Você está na página 1de 13

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

GIOVANNA OLIVEIRA SANTOS SOUZA


JEANE LUIZA OLIVEIRA DE SOUZA
JOÃO LENNON BATISTA
JOSILEIDE MARIA DUARTE
KAROLAYNE HELLEN DA COSTA NÓBREGA
SIBELLY VITÓRIA PEREIRA DA SILVA

ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA EFETIVIDADE


DAS AÇÕES EM SAÚDE:
Análise de Uma Situação Geradora de Aprendizagem
GIOVANNA OLIVEIRA SANTOS SOUZA
JEANE LUIZA OLIVEIRA DE SOUZA
JOÃO LENNON BATISTA
JOSILEIDE MARIA DUARTE
KAROLAYNE HELLEN DA COSTA NÓBREGA
SIBELLY VITÓRIA PEREIRA DA SILVA

ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA EFETIVIDADE


DAS AÇÕES EM SAÚDE:
Análise de Uma Situação Geradora de Aprendizagem

Trabalho acadêmico apresentado como requisito para a


Produção Textual Interdisciplinar de Grupo relativo ao 2º
Semestre do Curso de Enfermagem para as disciplinas
de:

Ciências Moleculares e Celulares


Prof. Ana Paula Scamaral Ricietto

Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar,


Locomotor e Reprodutor
Prof. Cristiane Mota Leite

Formação Integral em Saúde


Prof. Danieli Juliani Garbuio Tomedi

Metodologia Científica
Prof. Maria Luzia Silva Mariano

Patos – PB
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4
2.1 ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR........4
2.2 PARALISIA DA MUSCULATURA DOS MEMBROS INFERIORES.................5
2.3 ATROFIA DA MUSCULATURA DOS MEMBROS...........................................6
2.4 PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E ORGANIZATIVOS DO SUS........................7
2.5 CONSTRUÇÃO MULTIDISCIPLINAR DE CUIDADOS....................................9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................12
REFERÊNCIAS...........................................................................................................13
3

1 INTRODUÇÃO

Esta produção textual interdisciplinar foi elaborada com a finalidade


de aprofundar os conhecimentos alcançados por meio das disciplinas oferecidas
durante o segundo semestre do curso de Bacharelado em Enfermagem.
Buscou-se compreender de modo específico, porém integralizado,
os conteúdos programáticos estudados no semestre em temáticas que abordem os
referidos conteúdos aplicados em uma determinada situação geradora de
aprendizagem (SGA): mulher, 38 anos, portadora de doenças e agravos não
transmissíveis (DANT), acometida por trauma raquimedular com hemissecção na
medula espinal consequente de uma situação de violência urbana (assalto).
Desta forma, o objetivo principal desse trabalho está centrado na
percepção dos fundamentos de atenção multiprofissional na área de saúde no
referido caso, permitindo assim que os envolvidos na pesquisa reflitam sobre os
elementos fundamentais envolvidos na assistência multiprofissional e visão holística
da área de saúde
Assim, em um primeiro momento pretende-se entender sobre como
acontece o processo de acoplamento excitação-contração da fibra muscular e quais
são as estruturas que estão como participantes de tal processo, considerando toda a
estrutura muscular envolvida.
Como também objeto de estudo há o entendimento sobre como a
lesão medular descrita da situação geradora de aprendizagem pode ter como
consequência a paralisia da musculatura dos membros inferiores. Outrossim, este
trabalho propõe compreender de que maneira a paralisia dos membros inferiores
pode resultar em atrofia da musculatura de tais membros inferiores afetado.
Igualmente, também procura-se responder de que modo os
princípios doutrinários e organizativos dos Sistema Único de Saúde (SUS) garantem
a assistência necessária ao paciente citado na situação-problema em estudo, bem
como quais as medidas devem ser adotadas para que tal paciente assegure seu
direito fundamental à saúde conforme estabelecido em lei.
Por fim, também almeja identificar quais os recursos imprescindíveis
para que seja possível a realização de todas as necessidades do paciente
mencionado, buscando responder possibilidades de que o paciente seja passível de
se beneficiar com uma construção multidisciplinar de seu plano de cuidados.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO DA


