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Alzira Fernando Certeza Sacatiza

Morte celular, Organização molecular da célula – Biomoléculas, e Comunicação


celular e transdução de sinais

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2020
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Alzira Fernando Certeza Sacatiza

Morte celular, Organização molecular da célula – Biomoléculas, e Comunicação


celular e transdução de sinais

Trabalho científico da cadeira de BCM a ser


entregue no curso de Licenciatura em Ensino de
Biologia, como requisito de avaliação parcial,
sob orientação do Docente:

Msc. Fulaide Mphepo Muassinali

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2020
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 5

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 6

1.1.1. Objectivo geral ......................................................................................................... 6

1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................................. 6

2. Metodologia de pesquisa ..................................................................................................... 6

3. Morte celular, Organização molecular da célula – Biomoléculas, e Comunicação celular e


transdução de sinais .................................................................................................................... 7

3.1. Morte celular ................................................................................................................ 7

3.1.1. Sistemas interdependentes da célula..................................................................... 7

3.1.2. Morte acidental da célula ...................................................................................... 7

3.1.3. Morte programada da célula ................................................................................. 8

3.2. Organização molecular da célula – Biomoléculas ....................................................... 9

3.2.1. Classificação das biomoléculas ............................................................................ 9

3.2.2. Caracterização da agua como biomolécula .......................................................... 9

3.2.3. Macromoléculas.................................................................................................... 9

3.2.3.1. Classificação das macromoléculas .................................................................... 9

3.3. Comunicação celular e transdução de sinais .............................................................. 12

3.3.1. A molécula-sinal extracelular (MSE) ................................................................. 12

3.3.2. Diferença entre a sinalização sináptica e endócrina ........................................... 15

3.3.3. Os receptores ...................................................................................................... 17

4. Conclusão .......................................................................................................................... 20

Bibliografia ............................................................................................................................... 21
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1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de BCM tem como tema Morte celular, Organização molecular
da célula – Biomoléculas, e Comunicação celular e transdução de sinais. Abordar-se-á neste
trabalho sobre morte celular, organização molecular da célula – biomoléculas, comunicação
celular e transdução de sinais. Em relação a morte celular, falar-se-á de Sistemas
interdependentes da célula, morte acidental e programada da célula, caracterização de cada
morte da célula e benefícios da morte celular para o organismo. Sobre organização molecular
da célula, segue-se definindo as biomoléculas e sua classificação, caracterização da agua como
biomolécula, também fala-se de macromoléculas como proteínas, ácidos nucleicos,
carboidratos, lipídios e vitaminas. Portanto, Sobre comunicação celular e transdução de sinais
fala-se da molécula-sinal extracelular (MSE), sua caracterização e tipos, diferença entre a
sinalização sináptica e endócrina e por fim fala-se dos receptores de sinais.

O presente trabalho está estruturado: introdução, objetivos, metodologia de pesquisa, o


desenvolvimento, conclusão e, por fim a bibliografia onde são citadas as fontes que serviram
como alicerces para a sua elaboração.
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1.1.Objectivos

Os objectivos deste trabalho estão divididos em dois grupos que são:

1.1.1. Objectivo geral

Compreender a morte celular, organização molecular da célula – biomoléculas, e comunicação


celular e transdução de sinais

1.1.2. Objectivos específicos

 Definir morte celular, biomoléculas


 Explicar a Morte celular, a organização molecular da célula e, comunicação celular e
transdução de sinais

2. Metodologia de pesquisa

Em conformidade com PRODANOV, Cleber Cristiano. (2013:24) citando (GIL, 2008, p. 8) A


metodologia é definida como caminho para chegarmos a determinado fim. O trabalho se
sustenta na base do método bibliográfico, consultando obras que já abordaram aspectos
similares a morte celular, organização molecular da célula – biomoléculas, e comunicação
celular e transdução de sinais.
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3. Morte celular, Organização molecular da célula – Biomoléculas, e Comunicação


