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1) AÇÚCARES
De acordo com ABREU e SPINELLI (2014), açúcares são compostos químicos do grupo
dos carboidratos que proporcionam doçura, são solúveis e possuem a capacidade de
cristalizar.
2) ÓLEOS E GORDURAS
Conceito: São substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas), mas solúveis em
solventes orgânicos, de origem animal ou vegetal, formadas
predominantemente por triglicerídeos resultantes da esterificação entre
glicerol e ácidos graxos, consideradas ingredientes-chave para melhorar o
aspecto sensorial dos alimentos. Os óleos são líquidos em temperatura
ambiente e fundem a 25 OC e as gorduras são sólidas em temperatura
ambiente tornando-se líquidas entre 30 a 42 OC (PHILIPPI, 2014; ABREU;
SPINELLI, 2014).
5) Pescados
São todos os animais aquáticos que servem de alimento para o homem,
obtidos de água doce ou salgada, por diferentes processos de captura ou
pesca. Caracterizam-se por animais de temperatura variável (animais de
sangue frio) que têm o corpo dividido em três partes: cabeça, tronco e cauda
(PHILIPPI, 2014; ABREU; SPINELLI, 2014).
Classificação quanto ao teor lipídico : magros (até 2%), meio gordos (2 a 5%) e
gordos (5% ou mais).
Composição nutricional: Depende da localização, época do ano, ciclo de
reprodução, sexo, alimentação, tamanho e espécie ,água: 80%, proteínas: 15 a
20%AVB, fácil digestibilidade. Lipídios: 1 a 16 % - Distribuição uniforme
•Ácidos graxos poli-insaturados ω-3 •↓ Teor de colesterol •Vitaminas: A e
Complexo B (B1, B2, B3 e B12) •Minerais: K, P, I •Os peixes de água salgada
tem maior teor de iodo.
Características sensoriais do peixe alterado: Escamas opacas que desprendem
facilmente; •Olhos turvos e afundados na órbita; •Guelras pálidas; Obs.:
Mercúrio cromo (mercúrio + fluoresceína). •Pele de cor embaçada, rugosa e
frágil, conservando o sinal dos dedos; •Carne sem brilho; •Cheiro
desagradável; • Ventre abaulado.
Características do peixe fresco: Superfície do corpo limpa, brilho metálico; •
Guelras rosa avermelhadas; •Ventre roliço, firme, não deixando impressão
duradoura à pressão dos dedos; •Escamas brilhantes, bem aderentes à pele; •
Carne firme, consistência elástica • Cheiro característico; • Olhos vivos,
brilhantes, salientes
6) Ovos
De acordo com PHILIPPI (2014), o ovo é um corpo unicelular formado no
ovário dos animais, composto de protoplasma, vesículas germinativas e
envoltórios. Já ABREU e SPINELLI (2014) afirmam que os ovos são estruturas
não fecundadas de fêmeas de aves. Segundo o Regulamento de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Brasil, 1997), a simples
denominação “ovo” é entendida como os ovos de galinha.
Valor nutritivo: os ovos apresentam todos os nutrientes para o
desenvolvimento de um novo ser, deste modo ele é fonte de proteínas de alto
valor biológico, devido ao fornecimento de todos os aminoácidos essenciais,
sendo inclusive considerado referência de valor biológico para as demais
proteínas alimentares (ABREU; SPINELLI, 2014). Além disso, é constituído por
vitaminas A, D, E, K e vitaminas do complexo B, além de cálcio, ferro, enxofre,
fósforo, potássio e selênio. A quantidade destas vitaminas e minerais depende
da alimentação da ave. Os lipídios são compostos em 66% de triglicerídeos,
28% de fosfolipídios e 5% de colesterol. O teor de colesterol é um dos mais
elevados em alimentos, equivalendo de 180 a 190 mg (PHILIPPI, 2014; ABREU;
SPINELLI, 2014).
Casca: A casca dos ovos é composta por uma grande quantidade de carbonato
de cálcio, combinado com sais de magnésio e proteínas (escleroproteínas e
colágeno), originando uma estrutura porosa que favorece a troca de gases
entre os ambientes interno e externo e a perda de água por evaporação.
Recobrindo a casca há uma cutícula de cera que sela parcialmente os poros,
impedindo a perda de água e a entrada de micro-organismos (DOMENE, 2011;
ARAÚJO et al., 2014; ABREU; SPINELLI, 2014). Segundo a coloração da casca, o
ovo pode ser classificado em dois grupos: branco ou de cor (casca
avermelhada), fato que depende da raça e da linhagem da ave combinado com
a presença de carotenoides e xantofilas frequentes na alimentação animal, e
não está associado ao valor nutritivo.
Clara: A clara constitui em torno de 57% do peso total do ovo, está situada ao
redor da gema e tem a finalidade de mantê-la centralizada. É composta por
uma espessa mistura de proteínas (albuminas) e água, formando duas
camadas que se diferenciam pela fluidez denominada de clara fluida e clara
espessa. Além disso, a clara é formada por quatro camadas: externa fluida,
externa densa, interna fluida e chalazas. As chalazas são estruturas de
sustentação que centralizam a gema e a protegem contra impactos
(ORNELLAS, 2006; ABREU; SPINELLI, 2014; PHILIPPI, 2014). Quando crua, a
clara fica translúcida, tornando-se opaca (branca) quando exposta ao calor
(cocção) e na formação da espuma provocada pela incorporação do ar na
estrutura proteica. A coloração amarelada ou esverdeada pode indicar
maiores quantidades de riboflavina (ARAÚJO et. al., 2014).
Gema: Corresponde a 32% do peso total do ovo e é considerada uma emulsão
de óleo em água, composta de proteínas (16%), lipídios (30% a 34%) e menos
água (50%) do que a clara. Possui pigmentos como xantofila, caroteno,
criptoxantina e riboflavina e, na composição dos lipídios, inclui gorduras
simples e fosfolipídios (lecitinas e esteróis) (DOMENE, 2011; ABREU; SPINELLI,
2014; PHILIPPI, 2014; ARAÚJO et al., 2014). A lecitina possui um efeito
emulsificante, devido à sua capacidade de combinar compostos hidrofóbicos e
hidrofílicos, conferindo ao ovo a propriedade de estabilizar emulsões
(DOMENE, 2011). Segundo ARAÚJO e et al (2014), ovos de gema dupla não
devem ser utilizados em preparações que exigem precisão na quantidade de
ingredientes, visto que a proporção de gema em relação à clara está fora do
padrão.
Formação de espuma: Decorre da incorporação de ar que confere leveza e
melhora a textura das preparações, constituindo-se um importante agente de
crescimento para produtos assados como merengues, suflês, bolos e mousses.
O batimento da clara promove a desnaturação da ovoalbumina, desdobrando
a sua estrutura com incorporação de ar e desidratação que estabiliza a
espuma. Quando aquecida, a proteína coagula e o ar fica retido nas bolhas
(DOMENE, 2011; ABREU; SPINELLI, 2014). Quando batida, a clara pode aerar
até três vezes o volume da clara não batida, sendo que a qualidade do
crescimento e a estabilidade da espuma estão relacionadas ao frescor e à
temperatura do ovo, proporcionando melhores resultados. Certos
ingredientes influenciam a formação da clara batida e, consequentemente, a
sua estabilidade, conforme a tabela a seguir: