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G3 N: Alysson L, Alysson V, Laís P, Manuele B.

TEMA:
MULHERES EMPREENDEDORAS: A nova realidade do empreendedorismo
feminino a partir da Pandemia do Covid – 19 na região metropolitana de Belém
– PA

OBJETIVO GERAL:
Analisar a capacidade de adaptação do empreendedorismo feminino na
Pandemia

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Identificar medidas estratégicas utilizadas durante a crise causada pelo
coronavírus.
- Identificar a mudança de comportamento dos consumidores no período de
pandemia.

PROBLEMÁTICA:
Com o início da pandemia e isolamento social, o empreendedorismo feminino
encontrou várias dificuldades em seus negócios, então como se adaptar às
novas mudanças para se manter competitivas no mercado?

HIPÓTESE:
A resiliência em um novo cenário de mercado, fez com que mulheres
empreendedoras buscassem por novas alternativas para continuar atuando em
seus negócios, de forma a compreender as novas necessidades de seus
consumidores e atendê-los.

JUSTIFICATIVA:
Com a chegada da pandemia, os impactos causados pela Covid-19
geraram inúmeros desafios, a crise revelada acarretou o dramático
enfraquecimento da economia em seus diversos setores, desestabilizando a
saúde, a sociedade, empreendedores e empreendimento.
Diante do cenário de insegurança econômica e sanitária, muitas
empresas decretaram o fechamento de suas portas, ou a paralisação
temporária de seus negócios, ocorrendo em consequência demissões em
massa, e nesse contexto foi agravado em particular a participação feminina.
Com a necessidade de adoção de medidas extremas, distanciamento
social, se reinventar e resistir às adversidades tornaram-se elementos
principais a serem seguidos, tarefa essa desafiadora neste ambiente de
incertezas, principalmente para mulheres empreendedoras, que tendem a
enfrentar maiores desafios no mundo dos negócios.
Todavia, mesmo passando por adversidades, o empreendedorismo
feminino evoluiu. Impulsionadas a encarar a crise, por via de necessidade para
manter suas fontes renda, o foco passa a ser na tentativa de sobrevivência dos
negócios na pandemia.
Em razão desse avanço, retroceder diante da crise nunca foi uma opção.
Assim, outras possibilidades e projetos são vislumbrados, captar informações
para entender melhor esse novo momento é fundamental, afinal, o
empreendedorismo é sinônimo de criatividade, adaptabilidade e inovação.
Sob esse ponto de vista, torna-se relevante o atual estudo para entender
o empreendedorismo feminino no cenário atual, comentar sobre as ações
tomadas por empreendedoras para lidar com os impactos da pandemia, bem
como os desafios para fixar uma gestão estratégica, tal como, a capacidade de
reestruturar um negócio que permita a flexibilização junto às mudanças.

METODOLOGIA:
De acordo com Prodanov e Freitas (2013) o método científico é
explicado como o conjunto de processos ou operações mentais que devemos
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de
pesquisa.
Já Miguel (2007) corrobora com a importância metodológica de um
trabalho, sendo justificada pela necessidade de um fundamento científico
adequado, comumente caracterizado pela busca da melhor abordagem de
pesquisa a ser utilizada para destinar as questões da pesquisa, bem como
seus respectivos métodos e técnicas para seu planejamento e condução.
A metodologia adotada foi a pesquisa de campo, caracterizado segundo
José Filho (2006, p.64) o ato de pesquisar traz em si a necessidade do diálogo
com a realidade a qual se pretende investigar e com o diferente, um diálogo
dotado de crítica, canalizador de momentos criativos.
Diante das formas de metodologia existentes, buscou-se aquela que
agrega à fundamentação teórica de forma abrangente, agregando valor
necessário para embasar e exemplificar as fases da pesquisa, ou seja, a
bibliográfica propõe um alicerce para a discussão do tema difundido pelos
teóricos.

Em relação à fundamentação teórica, a pesquisa fundamentou-se


sobre a pesquisa bibliográfica “como qualquer outra modalidade de
pesquisa, desenvolve-se ao longo de uma série de etapas. Seu número
assim como seu encadeamento, depende de muitos fatores, tais como
a natureza do problema, o nível de conhecimento que o pesquisador
dispõe sobre o assunto, o grau de precisão que se pretende conferir a
pesquisa”. (GIL, 2002, p.59).

