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BACHARELADO EM ENFERMAGEM

EGMAR AMORIM DE SOUSA


GIOVANNA OLIVEIRA SANTOS SOUZA
JEANE LUIZA OLIVEIRA DE SOUZA
JOÃO LENNON BATISTA
JOSILEIDE MARIA DUARTE
KAROLAYNE HELLEN DA COSTA NÓBREGA
SIBELLY VITÓRIA PEREIRA DA SILVA

A EPIDEMIA DO CORONAVIRUS 2019 N-COV:


Uma Abordagem Interdisciplinar
EGMAR AMORIM DE SOUSA
GIOVANNA OLIVEIRA SANTOS SOUZA
JEANE LUIZA OLIVEIRA DE SOUZA
JOÃO LENNON BATISTA
JOSILEIDE MARIA DUARTE
KAROLAYNE HELLEN DA COSTA NÓBREGA
SIBELLY VITÓRIA PEREIRA DA SILVA

A EPIDEMIA DO CORONAVIRUS 2019 N-COV:


Uma Abordagem Interdisciplinar

Trabalho acadêmico apresentado como requisito para a


Produção Textual Interdisciplinar de Grupo relativo ao 1º
Semestre do Curso de Enfermagem para as disciplinas
de:

Homem, Cultura e Sociedade


Prof. Maria Eliza Pacheco

Empreendedorismo
Prof. Ewerton Taveira Cangussu

Ética, Política e Sociedade


Prof. José Adir Lins Machado

Saúde Coletiva
Prof. Danieli Juliani Garbuio Tornedi

Patos – PB
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 INTRAEMPREENDEDORISMO........................................................................4
3 A VERDADE – CONCEITUAÇÃO E RELEVÂNCIA NA ÁREA DA SAÚDE...7
3.1 CONCEITOS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA........................................................7
3.2 A VERDADE NO CONTEXTO ATUAL DA EPIDEMIA DO COVID-19............8
4 A CONSOLIDAÇÃO DA SOCIEDADE GLOBAL.............................................9
4.1 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NO CENÁRIO NATURAL..........................9
4.2 IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE GLOBAL....................................................10
5 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA: FUNCÕES E ATUAÇÃO. 11
5.1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA....................................................................11
5.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA................................................................................11
6 CONCLUSÕES................................................................................................13
REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho acadêmico foi elaborado com o intuito de aprofundar


os conhecimentos adquiridos por meio das disciplinas apresentadas durante o
primeiro semestre do curso de Bacharelado em Enfermagem.
Buscou-se entender de forma específica, porém integralizada, os
conteúdos aplicados no semestre em temáticas que abordem tais conteúdos no
contexto atual da epidemia do coronavirus 2019 n-CoV, bem como desenvolver o
conhecimento literário e prático relacionados a tais conteúdos sob diferentes
abordagens.
Diante desse contexto, busca-se descrever em um primeiro
momento os conceitos relacionados à presença do intraempreendedorismo na área
de conhecimento da saúde, apontando definições sobre a ideia de inovação e ações
para solucionar problemas possíveis de serem adotadas em hospitais que atendam
casos suspeitos de pandemias como a do coronavirus 2019 n-CoV.
Como também objeto de estudo deste trabalho, há a realização de
pesquisas sobre a definição da verdade, passando pela contextualização de seu
significado até sua historicização, assim como a reflexão sobre como a verdade
pode representar um bem ou mal em situações de surto epidêmico do corona vírus,
principalmente no que diz respeito a disseminação de informações nas redes
sociais.
Ao mesmo tempo, este trabalho intenta a constituição de
argumentos e comentários relacionados a consolidação da sociedade global
enquanto responsável pela significativa modificação no cenário atual ao qual
estamos inseridos e quais as consequências que podem vir a surgir para a saúde
global. Esse questionamento se relaciona especificamente quando existe há maior
circulação de pessoas por diversos países e continentes, facilitando a transmissão
de doenças por várias partes do mundo como a descrita no estudo de caso.
Outrossim, pretende-se também identificar especificamente as
funções atribuídas à vigilância epidemiológica e à vigilância sanitária, delineando o
campo de atuação de cada uma delas perante a evidência de uma epidemia, como a
do coronavírus 2019 n-CoV. Esses setores são responsáveis por coordenar as
esferas de gestão do SUS e mobilizar os serviços de saúde a fim de produzir uma
resposta adequada à doença.
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2 INTRAEMPREENDEDORISMO

