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INTRODUÇÃO:
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- falta de força
- falta de força
- fasciculações
- atrofia
- atonia
O cuidado ao paciente com ELA se destaca pela sua natureza contínua e paliativa,
com o objetivo de reforçar os princípios holísticos preconizados pelas ciências da
saúde e reduzir os encargos decorrentes da perda de autonomia, que pode levar a
fragilidades emocionais e psicológicas. Embora a ocorrência da ELA seja rara em
termos de incidência e prevalência global, a sua letalidade e as taxas de
sobrevivência dos pacientes representam uma preocupação para a população em
geral, bem como para aqueles envolvidos nos cuidados e intervenções de saúde
paliativos necessários (MITCHELL; BORASIO, 2007; ROBERT; BROWN, 2013).
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Portanto, o termo amiotrófico indica um processo patológico que leva à morte dos
neurônios pela interrupção do fornecimento de tecidos, crucial para a homeostase
local e manifestado clinicamente pela fraqueza muscular (NASCIMENTO;
RODRIGUES; NUNES, 2005; SARDELLI, 2014). Assim, ao explicar a importância
desses termos, evidencia-se a influência típica e disseminada da fisiopatologia da
ELA, essencial para a compreensão inicial. No ano de 1830, o cirurgião e anatomista
Sir Charles Bell fez o primeiro relato de semelhança nos sintomas, observando a
associação nervosa entre a fraqueza muscular e a preservação parcial da
sensibilidade. Mais tarde, outros neurologistas nomearam essa condição como
"atrofia muscular progressiva", um termo considerado genérico, porém estabelecido
(SARDELLI, 2014).
Mesmo sendo menos comum, a expressão "doença do neurônio motor" passou a ser
utilizada em 1933 para agrupar e classificar as diferentes manifestações de forma
unificada, como subtipos (SARDELLI, 2014). Contudo, entre as décadas de 20 e 40,
a ELA começou a ser popularmente conhecida como doença de Lou Gehrig nos
Estados Unidos, devido à grande notoriedade do jogador de esportes que também
foi vítima dessa condição (SARDELLI, 2014).
Após a pesquisa clínica do Dr. Cypriano, que serviu como base para futuros estudos
acadêmicos devido ao crescente interesse acadêmico e rigor científico, o Dr.
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Gonçalves Viana investigou dois casos clínicos. A defesa de sua tese se baseou nos
estudos realizados em um dos pacientes mencionados, levando-o a reflexões
importantes sobre a fisiopatologia, um tema pouco explorado no Brasil (SARDELLI,
2014; QUADROS, 2006).
EPIDEMIOLOGIA
Mesmo sendo considerada uma doença rara, a ELA / DNM afeta aproximadamente
1 em cada 100.000 pessoas por ano, tendo um grande impacto tanto pessoal como
socioeconômico no indivíduo e na sociedade. Ao considerar que uma família
completa tem 3 gerações, cada indivíduo tem 2 filhos e cada geração dura 20 anos,
estima-se que 1 em cada 200 indivíduos possui um familiar afetado pela ELA.
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Exceto por um pequeno surto no Pacífico Ocidental, onde a ELA se tornou
epidêmica, a sua incidência é semelhante em todo o mundo. Aparentemente, a
frequência da doença tem aumentado de forma constante e não parece estar
relacionada à melhoria na capacidade dos médicos de diagnosticá-la.
De forma mais ampla, na pesquisa sobre ELA, observa-se que homens são mais
afetados que mulheres na proporção de 2:1 e que brancos são mais impactados que
negros. A idade média de início é aos 57 anos, um pouco mais precoce nos homens.
Cerca de 4% a 6% dos casos são diagnosticados em indivíduos com menos de 40
anos. A forma esporádica é a mais frequente, correspondendo a aproximadamente
90% de todos os casos no mundo.
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FISIOPATOLOGIA
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desempenham um papel essencial no início e término de todo movimento voluntário
(ROWLAND; NEIL, 2001; HAMMER; STEPHEN, 2016).
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A excitotoxicidade é considerada um mecanismo crucial no desenvolvimento da
ELA, com a ideia de uma falha na captação de glutamato pelas células da glia ou um
aumento na sua liberação dos terminais nervosos. Nessas circunstâncias, o
aumento na transmissão excitatória geraria impactos significativos nos neurônios
pré-sinápticos, resultando em danos irreversíveis.
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consequências dessas anomalias morfológicas inevitavelmente levariam à morte dos
neurônios motores (ROWLAND; NEIL, 2001).
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