MAZARIEGOS

DIRETOR ASSOCIADO: MGTR. HOSY BENJAMER OROZCO

SECRETÁRIA: MGTR. ROMÉLIA IRENE RUIZ GODOY

DIRETOR DE CARREIRA: MGTR. GEORGINA MARIA MARISCAL CASTILLO DE JURADO

NOME DO CONSELHEIRO DE TRABALHO DE GRADUAÇÃO


MGTR. ELENA FABIOLA HURTADO BONATTO

AVALIADOR QUE REALIZOU A AVALIAÇÃO


LIC. JORGE ARMANDO PEREZ ORELLANA
AUTORIDADES DO CAMPUS DE QUETZALTENANGO

PRESIDENTE DO CAMPUS: FR. MYNOR RODOLFO PINTO SOLIS, SJ

DIRETOR DE INTEGRAÇÃO FR. JOSÉ MARÍA FERRERO MUÑIZ, SJ


UNIVERSITÁRIA DA UB:

DIRETOR ACADÊMICO DA UB: ENG. JORGE DERIK LIMA PAR

DIRETOR ADMINISTRATIVO DA UB: MGTR. ALBERTO AXT RODRIGUEZ

DIRETOR ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO MGTR. CÉSAR RICARDO BARRERA LOPEZ


GERAL:
Obrigado

Antes de tudo, quero agradecer a Deus, não só pela vida e pelas coisas boas que me dá todos os

dias, mas também por cada dificuldade que me ajudou a superar, cada tropeço ou queda que me

faz perceber minhas habilidades e dons. que ele me confiou e por me mostrar que tudo o que eu

planejo pode ser obtido desde que eu coloque minha confiança e fé nele.

Aos meus pais Jesús Edmundo e Edna Beatriz, pelo amor incondicional e pelo esforço que fazem para

me proporcionar o apoio financeiro necessário para concluir com sucesso esta etapa da minha vida.

Ao meu irmão Jesús Alberto por estar sempre ao meu lado, me encorajando e confiando que

posso fazer tudo o que me proponho e minhas irmãs Edna Luisa, Joseline Karina e María

Mercedez, pela paciência e carinho que me demonstram a cada momento.

Aos meus amigos, por todos os momentos partilhados e apoio prestado.

Aos meus colegas, pelo apoio e aprendizado mútuo.

Por último, mas não menos importante, aos formandos que, com toda a sua dedicação, me

proporcionaram grandes ensinamentos, não só académicos, mas também experiências de vida.


Dedicação

Dedico o fruto deste trabalho a Deus, meu criador e salvador, que me dá a força e a sabedoria

necessárias para superar todas as dificuldades e assim alcançar todos os objetivos a que me

propus. Pois sem ele não teria minha família, que me apoia incondicionalmente, amigos,

professores, colegas e cada uma das pessoas que motivam meu crescimento e desenvolvimento

como pessoa.
Índice

P.
YO. INTRODUÇÃO……………………………………………………………. 1
1.1. Terapia Racional Emotivo-Comportamental………………………………………….. 7
1.1.1. Definição……………………………………………………………………… 7
1.1.2. Origens da terapia racional emotiva-comportamental 7
1.1.3. Princípios da Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT) 9
1.1.4. Lógica do esquema ABC……………………………………………………… 9
1.1.5. Técnicas centradas no esquema ABC…………………………………….. 10
1.1.6. Crenças racionais e irracionais e terapia racional emotiva-comportamental… 12
1.1.7. A imaginação racional emocional-comportamental…………………………………. 14
1.1.8. Autoanálise racional……………………………………………………… quinze

1.1.9. Áreas de aplicação da terapia racional emotiva-comportamental……………….. 16


1.2. Sentimento de culpa…………………………………………………………… 16
1.2.1. Definição……………………………………………………………………… 16
1.2.2. A origem da culpa………………………………………………………… 17
1.2.3. Culpa real e culpa irreal ...................................................................... 17
1.2.4. Sentimento de culpa nas mulheres .............................................................. 18
1.2.5. Violência doméstica e sentimento de culpa………………………………… 19
1.2.6. A vivência da culpa na mulher vítima de violência doméstica vinte

1.2.7. Fatores que influenciam a culpa da vítima………………………………… vinte e um

1.2.8. Tratamento da culpa por meio da terapia racional emotivo-comportamental……. 22

II. EXPOSIÇÃO DO PROBLEMA…………………………………… 24


2.1. Metas………………………………………………………………………. 25
2.1.1. Objetivo geral……………………………………………………………….. 25
2.1.2. Objetivos específicos………………………………………………………….. 25
2.2. Hipótese……………………………………………………………………….. 25
23. Variáveis de estudo……………………………………………………… 26
2.4. Definição de variáveis……………………………………………………… 26
2.4.1. Definição conceitual de variáveis……………………………………………. 26
2.4.2. Definição operacional de variáveis……………………………………………… 26
2.5. Âmbito e limites……………………………………………………………… 27
2.6. Entrada………………………………………………………………………….. 27

III. MÉTODO……………………………………………………………………... 28
3.1. Assuntos…………………………………………………………………………. 28
3.2. Instrumento…………………………………………………………………….. 28
3.3. Procedimento………………………………………………………………….. 29
3.4. Tipo de pesquisa, desenho e metodologia estatística………………………… 30

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS……………………... 32


v. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS…………………………………………… 37
SERRA. CONCLUSÕES………………………………………………………. 42
VII. RECOMENDAÇÕES…………………………………………………… 43
VIII. REFERÊNCIAS………………………………………………………………. 44
ANEXOS…………………………………………………………………. 49
Resumo

Na Guatemala, como em qualquer parte do mundo, a maioria das mulheres de diferentes


níveis socioeconômicos sofre violência. Esta situação que gera neles várias consequências a
nível físico e psicológico, estes últimos são o principal interesse deste estudo, porque criam
uma distorção quanto à responsabilidade dos atos cometidos contra a sua pessoa, por isso o
objetivo foi estabelecer se a Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT) tem impacto
positivo ou negativo no tratamento de sentimentos de culpa por meio de uma avaliação
geral da tendência a sentir culpa e da aplicação direta de técnicas estabelecidas pelo modelo
psicoterapêutico.

Foi um tipo de pesquisa quantitativa de desenho quase experimental, contou com


uma amostra de 30 mulheres vítimas de violência intrafamiliar que frequentam
psicoterapia no Centro Landivarian de Psicologia da Universidade Rafael Landívar na
capital departamental de Quetzaltenango, das quais 15 apresentaram o sintoma; Os
instrumentos utilizados foram a escala de culpa Zabalegui SC-35 e a aplicação de
técnicas REBT. Constatou-se que a adequada intervenção psicológica do sentimento
de culpa nas mulheres objeto do estudo, tem um impacto positivo no seu
tratamento. Da mesma forma, recomenda-se às diferentes instâncias que trabalham
em prol da equidade de gênero e prevenção da violência contra a mulher, promover
a abordagem grupal por meio de técnicas de REBT,
INTRODUÇÃO

A psicologia como ciência desenvolveu várias correntes voltadas para o estudo do


comportamento humano, a terapia cognitiva é uma delas e Albert Ellis postulou em
1994 a terapia racional emotiva-comportamental (REBT) que concentra a atenção no
trabalho das ideias ou crenças. Esquema ABC, causado por eventos importantes na vida
de cada pessoa, que freqüentemente causam desequilíbrio no nível psicológico. Falar de
crenças irracionais é se referir aos pensamentos ou construções mentais que as pessoas
criam individualmente por meio de experiências, que tendem a gerar consequências
emocionais e comportamentais.

Portanto, pode-se dizer que entre as experiências de vida das mulheres guatemaltecas,
como em várias partes do mundo, está a violência doméstica, um fenômeno que não
distingue status social ou cultural. Costuma causar à vítima diversas consequências
físicas e psicológicas devido ao longo processo de submissão e coerção em que vive, a
principal característica deste tipo de violência é que ocorre dentro de casa e é
perpetrada por um familiar ou companheiro , envolve todos os membros mas com
maior intensidade a mulher.

As mulheres tendem a ser mais propensas a sofrer qualquer tipo de violência por parte do parceiro,

devido às construções culturais e sociais, bem como aos padrões familiares em que foram criadas. A

pressão social limita as ações da vítima no processo de acabar com o ciclo da violência, a cultura

ensina a mulher a ser submissa e abnegada perante o companheiro, e na família o padrão de violência

dirigida tende a ser ensinado ou aprendido. fêmea

As consequências geradas pela violência nas mulheres são várias, mas como os homens
costumam utilizar recursos psicológicos através da coerção e submissão onde os
pensamentos, emoções e sentimentos são afetados, gera-se um desequilíbrio psíquico que
origina ideias irracionais sobre a responsabilidade pela agressão recebida, bem como a
vivência de culpa da vítima que acredita ser a responsável por provocar os ciclos violentos
que prejudicam sua integridade como pessoa, mulher, mãe e esposa.

1
O sentimento de culpa é considerado um estado emocional doloroso, cujo conteúdo mental
é a sensação de ter agido mal perante os padrões éticos, mas no momento de perder a
objetividade diante das circunstâncias vivenciadas, torna-se um sentimento irreal e
infundado, que é causado pelo dano à pessoa que o experimenta; então a vítima tende a
vivenciar repetidamente a culpa como o fardo das más ações não cometidas por ela, mas
pelo agressor, que desempenha um papel importante na distorção da realidade porque
reforça ideias de inferioridade por meio do abuso psicológico.

Portanto, considera-se de grande importância tratar o sentimento de culpa instaurado


na vítima para que ela possa identificar as construções mentais e crenças irracionais
geradas durante o tempo que durou a agressão e assim conseguir a mudança através
do processo de encerramento do ciclo. violência, além de poder evitar sua repetição nas
gerações futuras. Por isso, a terapia comportamental racional emotiva é reconhecida
como o melhor tratamento para reduzir esse sentimento em mulheres vítimas de
violência doméstica.

Aqui estão algumas pesquisas anteriores sobre o tema:


Lega (1993) no artigo intitulado Como aplicar algumas regras básicas do método
científico para mudar ideias irracionais sobre si mesmo, outras pessoas e a vida em
geral, encontrado na revista Behavioral Psychology Vol. 1, No. 1, explica que o ABC A
teoria da terapia racional emotivo-comportamental sustenta que os eventos
ativadores na vida das pessoas contribuem para seus distúrbios emocionais ou
comportamentais porque estão entrelaçados com os pensamentos ou
interpretações dos outros sobre esses eventos. O pensamento não científico ou
irracional é a principal causa de perturbação emocional porque a pessoa, consciente
ou inconscientemente, escolhe tornar-se neurótica com sua maneira ilógica e irreal
de pensar,

O InstitutRet Barcelona (2007) no artigo intitulado Sentimos como pensamos, publicado no

blogspot da Terapia racional emotiva em outubro, afirma que o REBT se baseia na premissa de

que "não são os acontecimentos que perturbam, mas a maneira como são interpretado"; e faz

2
referência ao ABC das emoções onde A é o evento ativador (é qualquer obstáculo,
frustração ou evento), B as crenças irracionais (corresponde àqueles pensamentos que
se tem e causam alterações emocionais) e C a consequência emocional e
comportamental (são emoções insalubres e comportamentos destrutivos e
autodestrutivos), portanto o objetivo inicial da técnica é ajudar as pessoas a alcançar
pensamentos mais racionais e construtivos sobre os eventos através de um método
chamado disputa de pensamentos irracionais que parte do método científico ou análise
racional socrática.

