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FISIOTERAPIA
Campinas
2022
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SUMÁRIO
1. Introdução………..............................................................................................02
2. Desenvolvimento............................................................................................... 03
3. Projeto de Extensão...........................................................................................11
4. Conclusão...........................................................................................................12
5. Referências Bibliográficas................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
Existem cerca de 200 mil casos de ELA no mundo e destes apenas 12 mil estão
no Brasil, sua incidência média é de 1/50.000 casos por ano e a sua prevalência média
de 1/20.000 casos por ano, sendo destes o predomínio no sexo maculino com a razão
entre homens e mulheres de 1,5:1. Outra forma de analisá-la seria através da prevalência
da doença na faixa etária, sendo mais comum entre 55 e 75 anos de idade, tendo de 3 a 5
anos de vida e com cerca de 25% dos pacientes sobrevivendo por mais de cinco anos.
Os neurônios motores fazem parte da via eferente, ou seja, a via que leva o
estímulo do SNC para o SNP (Sistema Nervoso Periférico), e são responsáveis pela
função metabólica e morfológica das fibras musculares, unidades do músculo
responsáveis pela contração. Logo, os neurônios motores levam o estímulo do SNC para
as fibras musculares. Sem o estímulo, o neurotransmissor acetilcolina não atravessa a
junção neuromuscular para ser liberado no retículo sarcoplasmático, que é responsável
pela abertura dos canais de cálcio e é essencial para o funcionamento das unidades
contráteis do músculo, o sarcômero.
responsáveis por receber o estímulo; o corpo celular, que processa o estímulo; o axônio,
que conduz o estímulo; e a bainha de mielina, que cerca o axônio e auxilia na condução
rápida e precisa do estímulo. De forma a comunicar o neurônio e o músculo, existe a
junção muscular, que libera os neurotransmissores nos sarcômeros, que são células
excitáveis, e a partir dos ´túbulos T´, ocorre a despolarização da célula. A
despolarização é a inversão de cargas na célula, ou seja, o meio intracelular fica positivo
e o meio extracelular fica negativo. Essa inversão acontece devido a abertura dos canais
dependentes de voltagem, que são iônicos, a partir da ação direta ou indireta dos
neurotransmissores. A abertura destes canais permite a troca de íons, e também a
entrada de Ca 2+, que é responsável pelo funcionamento dos filamentos do sarcômero,
logo, a contração muscular.
A esclerose lateral amiotrófica não tem cura, mas seu ritmo de progressão pode
ser diminuído. O medicamento Radicava (edaravone), foi aprovado pelo FDA (Food
and Drug Administration) em 2017 para o uso no tratamento de pacientes com a
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A droga é intravenosa e tem função de diminuir o
ritmo do declínio funcional de um paciente diagnosticado. O Radicava deve ser
manuseado por um profissional da saúde.
recente que pode ser usado como alternativa para o tratamento, já que diminui o ritmo
de progressão da doença.
A ELA também está associada com transtornos mentais. Como uma pessoa
diagnosticada deixa de viver sua vida de antes e entende que também não voltará a ser
como era, já que acaba dependendo de outra pessoa para realizar simples tarefas do
cotidiano, um portador pode apresentar maior probabilidade de desenvolver ansiedade e
depressão. Nesse ponto de vista, muitos optam por não realizarem a traqueostomia por
não terem mais vontade de viver. Por outro lado, existem religiões que tem como
princípio priorizar a vida, ou seja, se o paciente não sentir mais vontade de viver e não
quiser realizar a traqueostomia, isso em sua religião é considerado uma desvalorização a
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vida. Portanto, um paciente pode escolher fazer o procedimento contra sua vontade,
desse modo seu sofrimento vai se estender.
3. PROJETO DE EXTENSÃO
Portanto, como projeto de extensão decidimos usar a nossa pesquisa como forma
de alertar a sociedade, de modo a abordar questões empáticas e também preventivas da
doença. Logo, escolhemos tratar do tema em adolescentes, executando apresentações de
linguagem acessível, dinâmica e colaborativa nas escolas.