No atual contexto globalizado dos mercados, acontecem mudanças


rápidas e constantes no ambiente organizacional, o que gera a necessidade que
empresas dos mais diversos segmentos adotem uma postura flexível a tais
mudanças. Destarte, a ideia de empreendedorismo surge como um fator de
sobrevivência e sucesso organizacional. O empreendedorismo se coloca como algo
que provoca o envolvimento de pessoas e processos de maneira que de maneira
conjunta conduzem a mudança de ideias em oportunidades (DORNELAS, 2008)
Diante disso, o empreendedorismo exerce influência sobre o
mercado, reunindo ações de forma conjunta entre os indivíduos que fazem parte do
ambiente organizacional. Assim, as ações conjuntas dos envolvidos contornam a
definição do intraempreendedorismo como um processo onde um indivíduo ou grupo
destes integrados a uma organização, formulam uma nova organização ou fomenta
a inovação uma já existente (DORNELAS, 2015).
Trata-se de um tipo de empreendedorismo aplicado por
colaboradores na própria organização, aplicando competências distintas para gerar
ou ajustar ideias, bem como provocar inovações e novas oportunidades para a sua
corporação (JULIANO, 2016). Assim, o papel dos funcionários enquanto agentes de
inovação cooperam para o advento do intraempreendedorismo, motivando os
colaboradores a trabalhar de forma criativa e autônoma.
A inovação então surge como elemento de consolidação do
intraempreendedorismo numa organização, sendo imprescindível na busca pela
competitividade de mercado, objetivando cada vez mais conquistar e explorar novos
espaços mercadológicos. Na literatura acadêmica diversos autores formularam
conceitos acerca do tema. DOSI et. al(1990) a enxerga como algo complexo inserido
em um processo ou relacionado a descoberta, desenvolvimento e adoção de novos
produtos ou processos.
Já DRUCKER (1989) amplia sua definição ao citar que a inovação
aparece como ferramenta de gestão para estudar novas oportunidades e
diferenciação de mercado. Assim, é possível aferir que a inovação é um processo
que não se restringe somente a bens físicos ou prestação de serviços, mas também
se estabelece como um processo de transformação e melhoria de algo já existente,
assim como pode se tornar uma ferramenta gerencial de uso eficiente e eficaz.
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Na área da saúde, o intraempreendedorismo pode surgir como uma


fonte de crescimento na carreira e diferencial competitivo, além de contribuir para a
questão de inovação ou renovação nos processos de trabalho e desenvolvimento de
tecnologia e, consequentemente, aperfeiçoar a maneira como os pacientes são
tratados no ciclo de promoção, cura e reabilitação da saúde.
Duas características são notáveis para um intraempreendedorismo
da saúde: a criatividade e a tomada de risco. A criatividade precisa ser acentuada,
numa constante busca por soluções efetivas. A tomada de risco diz respeito ao
discernimento que o profissional da área exerce ao correr riscos diante do cenário
atual de transformações e cabe às organizações respaldar tais profissionais a
construírem essas características, sem receio de equivocar-se (JULIO, 2019).
À vista disso, a concepção de uma postura intraempreendedora por
parte dos funcionários contribui para o desenvolvimento de comportamentos e
atitudes voltados para um melhor engajamento e aumento de produtividade dentro
das instituições de saúde, partes fundamentais para o bom atendimento dos
usuários dos serviços.
Na enfermagem, os colaboradores envolvidos podem desenvolver
uma conduta intraempreendedora em sua rotina de trabalho, entretanto, por serem
empregados, necessitam do apoio e incentivo das empresas onde tem vínculo. É
essencial que as organizações de saúde reconheçam os enfermeiros
intraempreendedores, uma vez que estes estimulam a inovação e provocam novos
modos de pensar, progredindo de forma mais ágil e incentivando as equipes a se
empenharem continuamente pela excelência do cuidado (FERRAZ, 2018).
Exemplo disso está no atual cenário de combate aos casos
suspeitos do coronavírus 2019 nos hospitais. Ao redor do mundo, foram
desenvolvidos robôs que ajudam no combate e prevenção, evitando assim o contato
pessoal com os pacientes, mas também para versar a solidão de quem necessita
adotar o isolamento social.
Em alguns casos de pacientes e idosos que precisam ficar isolados,
evitam o contato pessoal com outras pessoas, assim como fazem companhia a
esses, possibilitando uso de videochamadas para manter os isolados em contato
com familiares e amigos (TITO, 2020).
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Figura 1 – Paciente em chamada de vídeo através de robô