Sepúlveda (2010) no vídeo intitulado Cognitive Therapy, publicado no site New


Media da Universidade Francisco Marroquín, você pode ver a explicação dos
fundamentos básicos do modelo cognitivo, suas origens, fundadores e abordagens,
entre as quais estão as técnicas utilizadas na terapia emotiva racional de Ellis, que
postula entre seus aspectos básicos que as pessoas podem controlar em grande
medida seu destino, que são mais felizes quando têm objetivos e se esforçam
racionalmente para alcançá-los e que vivem melhor interiorizando-se; Também são
mencionados os conceitos básicos ou elementos do mesmo, o chamado modelo
ABC/ABCDE, onde A é a experiência ou evento ativador; B a crença sobre A; C a
consequência emocional ou comportamental;

Sorribes, Lega, Calvo e Trujillo (2013) na pesquisa intitulada Baixa tolerância à frustração
e perfeccionismo em problemas sexuais e de relacionamento, publicada no blogspot da
Associação Espanhola de Terapia Racional Emotiva Comportamental em julho, explicam
que segundo REBT, a perturbação comportamental depende em grande parte da
manutenção de crenças irracionais. O objetivo foi explorar as relações entre os
diferentes tipos de crenças irracionais, problemas sexuais e de relacionamento, para os
quais 146 pacientes de um centro de psicologia e sexologia no nordeste da Espanha
com diferentes diagnósticos clínicos, de acordo com os resultados, existe uma

3
presença significativa de maior perfeccionismo em pessoas com problemas de relacionamento

do que naquelas com transtornos de ansiedade generalizada, bem como baixa tolerância à

frustração.

Rosal (2014) na tese intitulada Crenças irracionais em pessoas em um


relacionamento, estabeleceu o objetivo de determinar quais são os níveis de ideias
irracionais que ocorrem com mais frequência em pessoas que estão em um
relacionamento, de acordo com o esquema ABC do racional emotivo- terapia
comportamental (REBT), há um estímulo seguido de uma crença racional ou
irracional, que interpreta, dá sentido e um comportamento consequente,
trabalhamos com uma amostra de 32 pessoas com um relacionamento
frequentando a escola dos pais membro da família da Nuestra Señora Paróquia de la
Merced Quetzaltenango, Quetzaltenango; O teste psicométrico Inventário de ideias
irracionais foi utilizado como instrumento, obteve-se que 35% das pessoas estão
localizadas na área somática enquanto 15% na área neurótica e familiar,

Echeburúa, Corral e Amor (2001) no artigo intitulado Estratégias de Coping para


Sentimentos de Culpa, que aparece na revista Análise e Modificação do Comportamento Vol.
27, nº 116, expõem o papel funcional e o desenvolvimento evolutivo dos sentimentos de
culpa. o ser humano que é o regulador do comportamento social indesejável e promove o
autocontrole, bem como motiva a pessoa a reparar os danos causados aos outros. Embora
seja um afeto doloroso que geralmente surge da crença ou sensação de ter transgredido
normas éticas pessoais ou sociais; Do ponto de vista psicopatológico, é feita uma distinção
entre culpa normal e culpa anormal e, por fim, é feita uma análise das estratégias de coping
adequadas e inadequadas para lidar com a culpa.

Escudero, Polo, López e Aguilar (2005) no artigo intitulado Persuasão coercitiva, um


modelo explicativo da manutenção de mulheres em situação de violência de gênero.

4
II: Emoções e estratégias de violência, publicado na revista da Associação Espanhola
de Neuropsiquiatria Vol. 15, Nº 96 de outubro/dezembro, expõe os resultados do
estudo realizado em 9 grupos de discussão formados por mulheres maltratadas,
que destaca o papel desempenhado pelas emoções (medo, amor, culpa, vergonha e
solidão) geradas na mulher que foi submetida a um processo de persuasão,
juntamente com as estratégias de controle exercidas pelo agressor, que
determinam que prolongue ou não abandone o situação de abuso em que se vive.
Em relação ao sentimento de culpa causado pela situação vivida, sugere-se a
seguinte hipótese: A culpa em suas diferentes manifestações é ativamente
mobilizada e gerada pelo agressor e pelo processo de abuso. alguns autores,

Acoguate (2011) na reportagem do segundo festival intitulado Eu sou a voz da


memória e o corpo da liberdade, do mês de junho em Chimaltenango, Guatemala,
publicada no site Acoguate, expõe a situação da violência contra as mulheres
guatemaltecas no passado e presentes, em referência a casos de violência sexual
durante o conflito armado interno, que não deixaram apenas lesões físicas, mas
também traumas psicológicos, medo, vergonha, culpa, raiva e tristeza. Vivendo em
uma sociedade que, segundo os pesquisadores, valoriza "a virgindade, a castidade e
pertencer a um só homem", em muitos casos as mulheres estupradas tiveram que
enfrentar a rejeição dentro de suas próprias comunidades e até mesmo dentro de
suas próprias famílias. Segundo a Comissão para o Esclarecimento Histórico (CEH),

Coronado e López (2011) na tese intitulada Culpa em mulheres vítimas de violência


intrafamiliar, indica que o objetivo da pesquisa é identificar como a culpa é gerada em
mulheres vítimas de violência intrafamiliar, houve uma amostra de 17 mulheres entre as
quais 14 anos a 65 vítimas de violência doméstica da organização Centro de
Investigación, Capacitación y Apoyo a la Mujer (CICAM) Guatemala, Guatemala. Foram
utilizados três instrumentos, uma escala (ESCALA SC-35), histórias de vida e observação
direta, estudo de desenho descritivo; a conclusão a que se chega é que a violência

5
A violência intrafamiliar em mulheres ocorre independentemente da idade, condição social, estado

civil, padrões parentais, religião, nível de escolaridade, sendo que pouquíssimas vítimas denunciam

legalmente seus problemas; Recomenda-se que seria preciso que a sociedade guatemalteca fosse

instruída a modificar os padrões culturais adquiridos que foram ensinados e, portanto, praticados por

anos, para que a mulher ou o homem tenha um relacionamento saudável com seu cônjuge.

Aguilar (2012) na tese intitulada As expectativas de vida de mulheres sobreviventes


de violência doméstica que frequentam o grupo guatemalteco associação de
mulheres, que fazem parte do Caimu-Guatemala que deixaram de viver com seus
maridos e tiveram que se sustentar com suas famílias, com o objetivo de deduzir a
expectativa de vida de sobreviventes de violência doméstica, um estudo direcionado
a 2 grupos focais de 3 e 5 mulheres respectivamente, foi uma investigação
qualitativa em que foi utilizado um roteiro de entrevista como instrumento
elaborado pela pesquisadora. Na seção sobre a teoria da fraqueza aprendida, é
mencionado o aprendizado da culpa por parte do sexo feminino, tornando-o mais
suscetível e incapaz de desenvolver estratégias adequadas para lidar com as crises;

San Martin (2014) no artigo intitulado A Redução da Indenização pela Culpa da Vítima/
Reflexões à Luz da Análise de Algumas Fontes Romanas, que aparece na Revista de
Direito Privado nº 27, de julho/dezembro, expõe os critérios que deve ser utilizado para
efetivar a redução da indenização em caso de culpa concorrente da vítima, bem como
uma análise do significado e alcance da chamada reparação de faltas no direito romano
e sua superação pela obra de Christian Wolff, o A obra mostra que, ao contrário do que
geralmente se ensina, os juristas romanos contemplavam a possibilidade de repartição
do dano entre a vítima e o povo, pelo que

6
Eles cuidaram de identificar critérios objetivos que permitissem uma conexão entre o comportamento da

vítima e a parcela de risco que ela deveria suportar.

Santandreu e Ferrer (2014) no artigo intitulado Análise da emoção negativa em


mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo: Culpa e raiva, que aparece na
revista Psicopatologia e Psicologia Clínica Vol. 19, nº 2 do mês de agosto, expõem a
relação entre sintomas depressivos e os componentes de culpa e raiva do afeto
negativo em uma amostra de mulheres que sofreram violência por parceiro íntimo,
os resultados mostraram alta prevalência de sintomas depressivos em 86% e
sentimentos de culpa em 62%, e apenas um pequeno grupo apresentou baixo afeto
positivo, elemento essencial no diagnóstico de depressão clínica de acordo com o
modelo tripartido de afeto, ansiedade e depressão. Tanto a depressão quanto a
culpa foram significativamente correlacionadas com afeto negativo,

1.1. Terapia Racional Emotiva Comportamental

1.1.1. Definição
Ellis (como citado em Hernández, 2007) define a terapia racional emotiva-comportamental (REBT)

como o esquema ou forma de raciocínio que tem controle sobre pensamentos, ações e

comportamentos específicos das cognições e crenças da pessoa.

Windy e Ellis (como citado em Gerril e Zimbardo, 2005) definem a terapia comportamental

emotiva racional como um sistema detalhado de mudança de personalidade, baseado na

transformação de crenças irracionais que causam reações emocionais altamente intensas e

indesejáveis.

1.1.2. Origens da Terapia Racional Emotiva Comportamental

Oblitas (2008) explica que diferentes correntes psicológicas foram desenvolvidas ao longo dos

séculos, uma delas é a teoria cognitiva apresentada por Aaron Beck, que é um conjunto

7
de processos ativos-diretivos, estruturados e limitados no tempo, que ganharam popularidade como a

orientação psicoterapêutica com maior evidência empírica e experimental devido à sua capacidade de

adaptação e geração de ferramentas terapêuticas de sucesso. Baseia-se fundamentalmente no

pressuposto teórico de que a resposta emocional e o comportamento das pessoas são determinados

pela forma como elas estruturam o mundo.

Além disso, em 1955, Albert Ellis formulou uma nova forma de psicoterapia baseada na terapia

cognitiva de Beck, denominada Terapia Racional Emotiva (RET). Fica estabelecido que o início

surge da vida pessoal de Ellis devido aos seus problemas físicos e de personalidade, portanto, ele

é motivado a estudar a filosofia da felicidade e do bem-estar, principalmente os escritos de

Epicteto, a fim de encontrar o verdadeiro significado de problemas emocionais das pessoas.

