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PRÁTICAS DE BIOQUÍMICA
Prof. Doumit Camilios Neto
Londrina
2022
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O trabalho que se realiza em um curso prático requer muita atenção e cuidado, além de
interesse e dedicação. Para o bom desempenho das aulas práticas, algumas instruções são
dadas e devem ser rigorosamente seguidas.
• Compareça pontualmente às aulas nos dias designados para sua turma.
• Vista sempre o jaleco (avental) antes de entrar no laboratório.
• Não é permitido o uso de telefones celulares no laboratório.
• Não é permitido fumar, beber ou comer no laboratório.
• Leia com atenção os roteiros de aula antes do início das práticas. Deve-se registrar em
caderno apropriado tudo o que se observou durante as mesmas.
• Evite o desperdício de reagentes, material, gás, luz e outros. Trabalhe apenas com as
quantidades indicadas no roteiro. Realize somente os experimentos indicados na aula.
• Evite contaminar reagentes: leia o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, não troque as
tampas dos reagentes, use uma pipeta limpa para cada reagente, nunca devolva a
solução para o frasco estoque. Não troque os reagentes de uma mesa para outra.
• Para preparo de uma solução ou para fazer diluições utilize sempre água destilada.
• Ao aquecer um tubo de ensaio sempre com o auxílio de uma pinça e proceda de modo
adequado para que o conteúdo não seja lançado fora causando acidentes. Terminado o
uso do bico de Bunsen, verifique se as torneiras de gás estão bem fechadas, evitando
assim explosões e intoxicações. Nunca abra ou deixe frascos de líquidos inflamáveis
(éter, álcool, acetona, benzeno etc) nas proximidades da chama.
• Tome o máximo de cuidado com ácidos e bases concentradas. Nunca adicionar água
ao ácido e sim, o contrário, ácido sobre água, cuidadosamente.
• Reações com liberação de gases tóxicos, evaporação de soluções ácidas, amoníacos
etc, devem ser realizadas na capela. Para verificar o odor das substâncias, nunca leve o
rosto diretamente sobre o frasco.
• Ácidos e bases concentrados atacam a pele e os tecidos. Use-os com muito cuidado,
principalmente em reações de neutralização, evitando reações violentas. Quando
houver acidentes, quebra ou dano de materiais, avise ao professor e ao técnico
responsável.
• A bancada deve permanecer organizada durante toda a aula, reduzindo as chances de
erros e acidentes.
• Ao final da aula, a equipe deve lavar as vidrarias e deixar a bancada devidamente
organizada.
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Ao estudar os seres vivos, ao nível celular, deve-se empregar várias técnicas visando
superar três principais limitações destes estudos: as pequenas dimensões celulares, a grande
espessura da maioria dos tecidos e a transparência (falta de contraste) das células e suas
estruturas. Em conseqüência o estudo da organização celular depende do uso de
microscópios, aparelhos destinados à observação de detalhes difíceis de serem observados a
olho nu e do emprego de técnicas básicas de preparação do material a ser analisado. O nome
microscopia fotônica é dado ao tipo de microscopia em que a luz comum atravessa o objeto e
um sistema óptico (conjunto de lentes) compatível, formando a imagem que atinge olho. A
microscopia eletrônica utiliza no lugar da luz visível, um feixe de elétrons que passa através do
objeto a ser estudado. Também existe a microscopia que usa um feixe de raios laser, chamada
de microscopia confocal (JORDÃO et al. 1998).
De acordo com as mesmas autoras, os microscópios de luz podem ser de
vários tipos: de luz comum, também chamado de campo claro, de polarização, de contraste de
fase, de fluorescência, invertido ou de campo escuro. Os microscópios eletrônicos podem ser:
de transmissão, de varredura ou de alta voltagem.
1- Ocular
2- Objetivas e revólver
3- Platina
4- Chariiot
5- Macrométrico
6- Micrométrico
7- Diafragma no condensador
8- Condensador
9- Botão do condensador
10- Parafusos centralizadores de condensador
11- Fonte de luz
12- Controle da iluminação
13- Diafragma de campo
14- Parafusos de ajuste da lâmpada
15- Focalizadora da lâmpada
fotônico, as estruturas de qualquer tipo celular devem ter cor própria ou devem ser coradas
com substâncias corantes que lhes conferem diferentes graus de absorção de luz acentuando
os contrastes.
