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Reabilitação Neuropsicológica:
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Ana Nunes1
Universidade da Beira Interior, Portugal
Janeiro, 2018
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1º ano de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde, Universidade da Beira Interior.
ana.isabel.nunes@ubi.pt
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Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica Reabilitação Neuropsicológica no AVC
Introdução
As doenças vasculares constituem um dos mais graves problemas de saúde pública no
nosso país, sendo uma das principais causas de morte ou incapacidade. Esta problemática
acaba por representar, na maioria dos casos, uma tragédia pessoal e familiar, sendo que
as suas consequências se alastram para toda a dinâmica familiar.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) define-se como o início brusco ou em forma de
crise de sintomas neurológicos, focais ou globais, que são causados por isquemia ou
hemorragia no cérebro ou à sua volta, tendo como base doenças dos vasos sanguíneos
cerebrais (Rowland, 1997 citado por Dantas, 2016). O doente pode apresentar alterações
leves (e.g. adormecimento de uma parte do corpo) ou graves (estado de inconsciência
total). A hemiplegia é o sinal típico de um episódio de AVC, podendo ocorrer tanto nas
lesões que envolvem os hemisférios cerebrais, como os pedúnculos cerebrais (Diz, 2012).
Os AVC podem ser de dois tipos: isquémicos ou hemorrágicos. Os AVC isquémicos
resultam da obstrução de um vaso sanguíneo, podendo ser devido a uma trombose, a uma
embolia ou lacunares. Por outro lado, os AVC hemorrágicos resultam da rotura dos vasos
intracranianos, com extravasamento de sangue para o tecido cerebral ou para o espaço
subaracnoideu (Brown & King, 2011 citado por Diz, 2012).
Dentro dos fatores de risco do AVC pode-se referir a idade, o sexo, a hereditariedade,
o consumo de tabaco, o abuso de substâncias como droga e álcool, as dietas ricas em
gordura animar, o sedentarismo, a obesidade, o uso de contracetivos orais, a hipertensão
arterial, histórico de doenças cardíacas, diabetes mellitus, enxaqueca, hipotiroidismo e
elevada concentração de fibrinogénio (Diz, 2012).
Um episódio de AVC pode resultar em grandes consequências para o paciente e seus
familiares, uma vez que este acaba por atingir o paciente ao nível cognitivo, emocional,
comportamental e físico.
Dentro das consequências neuropsicológicas principais aquando um episódio de AVC
podemos destacar as alterações sentidas ao nível da atenção, da perceção, da visão, da
orientação, do comportamento e das emoções.
No tratamento e reabilitação dos pacientes de AVC é necessária a intervenção por
parte de uma equipa multidisciplinar, constituída por médicos, enfermeiros, auxiliares,
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, assistente socia e por
psicólogo/neuropsicólogo.
A atuação do neuropsicólogo passa por primeiro realizar uma avaliação
neuropsicológica, em que o terapeuta avalia o paciente através de uma entrevista clínica,
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Neuropsicologia
A Neuropsicologia consiste no estudo das relações entre o cérebro e o
comportamento, investigando as alterações cognitivas e comportamentais que estão
associadas às lesões cerebrais (Handman, Pereira & Riechi, 2011).
O termo neuropsicologia foi utilizado pela primeira vez no ano de 1913, por Sir
William Osler, numa conferência nos EUA
Esta resulta da aplicação dos conhecimentos do campo das neurociências
(neuroanatomia, neurofisiologia, neuroquimica e neurofarmacologia) e da atuação
profissional de psicologia (psicologia clinica, psicologia experimental, psicopatologia e
psicologia cognitiva) (Handman, Pereira & Riechi, 2011).
Os dois principais contributos da neuropsicologia são a avaliação e a reabilitação
neuropsicológica. A avaliação neuropsicológica é realizada através da aplicação de uma
bateria de testes que procuram identificar e avaliar o funcionamento cognitivo, tendo
como principais focos de investigação as funções cognitivas (memória, atenção,
linguagem, funções executivas, raciocínio, motricidade, perceção e as alterações
emocionais e de personalidade (Handman, Pereira & Riechi, 2011).
A reabilitação neuropsicológica, que irá ser mais abordada em seguida, é um processo
que visa ao tratamento das deficiências cognitivas resultantes de uma lesão neurológica,
tendo como principal objetivo capacitar os pacientes e os seus familiares a conviver, lidar,
contornar, reduzir ou superar essas mesmo incapacidades cognitivas (Wilson, 2003 citado
por Handman, Pereira & Riechi, 2011).