Por fim, o TRE é elaborado com base na ideia de que o comportamento é regulado pelo sistema

de crenças de cada indivíduo, bem como pela forma como se dá a interpretação de situações

objetivas, com o objetivo primordial de promover uma terapia para modificação de cognições

disfuncionais ou idéias irracionais que geram estados de perturbação psicológica na pessoa.

Em 1955 foi chamada de terapia racional, depois terapia emotiva racional e finalmente em 1994

Ellis reafirmou a ideia original de incluir o conceito de comportamento no nome, renomeando-o

de terapia emotiva-comportamental racional (REBT). Baseado no fato de que as pessoas agem

com base em seu aprendizado, postula três aspectos básicos: primeiro, as pessoas podem

controlar em grande medida seu destino, segundo, são mais felizes quando têm objetivos e

fazem esforços racionais para alcançá-los e, terceiro, você vive melhor internalizando a si mesmo.

Dessa forma, ao aprender a controlar o destino, traçar metas e ser autoconsciente,


Ellis acredita que as emoções podem ser gerenciadas em grande parte por meio de
crenças pessoais à medida que são interpretados os acontecimentos da vida de cada
pessoa. são escolhidos para que isso aconteça.

8
1.1.3. Princípios da Terapia Racional Emotiva Comportamental (REBT)

Toda terapia atual ou psicológica centra sua finalidade com base em princípios que sustentam e

moldam as ideias de quem postula uma técnica psicoterapêutica. Ellis estabelece seis princípios

que são:

- O pensamento é o principal determinante das emoções humanas. O

- pensamento disfuncional é a principal causa de desconforto emocional.

- Porque você sente com base no que pensa, para acabar com um problema emocional
você tem que começar com uma análise de seus pensamentos.

- Múltiplos fatores, tanto influências genéticas quanto ambientais, estão na origem do


pensamento irracional e da psicopatologia.
- Apesar da existência de influências passadas na psicopatologia, a terapia racional
emotivo-comportamental enfatiza as influências presentes, pois são elas as responsáveis
pelo desconforto que persiste no tempo, apesar de as influências passadas terem
deixado de existir.

- Embora as crenças possam ser mudadas, essa mudança não necessariamente acontecerá

facilmente.

Assim, os princípios REBT estabelecem que os comportamentos das pessoas estão intimamente

ligados às emoções, independentemente do fato de que as influências ambientais que inicialmente

causaram tal ação não estejam mais presentes. Desta forma, ele concentra sua atenção nos fatores

atuais que são responsáveis por esse desconforto perdurar ao longo do tempo.

1.1.4. Lógica do esquema ABC


A terapia racional emotivo-comportamental de Ellis (como citado em Navarro, 2006) estabelece

um quadro de referência no trabalho psicoterapêutico que aceita o papel desempenhado pelas

emoções e comportamentos na vida do ser humano, enfatiza as cognições do mesmo como

crenças, pensamentos e imagens mentais. Assim, parte-se do seguinte esquema:

9
Tabela nº 1
ABC da Terapia Racional Emotiva Comportamental
PARA B. C.
eventos crenças e pensamentos consequências emocionais

ativadores sobre A e comportamental

Fonte: Criação própria

O esquema ABC é um método compreensível, prático e de fácil aplicação. Segundo Ellis


(citado em Navarro, 2006) serve para explicar o funcionamento do controle de pensamentos
e crenças da pessoa; onde A representa todos os eventos ativadores que a princípio
parecem ser os que desencadeiam ou determinam C, que são as consequências emocionais
e comportamentais, mas na realidade C é por causa de B, que representa as crenças e
pensamentos sobre A, então B funciona como um mediador entre A e C.

A terapia cognitiva foi desenvolvida para modificar os processos de pensamento que estão
na base do sofrimento psicológico, afirma que a origem do desconforto não é pensar como
tal, mas sim devido a crenças irracionais. De acordo com o esquema formulado, o processo
terapêutico continua com as letras D e E, concedendo a D o processo de disputa racional
para conduzir à reestruturação de novas crenças e E então representa os efeitos do processo
de mudança cognitiva na vida experiências, conforme estabelecido por Ellis e Grieger
(conforme citado em Fernández, 2012).

1.1.5. Técnicas focadas no esquema ABC


Os elementos que compõem o esquema ABC são as crenças, ideias, pensamentos,
interpretações e percepções que as pessoas fazem de si mesmas em relação aos outros,
ao futuro e ao mundo. Quem constitui tudo isso é o indivíduo por meio de fatores
hereditários-temperamentais e socioambientais. O REBT não pressupõe o
condicionamento ou aprendizado do sujeito na forma como ele interpreta e percebe
crenças ou pensamentos.

10
As técnicas utilizadas pela terapia racional emotiva-comportamental de Ellis (conforme citado em

Oblitas, 2008) são de natureza cognitiva, com o passar do tempo o elemento comportamental é

considerado dentro das diretrizes de trabalho, entre as técnicas cognitivas destacam-se as seguintes:

- O debate filosófico: é o principal método utilizado pelo REBT para substituir uma ideia

irracional. Consiste na adoção do método científico para a vida cotidiana. O processo inicial é

descobrir todas aquelas crenças que se originam do comportamento e das emoções

autodepreciativas de cada pessoa e depois debater a veracidade ou falsidade delas

trabalhando nos "obrigatórios" de cada assunto.

- Insight racional-emotivo: o principal objetivo da técnica é ajudar a pessoa a ver e reconhecer

claramente a forma como processa as emoções e os comportamentos desadaptativos, para

que assuma a responsabilidade, aceite, procure e reconheça as fontes filosóficas dos seus

sintomas.

- Debater crenças irracionais: consiste em questionar e desafiar a validade das crenças ou hipóteses

que a pessoa tem sobre si mesma, sobre os outros e sobre o mundo. Seu objetivo é atingir um

nível de pensamento completo e lógico.

- Método socrático: caracteriza-se por utilizar uma série de questões sistemáticas que
servem de guia para o raciocínio indutivo de cada sessão, cujo objetivo é cuidar e cultivar
as habilidades de pensamento conceitual e abstrato da pessoa.

- Imaginação racional emotiva: concentra sua eficácia na função de câmera do


cérebro, onde a pessoa reage à imagem que é reproduzida no neocórtex, não ao
estímulo presente em seus olhos. Por isso é uma técnica de reeducação cerebral que
trabalha o "como se" de cada pessoa.

- Imagens emotivas racionais: baseia-se na neuropsicologia das imagens aprendidas


como experiências da vida real. Essa técnica ensina a pessoa a sentir, pensar e agir
da forma que quiser para criar hábitos emocionais mais adaptativos.

onze
- Reestruturação Racional Sistemática: É uma técnica que visa dotar a pessoa de
habilidades de enfrentamento, bem como uma mudança de perspectiva dos aspectos
problemáticos que surgem na vida, para que ela possa funcionar como seu próprio
terapeuta.

- Auto-exame racional: é a análise pela qual a pessoa aprende a direcionar seus


pensamentos a fim de controlar as reações emocionais às situações da vida.

Juntamente com as técnicas cognitivas, Ellis estabelece o uso de estratégias comportamentais e

emocionais e tarefas de casa. Outro fator relevante no processo de intervenção é o chamado

contato terapêutico, a empatia e a demonstração de uma atitude ativo-diretiva (bom humor e

uso da dialética) para com o paciente, a fim de conseguir a detecção de situações ativadoras (A ),

emocionais e consequências comportamentais (C) e pensamentos automáticos (B) da pessoa.

1.1.6. Crenças Racionais e Irracionais e Terapia Racional Emotiva Comportamental


Oblitas (2008) explica que o termo crenças é usado quando se refere a uma variedade de
características relacionadas à atividade do pensamento em humanos, também considerada
como a principal causa de emoções disfuncionais e padrões de comportamento
desadaptativos.

Crenças racionais segundo Isabel (2007) são aquelas que favorecem e ajudam a pessoa a se

sentir bem ou satisfeita consigo mesma, mesmo que isso resulte em uma emoção desagradável,

como a tristeza gerada por alguma perda que é considerada uma consequência objetiva ou

lógica.

Muñoz (2005) lista uma série de características sobre crenças racionais e irracionais para
fazer uma distinção entre as duas:

12
Tabela nº 2
Características das ideias racionais e irracionais

racional irracional
- É lógico e coerente. É empiricamente - Não é lógico (pode começar com uma

- verificável, eles podem encontrar (ELE premissa inadequada e/ou levar a

evidências para apoiá-lo). conclusões imprecisas e muitas vezes


envolve generalização excessiva).

- Não é absolutista, é flexível, - Não é realista.

condicional ou relativa. - É absolutista e dogmática (representa

-Dá origem a emoções adaptativas uma filosofia absolutista em vez de

(positivas e negativas). probabilística e se expressa na forma

- Ajuda a atingir nossos objetivos, pois de demandas, demandas, deveres e

serve para minimizar conflitos internos e necessidades, em vez de desejos e

conflitos com os outros ou com o mundo, preferências).

favorece o relacionamento com outras - Dá origem a emoções psicopatológicas.

pessoas. - Não ajuda a atingir metas.

Fonte: Muñoz, A. (2005). Autoterapia: Guia para curar as emoções. pp.14-16

A terapia emotiva-comportamental racional separa as crenças racionais das irracionais. Ellis


e Harper (como citado em Riso, 2006) propõem cinco características principais do
pensamento racional:

- Crenças racionais são adaptadas à realidade social ou pelo menos reconhecem fatos e

normas.

- Quando ativado, a vida e a integridade são

- preservadas. Eles ajudam a atingir objetivos pessoais.

- Eles minimizam conflitos e profecias autorrealizáveis.

- Eles tornam as pessoas interessadas em outras que tentam perpetuar e aumentar a


felicidade em geral.

13
Lega, Caballo e Ellis (como citado em Riso, 2006) sugerem as características das crenças
irracionais, que são:

- Crenças irracionais são inconsistentes com a lógica. Eles são

- inconsistentes com a evidência empírica.

- Eles são absolutistas e dogmáticos.

- Eles produzem emoções perturbadoras.

- Eles não favorecem o alcance de objetivos pessoais.

É importante fazer essa distinção para entender os fundamentos do REBT postulado


por Ellis, que considera que as crenças irracionais determinam as consequências
psicopatológicas das pessoas.

1.1.7. A imaginação racional emotivo-comportamental

É uma técnica inicialmente criada por Maultsby em 1971 (conforme citado em Isabel,
2007) posteriormente utilizada pelo REBT como uma de suas principais técnicas de
intervenção psicoterapêutica. O principal objetivo é dotar o indivíduo de um método
de treino que facilite a passagem das emoções negativas (C) para emoções mais
adequadas em relação a situações ativadoras (A) que são geralmente os
determinantes dos distúrbios psicológicos na pessoa.