1 Objetivo:
-Detectar, ao microscópio fotônico, características diferenciais entre tipos celulares.
2 Materiais:
2.1 Célula animal: células descamadas da mucosa oral
- preparação a fresco, sem coloração
- preparação a fresco, corada com azul de metileno
2.2 Célula vegetal:
- preparação a fresco de folhas de Elodea sp.
- preparação a fresco de epiderme inferior de folha de Tradescantia sp.
2.3 Célula bacteriana:
- preparação semi-permanente de bactérias, corada pelo método de Gram.
2.4 Célula Fúngica: células leveduriformes
- preparação a fresco de suspensão de Saccharomyces cerevisiae.
2.5 Célula Fúngica: hifas-fungos filamentosos
- preparação a fresco de hifas de fungo filamentoso gênero Aspergillus.
OBS: Desenhar de forma esquemática as estruturas observadas.
Referências Bibliográficas
JORDÃO, B.Q.; ANDRADADE, C.G.T.J., RUAS, C.F., CÓLUS, I.M.S., BUIM, M.E.; Práticas de
Biologia Celular. Londrina, EDUEL, 1998, 163p.
KOOLMAN, J.; RÖHM, K.H.; Bioquímica Texto e Atlas. 3.ed., Porto Alegre, Editora Artmed,
2005, 478p.
PELCZAR Jr. M.J.; CHAN, E.C.S.; KERIEG, N.R., Microbiologia Conceitos e Aplicações. 2.
ed, São Paulo, Editora Makron Books do Brasil LTDA, v.1, 1996, 524p.
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1. FUNDAMENTO TEÓRICO
O método colorimétrico de determinação de pH baseia-se nos conhecimentos dos pKs
dos indicadores, os quais podem ser considerados como ácidos ou bases fracas. A dissociação
de um indicador ácido, de forma simplificada, é a seguinte:
HIn In− + H+
Ácido Base
(cor A) (cor B)
2. TÉCNICA
pH Cor pH Cor
3 ou - 8
4 9
5 10
6 11 ou +
7
7
Experimento 1
REGENTES TUBO 1 TUBO 2
Água destilada 10 mL 5 mL
Indicador 5 gotas 5 gotas
Tampão pH 7,0 - 5 mL
Anotar o pH
+ NaOH 1 gota 1 gota
Anotar o pH
+ sopro
Anotar o pH
Experimento 2
REGENTES TUBO 1 TUBO 2
Indicador 5 gotas 5 gotas
Água destilada 10 mL 5 mL
Tampão pH 7,0 - 5 mL
Anotar o pH
+ HCl 2 gotas 2 gotas
Anotar o pH
Nº gotas de HCl
1. FUNDAMENTO TEÓRICO
Os aminoácidos têm pelo menos dois grupos ionizáveis que podem existir na forma
protonada (-COOH, NH3+) ou desprotonada (-COO-, - NH2), dependendo do pH do meio em
que ele se encontra.
A curva de titulação do aminoácido é feita com NaOH e inicia-se em pH abaixo do pK do
grupo carboxila e o aminoácido está com carga líquida positiva (forma a). À medida que se
adiciona base, o valor do pH sobe gradativamente, aumentando a dissociação do grupo
carboxila, resultando na forma neutra (b). Continuando a adição de base, o valor de pH
aumenta até que se inicia a dissociação do grupo amino e o aminoácido fica com a carga
líquida negativa (forma c).
O pH onde predomina a forma eletricamente neutra do aminoácido é chamado de ponto
isoelétrico (pI) do aminoácido e pode ser determinado através da média aritmética dos dois
pKs.
2. TÉCNICA
• Colocar o becker com a solução de glicina sobre o suporte com agitador magnético e
mergulhar com cuidado os eletrodos, de forma a não encostá-los na barra magnética
e adicionar água destilada até cobrir totalmente o eletrodo.
• Titular com NaOH 0,1N e anotar os valores de pH para cada mL de NaOH
adicionado.