Existem diversas formas de classificar uma pesquisa, nesta foram


adotadas duas abordagens quantitativa e qualitativa, métodos imprescindíveis
na busca para alcançar e compreender resultados aprofundados e
abrangentes.
Para Menezes e Silva (2005, P. 20) a abordagem Quantitativa, considera
que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão,
coeficiente de correlação, análise de regressão etc.).
Abordagem Qualitativa, considera que há uma relação dinâmica entre o
mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e
a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A
interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. (MENEZES; SILVA, 2005, P.20).
Para a consecução dos objetivos, a pesquisa contou com a utilização de
dois instrumentos de coleta de dados: Elaboração de Questionário (Apêndice -
A) e Entrevista (Apêndice - B)
O questionário se trata de uma pesquisa quantitativa, ou seja, “é um
instrumento de pesquisas constituído sobre uma série de questões fechadas
sobre um determinado tema, que tem como principal objetivo traduzir a
informação desejada com uma sequência de perguntas especificas e deve ser
feito de maneira que tenha o maior aproveitamento possível dos dados.
Garantir a padronização e a comparação dos dados, aumento a precisão e
otimiza o tempo, facilitando o processamento de dados” (VIEIRA, 2009).
Assim, a ferramenta escolhida baseada na abordagem qualitativa, foi a
entrevista que possibilita maior abrangência do conteúdo, que por sua vez
tende a proporcionar maior alcance livre sob as perspectivas das entrevistadas,
visto que estas informações possuem cunho fundamental para a elaboração da
pesquisa.
“A entrevista por ser uma pesquisa qualitativa é, portanto, uma forma
de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo
assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se
apresenta como fonte de informação” (GIL, 2008, p. 109).

REFERENCIAL TEÓRICO:
PANDEMIA DO COVID – 19
Neste cenário atual, será fomentado sobre a adaptabilidade do
empreendedorismo em um momento pandêmico da COVID-19, sendo
enfatizado a introdução do vírus no país, assim como suas consequências,
alterando diversas formas de negócios e a economia do país.
Segundo Porsse (2020) o vírus iniciou-se na china em dezembro de
2019, posteriormente se espalhando rapidamente em diversos países no
mundo, se classificando como pandemia pela organização mundial da saúde
(OMS) em 11 de março de 2020. No brasil, o vírus se espalhou rapidamente
ocasionando em diversas mortes, aumento de desemprego, crise econômica.
De acordo com o World Bank (2020) esta será uma recessão econômica
mais profunda do que a crise financeira mundial de 2008-2009 e a crise da
dívida da América Latina nos anos 1980.