Fonte: g1.globo.com (2020)

Outro exemplo de inovação no caso da referida epidemia é o uso de


impressoras em 3D para criar válvulas utilizadas nos equipamentos de respiração
artificial. Estes equipamentos duram somente oito horas contínuas, o que
comprometia o estoque já limitado desse tipo de peça. (ALVES, 2020). Assim, o uso
da tecnologia em impressão em 3D ajudou em meio à superlotação de leitos e
desgaste de equipamentos.

Figura 2 – Impressoras 3D produzem peças de respiradores

Fonte: techtudo.com.br (2020)

Em suma, percebe-se que o intraempreendedorismo no setor da


saúde desenvolve habilidade e competências nos colaboradores, objetivando a
maior qualidade possível na prestação de seus serviços diante de situações de
calamidade globais como a epidemia do Coronavírus.
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3 A VERDADE – CONCEITUAÇÃO E RELEVÂNCIA NA ÁREA DA SAÚDE

3.1 CONCEITOS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Desde a Antiguidade, o ser humano empreende a tarefa de tentar


determinar uma verdade que explique o universo. O termo “verdade” possui amplas
definições ao longo do tempo, revelando o caráter efêmero do conceito, sempre
rebatido e estudado por estudiosos. No Dicionário de Filosofia, Abbagnano (1982)
compreende que a verdade se denomina da seguinte maneira:

Validade ou eficácia dos procedimentos cognoscitivos.


Em geral, entende-se por Verdade a qualidade em virtude da qual um
procedimento cognoscitivo qualquer torna-se eficaz ou obtém êxito. Essa
caracterização pode ser aplicada tanto às concepções segundo as quais o
conhecimento é um processo mental quanto às que o consideram um
processo linguístico ou semiótico. Ademais, tem a vantagem de prescindir
da distinção entre definição de Verdade e critério de Verdade. Essa
distinção nem sempre é feita, nem é frequente; quando feita, representa
apenas a admissão de duas definições de Verdade (ABBAGNANO,
1982).

Na literatura, a verdade foi posta a partir da compreensão de três


pontos de vista: o grego, o latino e o hebraico (CHAUÍ, 2008).
No grego, a verdade é aletheia, que seria a busca em diferenciar o
que temos imprevisão que seja verídico, traçando assim que a verdade já está
evidenciada nas coisas. Trata do que é visível e evidente no sentido de ser aquilo
que se haveria uma total percepção. No latino, a verdade é veritas, denotando
exatidão a linguagem como expressão de fatos ocorridos, ou enunciados que dizem
as coisas ao os fatos tais como foram sucedidos. No hebraico, significa emunah, que
representa confiança, onde Deus e os humanos que são verdadeiros, porém são
verdadeiros se cumprem o que prometem se não traem a confiança. É pertinente
com a esperança de realização do que foi assegurado.
Desse modo, o entendimento sobre a verdade se estabelece
historicamente por várias considerações. Os estudos do tema buscam referenciar a
verdade por meio de dúvidas, incertezas e a pretensão de descobrir o que está
escondido aos olhos, fomentando assim a necessidade de se compreender a
verdade.
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3.2 A VERDADE NO CONTEXTO ATUAL DA EPIDEMIA DO COVID-19