Tabela:
NaOH 0,1N pH NaOH 0,1N pH
(mL) (mL)
0 11
1 12
2 13
3 14
4 15
5 16
6 17
7 18
8 19
9 20
10
Tabela:
NaOH 0,1N pH NaOH 0,1N pH NaOH 0,1N pH
(mL) (mL) (mL)
0 11 21
1 12 22
2 13 23
3 14 24
4 15 25
5 16 26
6 17 27
7 18 28
8 19 29
9 20 30
10
Tabela:
NaOH 0,1N pH NaOH 0,1N pH NaOH 0,1N pH
(mL) (mL) (mL)
0 11 21
1 12 22
2 13 23
3 14 24
4 15 25
5 16 26
6 17 27
7 18 28
8 19 29
9 20 30
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3. RESULTADOS
1. REAÇÃO DE BIURETO
As substâncias que contém 2 ou mais ligações peptídicas dão reação de biureto positiva
(tripeptídeos, oligopeptídeos e proteínas). O íon cobre fornecido por uma solução diluída e
alcalina de CuSO4 se complexa com os grupos aminos das ligações peptídicas desenvolvendo
uma coloração violeta, que pode ser representado como segue:
1.1 Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 BRANCO
Solução de proteína 10 gotas - -
Solução de glicina - 10 gotas -
Água destilada - - 10 gotas
NaOH 2,5N 5 gotas 5 gotas 5 gotas
CuSO4 1% 5 gotas 5 gotas 5 gotas
Resultado
Anotar os resultados e concluir.
2 REAÇÃO DE NINHIDRINA
3. REAÇÃO XANTOPROTÉICA
3.1 Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 TUBO 4 BRANCO
-
Proteína 10 gotas - - -
-
Tyr - 10 gotas - -
Trp - - 10 gotas - -
-
Phe - - 10 gotas -
H2O - - - - 10 gotas
HNO3 conc. 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL
Ferver os tubos por 1 minuto.
NaOH 20% 2 mL 2 mL 2 mL 2 mL 2 mL
Resultado
Anotar os resultados e concluir.
4. REAÇÃO DE MILLON
4.1 Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 BRANCO
Solução de proteína 10 gotas - - -
Solução de tirosina - 10 gotas - -
Solução de triptofano - - 10 gotas
Água destilada - - - 10 gotas
Reagente de Millon (HNO3 e Hg) 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas
Ferver os tubos durante 1 a 2 minutos.
Resultado
Anotar os resultados e concluir.
5. REAÇÃO DE HOPKINS-COLE
O anel indólico do triptofano, presente nas proteínas e peptídeos, reage com o ácido
glioxílico formando um anel violeta na interfase da solução.
5.1 Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 BRANCO
Solução de proteína 10 gotas - - -
Solução de triptofano - 10 gotas - -
Solução de tirosina - - 10 gotas
Água destilada - - - 10 gotas
Hopkins-Cole 10 gotas 10 gotas 10 gotas 10 gotas
Misturar. Inclinar o tubo e deixar escorrer lentamente pela parede 1 mL
de H2SO4 concentrado. Agitar levemente.
Resultado
Anotar o resultado e concluir.
6.1 Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 BRANCO
Solução de proteína 10 gotas - - -
Solução de cisteína - 10 gotas - -
Fio de cabelo - - 1 -
Água destilada - - 10 gotas 10 gotas
NaOH 2,5N 20 gotas 20 gotas 20 gotas 20 gotas
Aquecer os tubos até fervura.
Acetato de Chumbo 5 gotas 5 gotas 5 gotas 5 gotas
Ferver novamente os tubos.
Resultado
Anotar os resultados e concluir.
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A exposição das moléculas de proteínas a agentes como calor, extremos de pH, metais
pesados, alcalóides, detergentes, solução concentrada de uréia, solventes orgânicos, radiação
ultravioleta etc, faz com que a maioria delas apresente modificações físicas conhecidas como
desnaturação.
A desnaturação envolve alterações nas estruturas quaternária, terciária e secundaria da
proteína. Durante o processo de desnaturação, a proteína é desorganizada e expõe grupos
hidrofóbicos que repelem a água. Portanto, a proteína desnaturada torna-se menos solúvel e
precipita.
Técnica
Preparar os tubos de ensaio conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1
Solução de proteína 1 mL
AgNO3 2% Gotas até precipitação
Resultado
Anotar os resultados e concluir.
2. Precipitação Reversível
2.1. Solubilização por salificação (Salting - in)
Os sais neutros em concentrações reduzidas aumentam a solubilidade de muitas
proteínas, fenômeno denominado de Salting-in. A capacidade dos sais neutros de influenciar
na solubilidade das proteínas é uma função de sua força iônica, que depende da sua
concentração e do número de cargas elétricas dos cátions e dos ânions que formam o sal.