IMPACTOS SOCIAIS E ECONOMICOS CAUSADOS PELA PANDEMIA


O primeiro impacto causado pelo vírus foi o afastamento de
trabalhadores doentes ou com sintomas do vírus em seu organismo, assim
como as pessoas do grupo de risco, havendo o isolamento social deste grupo.
Posteriormente, houve o impacto da paralisação temporária das
atividades econômicas não essenciais. Por fim, o terceiro impacto ocasionou
nas medidas governamentais de resolução fiscal, sendo adotado para mitigar
os efeitos econômicos contracionistas da doença.
Araújo (2020) expõe que esse cenário de isolamento e a interrupção das
atividades vai além de problemas de saúde, tem poder de impacto em todos os
setores da vida em sociedade. No aspecto econômico, é onde há maior
impacto pelo distanciamento. Segundo o SEBRAE, 89% dos pequenos
negócios enfrentam queda no faturamento devido às medidas de isolamento.
Diante deste problema, é importante elucidar as informações sobre os
impactos econômicos da COVID-19 no Brasil, obtidos a partir de informações
cientifica que constitui o sistema econômico, assim como o cenário
epidemiológico.
Neste contexto, nota-se que a partir do momento em que a instabilidade
no cenário econômico cresce, o consumo de bens e serviços foram reduzidos
ou cancelados, impactando de maneira efetiva tanto internamente quanto
externamente nas organizações, alterando significativamente nos preços, na
arrecadação e nos custos.
Segundo Hatada et al (2021) no contexto da pandemia provocada pelo
COVID-19, em que o isolamento fez com que somente serviços essenciais
funcionassem, o empreendedorismo foi uma das alternativas para que as
atividades empresariais continuassem gerando receitas e produzindo efeito às
obrigações contratuais, quando houve ajustes nas configurações das
atividades.
Esta relação, afetou principalmente o comercio, aumentando a
dificuldade para o empreendedor que atua no mercado, havendo a queda de
venda em seus produtos e com isso, o aumento de seus itens sem venda, este
prejuízo provocou a diminuição de quadro na organização, implicando no
impacto social econômico em diversos setores, pois com o aumento do
desemprego, houve a alta precificação dos produtos em geral, como bens
duráveis e não duráveis. (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020).
Assim, diversas empresas alteraram sua forma de empreender
presencialmente para virtualmente com o objetivo de reduzir sua instabilidade
econômica e se manter no mercado competitivo, investindo estrategicamente
em tecnologias da informação e comunicação.
“Os dados sobre o emprego ainda são incipientes para uma análise mais
profunda, apesar de indicarem uma redução da população ocupada e
ampliação da desocupada” (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020).
Conforme a situação pandêmica se alastra pela sociedade, modificando
a forma de pensamento nas empresas que buscam uma solução para a crise
enfrentada, aumenta-se a quantidade de oportunidades criadas por meio do
empreendedorismo, sendo ele exercido por empresários do ramo ou por novos
empreendedores que pleiteiam espaço no mercado.

EMPREENDEDORISMO
É imprescindível que a sociedade tenha convicção das oportunidades
geradas diante de cada movimento situacional global, o empreendedorismo
promove realizações capazes de identificar problemas e suas respectivas
soluções, de maneira que estas ações alcancem resultados favoráveis para o
negócio, tendo em vista as mudanças e os recursos existentes.
“O empreendedorismo está relacionado à atitude, à postura pessoa e à
maneira como o indivíduo se comporta diante das situações com que lida em
seu dia a dia” (TAJRA, 2019)
Para Kuratko (2004), o empreendedorismo pode estar aplicado dentro
ou fora de organizações, em empresas com ou sem fins lucrativos e em
organizações diversas que permitam trazer ideias criativa.
Segundo Tajra (2019) uma pessoa empreendedora é aquela com atitude
focada para resultados, inovações e realizações. Ser empreendedor é ter
entusiasmo e energia para desenvolver as ideias e transformá-las em ação.
A atividade empreendedora é uma possibilidade que o homem que
encontrou de agregar valor para seu produto ou processo, por meio da criação
ou modificação da atividade econômica, pela observação e melhora dos
serviços oferecidos ao mercado.
Para Shane e Venkataraman (2000) acreditam que é improvável que o
empreendedorismo possa ser explicado somente pelas características
pessoais, mas que tem influência das situações e do ambiente em que elas se
encontram.
“Ser empreendedor significa ter capacidade de iniciativa, imaginação
fértil para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para
transformá-las em oportunidade de negócio, motivação para pensar
conceitualmente e capacidade para perceber a mudança como oportunidade”
(LEITE, 2012).
Mediante a isso faz-se necessário entender que o empreendedorismo se
torna crucial para o mercado atual, pois proporciona variáveis para cada setor
da economia, uma delas é o empreendedorismo feminino que surge como
forma de aumentar a participação da mulher no âmbito do comercio
empreendedor.

EMPREENDEDORISMO FEMININO
O Empreendedorismo Feminino está relacionado com o fato de as
mulheres ocuparem o seu espaço no mercado empreendedor. Ou seja, trata-se
de empresas e serviços que são fundados e chefiados por mulheres. E isso
vale para qualquer tipo de negócio próprio, independente do seu porte.

“A crescente participação da mulher na economia do país pode ser


explicada pelo fato de que muitas mulheres estão na condição de
chefes de família, tanto no meio urbano quanto rural e, perante a
precariedade dos espaços profissionais, muitas se empenham em
atividades autônomas pela necessidade” (NATIVIDADE, 2009).

