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21/02/2023, 18:55 Abordagem ao paciente neurológico - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais

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Versão para Profissionais de Saúde

Abordagem ao paciente neurológico


Por Michael C. Levin , MD, College of Medicine, University of Saskatchewan
Avaliado clinicamente jul 2021

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21/02/2023, 18:55 Abordagem ao paciente neurológico - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais

A abordagem dos pacientes com sintomas neurológicos ocorre em etapas de uma forma denominada método neurológico,
que consiste no seguinte:

Identificação da localização anatômica da lesão ou lesões que causam sintomas neurológicos

Identificação da fisiopatologia envolvida

Geração um diagnóstico diferencial

Seleção de exames específicos, apropriados


Identificar a anatomia e a fisiopatologia da lesão pela obtenção cuidadosa da história e um exame neurológico preciso reduz
significativamente o diagnóstico diferencial e, portanto, o número de exames necessário. Essa abordagem não deve ser
substituída por solicitação reflexa de TC, RM e outros testes laboratoriais; fazer isso pode levar a erros e custos
desnecessários.

Para identificar a localização anatômica, o examinador considera questões como

A lesão encontra-se em uma ou em múltiplas localizações?

A lesão está confinada ao sistema nervoso ou é parte de uma doença sistêmica?

Que parte do sistema nervoso foi afetada?


As partes específicas do sistema nervoso a serem consideradas incluem o córtex cerebral, substância branca cortical, gânglios
da base, tálamo, cerebelo, tronco encefálico, medula espinal, plexo braquial ou lombossacral, nervos periféricos, junção
neuromuscular e músculo.

Depois de identificada a localização da lesão, são consideradas as categorias fisiopatológicas, que incluem

Vascular

Infecciosa

Neoplásica

Degenerativa

Traumática

Tóxico-metabólica

Imunomediada
Quando aplicado de maneira apropriada, o método neurológico fornece uma abordagem ordenada até para os casos mais
complexos, e os médicos têm menos probabilidade de ser enganados por mimetismos neurológicos — p. ex., quando os
sintomas de um acidente vascular encefálico agudo são, na verdade, decorrentes de um tumor cerebral ou quando uma
paralisia ascendente rápida, sugestiva de síndrome de Guillan-Barré, é na verdade devida à compressão da medula espinal.

História
A história é a parte mais importante da avaliação neurológica. Os pacientes devem ficar à vontade e contar sua história com as
próprias palavras. Em geral, o médico pode verificar rapidamente se uma história é fiel ou se um membro da família deve ser
entrevistado em vez do paciente.

A história da doença atual deve incluir:

Perguntas específicas elucidam qualidade, intensidade, distribuição, duração e frequência de cada sintoma.

Deve-se determinar o que agrava e atenua cada sintoma e se o tratamento anterior foi eficaz ou não.

Pedir que o paciente descreva a ordem em que os sintomas ocorrem pode ajudar a identificar a causa.

Deficiências específicas devem ser descritas quantitativamente (p. ex., caminhar no máximo 25 pés antes de parar para
descansar), e seus efeitos sobre a rotina diária observada do paciente.

A história clínica e a revisão completa dos sistemas são fundamentais, pois complicações neurológicas são comuns em
outros distúrbios, em especial alcoolismo, diabetes, câncer, distúrbios vasculares e infecção por HIV.

A história familiar é importante porque enxaqueca e muitos distúrbios metabólicos, musculares, nervosos e
neurodegenerativos são hereditários.

A história social, ocupacional e de viagens fornece informações sobre infecções incomuns e exposição a toxinas e parasitas.

Às vezes os sinais e sintomas neurológicos são funcionais ou histéricos refletindo um distúrbio psiquiátrico Normalmente
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21/02/2023, 18:55 Abordagem ao paciente neurológico - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais
Às vezes, os sinais e sintomas neurológicos são funcionais ou histéricos, refletindo um distúrbio psiquiátrico. Normalmente,
esses sinais e sintomas não condizem com as regras da anatomia e da fisiologia e com frequência o paciente se apresenta
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deprimido ou incomumente amedrontado. Algumas vezes, entretanto, distúrbios funcionais e físicos coexistem, e diferenciá-
los pode ser um grande desafio.

Exame e testes físicos


Exame físico para avaliar todos os sistemas do corpo é feito, mas o foco é o sistema nervoso (exame neurológico). O exame
neurológico, discutido em detalhes em outras partes deste Manual comporta:

Estado mental

Pares cranianos

Sistema motor

Força muscular

Marcha, postura e coordenação

Sensação

Reflexos

Sistema nervoso autônomo


Em muitas situações, um exame cerebrovascular também é feito.

Testes diagnósticos podem ser necessários para confirmar um diagnóstico ou excluir outros distúrbios possíveis.

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