FIBRA MUSCULAR

As células são as unidades básicas funcionais e estruturais


presentes nos organismos onde desempenham diferentes papéis nos seres vivos,
demonstrando assim a importância da presença desses elementos biológicos para
existência da vida no contexto em que conhecemos. A célula “trata-se da unidade
estrutural e funcional comum a todos os seres vivos e são responsáveis por realizar
todas as funções vitais, como reprodução, crescimento, alimentação, movimentação,
reação a estímulos externos e respiração” (SANTIAGO, 2015).
Dentre as várias funções celulares, destaca-se as destinadas à
contração das fibras musculares responsáveis pelos movimentos corporais em um
indivíduo. No processo de acoplamento excitação-contração da fibra muscular
ocorres dos seguintes fenômenos:
Ocorre a propagação dos potenciais de ação na membrana celular
presente no músculo por meio das correntes locais. Dessa forma, a atividade dos
túbulos T se estabelecem de forma contínua com a membrana no sarcolema e
acarretam na despolarização da superfície para o interior da fibra muscular.
Essa referida despolarização dos túbulos T provoca alterações no
seu receptor de diidrotopina sensível à voltagem, efetuando assim a liberação dos
canais de Ca2+ presente no retículo sarcoplasmático adjacente. Quando há a
abertura desses canais liberadores de Ca2+, o íon é liberado de onde se encontra
armazenado no RS para o LIC da fibra muscular, procedendo na concentração
elevada de intracelular de Ca2+.
Através dos filamentos finos, há a ligação entre o Ca2+ e a troponina
C, ocasionando uma alteração conformacional no complexo de troponina. Desse
modo, esse pequeno acréscimo na concentração de Ca2+ eleva a probabilidade de
todos os locais de ligação serem preenchidos, determinando assim a alteração
conformacional indispensável no complexo de troponina. Tal alteração faz a
tropomiosina movimentar-se para que a ocorrência de ciclos de pontes cruzadas
possa iniciar. Com o Ca2+ unido à troponina C e a tropomiosina extraída, as
cabeças de miosina podem agora se ligar à actina, constituindo as nomeadas pontes
5

cruzadas, cuja formação está associada à hidrólise do ATP e à produção de força.


O relaxamento do músculo acontece quando o Ca 2+ é reacumulado
no RS pela Ca2+ -ATPase de sua membrana. Quando a concentração intracelular
de Ca2+ suaviza para menos de 10-7M há Ca2+ insuficiente para unir-se à
troponina C. O Ca2+ é liberado da troponina C, a tropomiosina volta à sua posição
de descanso, onde ela bloqueia o local de ligação para a miosina na actina.
Enquanto a concentração intracelular de o Ca2+ for pequena, há a possibilidade de
acontecer os ciclos de pontes cruzadas e o músculo relaxará.

2.2 PARALISIA DA MUSCULATURA DOS MEMBROS


INFERIORES

A lesão medular também conhecida como traumatismo raquimedular


(TRM) ocorre quando a medula espinhal sofre algum dano decorrente de defeitos
congênitos, doenças e/ou traumas, gerando assim um estado de paralisia muscular
dos membros e do sistema nervoso autônomo, podendo ser permanente ou
temporária. Podem ser causadas também por qualquer força que estimule a coluna
vertebral além do limite de carga e movimento que ela suporta, podendo danificar a
maioria dos demais sistemas orgânicos onde há a possibilidade de levar a vítima à
óbito caso não tratada adequadamente (HAFEN, KARREN E FRANDSEN, 2002).
A paralisia muscular dos membros decorre da lesão medular por que
todos os músculos esqueléticos são controlados pelas fibras nervosas contidas na
medula espinhal. Sendo assim, é formada uma junção neuromuscular que se
configura como a união entre as partes terminais das fibras nervosas ligadas a
regiões específicas na membrana muscular, chamadas de placas motoras terminais,
onde se encontram o nervo e o músculo, desencadeando assim a contração
muscular.
Na medula espinhal há a presença de grandes células chamadas de
motoneurônios onde brotam em uma fibra nervosa única que se locomove por um
tronco nervoso periférico em conjunto com outras milhares de fibras nervosas
parecidas em caminhos diversos, sendo distribuídas para outros músculos
esqueléticos. São os motoneurônios que exercem o papel imprescindível de veicular
os impulsos nervosos bem como comandos para os órgãos efetores como as
glândulas e os músculos. No caso dos membros inferiores, o motoneurônio é
6