Esta prática empreendedora está ligada diretamente com a necessidade


do gênero em mostrar a sua capacidade na tomada de decisão, de forma que
as características deste processo possam provar potencial feminino para o
mercado, assim como prática de ideias inovadoras com conceitos disruptivos.
Afinal, sabe-se que mulheres podem ser postas em dúvida, quando o
assunto é mercado de trabalho. E embora este tipo de “desconfiança” já tenha
diminuído, ainda se encontra desigualdades na distribuição de oportunidades.
Para Gonçalves (2016, P.36) é necessário refletir sobre as
desigualdades que prevalecem entre os gêneros. Não há igualdade de salários,
por exemplo, e perdura o preconceito contra a mulher no que diz respeito ao
trabalho e desempenho nas mesmas funções profissionais exercidas por
homens.
Por isso este conceito é tão discutido e tão debatido no dia a dia. Pois
ele diz respeito à uma mudança na concepção da sociedade e na concepção
de trabalho. E, desse modo, promove um papel muito importante no dia a dia
de todas as pessoas, sejam elas mulheres ou homens, empreendedores ou
não.
Segundo Saraiva (2015) é cada vez mais reconhecida e sublinhada a
grande capacidade de gestão que as mulheres conseguem imprimir a
determinação de projetos, com estilo mais adequado até o momento atual do
contexto de competitividade que se vive.
Sendo assim, é importante que este segmento possa viabilizar a
participação do empreendedorismo feminino, de maneira que a conexão com a
sociedade parta de uma interação positiva, tendo em vista que esta trajetória
compreende parte da evolução história do empreendedorismo, desde o seu
início até o momento atual, depois de uma série de mudanças ocasionadas
pelo pensamento de cada época.

SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO EMPREEDEDORISMO FEMININO


O empreendedorismo surgiu a partir da consciência que mulheres
tiveram com relação às suas capacidades e habilidades diante de um mercado
de trabalho, que é majoritariamente masculino.
Na história, homens e mulheres desempenham papéis diferentes na
sociedade. “Essa diferença, ligada diretamente ao gênero, feminino ou
masculino, deve-se a uma construção cultural que designou tarefas ao homem
e, outras, à mulher. As mulheres durante muitos séculos foram consideradas
submissas e eram propriedade do pai ou do marido” (GRAUPE, 2007).

“Um fato que contribuiu para a evolução do processo de emancipação


feminina foi a Revolução Industrial. Devido à demanda de mão de obra,
abriram-se muitas vagas de emprego, admitindo mulheres, embora
com salários mais baixos que os dos homens, mas iniciando uma
profunda transformação no mercado profissional” (GONÇALVES, 2016,
p. 35).