Hoje em dia, no contexto globalizado em que se vive, a quebra das


barreiras geográficas e o surgimento de novas tecnologias e formas de comunicação
proporcionou que as pessoas se informem de forma instantânea e simultânea em
qualquer lugar do planeta. Exemplo disso são as inúmeras redes sociais como o
Facebook, Whatsapp, Instagram, entre outros,
No entanto, se por um lado essas ferramentas virtuais ampliam o
acesso à informação em tempo real ao conectar milhões de pessoas ao redor do
mundo, por outro, não há por grande parte dos usuários o hábito de filtrar o que é
concreto nessa imensa quantidade de informações que são anunciadas
continuamente.
As redes sociais promovem uma inclusão digital e social,
aproximando e dando voz às pessoas, mas também servem como instrumentos
onde criminosos inventam situações ou espalham notícias falsas ou distorcidas da
realidade, as chamadas fake news (QUEIROZ, 2017).
No recente quadro de epidemia do Coronavírus, a disseminação do
vírus ocorre conjuntamente a presença da desinformação, atrelada também a
diversas teorias conspiratórias espalhadas pelas redes, instigando assim diversos
conflitos e discórdias no ambiente virtual. Desde teorias sobre uma epidemia
planejada até conspirações sobre armas biológicas e esquemas de espionagem, a
ausência de transparência com a verdade colocou as pessoas em situação de
vulnerabilidade e histeria coletiva (BBC NEWS BRASIL, 2020).
Dado o exposto, é possível sintetizar que a verdade e o bem são
interdependentes um do outro. Em resposta ao que foi questionado neste trabalho, a
ausência de um pode resultar na ausência de outro. Quando se fazem presentes de
forma conjunta e harmônica podem colaborar com a quebra de paradigmas e da
alienação das pessoas no que diz respeito a informação, corroborando para que o
conhecimento humano seja transmitido de forma célere e nítida.
Destarte, quando esses dois fatores se apresentam de forma
dissociada, podem dar margem à dispersão de notícias e fatos de maneira
desvirtuada, como no caso das fake news acerca da epidemia citada, gerando então
efeitos colaterais nocivos à sociedade e desconstruindo a ideia da verdade, tão
necessária na época de hoje.
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4 A CONSOLIDAÇÃO DA SOCIEDADE GLOBAL

4.1 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NO CENÁRIO NATURAL

A globalização é um conjunto de transformações na ordem política e


econômicas mundiais visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno
que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que
consequentemente tornou o mundo interligado. Assim, a globalização caracteriza-se
como um processo intensificado das relações sociais em escala mundial, unindo
longínquas localidades de modo que eventos locais são influenciados, modificados e
adaptados por acontecimentos ocorridos em grandes distâncias (GIDDENS, 1991).
Historicamente, a consolidação da sociedade global toma contornos
mais significativos a partir dos avanços provocados pela Revolução Técnico-
Científica Informacional onde fomentou a expansão do sistema capitalista ao redor
do mundo. Deste modo, a diluição das fronteiras geográficas aliadas ao avanço
tecnológico contribuiu para que o cenário fosse modificado pelo processo de
globalização em vários aspectos da sociedade como o cultural, social, político,
econômico, ambiental, entre outros. Todavia, Souza (2011) cita que esses avanços
tecnológicos trouxeram consigo consequências tanto positivas quanto negativas:

