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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE PSICOLOGIA

TRABALHO SOBRE EPILEPSIA

RIO DE JANEIRO

Dezembro – 2023

ANANDA KARLA DE ALVARENGA


BRUNA DANTAS PINTO MORETH
JULIANA DE ABREU MARTINS ALENCAR
LARISSA PEIXOTO DE MEDEIROS
LAYZA ALESSANDRA RIBEIRO TORRES
VIVIANE PINHEIRO ANDRADE DA SILVA
Trabalho sobre Epilepsia, a caracterização da neuropatia,
sinais e sintomas, comprometimento que gera,
prognóstico, tratamento, acesso ao tratamento pelo SUS.

Professora:
Prof.a Ms. Elen de Leo.

RIO DE JANEIRO
Dezembro – 2023
EPILEPSIA

Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) a epilepsia pode ser definida


como: “Uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que
não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns
segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar
restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada
parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso,
algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não
significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos
aparente.”

SINAIS E SINTOMAS

Em cada tipo de crise existem sintomas diferentes e eles podem se


manifestar em forma de convulsões, desmaios, confusão mental, perda da
consciência, contrações musculares, olhar fixo. E o interessante é que na parte
psicológica os sintomas podem ser medo ou ansiedade.
“Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se “desligada” por
alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises
parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de
percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir
um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente.
Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa.
Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter
déficits de memória. Tranquilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises
tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo
rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda,
vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a
pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções
cerebrais.” LBE,2023.
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de uma crise epiléptica pode ser feito em consultas clínicas


através de um exame físico geral, com foco nas áreas neurológicas e psíquicas e
contam com uma testemunha ocular ou com o próprio relato do paciente. Os
exames EEG, tomografia e ressonância magnética auxiliam no diagnóstico. “Exames
complementares são importantes para auxiliar no diagnóstico, como o
eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro.
O diagnóstico apropriado da epilepsia e do tipo de crise apresentado pelo paciente
permite a escolha do tratamento adequado.” Einstein, fevereiro de 2019.

PROGNÓSTICO

Apesar de ser uma das doenças neurológicas crônicas mais comum, a


pessoa que tem o diagnóstico de epilepsia acaba sofrendo preconceito e muitas
vezes tem dificuldade para arrumar um emprego, se adequar na escola e ter um
bom convívio em sociedade. Porém, hoje, com o tratamento correto é possível ter o
diagnóstico da epilepsia e ter uma melhor qualidade de vida. “Sabe-se que, com o
tratamento médico adequado, a maioria das pessoas com epilepsia (70%) tem
evolução favorável, com controle das crises epilépticas e melhora da qualidade de
vida.”

TRATAMENTO

Segundo a ABE (Associação Brasileira de Epilepsia), “o Tratamento das


epilepsias é feito através de medicamentos que modulam a ocorrência de descargas
elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.”
O tratamento medicamentoso tem um longo prazo, precisa ser administrado
na dose e horário correto e sempre estar indo a consultas médicas. Em quadros
mais severos e não tendo controle de crises através de medicamentos é necessária
uma avaliação médica para uma possível abordagem cirúrgica.
ACESSO AO TRATAMENTO PELO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a todos com o diagnóstico um


tratamento acessível e gratuito que conta com uma equipe multidisciplinar,
medicamentos e hospitais especializados.
“No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral e
gratuito para os casos de epilepsia, desde diagnóstico até o acompanhamento e
tratamento necessários, inclusive o medicamentoso. O tratamento inicia,
preferencialmente, na atenção primária, por meio de uma das Unidades Básicas de
Saúde espalhadas por todo o País.”

COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO

Uma das características mais comuns da epilepsia é a convulsão, mas


quando há a convulsão não significa que seja uma crise epiléptica. A crise epiléptica
pode causar alterações cognitivas e neuropsicológicas no cérebro do indivíduo.
Sendo elas a memória, aprendizagem e linguagem.
Na área cognitiva, afeta o processamento de captação de informações, de
estabelecer comportamentos adaptativos que é o que nos permite aprender e
executar nossas atividades diárias, como habilidades conceituais, sociais, práticas,
habilidade na resolução dos problemas e memorização. São essas as funções que
nos permitem realizar as atividades do nosso cotidiano.
Alguns fatores que podem causar a deficiência cognitiva são o tipo de
convulsão, idade de início da epilepsia, frequência e duração da convulsão, tipo de
medicamento e efeitos da medicação.
Os problemas mais comuns causados pela epilepsia na área cognitiva são a
lentidão mental, comprometimento da memória e déficit de atenção. No caso de
crianças essas convulsões podem ocasionar em dificuldade na aprendizagem, no
comportamento, linguagem e fala. A epilepsia infantil pode trazer problemas no
desenvolvimento de algumas estruturas cerebrais ao final da adolescência,
podendo-se observar os déficits cognitivos.
As crises mais longas podem causar sérios danos no desenvolvimento do
cérebro, e o risco dessas convulsões prolongadas é o traumatismo craniano. Assim
como crises mais brandas podem causar danos no desenvolvimento cognitivo.
Existem alguns problemas causados pelas crises de epilepsia, o prejuízo na
memória de curto prazo, por exemplo. Dificuldade de atenção e até mesmo na
linguagem, como citado anteriormente. Fazendo com que sejam afetados a sua fala,
leitura e escrita, interferindo na aprendizagem e na vida social.
Quando o cérebro está em maturação, a epilepsia vai além das convulsões,
ela pode causar danos cerebrais irreversíveis. Havendo o controle precoce e o
tratamento das crises, pode resultar na prevenção das deficiências cognitivas.

REFERÊNCIAS

Liga Brasileira de Epilepsia. https://www.epilepsia.org.br/o-que-e. Acesso em


01/12/2023.

CABOCLO, Dr. Luis Otavio S. F. https://www.einstein.br/doencas-sintomas/epilepsia.


Fevereiro/2019. Acesso em 01/12/2023.

MENDONÇA, Dr. Guilherme.


https://epilepsiabrasil.org.br/tudo-sobre-epilepsia/#tudo-sobre-epilepsia. Junho/2023.
Acesso em 01/12/2023.

Ministério da Saúde.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/marco/epilepsia-conheca-a-
doenca-e-os-tratamentos-disponiveis-no-sus. Março/2022. Acesso em 01/12/2023.
NEUROSABER. https://institutoneurosaber.com.br/quais-sao-as-funcoes-cognitivas-
afetadas-pela-epilepsia/. Acesso em 01/12/2023.

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