Técnica
Em um becker adicionar 1,5 mL de clara de ovo e 5 mL de água destilada.
Agitar com bastão de vidro até o aparecimento de precipitado de proteína.
Adicionar NaCl 1,0N, gota a gota, até a redissolução do precipitado de proteína.
Este material será utilizado na experiência seguinte.
Técnica
Da solução obtida na experiência anterior, pipetar 1,5 mL em um tubo de ensaio.
Adicionar 1,5 mL de solução saturada de sulfato de amônio e observar a formação do
precipitado de proteína.
Adicionar de 3,0 a 5,0 mL de água destilada, misturar por inversão lenta e observar a
redissolução do precipitado de proteína.
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H2N
\
C = O+ H2O CO2 + 2NH3
H2N
Em meio aquoso
1. Reação de Biureto
Reação específica para peptídeos e proteínas, com duas ou mais ligações peptídicas. O
íon cúprico fornecido pela solução de CuSO4 se complexa com os grupos –NH, forma um
complexo de coloração violeta em meio alcalino.
Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 BRANCO
Urease 10 gotas -
Água destilada - 10 gotas
NaOH 2,5N 5 gotas 5 gotas
CuSO4 1% 5 gotas 5 gotas
Resultado
Agitar os tubos e anotar os resultados. Concluir.
2. Reação de Heller
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Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 CONTROLE
Uréia 1% 1 mL -
Água destilada - 1 mL
Uréase 3 gotas 3 gotas
Vermelho de fenol 1 gota 1 gota
Resultado
Agitar os tubos, observar a coloração e anotar o resultado.
Técnica
Em um tubo de ensaio:
Adicionar 1 mL de água destilada + 5 gotas da solução de urease.
Agitar e ferver por 2 minutos.
Adicionar 1 mL de uréia + 1 gota de vermelho de fenol.
Agitar. Observar o resultado e comparar com o teste da atividade.
Concluir.
Técnica
Em um tubo de ensaio:
Adicionar 1 mL de água destilada + 5 gotas da solução de uréase.
Agitar.
Adicionar 3 gotas de HgCl2.
Agitar.
Adicionar 1 mL de solução de uréia 1% + 1 gota de vermelho de fenol.
Agitar. Observar o resultado e comparar com o teste da atividade.
Concluir.
6. Especificidade da urease
Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2
Uréia 1% 1 mL -
Tiouréia 1% - 1 mL
Urease 5 gotas 5 gotas
Vermelho de fenol 1 gota 1 gota
Resultado
Agitar os tubos. Anotar os resultados. Concluir.
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1. Fundamento teórico
A invertase é uma enzima que catalisa a hidrólise da sacarose. A sacarose é um
dissacarídeo formado por glicose e frutose ligados por ligação glicosídica do tipo (1→2). A
sacarose é um dissacarídeo não redutor. A ação da invertase sobre a sacarose libera como
produtos de reação a glicose e a frutose que são redutores. Estes açúcares redutores em meio
alcalino e a quente formam enedióis que doam seus elétrons para reduzir o reagente 2,5,
dinitro-salicilato até 3-amino-5-nitrosalicilato, produzindo uma coloração alaranjada, cuja
intensidade é proporcional à concentração de açúcar redutor presente no meio da reação. A
cor produzida é lida em espectrofotômetro a 540nm.
Invertase
D-glucose D-frutose
2e-
OH-
Açúcar redutor Enediol + 3,5-DNS 3-NH-2,5-NS
(amarelo) (laranja)
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2. Técnica
1. Fundamento teórico
O ácido ascórbico ou vitamina C é encontrado nas frutas cítricas, no tomate e em
vegetais verdes. O ácido ascórbico é um agente fortemente redutor, que perde com facilidade
seus átomos de hidrogênio para se tornar o ácido desidroascórbico, o qual também apresenta
atividade de vitamina C. O ácido metafosfórico é utilizado na extração do ácido ascórbico, a fim
de reduzir o pH do meio para precipitar as proteínas e também para estabilizar a vitamina C,
evitando sua oxidação.
O corante 2,6 diclorofenol-indofenol é utilizado na dosagem do ácido ascórbico. Na
reação com este corante o ácido ascórbico se oxida para ácido desidroascórbico e o
diclorofenol-indofenol reduz-se.