Ellis em 1981 (citado em Isabel, 2007) estabelece uma versão da técnica através da
seguinte rotina de intervenção:
- A pessoa é convidada a relaxar.

- Uma vez relaxada, a pessoa é convidada a imaginar vividamente, com o máximo de detalhes

possível, uma situação específica com alto conteúdo emocional negativo.

- Em seguida, eles são questionados sobre as emoções negativas inadequadas que estão experimentando e

são solicitados a tentar trocá-las por outras mais adaptativas.

- Finalmente, quando a pessoa afirma que conseguiu mudar suas emoções


negativas inapropriadas por outras mais adaptativas, ela é instruída a descrever
o tipo de pensamento que usou para mudá-las.

14
Por meio dessas etapas estabelecidas por Ellis, a autoinstrução é alcançada, concentra-se no
funcionamento do cérebro como uma câmera que armazena todas as experiências da
pessoa, que no processo não vê e não reage ao que está diante de seus olhos. .; pelo
contrário, preste atenção à imagem que é reproduzida no neocórtex, conforme explica
Oblitas (2008). Deve-se notar que é uma técnica de treinamento eficaz e um exercício de
retreinamento do cérebro.

A imaginação racional emocional é a prática do "como se" ou também o ensaio mental do


hábito para o cérebro que fornece quatro vantagens à prática psicoterapêutica, corrige erros
do passado, contribui para lidar com situações reais de vidas passadas para treinar
habilidades racionais para evitar erros em o futuro, reeduca emocionalmente a pessoa e
finalmente gera mais autoconfiança em termos de habilidades de enfrentamento com novas
experiências de vida.

Para isso, existem outros elementos ou ferramentas úteis dentro desta técnica na
modificação de imagens que são descritos por Beck e Emery (como citado em Isabel, 2007):

- Stopping images: consiste na interrupção do curso da imaginação desenvolvida pela


pessoa, uma vez interrompido o processo, é solicitado que ela imagine alguma fantasia
agradável a fim de evitar o aparecimento de imagens desagradáveis. Repetição contínua:

- é utilizada no momento em que há grandes dificuldades para interromper o curso da


imaginação. Consiste em solicitar que você recorde e repita incessantemente as imagens
e fantasias que lhe causam desconforto até que os sintomas emocionais sejam
reduzidos.

- Projeção temporal: pretende-se que a pessoa alcance uma certa objetividade ao colocar as

imagens de alto conteúdo emocional em um momento diferente. Solicita-se que a imagem

seja localizada em um tempo futuro mais distante do ocorrido.

1.1.8. auto-análise racional


Oblitas (2008) explica que a autoanálise racional é um dos principais procedimentos
REBT. É uma forma estruturada que revela a relação de causa e efeito entre o

quinze
componentes cognitivos, emocionais e físicos dos problemas pessoais, bem como as
mudanças racionais que devem ser feitas.

O objetivo desta técnica é fazer com que a pessoa descreva o evento ativador (A) e depois
liste cada um deles e verifique se ela tem uma atitude positiva, negativa ou neutra em
relação às consequências (C) de suas ideias (B). A seção (C) é dividida em dois momentos,
emoções e ações; Em seguida, as cinco questões racionais são descritas na frente de (C), as
novas emoções e ações que eles desejam ter em eventos futuros são escritas em (E) e em
(Da) a verificação de (A) é estabelecida para finalmente substituir as idéias (B) irracionais por
idéias racionais na seção (Db).

1.1.9. Áreas de aplicação da terapia racional emotiva-comportamental

A terapia racional emotiva-comportamental é atualmente aplicada a um grande número de

problemas pessoais de todos os tipos: vícios, abuso de substâncias, raiva, raiva, culpa,

treinamento de assertividade, comunicação, educação, situações de negócios, saúde, amor, sexo,

casamento, religião, autodisciplina, tolerância à frustração, psicologia desportiva e stress

(Oblitas, 2008, p. 216).

Pela forma como é utilizada na psicoterapia ativo-diretiva, é uma terapia de aplicação


individual, de casal, familiar e grupal.

1.2. Sentimento de culpa

1.2.1. Definição
Reidl e Jurado (2007) definem culpa como o termo que denota um estado emocional
doloroso, cujo conteúdo mental é o sentimento de ter agido mal à luz de padrões
éticos, sejam eles sociais ou pessoais.

Lewis (citado em Reidl & Jurado, 2007) define a culpa como a emoção primariamente
relacionada com um comportamento particular, separada do eu (controle), sem

16
No entanto, o sentimento pode ser muito doloroso porque envolve uma sensação de tensão
e remorso pelo que foi feito de errado.

1.2.2. A fonte da culpa


A culpa na pessoa cria a consciência de que ela não está sozinha no mundo, mas cercada por

outras pessoas, que ensinam a ser culpadas por não fazer o que é devido, então a origem da

culpa é de natureza social de acordo com Castilla del Pino (como citado em Miralles, 2013) que

indica que a experiência é pessoal, mas de natureza sociogênica.

Segarra (2011) explica que a culpa é um fenômeno da experiência pessoal como consequência de

alguma ação que viola um princípio norteador que se origina de onde a pessoa mora ou vive, ou seja,

é gerada na vida de cada sujeito que está vinculado a o mundo.

Então a culpa é uma forma de práxis com a qualidade de poder estimar fazer o que se sabe
errado ou foi feito e retrospectivamente considerar a inaceitabilidade de tal ação e tomar
medidas corretivas diante dela, é preciso levar em conta que tudo o que chama-se como o
mal tende a variar de uma cultura para outra, assim como a vivência da culpa é a consciência
do sentimento que acompanha o ato que transgride as normas éticas, que pode ser
arrependimento ou pesar.

Sentir-se culpado é uma forma específica de saber que uma regra foi transgredida, mas
quem sente mágoa, angústia e responsabilidade pelos fatos, além de identificar o
sentimento, também o expressa diretamente ao aceitar as consequências de ter feito
algo errado ou indiretamente ao tentando fugir dos efeitos das ações.

1.2.3. Culpa real e culpa irreal


A vida de cada pessoa é diferente e vivenciar dificuldades significativas geralmente reflete
um estado emocional negativo interno (culpa, vergonha ou medo) ao qual se dá muita
atenção, segundo Garavito (2013). Ao olhar para os aspectos relacionados ao problema, fica
difícil a compreensão objetiva e a elaboração mental para superar os problemas.

17
efeitos contraproducentes do mesmo, o que gera uma falha no pensamento devido a ser
submetido a fortes pressões mentais.

Os processos de pensamento são determinados pela experiência e pelo ambiente em que


cada indivíduo se desenvolve, fator que favorece ou não a objetividade das circunstâncias
que enfrenta e também intervém no controle que se tem sobre si mesmo e sobre o meio,
para isso, deve-se fazer um discernimento dos fatores que afetam a situação,
fundamentando o real e eliminando o irreal.

Assim, sendo o sentimento de culpa um efeito emocional negativo frequente nas


diversas situações vividas pela pessoa ao transgredir outrem, Córdova (2014)
distingue dois tipos de culpa, a real e a irreal, no primeiro caso é produzida pelo
reconhecimento de uma má ação cometida, enquanto na segunda, a causa vem da
mente de que, embora se seja perdoado pelo ato cometido, o ônus da acusação
continua sem qualquer justificativa.

1.2.4. Sentimento de culpa nas mulheres

As construções sociais do gênero das pessoas segundo Dattner (2014) impactam a forma
como a culpa é reconhecida, a forma como se reage à culpa recebida e não recebida, o
autorreconhecimento e quanto crédito é recebido dos outros.

Os estereótipos de gênero ainda estão presentes nas diversas áreas em que as pessoas se

desenvolvem, especialmente aqueles relacionados ao papel desempenhado pelas mulheres, que

são discriminadas por atribuir-lhes funções de nível inferior ao dos homens, o que tende a gerar

maior suscetibilidade à autocrítica, reconhecimento e subestimação.

Esses padrões estabelecem a forma como se dá uma resposta às circunstâncias, a


construção social do papel feminino determina sua vulnerabilidade a situações de
discriminação e violência, conforme o caso. Por esta razão, a tendência em termos de
reações psicológicas como depressão, tristeza ou culpa são mais frequentes nas mulheres
do que nos homens.

18
A sociedade atual estabelece um duplo papel para a mulher que é trabalhar e ser dona de casa ao

mesmo tempo, portanto, ela não consegue atender todas as demandas que lhe são apresentadas,

tanto da família quanto do local onde ela vive. obras, o que gera neles um sentimento de culpa

duradouro ao longo do tempo. Mas esse sentimento não se limita a essas duas áreas, geralmente a

fêmea é ensinada a arcar com as responsabilidades dos atos alheios (família, companheiro ou colegas)

por ter a característica de maior expressão emocional que o homem.

Em alguns casos, em casa, é ela quem costuma arcar com tudo, inclusive com os danos que lhe

podem ser causados, pois é vítima constante de subjugação psicológica, como no caso da

violência doméstica, é ela quem arca o pior, devido a essa tendência a se sentir culpada pelo que

acontece em seu ambiente, pois o homem constantemente reforça as crenças irrealistas de ser o

responsável pelo fracasso do casal, infidelidade e agressão como tal.

1.2.5. Violência doméstica e sentimento de culpa


Violência doméstica ou intrafamiliar nomeada pelo espaço onde ocorre a agressão, que
é a casa ou lar (espaço doméstico/dentro da família), local em que a relação entre
homens e mulheres também é gerada em ambientes íntimos por meio de maus tratos e
sofrimento, como explica Ladrón (2007). Esta violência está associada às relações de
casal e aos laços afetivos resultantes da coabitação (filhos), é de natureza física ou
psicológica.

Geralmente, as agressões praticadas em casa são dirigidas à mulher, como indica


Álvarez (citado em Ladrón, 2007), porque o abuso infligido a ela ocorre em qualquer
circunstância baseada no gênero da vítima (o simples fato de ser uma mulher/
misoginia) independentemente de quantos anos ela tem.

As formas de violência são de natureza física ou psicológica, e incluem ameaças, coerção ou


intimidação que geram danos emocionais nas mulheres que violam a capacidade de
raciocínio e independência. O abuso contra a mulher varia de acordo com o meio social,
econômico, cultural e político a que pertence.

19
Fríes e Hurtado (2010) explicam que a violência contra a mulher passou de uma prática

socialmente aceita a uma grave violação dos direitos humanos. Segundo estudos realizados na

América Latina e Caribe, esse tipo de agressão contra a mulher ocorre mais no âmbito doméstico

por parte de um familiar ou companheiro.