celular e transdução de sinais

3.1. Morte celular


Segundo Junqueira & Carneiro, (2005), as células e os tecidos estão organizados e capacitados
a desempenhar funções necessárias à manutenção da vida do indivíduo. Dependendo do
estímulo pode ocorrer a adaptação necessária, como nas células musculares do halterofilista ou
na hiperqueratose das mãos do lavrador. Como exemplo de adaptações fisiológicas temos a
mobilização de cálcio da matriz óssea apelos osteoblastos sob a ação do paratormônio. O
mesmo paratormônio, se em excesso, pode causar a chamada lesão de células gigantes na
mandíbula ou maxila, que é caracterizada pela presença de áreas de reabsorção óssea
(radiolúcidas). Entretanto não há mobilização de Ca++ dos dentes. Se o estímulo for excessivo
ou tóxico para a célula, lesões irreversíveis levam a morte celular. O limite entre estímulo
fisiológico e lesivo não é exato. Radiação UV pode causar estímulo para produção de melanina,
formação de bolha, descamação da pele ou câncer.

O termo degeneração (alteração sub-letal) refere-se a alterações celulares que não matam a
célula, deixando-as com as funções diminuídas. Estas alterações podem ser reversíveis ou
evoluir para a morte celular. Pode ocorrer ou não acúmulo de substâncias no citoplasma. Uma
causa comum de degeneração celular é a anóxia, (IBID)

3.1.1. Sistemas interdependentes da célula


A célula tem quatro sistemas interdependentes que quando alterados podem levar a morte
celular:
 Membranas - que mantém a homeostasia iônica e osmótica da célula e das organelas.
 Respiração aeróbica - fosforilação oxidativa com produção de ATP (mitocôndrias).
 Síntese de proteínas e manutenção do citoesqueleto.
 DNA.

Portanto, a morte celular pode ser acidental (necrose) ou programada (apoptose ou não
apoptótica),

3.1.2. Morte acidental da célula


A morte acidental da célula (necrose): é causada por traumatismo ou doença, tipo passivo de
morte celular, processo patológico. Essa morte da célula é caracterizada por: danos físicos
graves, falta de oxigênio; processo patológico passivo sem gasto de energia; autólise maciça de
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células; quando afeta células vizinhas inchaço celular decorrente da perda do equilíbio
osmótico; quando o processo inflamatório atrai macrófagos e leucócitos,
(https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1
1_2009.pdf)

3.1.2.1.Consequências da necrose
 Inchamento celulargrande influxo de água, Na+ e Ca++ (falha nas bombas de membrana)
 Queda na produção de energia (atp)função mitocondrial é comprometida
 Núcleo picnótico precipitação picnótica da cromatina (sem marginalização da mesma);
 Perda de compartimentalização citoplasmáticalise dos lisossomos;
 Ruptura da célula (conteúdo celular espalhado) inflamação.

3.1.3. Morte programada da célula


A morte programada da célula é um processo fisiológico normal em que há participação ativa
da célula, programa geneticamente regulado. Portanto, a morte programada da célula pode ser
por apoptose ou não Apoptótica, (IBID)

3.1.3.1.Morte programada da célula por Apoptose


É morte fisiológica, danos brandos; processo controlado e ativo com gasto de energia; envolve
células isoladas; não afeta células vizinhas, retração e descolamento das células vizinhas; sem
inflamação, fagocitose por células vizinhas ou macrófagos do próprio tecido. E é caracterizada
por:
 Enrrugamento celular: a célula murcha, se condensa pela perda de água (bombas de
membrana continuam funcionando);
 Produção de energia (atp) é mantida;
 Marginalização da cromatina: ação das endonucleases, clivam dna (fragmentos de 180 a
200 pb);
 Diminuição volume celular;
 Superfície celular irregular: desprendimento de “bolhas”, organelas e porções nucleares.

3.1.3.2.Morte celular programada não-apoptótica


A morte celular não-apoptótica: ocorre por autofagia ou alterações citoplasmáticas e tem como
características: aumento da atividade autofágica (autofagossomas) e dilatação das organelas
(vacuolização celular); Condensação da cromatina; Não há marginalização da cromatina;
Diminuição do volume celular.
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Portanto, a morte celular é benéfica quando: na presença de parasitas intracelulares; as células


tornam-se desnecessárias; as células perdem a sua função normal e quando as células são
danificadas.