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DNA
Para a análise do DNA de células eucarióticas, a primeira etapa importante é o seu isolamento.
O procedimento a seguir é utilizado para extrair grandes quantidades de DNA a partir de cebola
e outros tecidos vegetais. Protocolos similares são usados nas extrações de DNA de outras
fontes, como amostras de sangue, tecidos, etc.
A extração de DNA de células eucariontes consta fundamentalmente de três etapas:
• ruptura (física e química) das membranas celulares para liberação do material genético;
• desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos: DNA e proteínas;
• separação do DNA dos demais componentes celulares.
Inicialmente a cebola é ralada para que haja a ruptura da parede celular, expondo o
material genético das células. Em seguida as moléculas do detergente desestruturam as
moléculas de lipídios presentes nas membranas celulares. O aquecimento favorece a reação e
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II.1. Efeito hipercrômico do DNA: A partir do DNA solubilizado (tubo 1), faça uma diluição de
1:100. Divida o volume do DNA diluído em dois tubos de ensaio: tubo 2 e tubo 3. Reserve o
tubo 2 a temperatura ambiente e incube o tubo 3 em banho-maria fervente por 5 minutos. Após
este tempo, coloque o tubo 3 imediatamente no gelo (fazer a leitura após 5 minutos de banho
de gelo; manter em gelo até a leitura). Observe e compare a viscosidade nos tubos 2 e 3. Faça
a leitura de absorbância a 260nm, em cubeta de quartzo, das amostras diluídas não-fervida e
fervida. Anote os resultados e interprete.
1. Reação de Molish
A ação desidratante do H2SO4 concentrado sobre as moléculas de mono, oligo e
polissacarídeos provoca a formação de furfural (pentoses) e hidroximetilfurfural (hexoses).
Estes podem condensar com um composto fenólico (-naftol) formando um produto violeta.
Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 TUBO 4
Glicose 1% 10 gotas - - -
Sacarose 1% - 10 gotas - -
Amido 1% - - 10 gotas -
Celulose - - - 10 gotas H2O +
algodão
Molisch 3 gotas 3 gotas 3 gotas 3 gotas
Misturar e adicionar cuidadosamente deixando escorrer lentamente pela parede do tubo
2mL de H2SO4 concentrado. NÃO AGITAR O TUBO ! Deixar em repouso e observar a
formação do anel violeta.
Resultado
Anotar os resultados. Concluir.
2. Reação de Selliwanoff
Esta reação é utilizada para diferenciar aldoses de cetoses. Os carboidratos sob ação
desidratante do HCl são convertidos em aldeídos cíclicos, os quais condensam com o
resorcinol formando um complexo de cor vermelha. A reação com cetoses é rápida e intensa.
Com aquecimento prolongado, as aldoses dão reação positiva.
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Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3
Glicose 1% 10 gotas - -
Frutose 1% - 10 gotas -
Sacarose1% - - 10 gotas
HCl conc. 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL
Selliwanoff 5 gotas 5 gotas 5 gotas
Agitar e aquecer até o aparecimento de cor vermelha.
Resultado
Anotar os resultados. Concluir.
3. Reação de Bial
Reação específica para pentoses. As pentoses produzem furfural por ação do HCl a
quente. O furfural combina-se com o orcinol e na presença de sais férricos forma um produto
de cor azul ou verde-azulado.
Técnica
Preparar os tubos conforme a tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2
Glicose 1% 10 gotas -
Xilose 1% - 10 gotas
Reativo de Bial 0,5 mL 0,5 mL
Misturar e aquecer em banho-maria fervente durante 10 minutos ou até
o aparecimento da cor azul ou verde azulada.
Resultado
Anotar os resultados. Concluir.
Técnica:
Preparar os tubos conforme tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 TUBO 4 BRANCO
Glicose 10 gotas - - - -
Frutose - 10 gotas - - -
Amido - - 10 gotas - -
Sacarose - - - 10 gotas -
H2O - - - - 10 gotas
Benedict 10 gotas 10 gotas 10 gotas 10 gotas 10 gotas
Ferver por 5 minutos
Resultados
Anotar os resultados. Concluir.
