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COLÉGIO AMAZÔNIA

SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


NEUROCIÊNCIA

DOENÇAS NEUROLÓGICAS

ANA LEANE MOREIRA SANTOS


LUCAS EDUARDO DALMACIO ALVES
MARIA KLARA BARBOSA DA FONSECA ALMEIDA
VINICIUS PINHEIRO CASSEB

ANANINDEUA – PARÁ
2023
DOENÇAS NEUROLÓGICAS

As doenças neurológicas são patologias que acometem, principalmente, o sistema nervoso central e
periférico, em regiões como cérebro, nervos e medula espinhal. Tais patologias afetam diversos fatores,
como a capacidade motora, dificultando movimentos voluntários (falar, habilidade para se alimentar,
caminhar, dentre outros), e também a capacidade cognitiva, principalmente prejudicando a memória e a
eficiência no aprendizado.
De modo geral, as doenças neurológicas podem ser classificadas conforme as origens das patologias,
bem como, aquelas em que não é possível determinar com exatidão a sua origem ou motivação inicial, são
classificadas como doenças funcionais.
Com mais de 600 patologias já detectadas, as doenças neurológicas, conforme último estudo
divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de seis milhões de pessoas são
acometidas pelas doenças neurológicas e morrem em decorrência desse tipo de patologia. As principais
causas do desenvolvimento das doenças neurológicas são: fatores genéticos, má alimentação, sedentarismo e
infecções.
Além disso, se encaixam em doenças neurológicas diversos distúrbios, como por exemplo doença de
Alzheimer e doença de Parkinson, sendo ambas doenças neurológicas desvendadas no decorrer deste texto.

DOENÇA DE ALZHEIMER

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela


deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma
variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A doença instala-se quando o
processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então,
fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.
Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro,
como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio,
memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de
Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável
por mais da metade dos casos de demência nessa população.

ESTÁGIOS

A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja,
não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das
pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos.
O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
• Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
• Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos.
Agitação e insônia;
• Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal.
Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;
• Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

FATORES DE RISCO

Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:


• Idade e a história familiar;
• Baixo nível de escolaridade;
• Inatividade física;
• Depressão;
• Tabagismo;
• Hipertensão;
• Obesidade;
• Diabetes.
SINTOMAS

Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:


• Falta de memória para acontecimentos recentes;
• Repetição da mesma pergunta várias vezes;
• Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
• Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
• Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
• Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
• Irritabilidade, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos,
tendência ao isolamento.
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença de Alzheimer é por exclusão. Assim, o paciente que apresenta problemas de
memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos
cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de
linguagem, além da percepção de espaço.
Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno
é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.

TRATAMENTO

O tratamento do Alzheimer é medicamentoso e os pacientes têm à disposição a oferta de


medicamentos capazes de minimizar os distúrbios da doença. O objetivo do tratamento medicamentoso é,
também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das
atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

PREVENÇÃO
A doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os médicos
acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou
até mesmo inibir a manifestação da doença. Com isso, as principais formas de prevenir o Alzheimer, são:
• Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa;
• Não fumar;
• Não consumir bebida alcoólica;
• Ter alimentação saudável e regrada;
• Fazer prática de atividades físicas regulares.

DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo que afeta os movimentos do corpo


da pessoa. Ela pode causar movimentos não intencionais, tremores de membros, rigidez muscular e
dificuldade de equilíbrio e coordenação, tornando-se cada vez mais incapacitante.
A doença de Parkinson é causada pela morte ou degeneração de neurônios de uma região do cérebro,
conhecida como substância negra. Nessa área, há a produção de um neurotransmissor chamado dopamina,
uma substância responsável pela condução das correntes nervosas ao corpo, que auxiliam na realização dos
movimentos voluntários do corpo de forma automática. Muitos dos sintomas do Parkinson acontecem
devido à diminuição intensa da dopamina e à consequente falha na execução desses movimentos.

FATORES DE RISCO

As causas exatas da doença de Parkinson são desconhecidas, mas pesquisadores acreditam que
alguns fatores de risco podem estar relacionados à doença. São eles:
• Combinação de fatores genéticos e ambientais;
• Idade;
• Sexo;
• Hereditariedade.
SINTOMAS

Apesar de se desenvolver de formas diferentes em cada pessoa, é possível apontar certos sinais que
os pacientes têm em comum. Os sintomas mais claros da doença de Parkinson estão relacionados ao
movimento, conhecidos como sintomas motores:
• Tremores nas mãos, braços, pernas, queixo ou cabeça;
• Rigidez muscular nos membros;
• Dificuldade de coordenação e de manter o equilíbrio;
• Lentidão nos movimentos;
Além dos sintomas motores, a maioria das pessoas pode desenvolver outros problemas de saúde
relacionados ao Parkinson. Esses sintomas são diversos e conhecidos como sintomas não motores:
• Alterações cognitivas, como problemas de atenção, memória ou até demência;
• Dificuldade para falar e se alimentar;
• Fadiga constante;
• Alucinações;
• Tonturas;
• Perda do olfato ou paladar;
• Transtornos do humor, como depressão e ansiedade;
• Dores corporais;
• Distúrbios do sono;
• Perda de peso.
DIAGNÓSTICO

Não há exames laboratoriais ou de imagem específicos para diagnosticar casos de Parkinson.


Geralmente, o médico identifica a doença tomando o histórico do paciente e realizando um exame
neurológico.
Para se chegar ao diagnóstico da doença de Parkinson, é preciso observar ao menos dois dos quatro
principais sintomas do distúrbio: tremor, lentidão de movimento, rigidez dos membros e problemas de
equilíbrio ou coordenação. Depois disso, o médico poderá solicitar alguns exames – como ressonância
magnética, tomografia computadorizada, entre outros testes de imagem – para descartar outros problemas de
saúde que causam sinais e sintomas semelhantes.

TRATAMENTO

Embora não exista cura para a doença de Parkinson, ela tem diversos e eficientes tratamentos, que
podem auxiliar no dia a dia, trazendo mais qualidade de vida ao paciente. Entre os principais procedimentos
usados no controle do distúrbio, estão:
• Medicamentos;
• Intervenção cirúrgica;
• Mudanças no estilo de vida.
PREVENÇÃO

Como a causa do Parkinson é desconhecida, as formas comprovadas de prevenir a doença também


permanecem um mistério. Porém, de forma geral, a prevenção das doenças degenerativas inclui,
necessariamente, um estilo de vida e envelhecimento mais saudável, com ações como:
• Realizar atividade física constante;
• Manter um peso adequado;
• Ter uma alimentação saudável e mais orgânica;
• Ter boas noites de sono, descansando pelo menos oito horas;
• Evitar o tabagismo e sedentarismo, que estão ligados ao desenvolvimento de doenças degenerativas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Doença de Alzheimer. [Brasília]: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/alzheimer. Acesso em: 17 out. 2023.
PFIZER. Doença de Parkinson, 2022. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/doenca-de-
parkinson. Acesso em: 17 out. 2023.

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