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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

FISIOTERAPIA

ANATOMIA CLÍNICA – NEURO ANATOMIA

PROFESSORA: RAQUEL SACCANI

IGOR VIEIRA DE VIEIRA, JONATHAN CAMPOS, KAROLINE KUWER,


LARISSA SCARMIN ALVES, NAFIS MAELI DIAS DA SILVA, PATRIK CORRÊA.

LESÕES NO TRONCO ENCEFÁLICO

CAXIAS DO SUL
2015

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ÍNDICE

TRONCO ENCEFÁLICO. ........................................................................................................ 3


LESÃO NO MESENCÉFALO. ................................................................................................. 3
SÍNDROME DE PARINAUD. ......................................................................................3
CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME ....................................................................... 3
FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DE PARINAUD.................................................... 4

LESÕES NO BULBO. ............................................................................................................... 7


PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA JUVENIL ...................................................7
FISIOTERAPIA NA PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA JUVENIL ................ 7
CONCLUSÃO. .......................................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS. ........................................................................................................................ 9

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TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo, interpõe-se entre a
medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. É constituído por corpos de
neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em
feixes denominados de tratos, fascículos ou lemniscos.

LESÃO NO MESENCÉFALO
SÍNDROME DE PARINAUD
De acordo com Pereira et. al. (2012), a síndrome de Parinaud também conhecida como
Síndrome do Mesencéfalo Dorsal ou Síndrome Pré-Tectal, ocorre devido à compressão da
região dorsal do mesencéfalo, onde estão localizados o núcleo e as fibras do nervo
oculomotor.
O comprometimento do ramo superior do nervo podem causar ptose e
comprometimento na elevação do olho, uma vez que provoca um déficit na função dos
músculos levantadores da pálpebra superior e do reto superior. As lesões que comprometem o
ramo inferior geralmente cursam com abdução, depressão ocular e reação pupilar alterada.
Além de desalinhamento dos eixos visuais, paralisia de acomodação à luz, e à exotropia
(PEREIRA et. al., 2012).
As principais causas estão relacionadas com a hidrocefalia, que acontece quando a
quantidade de líquido cefalorraquidiano (LCR) aumenta dentro do crânio. Este aumento
anormal do volume de líquor dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do
crânio. E com tumores da pineal, que comprimem o colículo superior, este que tem fibras que
se ligam ao núcleo do nervo oculomotor e são importante para certos reflexos que regulam os
movimentos dos olhos (MACHADO e HAERTEL, 2013).
Ocasionalmente esta associada a acidente vascular cerebral, esclerose múltipla e a
doenças infecciosas em pacientes imunodeprimidos. Pode se manifestar em qualquer idade, e
o diagnóstico etiológico varia entre indivíduos (COSTA, 2014).

CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME
A pessoa que tem a síndrome desenvolve, incapacidade de olhar para cima, podendo
apresentar desvio permanente dos olhos para baixo, midríase, exotropia, não é capaz de juntar

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os olhos para observar objetos que estão próximos, além de estrabismo vertical, olhos
desalinhados fixando em um local acima do outro (COSTA, 2014).
Sinal de Collier também é uma característica dessa síndrome, acontece quando há
tentativa de olhar para cima e a borda inferior da pálpebra superior fica acima do seu nível
normal deixando exposta uma porção da esclera, dando a impressão de que os olhos estão
arregalados (COSTA, 2014).