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1. Fundamento teórico
O amido é o carboidrato que as plantas sintetizam como principal reserva alimentar. È
constituído de -amilose e amilopectina. A -amilose é um polímero linear formado por
diversos milhares de resíduos de glicose unidos por ligação (1→4). A amilopectina é um
polímero ramificado de glicose com ligações do tipo (1→4) na parte linear e ligações do tipo
(1→6) nos pontos de ramificação. A amilopectina contém 106 resíduos de glicose.
O amido é insolúvel em água fria, porém, quando aquecido ou colocado em contato com
água fervente, os grânulos são desintegrados e formam uma solução coloidal.
2. Caracterização do amido
2.1. Reação de Molish
Reação utilizada para pesquisa de carboidratos, baseada na formação de compostos de
furfural pela ação desidratante do ácido forte. Os compostos de furfural reagem com o -naftol
formando um produto colorido
REGENTES TUBO 1 BRANCO
Amido 1,0 mL -
Água - 1,0 mL
Molish 3 gotas 3 gotas
Misturar e adicionar cuidadosamente deixando escorrer lentamente pela parede do tubo
2,0 mL de H2SO4 concentrado. NÃO AGITAR O TUBO !
Deixar em repouso e observar a formação do anel violeta
3. Hidrólise do Amido
As ligações glicosídicas das amiloses e amilopectinas do amido podem ser hidrolisadas
por HCl concentrado e a quente. O processo de hidrólise do amido pode ser acompanhado
pela liberação de açúcares redutores que no decorrer da hidrólise é aumentado e detectado
pela reação de Benedict.
Técnica
Preparar os tubos conforme tabela abaixo:
REAGENTES TUBO 1 TUBO 2
Etanol 2 mL 2 mL
NaOH 0,1 N 1 gota 1 gota
Fenolftaleína 1 gota 1 gota
Óleo rançoso Gota a gota, até descorar -
Óleo fresco - Adicionar o dobro do nº de
gotas gastos para o óleo
rançoso
N° de gotas
Anotar os resultados. Concluir.
2 SAPONIFICAÇÃO
Os óleos e gorduras, quando tratadas com solução alcalina e a quente, se hidrolisam
produzindo glicerol e os sais de ácidos graxos (sabões).
O
H2C O C R1 CH2OH
O
HC O C + 3 KOH + 3R-COO-K+
R2 CHOH
O
H2C O C R3 CH2OH
Triacilglicerol Glicerol Sabões (sais dos A.G.)
Técnica:
Em um tubo de ensaio grande adicionar:
15 gotas de óleo vegetal fresco.
5 mL de potassa alcoólica (2,5 mL de KOH 40% e 2,5 mL de etanol).
Aquecer o tubo em banho-maria fervente até 30 minutos.
Anotar o resultado e concluir.
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4. Caracterização do Glicerol
O glicerol sob ação de um desidratante como o bissulfato de potássio (KHSO4), dá
origem a acroleína, reconhecida pelo odor desagradável.
Em um tubo de ensaio colocar 2 gotas de óleo vegetal e adicionar uma pitada de
bissulfato de potássio e aquecer.
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A lecitina é um fosfolipídio que pode ser hidrolisada totalmente pela adição de bases e
ácidos. Com hidrólise alcalina em NaOH ocorre a liberação dos ácidos graxos (sais de ácidos
graxos) e da colina. Com a adição de ácido acético glacial libera-se o ácido fosfórico e o
glicerol.
2 CARACTERIZAÇÃO DA LECITINA
Técnica
Em uma lâmina adicionar uma gota do filtrado e um gota de lugol concentrado, cobrir
com lamínula e levar ao freezer por 5 minutos. Observar imediatamente ao microscópio
formação de cristais que indica presença de colina.
1. Técnica
1.1. Microrganismo: Levedura Saccharomyces cerevisae de fermento de pão desidratado.
1.2. Meio de cultivo:
500mL de caldo de cana
0,01g de MgSO4.7H2O
0,001g de Co(NO3)2.2H2O
0,001g de MnSO4.H2O
Ferver o cultivo por 5 minutos e resfriar. Medir o pH do meio e corrigir para 4,5.
1.3. Desinfecção: lavar todas as vidrarias e materiais com água destilada e depois com álcool
70%.
1.4. Preparo do inócuo: transferir o meio de cultivo para um balão de fundo redondo de 1L,
adicionar 2g de fermento de pão. Homogeneizar, fechar com rolha, conectar uma mangueira
ligando o balão de fermentação a um segundo balão contendo água de cal. Manter o sistema
por 7 dias.
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Princípio de método:
Reagentes:
• Fenol 5% (50mL de fenol liqüefeito diluir em uma porção de água destilada e completar o
volume para um litro).
• H2SO4 concentrado D = 1,844 P.A.
• Solução padrão de glucose 0,1g% (m/v). Diluir 1:10 para obter uma solução 100g/mL para
preparar a curva de calibração.
Sensibilidade: 1 - 60g
Materiais:
• Pipetas de vidro
• Tubos de ensaio
• Espectrofotômetro
Técnica:
Curva de calibração:
• Preparar quatorze tubos de ensaio de boca larga e bem limpos. Identificá-los previamente
antes de distribuir os diferentes volumes correspondentes às respectivas concentrações
citadas abaixo. Completar o volume de cada amostra para 0,5mL com água destilada.
• Adicionar 0,5mL de solução de fenol 5%.
• Acrescentar 2,5mL de H2SO4 concentrado (com pipeta de ponta cortada, em um único jato),
agitar vigorosamente.
• Deixar em repouso à temperatura ambiente durante 20 minutos.
• Ler no espectrofotômetro a 490nm, utilizando a solução do tubo “branco” (água destilada e
demais reativos) para zerar o aparelho.
• Diluir a amostra caso necessário.
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Curva de calibração
Referência Bibliográfica:
DUBOIS, N.; GILLES, K.A. HAMILTON, J.K.; REBERS, B.A. and SMITH, F. – Colorimetric
Method Determination of Sugars and Substances. Anal. Chem.. v.23, p. 350-356, 1956.
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1. Fundamento teórico
O açúcar redutor reduz o reativo cuproalcalino Somogyi formando óxido cuproso, o qual
na presença do reativo arseno-molibdico de Nelson forma o óxido de molibdênio, de cor azul
estável. A cor desenvolvida é proporcional à concentração de açúcar redutor presente na
amostra e é estável por várias horas.
2. Técnica
Solução Padrão de Glicose: 0,1% (p/v). Diluir 1:10 para obter uma solução de 100
g/mL para preparar a curva padrão.
TUBOS GLICOSE ÁGUA SOMOGYI NELSON ÁGUA [GLICOSE] A
(100g/mL) (mL) (mL) (mL) (mL) (g) 540 nm
Branco - 1,0 0,5 Ferver 0,5 3,5
1 0,2 0,8 0,5 por 10 0,5 3,5
2 0,4 0,6 0,5 minutos 0,5 3,5
3 0,6 0,4 0,5 e 0,5 3,5
4 0,8 0,2 0,5 Resfriar 0,5 3,5
5 1,0 - 0,5 0,5 3,5
Amostra 1,0 - 0,5 0,5 3,5
Traçar a curva padrão e calcular a concentração de açúcar redutor da amostra
*Colocar bolinhas de gude sobre a boca do tubo
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A glicólise é o processo anaeróbico pelo qual a glicose é degradada até piruvato. Como
os primeiros organismos vivos apareceram em uma atmosfera sem oxigênio, a glicólise é o
mecanismo mais antigo que os organismos começaram a utilizar para extrair energia das
moléculas combustíveis. A glicólise ocorre no citoplasma. Em animas, a glicólise ocorre
intensamente para fornecer energia para a contração muscular particularmente nos músculos
brancos. Estes são responsáveis pelo vôo em galinhas e perus, assim estas aves são capazes
de realizar vôos curtos. Os músculos brancos contêm pouca mitocôndria e a contração é muito
rápida, assim só pode funcionar em velocidade máxima por períodos curtos. O fluoreto inibe a
glicólise, pois age sobre a enolase, enzima que catalisa uma das reações da via glicolitica,
como esquematizado abaixo:
Glicose
2- Fosfoglicerato
Enolase
Fosfoenolpiruvato
Piruvato
Essa inibição provoca um acúmulo de glicose. Essa aula utiliza a levedura de
panificação Saccharomyces cerevisiae, que inicia o catabolismo da glicose pela glicólise.
As amostras devem ser diluídas em 1:50 (0,1mL + 4,9 mL de água) e depois retirar
1,0mL para as determinações. O padrão de glicose está na concentração de 1mg/mL.