responsável por transmitir os sinais que permitem que os músculos sejam


estimulados por meio de movimentos e cargas de força sobre eles.
O neurotransmissor responsável por transmitir o impulso nervoso por
meio da junção neuromuscular é a acetilcolina que estimula ou deprime a contração
muscular. A acetilcolina é gerada no botão sináptico e retida em vesículas até que
um novo estímulo nervoso arrebente a sua descarga na junção das células
nervosas. Quando alcança a membrana da célula receptora se une a um local
específico e fomenta a despolarização, ocasionando uma nova contração nas
células musculares.

2.3 ATROFIA DA MUSCULATURA DOS MEMBROS

A atrofia muscular se caracteriza pela perda dos tônus musculares


devido a fatores que variam desde ao estilo de vida que a pessoa leva até a
condições neurogênicas que acometem ao longo do tempo. O enfraquecimento das
vias de síntese e/ou a elevação das vias de degradação de proteínas é o fator que
provoca a atrofia muscular esquelética. O tamanho da fibra muscular é dirimido e o
indivíduo afetado perde força e massa muscular e, consequentemente, sofre
incapacidade funcional (MARZUCA-NASSR, 2019).
Nesse trabalho acadêmico, temos o caso da paciente que sofreu um
trauma medular e passou a recorrer a ajuda de cadeiras de rodas para movimentar-
se, ficando com os membros inferiores sem a movimentação adequada, ainda que
temporariamente, tornando os músculos de tais membros atrofiados.
No caso citado, trata-se de do tipo de atrofia neurogênica que afeta
os nervos interligados aos músculos, onde as sequelas do trauma no nervo são mais
complicadas de ser tratadas e reabilitadas com apenas exercícios de fisioterapia. O
diagnóstico se dá pela vistoria em uma clínica médica onde o músculo afetado e
aferido e são realizados exames de sangue, ressonâncias magnéticas, entre outros
necessários.

2.4 PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS E


ORGANIZATIVOS DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) se configura como uma política


7

pública de saúde orientada à atenção da saúde na população brasileira de forma


integralizada, equidade e com acesso universal a todos. Como toda política pública,
é regida por normas e diretrizes para o seu funcionamento.
No SUS, os princípios e diretrizes são a base para o funcionamento
do sistema no país. Quanto aos princípios, eles podem ser doutrinários ou
organizativos. Os doutrinários (universalidade, equidade e integralidade) expressam
as concepções e valores que fundamentam o sistema de saúde. Os organizativos
dizem respeito à forma de organização, as estratégias e meios aplicados para
assegurar que os princípios doutrinários sejam garantidos (PINTO, 2016).
Conforme a Lei 8.080/1990, Capítulo II – dos princípios e diretrizes:

Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados


contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),
são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis
de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua
integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios
de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de
saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de
prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em
cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente
e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e
humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na
prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de
assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade
de meios para fins idênticos.
XIV – organização de atendimento público específico e especializado
para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre
outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
2013.
8