[...] Pode-se enumerar a diminuição de barreiras geográficas, políticas e


econômicas, a criação de uma única moeda, maior fluxo de capitais,
pessoas e mercadorias, aproximando sobremaneira as pessoas de
diferentes regiões do mundo. Por outro lado, pode-se elencar,
conseqüências negativas, como o crime organizado, paraísos fiscais, tráfico
de pessoas, de mercadorias, de entorpecentes e órgãos, e de baixos
salários. Referidas características tornam-se mais presentes entre os países
emergentes, onde o grau de dependência com países desenvolvidos pode
levar sobremaneira a amplo desemprego, formação de grandes bolsões de
ignorância e miséria, de grandes desigualdades sociais, acarretando
sociedades desequilibradas econômica e socialmente. (SOUZA, 2011)

À vista disso, é notável que a consolidação da sociedade global se


estabelece de modo que privilegia os países desenvolvidos em detrimento aos
países mais pobres e emergentes. Os avanços sempre chegam primordialmente
àqueles que estão no topo da pirâmide econômica, gerando assim situações de
exclusão social às nações consideradas inferiores, concentrando as riquezas nas
mãos de poucos e, consequentemente, aumentando as desigualdades sociais.
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4.2 IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE GLOBAL

A globalização é um elemento que vem modificando diversos


âmbitos na sociedade, dentre eles, o ambiental. Com o fortalecimento da
industrialização, o consumo dos recursos naturais se intensificou, levando assim ao
esgotamento das fontes renováveis e não renováveis de matérias-primas.
Diante desse contexto, a globalização colaborou para a modificação
também cenário socioespacial no que diz respeito à urbanização, emergindo assim
os problemas socioambientais como à poluição, formação das ilhas de calor e
questões de saneamento básico nos centros urbanos.
Enquanto efeito da consolidação da sociedade global na saúde, há
facilidade de circulação de pessoas por inúmeros países e continentes, suscitando
assim na diminuição das distâncias geográficas, especificamente na expansão dos
meios de transporte marítimo e aéreo, contribuindo para que doenças infexto-
contagiosas como o Coronavírus se alastre em largos passos pelo planeta,
acarretando em surtos epidêmicos.
A evolução da ciência e dos meios de transmissão de novas
informações também exercer importante papel no controle de surtos epidêmicos. A
descoberta de novos medicamentos e tratamentos associado às contínuas
pesquisas médicas evitam que doenças se espalhem com mais impacto, bem como
o surgimento da internet que colaborou para o rápido acesso de informações que
proporcionaram que os serviços de saúde dos mais diversos países possam se
preparar para uma possível chegada de epidemias e posterior controle dos casos.
Contudo, percebe-se como já foi citado anteriormente que os
avanços são restritos ao grupo dos países desenvolvidos, provocando então
consequências mais graves em países subdesenvolvidos, que sofrem os efeitos da
degradação ambiental de forma mais agressiva. Com menos recursos para
enfrentarem surtos epidêmicos, tais nações ficam à mercê de doenças contagiosas,
aumentando assim as possibilidades de dizimar a população local.
Em suma, é notável que as doenças têm a capacidade de se
tornarem globais, porém, as ações voltadas à saúde ainda não. Torna-se
fundamental então que a saúde pública se adeque aos novos tempos da
globalização da sociedade (SILVA, 2003).
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5 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA: FUNCÕES E ATUAÇÃO