Ramos e Luzón (2008) explicam que a mulher vítima de repetidas agressões e submetida a uma

situação de violência sofre continuamente uma série de lesões psicológicas que reduzem sua

capacidade de interpretar o que está acontecendo com ela e sua capacidade de resposta, o que a

leva para interpretar a realidade que vive sob o padrão estabelecido pelo agressor. Isso leva a

uma dissociação da realidade em que o abuso é visto como normal e a culpa recai sobre ela

mesma.

A mulher está dissociada da realidade e acredita firmemente que é a responsável pelos atos
de violência contra ela, isso gera um sentimento de culpa por não ser capaz de atribuir a
responsabilidade ao autor do ato de agressão a que é constantemente submetida. Esse
sentimento se origina principalmente da agressão psicológica por parte do agressor, que dá
origem a ideias irracionais que limitam o fim do ciclo de violência.

1.2.6. A vivência da culpa na mulher vítima de violência doméstica Torre (2010)


indica que diante da vivência da violência, destaca-se o papel do autodiálogo negativo
na vítima, em que ela se culpabiliza e também influencia negativamente o bem-estar
psicológico, gera ideias ou crenças errôneas tanto sobre o percepção da situação com o
valor que possui como pessoa.

A mulher vítima de violência doméstica vivencia um maior nível de relacionamento com o

agressor, cria um vínculo sentimental que reflete a situação vivenciada como percebida

internamente, irracional ou com percepção distorcida em decorrência do dano psicológico.

A condição da mulher submetida a repetidas agressões gera um alto nível de distorção


da realidade que leva à vivência de culpa na vítima pelos atos cometidos contra ela, e ela
acredita ser a responsável pelos constantes abusos por parte do agressor. ,

vinte
isso é considerado uma consequência psicológica derivada do abuso, por isso a
compensação da mulher abusada é de interesse para o plano de tratamento.

A vítima então experimenta repetidamente a culpa como um fardo de más ações não
realizadas por ela, mas pelo agressor, que desempenha um papel importante na distorção
da realidade. Por ser por meio da coerção e da submissão que o agressor consegue manter
a companheira vitimada por muito tempo, ele reforça nela as ideias de inferioridade por
meio do abuso psicológico.

As formas de violência física, sexual, econômica e psicológica deixam consequências de


natureza diversa conforme o grau a que cada uma é submetida. No âmbito doméstico
costumam aparecer juntos, mas para que o agressor tenha controle sobre a vítima, recorre
principalmente ao abuso psicológico que gera sentimentos de inutilidade, vergonha, medo e
culpa na mulher agredida.

A culpa gerada pela constante submissão e coerção quebra o senso de realidade e na forma
como a situação é percebida, faz com que a vítima se sinta responsável pelos atos cometidos
contra sua integridade. Assim, esse sentimento de culpa é considerado pela psicologia como
uma ideia ou crença irracional como consequência da falha no processo de discernimento
dos fatos que são meramente cognitivos.

1.2.7. Fatores que influenciam a culpa da vítima


Garcia (2005) estabelece os seguintes fatores que intervêm na violência e, portanto, na
As reações:
- O campo da cultura e o contexto social: a cultura é considerada o fator principal, devido
ao ambiente patriarcal fomentado historicamente em relação aos estereótipos que
determinam o papel do homem como efetivo, lógico e decisivo, e o da mulher como
emocional , passiva e ineficiente; É por isso que na maioria das sociedades a violência
contra a mulher ocorre

vinte e um
- Fatores familiares: a história familiar é um fator de risco tanto para a vítima quanto
para o agressor, pois os padrões de relação com o gênero são aprendidos. É aqui
que residem e continuam historicamente os ciclos de violência.
- Personalidade e estilo relacional: são as características da vítima e do agressor que

determinam a violência; nas mulheres pode ser a personalidade dependente e em relação ao

agressor a necessidade de controle, impulsividade e falta de controle da raiva.

Juntos, esses fatores determinam a forma como a vítima reage à situação de


violência a que é submetida, pois padrões culturais e de criação intervêm na
formação da personalidade e do papel da vítima, que inconscientemente atribui a
culpa dos fatos como sua própria, dissuadindo assim a responsabilidade do
agressor.

1.2.8. Tratamento da culpa por meio da terapia racional emotiva-comportamental Echauri e

Azcárate (2010) consideram que a terapia cognitiva é conveniente para trabalhar as diferentes

crenças irracionais que são consequência da violência, para conseguir uma mudança nas

cognições que perturbam o equilíbrio psicológico da pessoa.

Para a abordagem psicoterapêutica, existem várias ferramentas que podem


favorecer a reestruturação das ideias enraizadas na pessoa, mas apenas a terapia
racional emotiva comportamental (REBT) de Albert Ellis reconhece a ligação entre
pensamentos, emoções, consequências e comportamentos gerados por crenças
irracionais relacionadas para ativar eventos.

Neste caso, o evento desencadeador é a agressão que origina o sentimento de culpa na


pessoa vítima de violência intrafamiliar, por isso deve-se dar suporte e
acompanhamento às consequências geradas pelo abuso psicológico, principalmente
com o objetivo de restabelecer o equilíbrio na vida da mulher abusada.

Assim, para gerir as crenças irracionais que são geradas pelas experiências de vida
ao longo do desenvolvimento de cada pessoa, é necessário ter em conta

22
consideração vários fatores como cultura, sociedade, família e personalidade como tal,
para melhor reconhecer todos aqueles pensamentos disfuncionais que causam
desequilíbrio a nível psicológico.

De acordo com as teorias cognitivas apresentadas por Beck e Ellis, os pensamentos são a fonte

das disfunções de uma pessoa, portanto, quando se fala em consequências para ações

cometidas em nível social ou pessoal, acredita-se que é importante distinguir entre um real ou

irreal sentimento de culpa fazer com que o indivíduo, no caso, a vítima perceba o prejuízo

cognitivo/emocional a que foi submetida e assim encerrar o ciclo da violência. Tudo isso por meio

do esquema ABC da terapia racional emotiva-comportamental (REBT), que é considerado o

modelo mais eficaz para tratar ideias irracionais.

23
II. EXPOSIÇÃO DO PROBLEMA

A violência contra a mulher é um fenômeno sociocultural universal que não se limita ao nível
socioeconômico e gera diversas consequências físicas e psicológicas para a vítima. É um
padrão de comportamento presente em homens e mulheres que são ensinados a serem
violentos e submissos. A agressão dirigida ao gênero feminino é aceita devido aos papéis
estabelecidos socioculturalmente para cada gênero, sendo atribuído ao homem um nível de
poder sobre a mulher, que é considerada vulnerável a qualquer disputa de poder e tomada
de decisão.

A condição de ser mulher e as diferenças de gênero determinam como agir diante das situações

que vivenciam ao longo da vida. Sendo a violência intrafamiliar uma situação em que as

mulheres estão mais vulneráveis a consequências psicológicas como a culpa, que é considerada

uma emoção que regula o comportamento humano diante de ações que atentam contra a

integridade alheia. O sentimento de culpa nem sempre tem sua origem em atos cometidos pela

pessoa, mas sim em ideias irracionais causadas por danos aos quais ela foi submetida.

Esse tipo de culpa irracional é gerado porque o agressor é uma parte importante da vida da

vítima. Ser familiar ou companheira cria nela a ideia de ser a causadora do abuso cometido

contra sua pessoa, portanto, tanto o agressor quanto a sociedade determinam os papéis

específicos para cada sexo, deixando assim a mulher vulnerável à violência.

Em muitos países do mundo, inclusive na Guatemala, as mulheres são constantemente


submetidas a longos processos de maus-tratos, agressões e abusos no ambiente
familiar. Diz-se que com o passar do tempo as mulheres conseguiram uma posição
melhor na sociedade, mas como acabar com o abuso dentro de casa se você vive em
uma sociedade patriarcal que considera o homem como chefe do lar e a mulher como
ela que te limita ao dever de criar os filhos, cumprir as obrigações de esposa e
administrar o lar.

24
Quetzaltenango, a segunda cidade mais importante da Guatemala, também sofre abusos
diários contra a integridade da mulher, situação que desperta interesse em diversas
instâncias como a jurídica, voltada para a punição do agressor; na área da saúde em relação
aos danos físicos, e no nível da educação, o conhecimento dos direitos e providências que
são tomadas caso alguém sofra algum tipo de violência; Mas, quem foca a atenção no
processo de compensação psicológica da vítima?

Do exposto, pode-se deduzir a seguinte questão:

Como a implementação da terapia racional emotivo-comportamental afeta o


tratamento da culpa em mulheres vítimas de violência doméstica?

2.1. Metas

2.1.1. Objetivo geral


- Estabelecer se a terapia racional emotivo-comportamental tem impacto positivo ou negativo

no tratamento de sentimentos de culpa em mulheres vítimas de violência doméstica.

2.1.2. Objetivos específicos

- Avaliar se existe sentimento de culpa em mulheres vítimas de violência doméstica.

- Reconhecer o padrão racional emocional-comportamental que potencia o sentimento de culpa na

mulher vítima de violência doméstica.

- Verifique os resultados do tratamento aplicado, através do pós-teste, após ter


aplicado o respetivo pré-teste.

2.2. Hipótese
h1.Implementar terapia racional emotivo-comportamental em mulheres vítimas de violência
doméstica onde tem impacto positivo no tratamento de sentimentos de culpa.
h0.Implementar terapia emocional-comportamental racional em mulheres vítimas de violência

doméstica onde tem impacto negativo no tratamento de sentimentos de culpa.

25
23. variáveis de estudo Terapia
Racional Emotivo-
Comportamental Culpa

2.4. Definição de variáveis

2.4.1. Definição conceitual de variáveis

Terapia Racional Emotiva Comportamental

Ellis (como citado em Hernández, 2007) define a terapia racional emotiva-comportamental


(REBT) como o esquema ou forma de raciocínio que tem controle sobre pensamentos, ações
e comportamentos específicos das cognições e crenças da pessoa. Funciona como um
sistema detalhado de mudança de personalidade através da ferramenta de análise chamada
ABC, que baseia sua eficácia no reconhecimento e transformação de ideias ou crenças
irracionais que causam reações emocionais indesejáveis e muito intensas para cada
indivíduo.
Sentimento de culpa

Lewis (citado em Reidl & Jurado, 2007) define a culpa como uma emoção relacionada
principalmente com um determinado comportamento, como algo separado de si mesmo
(controle), no entanto, o sentimento pode ser muito doloroso, envolve uma sensação de
tensão e remorso sobre o que foi feito errado. Esse sentimento também é conhecido como
estado emocional doloroso, cujo conteúdo mental é a sensação de ter feito algo errado
diante de padrões éticos no nível pessoal ou social.

