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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

FISIOLOGIA HUMANA

Ester Coelho Macedo- 223003242

DISTÚRBIOS DA FUNÇÃO MOTORA

SALVADOR-BA

2022
Ester Coelho Macedo- 223003242

DISTÚRBIOS DA FUNÇÃO MOTORA

Trabalho apresentado à
disciplina Fisiologia Humana da
atividade avaliativa AV1.

SALVADOR-BA

2022
As discinesias são aqueles distúrbios caracterizados por movimentos anormais ou excessivos
que estão além do controle da pessoa. Eles ocorrem devido a certos problemas com o
funcionamento do sistema nervoso e podem afetar muito a capacidade de funcionamento do
paciente, bem como sua qualidade de vida.

Muitos distúrbios estão associados a distúrbios do movimento, seja como sintomas iniciais ou
em relação à evolução das manifestações clínicas. A lista de patologias que podem causar
esses sintomas é numerosa, desde problemas congênitos ou lesões ao nascimento até
doenças neurodegenerativas e traumas. Portanto, além de saber diagnosticar corretamente a
causa de um distúrbio do movimento, também precisamos estar preparados para tratá-lo.

Transtornos da Junção neuromuscular Os distúrbios da junção neuromuscular normalmente


diminuem a atividade das células nervosas e causam fraqueza muscular. Mas eles não afetam
a sensibilidade (ou seja, não causam perda de sensibilidade ou sensações anormais, como
sensação de formigamento ou agulhadas). Exemplo de um transtorno neuromuscular é a
Miastenia gravis, uma doença que pode se manifestar em qualquer idade, mas que costuma
acometer mais mulheres do que homens, entre 20 e 35 anos. A principal característica da
miastenia gravis é a fraqueza muscular decorrente de distúrbios nos receptores de acetilcolina
localizados na placa existente entre os nervos e os músculos. Isso interfere na transmissão do
impulso nervoso e provoca o enfraquecimento dos músculos estriados esqueléticos.

Transtornos de neurônios inferiores:A função motora depende da transmissão de sinais do


cérebro para o tronco cerebral ou para medula espinal por neurônios motores superiores e
deles para o músculo esquelético por neurônios motores inferiores.As estruturas envolvidas na
regulação ou execução da atividade motora incluem o sistema piramidal e extrapiramidal, o
cerebelo e os neurônios motores inferiores nos núcleos dos nervos cranianos do tronco
cerebral e dos cornos anteriores da medula espinal. Exemplo de um transtorno de neurônios
inferiores é a Atrofia muscular espinhal, uma doença neuromuscular caracterizada por
degeneração e perda de neurônios motores da medula espinhal e do tronco cerebral,
resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia. Hipotonia, paralisia, arreflexia,
amiotrofia e miofasciculação constituem os sinais definidores da doença. A AME é a segunda
doença recessiva letal mais comum em caucasianos (pessoas de pele branca com origem
europeia.

Doenças desmielinizantes: As afecções desmielinizantes caracterizam-se pela destruição da


mielina que foi normalmente produzida. As doenças que resultam de distúrbios metabólicos da
produção da mielina são mais infrequentes e estão além dos objetivos deste manual.A mielina
é um componente essencial do Sistema Nervoso, ela faz o revestimento dos axônios dos
neurônios e permite uma condução rápida e eficiente – através dos chamados Potenciais
Saltatórios. Algumas afecções acabam por destruir essa substância tão fundamental do
neurônio e trazem comprometimento funcional dos indivíduos, como déficit motor e sensitivo.
Um exemplo é a esclerose múltipla, uma doença autoimune que leva à desmielinização do
Sistema nervoso central do encéfalo e da medula espinhal. As lesões patológicas da
microscopia revelam um padrão de múltiplas lesões isoladas, as quais contêm infiltrados
inflamatórios de células. Há uma preferência pela substância branca periventricular, do corpo
caloso, nervos ópticos e segmento dorsal da medula espinhal.

Transtornos musculares: um grupo de desordens caracterizadas por fraqueza e atrofia


muscular de origem genética que ocorre pela ausência ou formação inadequada de proteínas
essenciais para o funcionamento da fisiologia da célula muscular, cuja característica principal é
o enfraquecimento progressivo da musculatura esquelética, prejudicando os movimentos. Um
exemplo é a Distrofia de Becker, Sua incidência é cerca de 10 vezes menor que a da distrofia
muscular do tipo Duchenne, ocorrendo um caso a cada 30 mil nascimentos masculinos. Os
sintomas e sinais da distrofia muscular do tipo Becker são semelhantes aos da distrofia de
Duchenne,com quedas frequentes, dificuldade para subir escadas, correr, levantar do chão e
hipertrofia das panturrilhas.uma doença genética recessiva ligado ao cromossoma X, causado
por uma mutação no gene DMD. É produzida uma proteína da distrofia muscular anormal,
parcialmente funcional, que leva à fraqueza muscular progressiva e à perda eventual de
capacidade da marcha. A evolução clínica é altamente variável, mas os sintomas geralmente
aparecem na adolescência. O diagnóstico é estabelecido com base nos valores de enzimas
musculares, testes genéticos e biópsia muscular (se necessária). O tratamento da BMD é de
suporte e visa retardar a progressão da doença assim como das suas complicações. A
miocardiopatia dilatada é a principal causa de morte.

CONCLUSÃO

A alteração da função motora depende da transmissão do cérebro para o tronco cerebral ou a


medula espinhal por neurônios motores superiores. O controle motor é um processo
multifacetado que integra várias estruturas do sistema nervoso assim como outros
componentes do organismo humano. Isso exige do estudante ou profissional profundo
conhecimento e capacidade de integração das partes que lidam direta ou indiretamente na
produção de um movimento. O terapeuta precisa ser capaz de reconhecer, categorizar e
hierarquizar apropriadamente os comportamentos motores para que se desenvolvam metas e
estratégias terapêuticas efetivas. Portanto da mesma forma, na avaliação do controle motor,
devemos analisar outra série de fatores distintos, desde fatores periféricos da amplitude de
movimento, força muscular até os mais centrais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. Mutarelli EG. Propedêutica neurológica: do sintoma ao diagnóstico. São Paulo, Sarvier;


2000.

2. Burghes AH. When is a deletion not a deletion? When it is converted. Am J Hum Genet.
1997;61:9-15. Review.

3. Shibasaki, H.; McDonald, W.I.; Kuroiwa, Y. Racial modification of clinical picture of multiple
sclerosis: comparison between British and Japanese patients. J. Neurol SCI, 49:253-271, 1981

4. Gardiner MD. Manual de terapia por exercícios. 4a ed. São Paulo: Santos; 1995. p.175-91

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