“Foi nos anos 1970 que, no Brasil, a mulher ingressou de maneira mais
efetiva no mercado de trabalho, surgindo por fim os movimentos sindicais e
feministas no país” (AMORIM, 2012).
A inserção da mulher ao mercado de trabalho acontece em meio à
diversas crises vividas, tal qual as evoluções ocorridas neste período e em
diante, com o surgimento do empreendedorismo, as novas necessidades do
mercado geraram requisitos para a continuidade dos serviços prestados,
incluindo as práticas deste conceito para o ambiente feminino.
Segundo Graupe (2007), o processo de urbanização e industrialização e
a emergência de uma camada média detentora de uma cultura escolarizada
ampliaram as fronteiras para a profissionalização das mulheres, ensejando
mudanças acerca do que a sociedade pensava sobre o papel destinado a elas.
Essas múltiplas transformações socioeconômicas ocorridas nos últimos
séculos alargaram de forma notável a visibilidade da mulher.
O aumento dos padrões industriais e dos produtos no mundo
contemporâneo criou as condições propícias para a sua inserção no mundo do
trabalho.
A partir das duas grandes Guerras Mundiais que a mão de obra feminina
passou a ser vista com mais atenção. Afinal, os homens precisavam batalhar,
enquanto deixavam suas esposas em casa. E, do mesmo modo, a sociedade
precisava se manter.
Foi aí que o desenvolvimento feminino, quanto ao mercado de trabalho,
começou a acontecer. No Século XVIII que os movimentos empreendedores
femininos passaram a se fortalecerem. E isso aconteceu graças ao Iluminismo
e a Revolução Francesa.
É dentro desse contexto que vários autores (Godineau, 1991;
Sledziewski, 1991; Fraisse, 1991; Perrot, 1991 apud Arán, 1997, p. 6) situam a
Revolução Francesa como o momento em que surge a possibilidade de uma
mudança – uma reviravolta – na história das mulheres. Elas foram às ruas e se
movimentaram no cenário da Revolução, ocuparam novos espaços e estiveram
na linha de frente de inúmeras manifestações públicas do final do século XVIII.
No entanto, tão logo oportunidades surgiram, por meio inicialmente de uma
expansão do espaço público e da possibilidade de um alargamento no campo
dos direitos sociais e políticos, houve um sopro discursivo contrário que propôs
uma nítida fronteira de demarcação dos espaços público e privado.
Desde então, nos deparamos com mulheres em constante
desenvolvimento empreendedor, que foram garantidas pela Constituição
Federal apenas em 1988. Ano em que as mulheres receberam a atribuição de
possuir a mesma capacidade que os homens, para trabalhar, empreender e
crescer com suas ideias e objetivos.
Com isso, pouco a pouco o universo feminino começou a fazer parte de
algo importante para a sociedade: a geração de novos empreendimentos,
empregos e a movimentação da economia. Mas, mais do que isso, todas estas
mulheres puderam e podem mostrar o quanto gênero não define capacidade, e
tampouco sucesso.
Tomaz e Favilla (2003) destacam várias características femininas que
possibilitam a inserção da mulher no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo,
modificam a natureza organizacional nas empresas: melhor administração do
tempo em face da capacidade desenvolvida pela mulher de conciliar carreira,
casa, filhos etc.
Estes fatores estão diretamente ligados com a participação da mulher no
mercado, especificamente na tomada de decisão de empresas, que
comprovadamente é menor que a participação masculina, isto evidencia
importância do assunto em levantar questões que enfatizam a importância e os
desafios do empreendedorismo feminino.

EMPREENDEDORISMO FEMININO: IMPORTÂNCIA E DESAFIOS


Existem diversas condições adversas enfrentadas no mercado de
trabalho como: Desigualdade salarial, promoções e favorecimento em relação
ao sexo oposto, conflitos hierárquicos, falta de credibilidade pelo simples fato
de ser mulher.
Pode ser também por condições favoráveis as mulheres como:
conquistas profissionais, ganho justo, redução de carga horaria favorecendo a
família, carreira profissional com influência do mercado atual.
Isto ressalta a importância desta participação efetiva no mercado,
alterando significativamente o olhar sob a presença feminina na movimentação
financeira e social, no que se refere à administração de empresas.

“A importância das mulheres no empreendedorismo no Brasil pode ser


ratificada pelo resultado do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
Em 2013, esse estudo revelou que, no Brasil, a proporção de mulheres
empreendedoras superou a proporção de homens, apresentando
52,2% contra 47,8%, respectivamente a reduzir essa discriminação”
(Gomes et al., 2014, p. 320).