FISIOTERAPIA NA SÍNDROME DE PARINAUD


O tratamento depende da causa e na maioria das vezes é reversível. O Fisioterapeuta
irá auxiliar no desenvolvimento, associando o sistema motor com o sistema visual (PEREIRA
et. al., 2012).
Como essa síndrome comprime o nervo oculomotor, pode levar a paralisia dos
músculos que esse inerva, são seguintes músculos: reto medial, adutor, o reto superior, que é
elevador, adutor e rotador interno do globo ocular, o reto inferior, abaixador, adutor e rotador
externo, o oblíquo inferior, que promove abdução, elevação e rotação externa do globo ocular
e o elevador da pálpebra superior (PEREIRA et. al., 2012).
A fisioterapia age no intuito de minimizar, recuperar e reabilitar, sempre que possível
e junto com tratamento médico, as causas, sintomas e consequências que levaram a
desenvolver a síndrome (PEREIRA et. al., 2012).
Como já falado a hidrocefalia e tumores, principalmente da pineal, são as principais
causas desta patologia, a fisioterapia auxilia, no tratamento e recuperação destas doenças.
Esses tratamentos consistem em: exercícios oculares, como fazer o paciente olhar para cima e
para baixo, para esquerda e direita, fazer rotação com o globo ocular e massagem ocular, a
fim de trabalhar o tônus muscular, estimular o desenvolvimento motor normal e fortalecer a
musculatura do olho (PEREIRA et. al., 2012).

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LESÕES NO BULBO
PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA JUVENIL

A paralisia bulbar progressiva, ou doença de Fazio-Londe, degenera os neurônios


motores acometendo assim, os nervos cranianos bulbares progressivamente. Essa patologia
rara ocorre em ambos os sexos é de origem genética. Esta afecção demonstra sintomas
precocemente aos três anos de idade (BEHRMAN, KLIEGMAN e JENSON, 2005).
Os nervos que controlam a mastigação, deglutição e a fala são os mais acometidos.
Nos portadores desta paralisia observa-se uma resposta emocional estranha, passando de um
estado alegre para triste, sem razão visível. As dificuldades de deglutição podem ocasionar a
aspiração de alimentos ou de saliva para os pulmões, o portador tem expectativa de vida de
três meses a três anos depois das primeiras manifestações da doença, muitas vezes vem a
óbito em virtude de uma pneumonia (BATISTA et. al., 2005).
Inicialmente o portador apresenta paresia facial, que posteriormente atinge a língua, há
evidencias de estridor respiratório associado ao desvio da comissura labial para a esquerda. A
neurofisiologia demonstra comprometimento bilateral, e assimétrico do tronco cerebral, e
atesta normalidade nas vias sensitivas e motoras nos membros superiores e inferiores
(BATISTA et. al., 2005).
O comprometimento respiratório evolui para incapacidade de falar e deglutir,
necessitando de gastrostomia e traqueostomia, devido à incapacidade de adução das cordas
vocais à inspiração. O prognóstico varia de acordo com os núcleos acometidos, e a velocidade
da progressão da patologia, a menor sobrevida apresentada ocorre com o comprometimento
respiratório e não há tratamento curativo. (BEHRMAN, KLIEGMAN e JENSON, 2005).

FISIOTERAPIA NA PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA JUVENIL

O tratamento multidisciplinar é de extrema importância, este deve ter a presença de


psicólogo, pneumologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. A
fisioterapia respiratória é de grande valia para determinar quando técnicas de ventilação não
invasivas serão necessárias devido aos acometimentos pulmonares, dar assistência e cuidados
em longo prazo aos pacientes que dependem de ventilação controlada (SCHMITZ, 1993).
Não há tratamento específico, nem cura para essa síndrome. A fisioterapia é útil
também para manter o tônus muscular e prevenir a rigidez. A alimentação deve ser cuidadosa,
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pois há grande risco de engasgo (SULLIVAN, 1993).

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CONCLUSÃO
O presente trabalho foi de suma importância para o entendimento do grupo sobre as
patologias que ocorrem no tronco encefálico, tendo em vista que o mesmo é responsável pela
entrada e saída de informações sensitivas e motoras. Podemos observar e compreender na
teoria o quanto a fisioterapia é importante para o tratamento das patologias amenizando-as.

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REFERÊNCIAS

WERNECK ALS. Doença de Parkinson: Etiopatogenia , Clínica e Terapêutica. Revista Hospital


Universitário Pedro Ernesto. 2010;9(1):10-19.

MACHADO, Ângelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional 3ª ed. São Paulo:
Atheneu, 2013.

MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

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