3.2.Organização molecular da célula – Biomoléculas


De acordo com Lehninger (2000), As biomoléculas ou moléculas biológicas são moléculas
presentes nas células dos seres vivos e que participam da estrutura e dos processos bioquímicos
dos organismos. Elas em geral são formadas por elementos como oxigênio, hidrogênio,
carbono, nitrogênio, enxofre e fosforo, que são chamados de bioelementos.

3.2.1. Classificação das biomoléculas


As biomoléculas podem ser classificadas como orgânicas e inorgânicas.
 As biomoléculas orgânicas são aquelas que apresentam uma estrutura cuja base é o carbono
e são sintetizadas pelos seres vivos, como as proteínas, vitaminas, hidratos de carbono,
ácidos nucleicos e lipídeos
 As biomoléculas inorgânicas são aquelas presentes tanto em seres vivos quanto em
elementos inertes, como a água.

3.2.2. Caracterização da agua como biomolécula


A água é uma biomolécula importante, responsável por 70% do peso total de uma célula. Além
de ser o principal constituinte da célula, desempenha um papel fundamental na definição de
suas estruturas e funções, (AMABIS & MARTHO, 2004)

Muitas vezes a estrutura ou a função de uma biomolécula depende de suas características de


afinidade com a água, a saber: se a biomolécula é hidrofílica, hidrofóbica ou anfipática. A água
é o meio ideal para a maioria das reações bioquímicas e é o fator primário de definição das
complexas estruturas espaciais das macromoléculas, (IBID)

3.2.3. Macromoléculas
As macromoléculas são biomoléculas de alto peso molecular, muito grandes e quase sempre de
estrutura química e espacial muito complexas. São sempre formadas a partir de "unidades
fundamentais", ou seja, de moléculas menores e muito mais simples que funcionam como
matéria prima para a construção das macromoléculas, (LEHNINGER, 2000)

3.2.3.1.Classificação das macromoléculas


São classificadas em cinco grupos: proteínas ácidos nucleicos carboidratos lipídios vitaminas
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3.2.3.2.Proteínas
As proteínas constituem a maior fração da matéria viva e são as macromoléculas mais
complexas; possuem inúmeras funções na célula e formam várias estruturas celulares, além de
controlarem a entrada e saída de substâncias nas membranas, (JUNQUEIRA & CARNEIRO,
2005)

3.2.3.2.1. Importância das proteínas como macromoléculas


Têm importante papel na contração e movimentação dos músculos (actina e miosina),
sustentação (colágeno), transporte de oxigênio (hemoglobina), na defesa do organismo
(anticorpos), na produção de hormônios e também atuam como catalisadores (as enzimas) de
reações químicas, (IBID)

3.2.3.3.Ácidos nucléicos
Os ácidos nucléicos são as maiores macromoléculas da célula e responsáveis pelo
armazenamento e transmissão da informação genética, (IBID)

3.2.3.4.Carboidratos
Os carboidratos são os principais combustíveis celulares (reserva de energia), possuem também
função estrutural e participam dos processos de reconhecimento celular e de formação dos
ácidos nucleicos, (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2005; AMABIS & MARTHO, 2004)

3.2.3.4.1. Tipos de carboidratos


 Monossacarídeos, formados por 5 ou 6 carbonos. Principais exemplos: glicose, frutose,
galactose e pentose.
 Dissacarídeos, formados por dois monossacarídeos. Exemplos: sacarose (glicose+frutose);
 Lactose (glicose+galactose);
 Maltose (glicose+glicose) polissacarídeos, formados por, pelo menos, três até milhares de
monossacarídeos. Exemplo: amido, que é usado pelas plantas como reserva energética.

3.2.3.5.Lipídios
De acordo com Junqueira & Carneiro, (2005); Amabis & Martho, (2004), os lipídios são
formados a partir de ácidos graxos e álcool. Segundo a natureza do ácido graxo e do álcool que
os formam, os lipídios podem ser classificados em quatro grandes grupos:

 Lipídios simples ou ternários são compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e
oxigênio.
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 Lipídios complexos ou compostos, além de possuírem os átomos presentes nos lipídios


simples, apresentam átomos de outros elementos, como o fósforo.
 Lipídios precursores, formados a partir da hidrólise de lipídios simples e complexos.
 Derivados, formados após transformações metabólicas dos ácidos graxos.

3.2.3.5.1. Classificação dos lipídios segundo o ponto de fusão


Segundo o ponto de fusão, os lipídios classificam-se em dois grandes grupos: as gorduras e os
óleos.
As gorduras: são sólidas em temperatura ambiente e são produzidas por animais; seus ácidos
graxos são constituídos de cadeias carbônicas saturadas, isto é, cadeias em que os átomos de
carbono apresentam ligações simples.
Os óleos: são líquidos em temperatura ambiente e são fabricados por vegetais; seus ácidos
graxos são formados por cadeias insaturadas, ou seja, cadeias que apresentam ligações duplas.

3.2.3.5.2. Importância dos lipídios


São a principal fonte de armazenamento de energia dos organismos e desempenham importante
função na estrutura das membrana biológicas (fosfolipídios) e na composição dos hormônios e
vitaminas e são biomoléculas hidrofóbicas.

3.2.3.5.3. Principais funções dos lipídios


 Composição das membranas biológicas, que são formadas por fosfolipídios fornecimento
de energia: cada grama de gordura libera cerca de 9Kcal (enquanto um grama de carboidrato
produz apenas 4 Kcal) precursores de hormônios esteroides (tais como testosterona,
progesterona e estradiol) e de sais biliares, que atuam como detergentes, propiciando a
absorção dos lipídios.
 Transporte de vitaminas lipossolúveis, tais como a A, D, E e K.
 Isolamento térmico e físico: proteção contra as baixas temperaturas e contra choques
mecânicos impermeabilização de superfícies, evitando a desidratação, a exemplo das ceras
encontradas nas superfícies dos frutos.

3.2.3.6.Vitaminas
As vitaminas são macromoléculas que atuam como coenzimas, isto é, ativando enzimas
responsáveis pelo metabolismo celular. Geralmente são hidrossolúveis. São lipossolúveis as
vitaminas A (retinol), D (calciferol), E (tocoferol) e K.
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3.3.Comunicação celular e transdução de sinais


Segundo (LEHNINGER, 2000), a formação de um organismo celular exigem que as células se
comuniquem. Essa comunição envolve uma série de fatores químicos e componetes extra e
intracelular.
A comunicação celular se dá através de sinais moleculares que refletem na coordenação de seu
comportamento. Esse mecanismo é altamente complexo e evoluído. O que se pode entender
deste complexo mecanismo é que as células pluricelulares foram programadas, durante o
desenvolvimento, para responder a um conjunto específico de sinais extracelulares produzidos
por outras células atuando em várias combinações que regulam o comportamento celular.

3.3.1. A molécula-sinal extracelular (MSE)


A comunicação célula-célula ocorre através da emissão e recepção de sinais moleculares que
são recebidos por proteínas receptoras. Essas proteínas podem estar localizadas na superfície
extracelular ou intracelular aos quais as MSE se ligam. Esta ligação ativa o receptor da célula
alvo e por consequinte uma ou mais vias intracelulares mediadas por uma séria de Proteínas
Sinalizadoras Intracelulares (PSI),
https://w2.fop.unicamp.br/dcf/bioquimica/downloads/db210-2007-T05-
SinalizacaoCelular.pdf.

Os PSI podem estar associados formando complexos de sinalização como também unidos a
domínios de ligações modulares. Finalmente, uma ou mais proteínas alteram a atividade de
proteínas efetoras, alterando, assim, o comportamento da célula. Dependendo do sinal, do
estado e da natureza da célula receptora, estes efetores podem ser, entre outros, proteínas

Figura 1: fonte internet


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reguladoras de genes, canais iônicos, componentes de uma via metabólica, ou partes do


citoesqueleto como vê-se a figura.

Existem diferentes tipos de molécula-sinal extracelular (MSE) formadas por proteínas,


aminoácidos, nucleotídeos, esteróides, retinóis, derivados de ácido graxo, gases dissolvidos e
principalmente pequenos peptídeos. Os sinais extracelulares tanto podem ser hidrofílicos
quanto hidrofóbicas.

Figura 2: fonte internet

Os hidrofílicos são incapazes de atravessar a membrana da célula-alvo; logo se ligam a


receptores de superficie, que por sua vez geram sinais no interior desta célula, os hidrofóbicas
ou suficientemente pequenos conseguem difundir pela membrana e se ligarem a receptores
intracelular na célula-alvo – no citosol ou núcleo. Uma vez no interior da célula, elas regulam
diretamente a atividade de proteínas intracelulares específicas.

Um importante exemplo é o óxido nítrico, que nos mamíferos, das muitas funções que exerce,
relaxa a musculatura lisa dos vasos sanguíneos, outro exemplo citado pelo autor são os
hormônios esteróides (testosterona), tireóides, gênicos, vitamina D e retinós que se ligam a
proteínas receptores intracelulares e alteram a capacidade de controlar a transcrição de genes
específicos, sendo assim, reguladoras gênicas.

Valem lembrar que, existem, também, reguladores gêncios produzidos por sinais oriundos de
recptores da superfície da membrana através das proteínas de sinalização intracelular que
ativam proteínas efetoras.

Figura 3: fonte internet


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Os sinais podem manter-se ligados ao receptores de forma permanente (mecanismo de memória


celular) ou parcialmente- transitórios- produzindo efeitos permamentes ou transitório, quando
estes são removidos do receptor. A remoção dependerá, dentre outros fatores, da velocidade de
destruição ou reposição das moléculas afetadas por ela, do tempo de vida das proteínas
sinalizadoras intracelular tendo meia-vida curta(instáveis) ou não. Os MSEs podem ser
liberadas por exocitose a partir das células sinalizadoras no espaço extracelular, difusão ou
exposição na superfície externa da célula. As MSE, liberadas podem agir a pequena ou grande
distância (longa ou curta). Essa ação dependerá do tipo de célula sinalizadora (contato,
parácrina, sináptica ou endócrina) que produz o sinal para a célula-alvo.

A célula-alvo pode estar em contato, próximo ou a longas distâncias. A sinalização por contato
requer que as células estejam em contato direto; membrana-membrana. Geralmente, esse tipo
de sinalização ocorre no desenvolvimento embrionário e respostas imunes. Já a sinalização a
distância acontece quando as MSE são secretados para o fluido extracelular.

Célula de sinalização parácrina: os sinais atuam localmente sobre células alvo próximas. Aqui
as células sinalizadoras e alvo podem ser iguais (câncer) ou diferentes. Para que os MSEs ajam
localmente, estes devem interagir com a matriz extracelular que diminui seu pontecial de
difusão restringindo seu alcance.

Figura 4: fonte internet


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Célula de sinalização sináptica: mecanismo de sinalização de longo alcance que apresenta


células especializadas, neurônios, que estedem longos prolongamentos (axônios) que permite
entrar em contato com célula alvo distante, os prolongamentos terminarão em sítio de
transmissão de sinais químicos especializados – neurotransmissores – em um processo
conhecido como sinalização sináptica.
Célula de sinalização endócrina: suas MSEs são os hormônios que são secretados na corrente
sanguínea agindo em longas distâncias.

3.3.2. Diferença entre a sinalização sináptica e endócrina

Célula de sinalização endócrina: -Lenta, pois é difundida pelo corrente sanguínea


-Sinais muito diluidos, menor concentração
-hormônios
- dissociação baixa
Célula de sinalização sináptica: -Rápida, difusão por contato sináptico
-Sinais menos diluidos, maior concentração
-Mais precisa em relação ao tempo x espaço
-neurotrasmissores
- dissociação rápida dos receptores
Observação1: Existem mecanismos que permitem às células endócrinas e os neurônios
coordenarem a longa distância o comportamento celular.

Observação 2: A função das junções ocludentes. Essas junções são definidas como canais
aquosos estritos que conectam citoplasmas de células epiteliais adjacentes. Esta permite que
informações sinalizadas seja compartilhadas pelas células vizinhas através de moleculas
intracelular pequenas como: AMP cíclio, íons inorgânicos, as macromoléculas, como proteínas
e ácidos não passam pela junção. Essa junções
permitem a comunicação em ambas as direções,
propaga o efeito de sinais extracelulares.
Figura 5: fonte internet
16

Exemplo de comunicação por junção


Quando o nível de glicose está a baixo no sangue, a nododrenalina estimula a sinapse em células
hepáticas (hepócitos) que aumentam a concentração de AMP, que por sua vez estimula a quebra
de glicogênio produzindo glicose livre.

Portanto, cada tipo celular exibe um conjunto de receptores que tormam capazes de responder
a um conjunto de MS produzidas por outras células. Essas moléculas regulam o comportamento
celular trabalhando de forma coordenada. Essa diferenciação de conjuntos de resposta está
ligado a característica específica de cada célula formada através do seu desenvolvimento de
especialização celular. Por exemplo, muitas células epiteliais requerem sinais de sobrevivência
da lâmina basal sobre a qual elas se acomodam; se perderem o contato com a lâmina da matriz,
elas morrem por apoptose.

As respostas que a combinações específicas de MSE obtém


A combinações específicas de MSE podem obter as seguintes respostas:
 Sobrevivência
 Crescimento e divisão
 Diferenciação
 Morte por apoptose

Figura 6: fonte internet

Um mesmo MSE pode agir em diferentes tipos de células produzindo respostas diferentes ou
um mesmo tipo de célula. Esse fato pode ser resumido abaixo:
17

 Um mesma MSE atua em diferente tipos de células produz respostas diferentes. A acetil-
colina produz respostas direrentes em células cardíacas e musculares, por exemplo, nas
células cardíacas este sinal diminui a velocidade de contração, já no músculo, aumenta a
velocidade. Este fato é explicado através das diferentes respostas intracelulares de cada
célula. O que faz uma célula responder a um determinado tipo de sinal em detetrimento de
outro, é sua característica proveniente da especialização no curso do seu densevolvimento
embrionário.cada célula está restrita a uma combinação de sinais específicos.

 Um mesmo MSE atua sobre o mesmo tipo de célula, pode ter, qualitativamente, diferentes
efeitos dependendo da concentração do sinal. Essa resposta é importante para as células se
diferenciarem. As MSE que atuam durante o desenvolvimento são chamadas de morfógeno.
Essa diferença no gradiente de concentração leva a níveis diferentes de ativação de
receptores que resultam em diferentes padrões de expressão gênica.

Portanto, a velocidade de resposta depende:


 Mecanismos de liberação do sinal x Natureza da resposta da célula-alvo
 Aumentaa velocidade ( mudanças alostérica)
 Diminui a velocidade ( expressão gênica)

Entretanto, a resposta celular depende:


 Conversão das proteínas sinalizadoras intracelulares passarem da forma inativa para ativa
ou sua síntese-degradação;
 Tipos de receptores;
 Dos diferentes tipos de MS;
 Dissociação das Ms dos receptore e liberação;
 Exposição prolongada do estímulo reduz uma resposta, ou seja, alterações na concentração
das MSE alteram a respota.

3.3.3. Os receptores
Os receptores podem ser de superfície celular como intracelulares. Os receptores são proteínas
formada por regiões, sendo uma delas com um domínio de interação com o ligante.