“No Brasil, há 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio, sendo


que 45% delas são chefes de família, ou seja, são responsáveis pela principal,
muitas vezes, única renda de seus lares. Em comparação aos homens
empreendedores, elas têm escolaridade 16% superior, mas, mesmo assim,
seus negócios faturam 22% menos. Em 2018, por exemplo, os
empreendedores brasileiros registraram um rendimento mensal médio de R$
2.344,00, e as empreendedoras faturam, em média, R$ 1.831,00 mensalmente”
(TORRES, 2021).
A maternidade e a dificuldade de se manter no mercado de trabalho,
assim como a necessidade de sustentar a família solitariamente são realidades
decorrentes da discriminação de gênero no mundo dos negócios.
Como se observa neste artigo, apesar de terem um nível de
escolaridade 16% superior, as mulheres continuam ganhando 22% menos do
que os homens empresários.
Segundo Torres (2021) outro problema apontado pelo estudo do
SEBRAE, citado acima, é que a taxa de conversão de empreendedoras” em
“donas de negócio” é 40% mais baixa, pois as mulheres têm maiores índices
de desistência em relação aos homens. Enquanto 65% deles se tornam “donos
de negócio” (mais de 3,5 anos à frente da empresa), apenas 39% delas
conseguem evoluir até essa fase e consolidar seu negócio.
Além disso, é importante ressaltar que elas ainda pagam taxas de juros
mais altas do que os homens, mesmo apresentando uma média de
inadimplência menor.
São muitas dificuldades encontradas pelas mulheres e, no ambiente
organizacional, ainda é necessário lida com preconceito e com coisas que
afetam a sua moral, além das provações do dia a dia.
Ainda de acordo com Torres (2021) com base em dados da Rede Mulher
Empreendedora (RME), 53% das empreendedoras brasileiras têm filhos, sendo
que a maioria busca por horários flexíveis que permitam conciliar as tarefas
domésticas e a vida profissional.
“O envolvimento das mulheres brasileiras no empreendedorismo aponta
para um maior poder econômico e o crescimento do país com a contribuição do
empreendedorismo feminino” (JONATHAN, 2011).
Apesar de a participação do homem nas tarefas domésticas ter
aumentado nos últimos anos, ela ainda está muito distante do peso que têm
para as mulheres. “Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o trabalho “invisível”, não remunerado, que são os afazeres
domésticos, significa cerca de 20 horas semanais para as mulheres. No Brasil,
a participação do sexo feminino nos afazeres domésticos é de 92,1% contra
78,6% de homens” (TORRES, 2021).
Deste modo, é evidente que as atividades desenvolvidas pelas mulheres
no mercado, alcançam uma parcela importante do mercado,
consequentemente da economia, simbolizando o modo como esta vertente do
empreendedorismo tende a ser benéfico para a sociedade economicamente e
socialmente.

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APÊNDICE A
ENTREVISTA: EMPREENDEDOR

Trabalho de conclusão de curso do Centro Universitário FIBRA, para o curso


de Bacharelado em Administração, tendo como orientador: Msc. Jairton Silveira
e como discentes: Alysson Cunha, Alysson Viana, Lais Pantoja e Manuele
Barbosa, com o intuito de obter as informações necessárias sobre o
empreendedorismo feminino, sendo utilizadas para fim acadêmico.

EMPREENDEDOR:

COLOQUEM O PERFIL SOCIO ECONÔMICO EM UMA TABELA SEPARADA

VOCÊS NÃO PERGUNTARAM SOBRE QUALIFICAÇÃO DELA

1) Qual seu nome?


2) Qual sua escolaridade?
a) Ensino Fundamental
b) Ensino Médio incompleto
c) Ensino Médio completo
d) Ensino Superior incompleto
e) Ensino superior completo

3) Reside somente você em sua moradia ou familiares, se houver, quais?


4) Qual seu ramo de negócio?
5) Qual seu público alvo?
6) Quantos funcionários você tem? Se houver.
7) Como foi para você o período de pico da pandemia?
8) Houve dificuldade durante a pandemia, se houver? Quais eram suas
maiores dificuldades para o sustento próprio no período de lockdown?
9) A partir de que momento especifico você começou a empreender, por
qual razão?
10)Por que decidiu esse ramo de atividade?
11)De que forma você age na resolução do problema?
Razão/coração – planejamento/impulso
12)De que forma você lida com os compromissos de família (casa, filhos
etc.) e os compromissos de trabalho?
13) Como foi o processo de qualificação profissional na sua área? Você
finalizou algum curso, está em andamento ou buscando qualificação?
14)Você percebe rivalidade feminina no seu ramo escolhido no mercado?
15)Você utilizou estratégias diferentes em seu negócio referente a antes e
depois da pandemia?
16) Você encontrou dificuldades (Por ser mulher no empreendedorismo) em
ter acesso a recursos governamentais, como crédito, financiamentos,
capital de giro em seu negócio?
17)Você enxerga na pandemia alguma oportunidade incomum para seu
progresso no mercado?
18)Você sente que as cobranças são mais severas a você do que aos
homens empreendedores?
19)Acredita que os fornecedores tentam se aproveitar do fato de você ser
mulher?
20)Qual PERGUNTEM SE HOU, NÃO AFIRMEM houve dificuldade
encontrada durante a abertura do seu empreendimento relacionado ao
seu gênero?
21)Existe preconceito/desconfiança do público feminino no seu trabalho?
22)Tem alcançado as metas da sua empresa?
23)Quais os desafios que você enfrenta como mulher empreendedora?