4. CONCLUSÃO
Ainda por cima, é importante abordar que a ELA não possui cura, mas seu ritmo
de progressão pode ser diminuído, principalmente com o auxílio do Radicava, que foi
aprovado pelo FDA em 2017. Os tratamentos podem ser realizados por especialistas em
variadas áreas da saúde como nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos e os
fisioterapeutas. Agora partindo para o ramo da fisioterapia, ela é importante porque
ajuda na parte motora e na parte respiratória do indivíduo, podendo até mesmo evitar
complicações futuras para o paciente. O fisioterapeuta também pode passar exercícios
para o paciente realizar, desde que os exercícios sejam de resistência baixa a moderada e
cada paciente deverá ter uma prescrição de acordo com o quadro apresentado, no qual
determina-se a intensidade, a duração e as repetições dos exercícios, sempre evitando
que o paciente sinta fadiga e dor; a fisioterapia neurofuncional também é recomendado
e pode ajudar muito.
Além do mais, é importante destacar que esta doença é mais do que uma
patologia do sistema nervoso, é um fator social, cultural, de estilo de vida e religioso. Já
o método de reabilitação é psíquico psiquiátrico e os praticantes visam recriar
conscientemente eventos dolorosos ou traumáticos do passado para se libertar de
influências limitantes. A ELA é incurável, portanto, o tratamento mais eficaz que
costuma ser dado é retardar a doença com medicamentos entre outros procedimentos,
como a traqueostomia, esses cuidados devem ser seguidos pelo profissional de saúde
quando a pessoa acometida pela doença as recusa. O atendimento humanizado de todos
os pacientes é extremamente importante, mas quando se trata de uma doença
degenerativa como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), o atendimento humanizado
torna-se fundamental, pois é uma doença agressiva que prende o paciente em seu
próprio corpo, impedindo-o de cumprir com seus apetites.
Por fim, de acordo com nosso projeto de extensão, depreende-se que, portar uma
doença neurologicamente degenerativa possui seus desafios, que não são fáceis,
destacando-se pressões, conflitos internos de um indivíduo, julgamentos e
desentendimentos feitos pela sociedade (pensamentos que estão enraizados na cultura),
e tudo isso só dificulta para a aceitação da doença e o convívio diário. Logo, como
projeto de extensão, decidimos utilizar nosso projeto e fundamentação teórica para
conscientizar toda a sociedade sobre o assunto, além de discutir sobre a necessidade da
empatia e respeito das pessoas em relação aos portadores de ELA, além de tratar do
tema com adolescentes, executando apresentações de linguagem acessível, dinâmica e
colaborativa nas escolas.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acesso em: 18 out. 2022.
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Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br>. Acesso em: 18 out. 2022.
● Fisioterapia Neurofuncional: “especialidade exige muito estudo e uma dose a
mais de empatia”. CREFITO-15. Disponível em:
<https://www.crefito15.org.br/fisioterapia-neurofuncional-especialidade-exige-
muito-estudo-e-uma-dose-a-mais-de-empatia/>. Acesso em: 18 out. 2022.
● SANTOS, M. R. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: UMA BREVE
ABORDAGEM BIBLIOGRÁFICA. Faculdade de Educação e Meio Ambiente.
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https://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/1251/1/SANTOS,%20M.
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Acesso em: 21 set. 2022.
● GARCIA, L. N. et al. Relação entre degeneração do trato córtico-espinhal
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● Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ministério da Saúde. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/esclerose-lateral-ami
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● Jornal Nacional. Brasil participa de pesquisa internacional para desvendar a
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<https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/06/21/brasil-participa-de-pes
quisa-internacional-para-desvendar-a-esclerose-lateral-amiotrofica.ghtml>.
Acesso em: 18 out. 2022.
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