2.4.2. Definição operacional de variáveis


A terapia racional emotivo-comportamental foi operacionalizada através da intervenção
direta com os sujeitos, aplicando as várias técnicas que nela se postulam, tais como: O
esquema ABC propriamente dito, auto-análise racional, insight racional-emotivo, debate
método filosófico/socrático, imaginação racional emocional e tarefas de casa. Por outro
lado, o sentimento de culpa foi operacionalizado através da escala de culpa

26
(SC-35) de Zabalegui Rodríguez, que a define como uma escala que mede a variável
atitudinal do sujeito que sente culpa, a tendência a ter sentimentos de culpa como
traços de personalidade, a aplicação pode ser individual ou coletiva.

2.5. Escopo e limites


Por meio desta pesquisa, foram avaliadas 30 mulheres adultas vítimas de violência
doméstica, de diversas profissões, donas de casa e trabalhadoras fora do lar, com
idade entre 20 e 65 anos. Será realizado no Centro Landivariano de Psicologia da
Universidade Rafael Landívar, na capital departamental de Quetzaltenango.

2.6. Entrada
- A Guatemala se beneficiará porque, sendo um país culturalmente machista, precisa de

contribuições desse tipo que façam com que sua população entenda as repercussões que essa

prática causa nas mulheres.

- Dá à sociedade a chance de conscientizar e gerar mudanças.


- Para a comunidade, oferece uma ferramenta para promover a equidade e o cuidado com as

mulheres.

- Para as mulheres estudadas, a possibilidade de recuperar o equilíbrio de suas vidas e acabar

com o ciclo da violência.

- Ao Centro Landivarian de Psicologia, como opção efetiva de tratamento para


mulheres vítimas de violência.
- À Faculdade de Letras na área da psicologia, oferece um documento de consulta.

- Os profissionais de psicologia e futuros profissionais desta área dispõem de uma


ferramenta terapêutica ao nível da intervenção.

27
III. MÉTODO

3.1. assuntos
O estudo foi realizado com um grupo de mulheres com idade entre 20 e 65 anos, que
sofreram violência intrafamiliar, pertencentes a classe social baixa, média e média-alta e que
ingressaram com ações nas diversas instâncias da justiça e se dirigiram a psicoterapia ao
Centro de Psicologia Landivariana da Universidade Rafael Landívar da capital departamental
de Quetzaltenango. O universo foi estabelecido através do registo dos casos acolhidos na
instituição, tendo sido utilizado o universo completo constituído por 30 mulheres, as quais
foram avaliadas e assim extraiu-se a amostra de 15 mulheres que pontuaram nos níveis
mais elevados.

3.2. instrumentos
-Escala para medir o sentimento de culpa SC-35
Foi utilizada a escala SC-35 adaptada para o espanhol, criada por Luis Zabalegui em 1993, possui

35 itens que determinam a tendência a experimentar sentimentos de culpa, foi desenvolvida em

duas partes, a primeira foi através da revisão histórica das abordagens psicológicas que tratam a

culpa como um sentimento; A segunda parte apresenta a construção da escala a medir, não a

culpa ou o sentimento de culpa, mas apenas como variável atitudinal do sujeito que sente culpa,

a propensão ou tendência para ter sentimentos de culpa, como traço de personalidade que

permite diferenciar alguns indivíduos de outros pela sua intensidade e pela forma como se

culpabilizam.

Cada item expressa algo que, no seu caso, pode ser: TF: Totalmente Falso ou simplesmente Falso, MBF:

Bastante Falso, ou seja, mais falso do que verdadeiro, MBV: Bastante Verdadeiro, ou seja, mais verdadeiro

do que falso e TV: Totalmente Verdadeiro ou Verdadeiro sem mais.

A forma de qualificação é atribuir pontos a cada item da seguinte forma: TF = 1 ponto MBF =
2 pontos MBV = 4 pontos TV = 5 pontos. Os itens negativos (1 e 31) recebem pontuação
inversa: TF = 5 pontos MBF = 4 pontos MBV = 2 pontos TV = 1 ponto. Um item não
respondido ou respondido incorretamente (por exemplo, marque duas respostas) recebe 3

28
pontos, por fim a soma de todos os pontos obtidos nos 35 itens é o escore total.

As pontuações são interpretadas da seguinte forma:

-Mais de 140: Sensação patológica.

-Mais de 120: Grande vulnerabilidade, excessiva e com muitos sentimentos

- De 100 a 120: Esta é uma pessoa que claramente tende a se culpar mais do que o
normal.

-Dos 70 aos 90: A pessoa sofre de sentimentos de culpa como a maioria. (não um pouco / não muito).

- Dos 40 aos 60 anos: muito pouca tendência a sentir-se culpado. Pessoa calma e segura
de si que consegue dormir sem perturbações.

- Menos de 40: Pessoa que não é nada afetada por sentimentos de culpa, muito relaxada e

insensível à aprovação ou desaprovação dos outros.

- Menos de 20: Eu seria uma pessoa excessivamente fria, insensível, rude, que passa por tudo e para

quem nada importa.

A escala SC-35 mede exclusivamente a tendência pessoal a sentir-se culpado, como uma característica

atitudinal da pessoa, neste sentido é creditada como um instrumento confiável para medir esta tendência

como um traço de personalidade.

3.3. Procedimento
- Seleção do tema de pesquisa e realização de três resumos. Entrega de

- resumos para a área de psicologia da Faculdade de Letras.

- Aprovação de um dos resumos de acordo com critérios estabelecidos pelo corpo docente.

- Pesquisa de fundo nos diversos suportes bibliográficos e de consulta. Construção do

- referencial teórico de acordo com as normas da APA.

29
- Escrever a introdução, tendo em conta as instruções estabelecidas pelo guia para a
realização do trabalho de graduação.

- Ao realizar o enunciado do problema, leva-se em conta que se deve partir da


situação geral para a particular na Guatemala.
- Elaboração do método com total clareza dos instrumentos, assuntos e procedimentos a serem

utilizados.

- Redação e apresentação dos resultados obtidos na investigação.


- Etapa de discussão dos resultados, confrontando os dados obtidos com as fontes
teóricas.
- Elaboração das conclusões e recomendações do trabalho de investigação.

- Elaboração do índice geral de trabalho.

- Referências de acordo com as normas APA.

3.4. Tipo de pesquisa, design e metodologia estatística


Bernal (2006) define a pesquisa quantitativa como a medição das características dos
fenômenos sociais, o que supõe derivar um quadro conceitual pertinente do problema
analisado, postula a relação entre as variáveis de estudo de forma dedutiva, estabelece
objetivos, questões e hipóteses que devem ser medida através de processos estatísticos. A
abordagem quantitativa é sequencial e evidencial.

Segundo Zapata (2005), uma vez que surge o problema a ser investigado, a hipótese é formulada, as

variáveis são reconhecidas e sabe-se como vão ser controladas, deve-se escolher o desenho

adequado para trabalhar, para o que é necessário conhecer o tamanho da amostra ou população e o

tipo de amostragem a ser utilizada; Relativamente à presente investigação sobre a relação entre a

terapia racional emotiva-comportamental e o sentimento de culpa, considera-se o desenho quase-

experimental o mais adequado, que segundo León e Montero (2011) é o contraste de uma relação

causa-efeito de uma problema, que não permite estabelecer a priori os controlos mínimos, mas pela

forma de aplicação é muito útil na avaliação de programas de intervenção psicológica, para melhorar

o seu planeamento e controlo e permite uma pré e pós avaliação do fenómeno .

30
A metodologia a ser usada neste projeto de pesquisa é a seguinte:
Significado da média para amostras comparadas

- Defina o nível de confiança. nc


95%-----z = 1,96 99%-----z = 2,58

- √

- razão crítica⁄Nível de confiança

31
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo apresenta os resultados obtidos pela aplicação da Escala SC-35, que mede a
tendência a experimentar sentimentos de culpa como traço de personalidade, em mulheres
vítimas de violência doméstica, que frequentam psicoterapia no Centro Landívarian de
Psicologia da Universidade Rafael Landívar de a capital do departamento de
Quetzaltenango. O teste foi aplicado a um grupo de 30 mulheres, de onde foi extraída a
amostra representativa de 15 mulheres que apresentam os níveis mais altos avaliados pelo
teste, posteriormente foi aplicado um tratamento focado nas técnicas e considerações
estruturais da Terapia Racional Emotiva. (TREC), para por fim verificar se a intervenção tem
impacto no sentimento de culpa.

TABELA Nº 1

Resultados gerais dos níveis de culpa na mulher vítima de violência


intrafamiliar. (PRÉ-TESTE)

Descrição Arrancar Nº de mulheres que o apresentam

-Pessoa excessivamente fria. menos de 20 0


- Pessoa que não é afetada por menos de 40 9
sentimentos de culpa.
- Muito pouca tendência a 40 a 60 7
experimentar sentimentos de culpa.

- A pessoa sofre de sentimentos de 70 a 90 3


culpa como a maioria.
- Pessoa com tendência para 100 a 120 3
culpar
-Grande vulnerabilidade. mais de 120 5
-Sensação patológica. mais de 140 3
TOTAL 30
Fonte: Trabalho de Campo

32
A tabela acima mostra a tendência e frequência com que o sentimento de culpa ocorre
nos diferentes níveis avaliados pela Escala SC-35, antes de extrair as mulheres que
foram objeto do estudo para a intervenção psicoterapêutica; Com os dados anteriores
ainda não é possível determinar estatisticamente a significância do resultado. As tabelas
a seguir representam os valores obtidos no trabalho de campo.

GRÁFICO Nº 1
gráfico em porcentagens

Gráfico de resultados gerais

0%

10%
MENOS DE 20

13% 3. 4% MENOS DE 40

40 a 60

70 a 90
10%
100 a 120

MAIS DE 120
10%
MAIS DE 140
23%

Fonte: Trabalho de campo.

No gráfico acima é possível analisar os percentuais obtidos para cada nível de tendência à
culpa, 34% das mulheres avaliadas pontuam entre as pessoas que não são afetadas pelo
sentimento de culpa, enquanto os níveis em que o sentimento de culpa de culpa já é
considerado como um traço de vulnerabilidade na pessoa perante as experiências de vida,
da categoria que aponta dos 40 aos 60 anos, demonstra-se uma tendência de 23%, a
experimentar sentimentos de culpa como a maioria das pessoas, de Nesta categoria, as
mulheres com escores variando entre 64 e 70 foram considerados como parte do
tratamento a ser aplicado.

33
Níveis a partir de 70 pontos representam uma frequência de 10% a 13% entre as
mulheres avaliadas. Essas categorias são consideradas de maior risco e, portanto,
qualificam-se para serem submetidas ao tratamento.