24)Houve algum desafio enfrentado por você durante o inicio do seu


empreendimento ? se houver, quais ?

25)Falando um pouco sobre empreendedorismo durante a covid-19 , você


acha que as empreendedoras têm mais dificuldades em conquistar
clientes ?

26)Para você qual a importância do empreendedorismo feminino na


sociedade atual e quais os impactos que ela traz na vida de todos?

27)Você acha que pelo fato de ser mulher, você teve que superar desafios
maiores, ou acha que o gênero não influenciou?

28) Com a situação atual onde a contaminação de covid-19 está reduzida e


80% da população já está vacinada, o mercado está voltando ao que era
em 2019, houve mudança organizacional e cultural da empresa?
PERGUNTEM SE ELA MUDOU ESTÁ ADOTANDO OUTRA POSTURA.
APÊNDICE B
QUESTIONARIO: COLABORADORES

Trabalho de conclusão de curso do Centro Universitário FIBRA, para o curso


de Bacharelado em Administração, tendo como orientador: Msc. Jairton Silveira
e como discentes: Alysson Cunha, Alysson Vieira, Lais Pantoja e Manuele
Barbosa, com o intuito de obter as informações necessárias sobre o
empreendedorismo feminino, sendo utilizadas para fim acadêmico.

COLABORADORES:
1) Qual seu nível de satisfação no trabalho?

2) discordo totalmente;

3) discordo parcialmente;

4) concordo parcialmente;

5) concordo totalmente.

6) Você obteve alguma qualificação profissional para atuar nessa


empresa?

1-discordo totalmente;

2-discordo parcialmente;

3-não concordo nem discordo

4-concordo parcialmente;

5-concordo totalmente
7) Como foi a demanda de pedidos no período de pandemia?
( )Bom ( )Ruim ( )Médio

8) Qual a porcentagem da fidelidade dos clientes em relação aos produtos


ou serviços?
( )0% ( )25% ( )50% ( )75% ( )100%

9) Os novos clientes normalmente procuram a empresa através de?


( )Indicação de já clientes ( )Rede sociais ( )Por receberem ligações
( )Por terem o preço mais em conta no mercado

10)Na sua opinião o serviço ou produtos prestados para os clientes atende


a real necessidades dos mesmos?

11) discordo totalmente;

12) discordo parcialmente;

13) não concordo nem discordo

14) concordo parcialmente;

concordo totalmente
VOCÊS PRECISAM DIRECIONAR PERGUNTAS AO FATO DE SER
UMA MULHER NA DIREÇÃO, PLANEJAMENTO, RELACIONAMENTO
COM OS COLABORADORES, COM OS CLIENTES, COM A
CONCORRÊNCIA, ETC

APÊNDICE C
QUESTIONÁRIO: CONSUMIDORES
Trabalho de conclusão de curso do Centro Universitário FIBRA, para o curso
de Bacharelado em Administração, tendo como orientador: Msc. Jairton Silveira
e como discentes: Alysson Cunha, Alysson Vieira, Lais Pantoja e Manuele
Barbosa, com o intuito de obter as informações necessárias sobre o
empreendedorismo feminino, sendo utilizadas para fim acadêmico.

CONSUMIDORES:

RELACIONEM ESSAS PERGUNTAS ÀS PERGUNTAS DOS


COLABORADORES.

1) Qual seu nível de satisfação com o produto ou serviço prestado

( )Bom ( )Ruim ( )Excelente ( )Péssimo

2) Qual foi o nível do atendimento oferecido?


( )Bom ( )Ruim ( )Excelente ( )Péssimo
3) Como você ficou sabendo desse produto ou serviço?
( )Redes sociais ( )Indicação ( )Recebeu ligação ou mensagem
( )Outros
4) Você indicaria para seus amigos e familiares esse produto ou serviço?
( )SIM ( )NÃO
5) Qual seu grau de satisfação com relação à visualização dessa empresa
nas mídias sociais?
( )Satisfeito ( )Insatisfeito ( )Pouco satisfeito ( )Muito satisfeito

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