5.1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

A vigilância epidemiológica é definida pela Lei nº 8.080, de 19 de


Setembro de 1990. Trata-se de um conjunto de ações que permite os
conhecimentos indispensáveis para prevenção e detecção de quaisquer mudanças
ocorridas nos fatores que definem e condicionam a saúde dos indivíduos ou
coletividade de indivíduos. Possui como finalidade a recomendação e adoção de
medidas de prevenção e controle de doenças e agravos à saúde.
Esta referida área da vigilância em saúde tem como propósito
aprovisionar de maneira constante informações atualizadas, assim como a
orientação técnica aos trabalhadores de saúde que em seu dia-dia precisam tomar
decisões e planejar ações no combate à doenças e agravos.
Suas principais funções são: colher e processar dados sobre casos
de agravos e doenças, ofertar sugestões sobre medidas de controle, promover
ações de controle mencionadas, aferir o impacto das medidas adotadas e noticiar
informações pertinentes.
Sua área de atuação contempla diversos problemas presentes na
saúde pública, que ultrapassam as doenças transmissíveis. No caso da epidemia do
Covid-19, a vigilância epidemiológica abarca situações como:
 Análise do comportamento social em relação à circulação de
pessoas como fatores de risco para contaminação em
circunstâncias como quarentena e isolamento social;
 Monitoramento de grupos populacionais considerados de riscos
como idosos, transplantados, pacientes com câncer e doenças
crônicas como diabetes e hipertensão;
 Estudo de questões de urbanização e espaço em grandes
centros metropolitanos como forma de propagação do vírus;
entre outros.

5.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A vigilância sanitária é responsável por indicar medidas capazes de


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extinguir, minimizar, ou evitar perigos à saúde, através de intervenções nos


problemas identificados pertinentes ao meio ambiente e a fabricação e circulação de
mercadorias e serviços de interesse à saúde.
Sua área abrange principalmente o controle de bens de consumo
que passíveis, de forma direta ou indiretamente, interferir no estado de saúde,
envolvendo as fases e os processos que vão da produção ao consumo, como
também os serviços oferecidos relacionados à saúde.
Essa área desempenha um papel imprescindível em conjunto junto a
outras políticas voltadas à saúde no intuito de possibilitar a proteção e promoção da
saúde, recorrendo ao monitoramento e da fiscalização, regulariza a produção e
comercialização de produtos que podem acarretar malefícios à saúde de uma
determinada população.
A vigilância sanitária engloba ações que objetivam a eliminação,
prevenção e redução de riscos sanitários concernentes ao meio ambiente, aos
produtos e às condições de trabalho, bem como às fronteiras e serviços de saúde e
de transporte e movimentação de pessoas e cargas. Diante de epidemias como a do
Covid-19, atua nos seguintes âmbitos:
 Produtos como alimentos e as devidas profilaxias para evitar
contaminações, assim como a validades de medicamentos, o
condicionamento de bancos de sangue e a correta higienização
dos equipamentos de saúde;
 As práticas profissionais nos estabelecimentos de saúde como
hospitais, laboratórios, clínicas e etc., desde o atendimento até a
limpeza e higienização destes locais;
 Ações que envolvem a saúde do trabalhador, abrangendo os
fatores de risco presentes nos ambientes de trabalho;
 Controle rigoroso em aeroportos e fronteiras, avaliando o
movimento de pessoas, veículos e cargas que circulam nesse
ambiente;
 Averiguação de fatores relacionados ao meio ambiente como
fontes de água, tratamento de resíduos sólidos, esgotamento,
edificações e ambientes de trabalho.
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6 CONCLUSÕES

Nesse trabalho, buscou-se realizar uma análise sobre os efeitos de


uma pandemia no atual contexto globalizado de uma abordagem multidisciplinar. O
grupo percebeu a importância da postura intraempreendedora em profissões na área
da saúde que consequentemente é refletido no atendimento aos pacientes.
Identificou-se também que a verdade nos dias de hoje se estabelece como um
relevante elemento para gerenciar crises humanitárias como a que ocorre nesta
epidemia, proporcionando benefícios e malefícios dependendo do contexto onde
está inserida. Dessa forma, a consolidação da sociedade global colaborou para a
influência do conceito da verdade, assim como demonstrou que esse fenômeno
global contribuiu para que a sociedade ultrapassasse fronteiras da comunicação,
mas também facilitou a maior disseminação de doenças em volta do planeta. Por
fim, a presença da vigilância epidemiológica e sanitária constituem duas áreas da
saúde pública notáveis para a maior eficiência das ações relacionadas ao controle
de doenças e agravos à saúde. Dado o exposto, o estudo da epidemia do
Coronavírus sob diferenças visões levou a um ponto de vista da saúde e sociedade.
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REFERÊNCIAS

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