TABELA Nº 2
Resultados gerais da tendência a experimentar sentimentos de culpa.
(PRÉ-TESTE E PÓS-TESTE)

sujeito n. pré-teste Pós-teste

1. 64 41
2. 77 41
3. 77 43
4. 98 52
5. 104 51
6. 108 74
7. 112 66
8. 120 66
9. 122 68
10. 135 64
onze. 137 61
12. 138 64
13. 147 67
14. 147 80
quinze. 150 79
assuntos totais quinze quinze

Significado dos meios = 6,99

Fonte: Trabalho de Campo

Na tabela anterior, pode-se observar, as pontuações que representam o nível de culpa


nos diferentes níveis avaliados pela Escala SC-35, nas 15 mulheres que participaram do
tratamento, revelando as pontuações antes e depois do mesmo, a estatística valores
usados para a significância da média para amostras comparadas indicam que o
resultado desta investigação tem um nível de significância de 6,99, que é

3. 4
maior que o nível de confiança estabelecido de 2,58 e, portanto, rejeita-se a hipótese nula e aceita-se a

alternativa ou hipótese de trabalho.

GRÁFICO Nº 2

Gráfico dos valores obtidos

(PRÉ-TESTE e PÓS-TESTE)

Gráfico de resultados
160

140

120

100

80 PRÉ-TESTE

PÓS-TESTE

60

40

vinte

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Fonte: Trabalho de campo.

No gráfico acima é possível analisar e observar uma evidente diferença nas pontuações
obtidas antes e após o tratamento aplicado, o que analogamente indica uma diferença
estatisticamente significativa nas médias obtidas.

35
TABELA Nº 3

teste t para médias de duas amostras pareadas

valor estatístico Antes Depois


Metade 116 61
desvio típico 26,72 12h42

Amostras comparadas

Diferença de 55
meias
significado 6,99 > 2,58

Fonte: Trabalho de Campo

Ao analisar os dados da tabela anterior, que representam os valores obtidos estatisticamente no

pré-teste e pós-teste do grupo de sujeitos do estudo, fica evidente uma diminuição na média de

55 pontos, o que reflete uma significância da média das amostras comparadas de 6,99 maior que

o nível de confiança estabelecido, o que determina que os resultados tenham um grau de

confiabilidade adequado.

36
V. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O objetivo desta pesquisa foi avaliar e tratar o sentimento de culpa na mulher vítima
de violência doméstica. Acima de tudo, pretendeu-se examinar o nível de
intensidade da culpa vivenciada pelas mulheres, bem como saber como a Terapia
Racional Emotivo-Comportamental (REBT) a afeta, para a qual foram utilizadas as
diferentes técnicas estruturalmente estabelecidas por este estudo. modelo, como
auto-análise racional, imaginação racional-emotiva e diálogo socrático ou disputa de
idéias irracionais. Além disso, foram identificados aqueles fatores associados à
situação de vida, que limitam a pessoa a sair do ciclo da violência. As principais
conclusões deste estudo são discutidas a seguir.

Dos resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se deduzir que a exposição a eventos
como a violência, independentemente do tipo, em algum momento da vida das
mulheres estudadas, causa-lhes uma carga emocional e psicológica associada à crença
irracional de ser culpado das agressões repetidamente recebidas contra sua pessoa.
Como também é evidente que fatores culturais e familiares determinam a manutenção
da situação, até que vejam em risco a vida de seus entes queridos e a sua própria.

A exposição constante a atos de agressão afeta a capacidade de discernir entre o que é


real e o que é irreal na vida, uma vez que a violência intrafamiliar ocorre no âmbito
doméstico, que é o espaço físico onde são geradas as relações entre homens e
mulheres. assim como os vínculos afetivos produto da coabitação (filhos). Segundo
Álvarez (citado Ladrón, 2007) esta situação dirige-se mais intensamente às mulheres e
os resultados do estudo comprovam que a violência pode ser recebida por qualquer
membro da família, seja o cônjuge ou companheiro, os filhos e até mesmo os leis.

Por outro lado, para manter o ciclo da violência, o agressor recorre principalmente à violência

psicológica, que segundo Escudero, Polo, López e Aguilar (2005) no artigo intitulado La

37
persuasão coercitiva, modelo explicativo da manutenção de mulheres em situação de
violência de gênero. II: Emoções e estratégias de violência expõem que a mulher que passou
por um processo de persuasão, juntamente com as estratégias de controle exercidas pelo
agressor, gera sentimentos e emoções como culpa, medo, vergonha e solidão, que
determinam que a situação de o abuso a que é submetida seja prolongado ou abandonado.

Assim, ao reconhecer o papel desempenhado tanto pelo agressor como pelas emoções geradas

na mulher submetida a processos de persuasão ou violência psicológica, surge a necessidade de

realizar um plano de psicoterapia, que é o objetivo principal desta pesquisa, implementando

REBT para o processo de autoavaliação racional-emotiva e de reconhecimento daquelas crenças

irracionais relacionadas à violência vivenciada, leva a pessoa a tomar a decisão de acabar com o

ciclo da violência.

Embora a psicoterapia como tal seja de grande benefício para as pessoas que decidem
receber apoio a nível psicológico, é mais para quem vive situações que mudam a forma
como interpretam as suas vidas e o mundo que as rodeia, por isso Echauri e Az cárate (2010)
consideram que a terapia cognitiva é a mais adequada para trabalhar com as crenças
irracionais dos indivíduos, mas apenas a terapia racional emotivo-comportamental de Albert
Ellis reconhece a ligação entre pensamentos, emoções, consequências e comportamentos
gerados pelos Equívocos originários de eventos ativadores.

Neste caso, o sentimento de culpa na mulher vítima de violência doméstica tem origem no

processo de coação, persuasão e submissão psicológica exercido pelo agressor, o que gera nela

a ideia irracional de ser a responsável pelos atos de agressão recebidos, Porque de acordo com o

estudo, a frequência com que ele costuma ouvir frases como "Por sua causa, eu reajo assim" ou

"É que se você não me deixasse com raiva, eu não te machucaria"; é muito alta, situação que a

fez duvidar durante o tempo que durou o abuso, se eles foram ou não a causa das reações

violentas de seu agressor.

38
Mas se atentarmos para a definição que Reidl e Jurado (2007) nos dão em relação ao sentimento

de culpa, segundo eles, trata-se de um termo que denota um estado emocional doloroso, cujo

conteúdo mental é a sensação de ter agido mal à luz dos padrões éticos, sejam eles sociais ou

pessoais, percebemos que as agressões sofridas pelas mulheres no âmbito familiar não

decorrem de atos por elas cometidos, mas sim, são de responsabilidade tanto de quem agrediu

quanto do padrão cultural e família em que se é criado, onde as mulheres são ensinadas

principalmente a serem submissas e os homens a serem violentos.

Porém, pelos dados obtidos por meio da escala SC-35, 50% das mulheres avaliadas
necessitaram de intervenção psicoterapêutica, que as ajudou a modificar aquelas
crenças irracionais, que as fizeram manter aquela carga emocional dolorosa em relação
à situação de violência da qual foram vítimas.

Da análise dos resultados deste estudo, pode-se afirmar que a tendência a sentir culpa, após
a violência vivida, varia em pontuações de 64 a 150 em níveis de intensidade que são
representados por 10%, 13% e 23% respectivamente , Em comparação com o estudo
realizado por Coronado e López (2011) na tese intitulada Culpa em mulheres vítimas de
violência doméstica, pode-se dizer que a culpa e a violência ocorrem independentemente da
idade, condição social, estado civil, padrões parentais, religião e escolaridade, pois a relação
entre a vítima e o agressor, na maioria das vezes, é de natureza conjugal ou de parceria.

É também o que apontaram Santandreu e Ferrer (2014) no artigo intitulado Análise da


emoção negativa em mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo. Culpa e raiva
indicam que 62% demonstram emoções negativas em relação ao sentimento de culpa, o
que pode ser comparado a 50% das mulheres avaliadas neste estudo, que
demonstraram desconforto emocional de origem negativa, relacionado à situação de
violência.

Obtidos os resultados iniciais nas tendências à culpa, iniciou-se o plano de


tratamento com base nas técnicas propostas pelo REBT, por meio do qual

39
conseguiu identificar as principais crenças irracionais enraizadas em cada uma das mulheres
estudadas.

Uma das principais constatações durante o processo é o reconhecimento daqueles


fatores que determinam a manutenção ou término da violência, ainda mantendo a
relação de convivência com o agressor, este é um elemento de vulnerabilidade para
reincidência na situação; instabilidade econômica decorrente do término do
relacionamento, bem como as despesas legais que a separação acarreta; Outro fator é o
tempo de duração do abuso e o processo jurídico-legal, que gera na maioria das
mulheres medo e incerteza se conseguirão ou não seguir em frente; também a pressão
familiar e social, que tende a prejulgar a mulher que decide acabar com a violência, e
por fim os filhos, que são o vínculo de união para toda a vida e para os quais por vezes
não se toma a decisão de abandonar o tipo. liderado,

No entanto, os fatores que favorecem o fim da violência são: denunciar o agressor e obter apoio

na justiça, ter um emprego estável, o apoio dos filhos e da família de origem e receber ajuda de

natureza psicológica, que em alguns casos pode é um fator que aumenta a segurança das

mulheres e nisso o grupo de terapia significou para muitas uma tomada de consciência das

capacidades que tanto elas quanto o resto do grupo possuem, em comparação com o que San

Martín (2014) indica no artigo intitulado A redução de indemnização por culpa da vítima/

Reflexões à luz de algumas fontes romanas; onde explica que dividir o dano entre a vítima e as

pessoas coloca a pessoa em uma posição de menor risco.

Ao final do processo de intervenção e realizando novamente a avaliação das


mulheres em estudo, foi possível verificar que o REBT tem impacto positivo no
tratamento da culpa, pois há diferença nas pontuações onde o menor nível de
intensidade é 41 pontos e o máximo de 79 pontos, o que significa que a experiência
em cada um deles variou em diferentes escalas.

40
Assim, o estudo realizado mostra que a terapia racional emotivo-comportamental pode ser aplicada a

pessoas que sofrem ou sofreram em algum momento de suas vidas, atos de violência, que causam

algum tipo de desequilíbrio psicológico emocional e comportamental.

41
SERRA. CONCLUSÕES

- De acordo com o estudo realizado, constatou-se que a intervenção psicológica


adequada do sentimento de culpa irreal na mulher vítima de violência doméstica,
através das técnicas da terapia racional emotiva-comportamental, tem um impacto
positivo no tratamento e na sua modificação. O que também beneficia o processo de
término do ciclo de violência, bem como a descarga emocional negativa nele.