O estudo realizado pela neuropsicologia realiza-se a diversos níveis, tendo como
objetivo descrever, compreender ou explicar as disfunções observadas, para que sirva de
base na elaboração de um plano de reabilitação e tratamento neuropsicológico (
Abdulremane, 2010).
A neuropsicologia acarreta grandes vantagens ao nível clinico, entre as quais:
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Avaliação Neuropsicológica
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Reabilitação Neuropsicológica
A reabilitação neuropsicológica é um processo ativo que tem como objetivo restaurar
algumas das funções perdidas pelas pessoas aquando de uma lesão ou doença, para que
possam adquirir um bom nível de funcionamento social, físico e psíquico (Ávila &
Miotto, 2002; Ávila, 2003 citados por Maia, Correia & Leite, 2009).
Sendo esta um tratamento biopsicossocial envolve os pacientes e os seus familiares e
tem em conta as mudanças físicas, cognitivas e o contexto onde se insere o paciente (Ávila
& Miotto, 2002 citados por Maia, Correia & Leite, 2009).
O principal objetivo da reabilitação neuropsicológica passa por maximizar as funções
cognitivas, tendo por base o bem-estar psicológico, a habilidade em atividades da rotina
diária e do relacionamento social (Clare & Woods, citado por Filipe, 2009). Através desta
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Para além dos aspetos supramencionados, importa também referir que os doentes com
lesões cerebrais no hemisfério direito e esquerdo, relataram uma maior percentagem de
lesões cerebrais em doentes com lesão à direita (Coelho 2011).
Outro aspeto relacionado com o quadro neurológico relaciona-se com o facto de este
variar consoante a sua localização e extensão, sendo que o seu aparecimento,
normalmente, é repentino, oscilando entre leves ou graves, e pode ser temporário ou
permanente (Martins, 2002 citado por Cancela, 2008).
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utilização, para que seja mais fácil a adesão e adaptação por parte do paciente
(Neuroser,s.d).
A primeira tendência na reabilitação é reduzir as limitações funcionais e,
posteriormente, otimizar a reintegração social, adaptando-se ao contexto. Neste ponto, é
fulcral que os pacientes iniciem o processo de reabilitação logo após sofrerem a lesão
cerebral, pois há uma melhor perspetiva de se alcançarem resultados mais favoráveis
(Augusto, 2017).
A reabilitação neuropsicológica deve ser vista como um processo que envolve
familiares, paciente e terapeuta, de forma a proporcionar ao paciente a recuperação
máxima das suas funções cognitivas, promover o maior grau de independência,
funcionalidade e qualidade de vida possível (Augusto, 2017).
Num paciente que tenha sofrido AVC, os programas de reabilitação devem enfatizar
as sequelas físicas, cognitivas, psicológicas e emocionais (Augusto
Após a avaliação neuropsicológica a que o paciente é submetido (através de uma
entrevista clinica, seguida de um exame mental às capacidades funcionais do sujeito),
prossegue-se a reabilitação neuropsicológica.
Esta envolve a estimulação/ reabilitação cognitiva do paciente e pode ser realizada
através de computador; através de técnicas de lápis e papel; ou utilizando outras técnicas
mais específicas, como por exemplo cubos, bolas, imagens e atividades lúdicas. A escolha
da técnica vai depender do grau de colaboração e funcionalidade de cada paciente
(Augusto, 2017).
Cada sessão de reabilitação varia entre 15 a 60 minutos, dependendo da capacidade,
da resistência, da fadiga e do grau de atenção do paciente (Augusto, 2017).
O programa de intervenção de cada paciente é individualizado, ou seja, os programas
são elaborados tendo como pilar os sintomas do paciente. Este programa é realizado de
uma forma gradual, sendo que os procedimentos são realizados seguindo a ordem do mais
simples para o mais complexo, tendo em conta a evolução do paciente, de forma a não se
maximizarem os sentimentos de frustração e ansiedade (Augusto, 2017).
O processo de recuperação do paciente torna-se moroso e exige ao paciente, à sua
família e terapeuta contínuos reforços.
Nas hipóteses explicativas de recuperação e amenização das consequências, surgem
os fenómenos de neuroplasticidade (capacidade de o sistema nervoso modificar a sua
organização estrutural e funcional), a recuperação funcional na zona de penumbra e o
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apoio nas outras áreas cerebrais que não tenham sido afetadas na recuperação (Rudd &
Olfe, 2002 citado por Maia, Correia & Leite, 2011).
Dentro das principais estratégias de intervenção podemos referir:
• Psicoeducação: explicação dos processos e caraterísticas da fase pela qual o
paciente está a passar, o porquê das suas dificuldades e o papel de cada
elemento próximo do paciente na sua recuperação (Maia, Correia & Leite,
2011).