Diante dessa conjuntura, o caso da paciente Aline encontra-se


assegurado diante dos princípios estabelecidos pelo SUS. A universalidade
acontece por meio do direito do paciente a ser atendido, não se configurando como
um serviço opcional ou vinculado a uma contribuição monetária como contrapartida.
A equidade garante que o referido paciente seja atendido de acordo com as suas
necessidades de cuidado, usando a proporcionalidade e razoabilidade dos recursos.
A integralidade se estabelece no sentido de o paciente poder dispor dos serviços do
SUS de forma ampla e associada a todos os níveis de atenção básica. Nesse
referido caso, o usuário tem direito a usufruir dos serviços de atenção terciária, onde
o mesmo foi vítima de lesão na medula e necessita de reabilitação e cura do agravo.
Em relação à garantia do paciente descrito na situação-problema
deste trabalho ao direito de ser assistida por meio do SUS, torna-se necessário que
haja a existência de uma rede de assistência capaz de suprir as precisões no
momento delicado que se encontra a paciente de forma que seja amparada e
orientada por profissionais que perpassem além do processo de cura e reabilitação,
mas também de reinserção de sua rotina, seja profissional ou social.

2.5 CONSTRUÇÃO MULTIDISCIPLINAR DE


CUIDADOS

A paciente do estudo de caso em questão deverá ter seus direitos


fundamentais à saúde por meio da articulação das redes de atenção à saúde
presentes na estrutura do SUS. De acordo com Mendes (2012):

As RASs são organizações poliárquicas de conjuntos de


serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos
comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem
ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população,
coordenada pela APS – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o
custo certo, com a qualidade certa, de forma humanizada e segura e com
equidade –, com responsabilidades sanitária e econômica pela população
adscrita e gerando valor para essa população.

Destarte, a presença das redes de atenção à saúde em um


determinado contexto pode colaborar para que o processo de promoção da saúde
se consolide cada vez mais em suas ações, sejam elas de caráter coletivo de uma
população adscrita ou singularmente em cada usuário, objetivando assim a melhor
9

qualidade na prestação dos serviços de saúde, bem como o uso eficiente dos
recursos e o estabelecimento da equidade em saúde.
Há também a possibilidade de o paciente ser acompanhado em seu
processo de cura e reabilitação através das ações integradas do Núcleo de Apoio à
Saúde da Família (NASF) que colaboram para a ampliação das ações efetivas em
saúde nas comunidades onde está inserida e fomenta a ampliação de resolução de
casos clínicos de modo a “desafogar” os demais níveis de complexidade.
Trata-se de equipes multiprofissionais, composta por diversos
profissionais da saúde em várias especialidades de atuação que exercem suas
atividades de modo integrado e servem de apoio para as equipes de atenção básica
para populações específicas, partilhando saberes e práticas de saúde, assim como
subsidiando no manejo ou solução dos problemas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
À vista disso, a paciente referenciada neste trabalho poderá ser
assistida pela equipe do NASF em diversos aspectos do seu processo de cura e
reabilitação do agravo que sofre. Exemplo disso são:
A presença de enfermeiros e técnicos em enfermagem para a
realização de cuidados domiciliares específicos como curativos, ação do
fisioterapeuta para a reversão da paraplegia que sofreu nos membros inferiores,
atendimento do nutricionista para correta alimentação e dieta que colaboram para
evitar a degeneração muscular até a total recuperação, consulta ao psicólogo para
acompanhamento emocional diante da situação de violência sofrida, atuação do
assistente social para auxílio nos processos de amparo social e benefícios social
que garantam conforto à vítima, entre outros serviços necessários.
Isto posto, o plano de cuidados em enfermagem estruturado em uma
rede de atenção à saúde pode se constituir como uma importante ferramenta de
trabalho para os profissionais e de benefícios para os usuários-pacientes. Desse
modo, é possível analisar as necessidades específicas de cada um, promover um
cuidado constante, definir prioridades de ações e orientar as equipes em suas
atribuições para cada paciente.
O plano de cuidado, associado aos serviços do SUS juntamente com
o profissional de enfermagem permite o alcance de uma recuperação eficaz dos
agravos. Os cuidados de enfermagem e de promoção de um cuidado humanizado,
direcionado para resultados e de custos mensuráveis dinamizados nos processos de
enfermagem enquanto ferramenta de trabalho (ALFARO-LEFREVE, 2005).
10

