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RA 2354888
Santo Amaro – Noturno
A maior parte dos neurônios situados dentro e fora do cérebro está envolvida por
várias camadas de tecido composto por uma gordura (lipoproteína) denominada
mielina. Essas camadas formam a bainha de mielina. De forma semelhante ao
isolamento de um cabo elétrico, a bainha de mielina permite a condução dos sinais
nervosos (impulsos elétricos) ao longo do neurônio com velocidade e precisão.
Quando a bainha de mielina está danificada, os nervos não conduzem os impulsos
de forma adequada.
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento tem dois objetivos principais: abreviar
a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso,
os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos.
No segundo, imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os
episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores
de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos
atuais.
Com o tratamento correto, o paciente pode passar longos períodos sem surtos e ter
uma rotina ativa e com qualidade de vida. Para isso, é muito importante o diagnóstico
rápido, pois quanto mais cedo começar o tratamento, melhor.
Mas o tratamento da Esclerose Múltipla não deve ser feito apenas com medicamentos.
Associado ao tratamento farmacológico, deve acontecer um tratamento complementar
que abrange outras necessidades, como: fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional
e principalmente apoio psicológico.
A psicóloga Ana Maria Canzoniere ministrou uma palestra na ABEM (Associação
Brasileira de Esclerose Múltipla) onde apresentou sua pesquisa sobre aspectos
psicológicos dos pacientes com EM da associação.
Foram avaliados 339 pacientes pela escala de qualidade de vida, específica para
esclerose múltipla, MSQOL -54 que avalia a percepção da saúde física e mental por
parte do paciente, demonstrando que a grande maioria ficou abaixo da média,
principalmente, no quesito saúde mental.
De acordo com a psicóloga esses aspectos são prejudiciais, pois “quanto maior a
rigidez, sem se permitir uma flexibilidade consigo mesmo, mais se castiga o corpo,
piorando o estado emocional e, consequentemente, a Esclerose Múltipla”.
Por isso a terapia é uma ferramenta eficaz para ajudá-los a lidar com as emoções que
surgem em todas as fases da doença, desde o diagnóstico até os estágios posteriores
à medida que a doença progride.
A família e amigos serão uma importante fonte de apoio a longo prazo, então qualquer
atividade que possa fortalecer seus relacionamentos e evitar conflitos não resolvidos
beneficiará a todos.
Referências:
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/esclerose-multipla/
https://www.sanofi.com.br/pt/sua-saude/esclerose-multipla/EM-diagnostico-e-
tratamento
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-
espinal-e-dos-nervos/esclerose-m%C3%BAltipla-em-e-doen%C3%A7as-
relacionadas/esclerose-m%C3%BAltipla-em
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/esclerose-multipla
http://abem.org.br/conhecendo-o-paciente-de-em-aspectos-psicologicos-2/
https://amigosmultiplos.org.br/tratamentos/psicologia-terapia/