Os receptores intracelular que altera a capacidade de controlar a transcrição de genes específico,


sendo reguladores gênicos, e atuam como receptor e efetor são chamados de núcleares.
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Os receptores nucleares tanto podem ser regulados por metabólitos intracelulares (mamíferos)
como por moléculas-sinal secretadas (pequenos, hidrofóbicos, hormônios esteroides, tireóides,
vitamina D, retinóis). Por exemplo, o receptor ativados pela proliferação de peroxisomos ligam-
se a metabólitos lipídicos intracelulares e regulam a transcrição dos genes envolvidos com o
metabolismo dos lipídeos e com a diferenciação de células adiposas. Alguns destes receptores
estão localizados no citosol, outros ligados a sequências específicas de DNA no núcleo.

A superfamília dos receptores nucleares apresentam uma estrurura semelhante. Possuem duas
formas: inativa (geralmente ligado a um inibidor) e ativa. As proteínas receptoras nucleares
estão, às vezes, presentes também na superfície da célula, onde atuam por mecanismos
diferentes dos quando no citosol ou núcleo.

Existe também os receptores de superfície celular que convertem sinais extracelulares em


intracelulares, no processo chamado de transdução de sinal. Estes receptores podem estar
associados ou não a proteínas (G, enzimas, sinalizadoras intracelulares), canais iônicos.

A maioria das proteínas receptoras de superfície celular pertence a três classes, definidas por
seu mecanismo de transdução, são eles: associados a canais iônicos, à proteína G e a enzimas.
Esses sinais não entram no citosol ou núcleo, esses receptores funcionam como transdutores de
sinal.
Receptores associado a canais iônicos: envolvidos na sinalização sináptica rápida entre células
nervosas e célula-alvo. mediado por neurotransmissores que formam proteínas que interagem
com o receptor presente no canal fazendo com que este abra ou feche, temporariamente. As
classes de proteínas destes receptores são transmembranar de múltiplas passagens

Figura 7: Fonte internet

Receptores associados à proteína G: atuam indiretamente na regulação da atividade de uma


proteína alvo ligada à membrana plasmática, que pode ser tanto uma enzima como um canal
iônico. A interação entre o receptor e essa proteína-alvo é mediada por uma terceira proteína G
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(Proteína trimérica de ligação a GTP). A ativação da enzima ou canal iônico altera a quantidade
de mediadores intracelulares pequenos ou altera a permeabilidade da mebrana plasmática aos
íons (se a proteína-alvo for um canal iônico). Os pequenos mediadores intracelulares afetados,
por sua vez, o comportamento de outras proteínas de sinalização na célula. Todos os receptores
associados à proteína G pertencem à grande família das proteínas homólogas transmembranares
de múltiplas passagem.
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4. Conclusão

Neste trabalho a autora conclui que as células e os tecidos estão organizados e capacitados a
desempenhar funções necessárias à manutenção da vida do indivíduo. A morte celular pode ser
acidental (necrose), quando é causada por traumatismo ou doença, processo patológico. A
morte celular também pode ser programada (apoptose ou não apoptótica), um processo
fisiológico normal em que há participação ativa da célula, programa geneticamente regulado.
As biomoléculas são moléculas presentes nas células dos seres vivos e que participam da
estrutura e dos processos bioquímicos dos organismos. Elas em geral são formadas por
elementos como oxigênio, hidrogênio, carbono, nitrogênio, enxofre e fosforo, que são
chamados de bioelementos. A formação de um organismo celular exigem que as células se
comuniquem. Essa comunição envolve uma série de fatores químicos e componetes extra e
intracelular. A comunicação celular se dá através de sinais moleculares que refletem na
coordenação de seu comportamento.
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Bibliografia

AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia das Celulas 1, 2ª ed. editora Moderna, 2004.
JUNQUEIRA, L.O.U.& CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 8ª. ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2005.
LEHNINGER, A.L. Bioquímica- Replicação Transcrição e Tradução da informação
genética.vol 4. 7ª reimpressão. Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 2000.
CAMPOS, L. S.: Entender a Bioquimica, escolar editora, Lisboa, 1998
https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un1_Les-Morte-Cel.pdf
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/
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https://www.todoestudo.com.br/biologia/biomoleculas
https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1637915
https://w2.fop.unicamp.br/dcf/bioquimica/downloads/db210-2007-T05-
SinalizacaoCelular.pdf

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