Logo, o apoio dessas redes de serviço de saúde exerce papel


fundamental na elaboração do plano de cuidados para o paciente, dispondo de
recursos suficientes para que o mesmo reestabeleça seu estado de saúde de forma
plena e efetiva.
11

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta produção textual interdisciplinar, almejou-se realizar uma


análise sobre uma determinada situação-problema que envolve o caso de uma
pessoa vítima de lesão medular, buscando o entendimento sobre os fundamentos da
atenção multiprofissional na área de saúde, bem como desenvolver uma reflexão
sobre os aspectos fundamentais abrangidos no âmbito da assistência
multiprofissional e visão holística da área de saúde
A equipe aprendeu sobre como acontece o processo de
acoplamento excitação-contração quando atuante na fibra muscular, destacando os
túbulos T, filamentos, actina, miosina, dentre outras substâncias estruturas que
corroboram para concretização de tal processo de acoplamento. Identificou-se
também de que forma o impacto da paralisia dos membros inferiores pode causar
atrofia muscular e qual o papel de importância dos motoneurônios, junções
neuromusculares, o neutrotransmissor acetilcolina e a contração muscular nesse
evento clínico.
Além do mais, houve o estudo sobre o escopo legislativo que
organiza e sistematiza o Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto importante
política pública de saúde de acesso universal a todos aqueles que fazem parte do
território nacional, relacionando as normas e regulamento pertinentes ao estudo da
situação-problema estudada e relatando os conteúdos legais que garantem ao
usuário-paciente seja atendido de maneira completa, destacando principalmente a
atuação multidisciplinar nas redes de atenção básica e ao Núcleo de Apoio à Saúde
da Família (NASF).
Em síntese, compreendeu-se que cada indivíduo possui
necessidades em saúde específicas. Agravos de saúde como a lesão medular citada
ao longo do trabalho requerem um atendimento não somente voltado para a cura e
reabilitação do indivíduo enquanto organismo vivo debilitado. É necessário a
humanização dos processos de saúde, sempre prezando pela valorização da
pessoa em seus aspectos de vida que ultrapassam as barreiras do histórico médico.
A atuação multiprofissional exerce a função indispensável nessa
tarefa de humanização, visto que valoriza em suas ações o ser humano enquanto
sujeito biopsicossocial, dotado de relações sociais que influenciam de forma direta e
indireta na efetividade das ações em saúde coletiva.
12

REFERÊNCIAS

ALFARO-LEFEVRE, Rosalinda. Aplicação do Processo de Enfermagem:


promoção do cuidado colaborativo. 5 ed. Artmed: Porto Alegre, 2005.

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe


sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Brasília, set. 1990.

PINTO, Simone Nunes. Formação Integral em Saúde. Editora e Distribuidora


Educacional S.A.; Londrina, 2016.

SANTIAGO, Sônia Aparecida. Ciências Moleculares e Celulares. Editora e


Distribuidora Educacional S.A.: Londrina, 2015.

HAFEN, Brent Q.; KARREN, Keith J.; FRANDSEN, Kathryn J. Primeiros Socorros
para Estudantes. 7. ed. Manole: São Paulo, 2002.

MARZUCA-NASSR, Gabriel Nasri. Atrofia Muscular Esquelética: relação entre


ciências básicas e aplicadas (Cinesiologia/Fisioterapia). Fisioterapia e
Pesquisa, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 1-2, 2019. DOI: 10.1590/1809-2950/0000002601219.
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/157118>. Acesso em:
12 out. 2020.

MENDES, Eugênio Vilaça. O Cuidados das Condições Crônicas na Atenção


Primária da Saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da
família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_condicoes_atencao_primaria_s
aude.pdf. Acesso em 12 out. 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Núcleo de Apoio à Saúde da Família: Ferramentas


para a gestão e para o trabalho cotidiano. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. v.
1. (Caderno de Atenção Básica; n. 39). Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br /bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf>.
Acesso em: 13 out. 2020.

Você também pode gostar