• Intervenção ao nível dos défices da memória: utilização de estratégias de
restabelecimento (repetição e memorização de uma lista de palavras escritas
ou verbalizadas; exercícios de computador que treinam a memória),
reorganização (aprendizagem de estratégias visuais para aumentar a memória
auditiva ou verbal; técnicas de facilitação da recuperação do material) e
estratégias comportamentais compensatórias (uso de pos-its, blocos de notas,
agendas eletrónicas, etiquetar armários, cabides, portas, etc) (Maia, Correia &
Leite, 2011).
• Intervenção na afasia: ao nível das dificuldades na compreensão do discurso
(usar frases simples retirando palavras desnecessárias; falar calmamente e
com pausas entre as palavras; usar pistas visuais; utilizar gestos enquanto se
fala; procurar que não existam estímulos ruidosos que atuem como distratores;
não gritar ou mostrar atitudes de admiração; repetir a frase várias vezes até
que haja compreensão pela parte do paciente; enfatizar palavras chave); ao
nível das dificuldades em falar ou em encontrar as palavras certas (pedir ao
paciente para apontar para um objeto e tentar dizer o nome do mesmo,
demonstrar a sua utilidade e como se utiliza; utilizar respostas positivas a
qualquer tentativa de comunicação verbal e/ou não verbal; apresentar frases
para o paciente completar; incentivar à comunicação verbal do paciente;
utilizar jogos e pequenas tarefas para trabalhar a linguagem; na aprendizagem
de uma nova palavra, introduzir verbos associados ao mesmo); ao nível das
dificuldades na escrita (Imprimir letras para o paciente copiar; escrever letras
verbalizadas; ter presente um quadro com o alfabeto, de forma a que o paciente
possa apontar quando não consegue evocar uma letra); ao nível das
dificuldades da leitura (ler palavras e frases com o paciente; mostrar uma
figura da palavra escrita; sublinhar palavras chave; gesticular aquilo que a
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palavra significa quando o paciente se encontra a ler) (Maia, Correia & Leite,
2011).
• Intervenção na atenção: dividida (evitar atividades que exijam atenção
dividida; estruturar as atividades de forma a conseguir executá-las sem que
haja interrupções abrutas); focalizada (minimizar ao máximo estímulos
distratores; alertar e realertar constantemente para focar a atenção na tarefa;
pedir para repetir a instrução dada; certificar-se que a pessoa está atente);
mantida (planear pequenas pausas; realizar atividades curtas; alternar
atividades de diferentes graus de interesse) e nível de ativação (sono reparador
e pausas frequentes; mudar frequentemente de tarefa; trabalhar em tarefas
menos potenciadoras de prazer quando o arousal é mais elevado; espaços
estimulantes, coloridos, com objetos (Maia, Correia & Leite, 2011).
• Intervenção na orientação: trabalhar aspetos relacionados com os vários
domínios da orientação, tais como o temporal, visual, espacial, auto e alo
psíquico, de forma a que o paciente adquira uma melhor compreensão do
ambiente que o rodeia (Maia, Correia & Leite, 2011).
Em relação à reabilitação física podem ser dadas tarefas específicas em
que o paciente é apoiado a restabelecer níveis de coordenação muscular. Neste
tipo de exercícios destacam-se a reeducação do movimento, marcha e
equilíbrio, exercícios respiratórios e de estiramentos (National Stroke
Foundation, 2005; Intercollegiate Working Party on Stroke, 2004 citado por
Maia, Correia & Leite, 2011).
Conclusão
Através da realização deste trabalho foi possível alcançar uma visão mais ampla
acerca do AVC, da sua etiologia, fatores de risco, consequência, tratamento e como é feita
a reabilitação através da equipa multidisciplinar. Foi possível, também, alcançar um
maior conhecimento acerca da forma como a neuropsicologia pode atuar neste tema.
Os estudos acerca da neuropsicologia têm relevado cada vez dados mais positivos,
sendo possível uma maior abordagem acerca da temática que abrange a inter-relação entre
cérebro e comportamento (Spadacio & Soares, 2015).
Neste campo, a avaliação neuropsicológica assume o passo primordial e é através
desta que são recolhidos os dados bibliográficos e sociais do paciente, bem como é
realizado um exame mental com questionários, testes e escalas, de forma a avaliar a
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para que essas consequências não assumam precursões maiores (Pais Ribeiro, 2005 citado
por Cancela, 2008).
No entanto, é fulcral advertir para a necessidade de mais estudos nesta área, uma vez
que as publicações são ainda muito escassas, limitadas e com uma generalização que
dificulta a aplicação em problemáticas mais específicas.
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