- Ao avaliar o sentimento de culpa, gerado na mulher após vivenciar uma experiência


de violência intrafamiliar, foi possível verificar que é alta a tendência de
responsabilizar-se negativamente por atos de agressão constantemente dirigidos à
sua pessoa, isso devido ao tipo de abuso recebido e sua duração.

- A vivência da violência na mulher determina a forma como ela interpreta o mundo ao seu

redor e consequentemente como ela reage a ele, essa situação costuma gerar padrões que a

limitam a sair do ciclo violento em que vive, mas ao reconhecer as ideias , emoções e

comportamentos que são frequentes nela e lhes der um tratamento adequado, a forma de ver

sua vida pode ser modificada.

- Foi possível constatar que a terapia emocional-comportamental racional é de grande


benefício para o tratamento das ideias irracionais geradas na mulher vítima de
violência doméstica, ao reduzir significativamente a intensidade do sentimento de
culpa.

42
VII. RECOMENDAÇÕES

- Recomenda-se que as diferentes instâncias que trabalham em prol da igualdade de

gênero e da prevenção da violência contra a mulher, promovam uma abordagem grupal

por meio das técnicas de psicoterapia REBT, a fim de promover o apoio mútuo no

processo de fim do ciclo de violência contra a mulher gênero feminino.

- Promover conferências sobre psicoeducação, sobre questões de violência de gênero de todos os

tipos e avaliar os participantes das mesmas, para reconhecer se possuem algum fator de risco para

essas questões.

- Promover a avaliação psicológica da mulher vítima de violência doméstica,


quando ela for a qualquer instância da justiça, a fim de identificar o padrão
emocional-comportamental racional que pode limitá-la a pôr fim ao ciclo violento
em que vive .

- Implementar grupos de apoio baseados em técnicas de abordagem REBT, que


beneficiem a saúde geral da população em geral, como forma de prevenir e
reduzir os casos de violência.

43
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&ved=0CCwQ6AEwAQ#v=onepage&q=dise%C3%B1os%20de%20investigacion%2
0quantitative&f=true

48
ANEXOS

APÊNDICE 1

PROPOSTA

Oficina de prevenção de consequências emocionais

Introdução
Há anos que se presta atenção ao trabalho e gestão de situações que provocam uma distorção
no pensamento, atitude e comportamento da pessoa, a fim de compreender porque se
comportam de determinada maneira.

Atualmente, a psicologia teve um boom especial no reconhecimento da irracionalidade que


motiva muitas ideias e como isso afeta profundamente a psique da pessoa e, como
consequência, sua tendência a agir de uma determinada maneira. A mesma psicologia nos
oferece através de teorias e estudos prévios, uma série de ferramentas para permitir que a
pessoa não caia tão facilmente no manejo de ideias irracionais. É justamente o uso de
algumas dessas ferramentas que são propostas a seguir para prevenir condições
psicológicas em qualquer indivíduo.

Justificação
Reconhecendo a influência do ambiente em que a pessoa se desenvolve, na forma como
interpreta as suas experiências de vida, na forma como pensa e sente, considera-se
fundamental a realização de um acompanhamento psicoterapêutico adequado para que a
pessoa possa manter um equilíbrio e uma bom funcionamento nas diversas áreas em que atua,
neste caso a mulher que sofreu violência doméstica. No entanto, existe a certeza de que
qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade, condição socioeconômica ou status
intelectual, pode em algum momento de sua vida passar por um evento que produza
sentimentos de culpa. Isso permite que essa proposta seja implementada em qualquer setor da
população considerado vulnerável a essa situação.

49
Por isso, propõe-se a implementação de uma série de oficinas que ajudem a modificar as
construções mentais da pessoa, como prevenção, visando o gerenciamento das ideologias
de gênero estipuladas pela sociedade em que está inserida.

Agendar

Sessão Emitir Mirar Duração Recursos

1. Introdução Informe ao grupo os uma hora e Humanos: participantes

objetivos específicos das trinta e facilitador

oficinas e as grandes minutos Materiais: Cadeiras, folhas de

importância de se comprometer papel, cartão de índice

com eles, bem como a aplicação inscrição, música e


de técnicas de quebra-gelo que outros.

promovam um ambiente

cordial.

Aplicação da Escala SC-35

2. Avaliação Através da aplicação do Duas horas Humanos: participantes

em geral esquema ABC e auto- e facilitador

análise racional, a fim de Materiais: Cadeiras, folhas

esclarecer as crenças de papel, canetas,

indivíduos e grupos em música e outros.

relação à violência.
3. Processo de Após a aplicação do esquema uma hora e Humanos: participantes

reflexão ABC e do teste de auto-análise trinta e facilitador

racional, pretende-se chegar ao minutos Materiais: Cadeiras, folhas

insight racional-emotivo. de papel, canetas,

Alcançar o autoconhecimento. música e outros.

4. Processo de Conseguir uma mudança de ideias uma hora e Humanos: participantes

mudar e ou crenças irracionais através do trinta e facilitador

modificação debate filosófico aplicado a partir minutos Materiais: Cadeiras, folhas

do método socrático. de papel, canetas,

música e outros.

cinquenta
5. Reforço Levar as pessoas a uma hora e Humanos: participantes

de crenças instituir mais maneiras trinta e facilitador

formas racionais de pensar, minutos Materiais: Cadeiras, folhas

sentir e agir, tudo através da de papel, canetas,

aplicação de técnicas de música e outros.

imaginação racional emocional.

6. Avaliação Através do esquema ABC uma hora e Humanos: participantes

final de ideias irracionais, trinta e facilitador

reavaliar a eficácia da minutos Materiais: Cadeiras,

intervenção. folhas de papel e lápis.

Aplicação da Escala SC-35

Avaliação
- A avaliação será realizada por meio de votação de opinião.

- Aplicação da escala SC-35, para determinar as mudanças que surgiram após sua
primeira aplicação.

Anexos (cópias dos instrumentos)

51
APÊNDICE 2

INSTRUMENTO / ESCALA SC-35


Leia as frases a seguir e verifique se, no seu caso, são verdadeiras ou falsas.
Marque com um X a que melhor se adequa ao seu caso.

Nome: _______________________________________________________ Idade: _______________

Completamente

Completamente
Cidade: _______________________________________ Data: __________________________

VERDADEIRO.
verdadeiro
falso

Falso
Telefone: _________________________

QUESTÕES
1. Preocupo-me com o que as outras pessoas possam pensar do que faço.
2. Quando estou feliz, duvido que mereço.
3. Não mereço ser amado.
4. Quando cometo um erro, por menor que seja, passo muito mal.
5. Quando me acusam injustamente, penso que talvez tenham razão.
6. Eu me sentiria feliz se pudesse, de alguma forma, corrigir o erro que cometi.
7. Ao longo da minha vida cometi muitos erros dos quais me arrependo muito.
8. Quando me dizem que um superior quer falar comigo, sinto-me mal e começo a pensar no
que fiz de errado.
9. Tem coisas do meu passado que não quero nem lembrar.
10. Às vezes fico paralisado ao ver como as pessoas não têm vergonha de agir de alguma
forma, quando me preocupo tanto com o que faço.
11. Não sei porque sexo ainda é algo sujo para mim.
12. Quando tenho que receber cuidados de outras pessoas, sinto-me culpado.
13. Quando perco um amigo penso: "Que erro cometi de novo."
14. Tenho a sensação de "quebrar" tudo o que toco.
15. Quando me revelo como realmente sou, sinto que enganei os outros.
16. Eu ficaria muito envergonhado se tivesse que ir para a cadeia.
17. Há situações que me marcam por muito tempo.
18. Não é estranho que meus amigos me esqueçam.
19. Sou o culpado pelos meus fracassos.
20. Quando percebo que um amigo fala mal de mim, começo a pensar no que lhe fiz.
21. Se eu pudesse me purificar de toda culpa, isso tiraria um peso dos meus ombros.
22. A maior felicidade é se comportar corretamente.
23. Às vezes me sinto culpado por coisas que não fiz.
24. Sinto falta da inocência de quando era criança.
25. Há muitas coisas que as pessoas acham que são certas, mas eu não as vejo assim.
26. Tenho medo de que algo ruim me aconteça, embora eu não tenha feito nada de errado.
27. Já tive vontade de cuspir em mim mesmo ao me olhar no espelho.
28. Quando tenho sucesso em alguma coisa, às vezes suspeito que não mereço.
29. Sinto um peso quando penso em meu pai.
30. Entendo e justifico facilmente os outros, mas NÃO a mim mesmo.
31. Não me sinto pior do que a maioria.
32. Sempre que algo dá errado, acho que todos recebem o que merecem.
33. É imperdoável não retribuir quem me ama.
34. Às vezes, sinto nojo de mim mesmo.
35. Há pensamentos e desejos que me infectam como se fossem sujeira.
PARA B. C. D.
ADIÇÃO

1 2 4 5

PONTUAÇÃO TOTAL

52
ANEXO 3

PROCEDIMENTO ESTATÍSTICO

TABELA DE RESULTADOS PRÉ-TESTE

XI F fa ∑ f * Xi d́ ∑f*d ∑ f * d'2
64 1 1 64 52 52 2704
77 2 3 154 38 78 3042
98 1 4 98 18 18 324
104 1 5 104 12 12 144
108 1 6 108 8 8 64
112 1 7 112 4 4 16
120 1 8 120 4 4 16
122 1 3 122 6 6 36
135 1 10 135 19 19 361
137 1 onze 137 vinte e um vinte e um 441
138 1 12 138 22 22 484
147 2 14 294 178 62 1922
150 1 quinze 150 94 3. 4 1156
∑ 15 ∑ 1736 ∑ 10710

-estatísticos

Metade:

√ √
Desvio: √

53
TABELA DE RESULTADOS PRÉ-TESTE

XI F fa ∑ f * Xi d ∑f*d ∑f*d2
52 51 2 82 vinte 40 800
43 1 3 43 18 18 324
51 1 4 51 10 10 100
52 1 5 52 9 9 81
61 1 6 61 0 0 0
64 2 8 128 3 6 18
66 2 10 132 5 10 cinquenta

67 1 onze 67 6 6 36
68 1 12 68 7 7 49
74 1 13 74 13 13 169
79 1 14 79 18 18 324
80 1 quinze 80 19 19 361
∑ 15 ∑ 917 ∑ 2312

-estatísticos

Metade:

√ √
Desvio: √

54
SIGNIFICADO DA MÉDIA PARA AMOSTRAS COMPARADAS

1. Nível de confiança 99% = 2,58

2. √ √ √ √

3.

4.CR⁄Nível de confiança

6,99 > 2,58

DIFERENÇA DE MEIOS

X1 X2
Número de assuntos quinze quinze

116 61 Diferença = 55
26,72 12h42

√ √

√ √

55

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