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DOENÇA DE

ALZHEIMER
PROFª STEPHANY CANEJO
PROFASTEPHANYCANEJO@GMAIL.COM
CONCEITO

É uma doença degenerativa,


caracterizada por alterações
de memória e outras funções
cognitivas (atenção,
concentração, linguagem e
pensamento), com
agravamento progressivo,
lento e irreversível;

É a forma mais comum de demência. Não existe cura para a doença,


a qual se agrava progressivamente até levar à morte.
CAUSA

• Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas


são conhecidas algumas lesões cerebrais características
dessa doença;
• As principais alterações que se apresentam são as
placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-
amiloide, anormalmente produzida, e a redução do
número das células nervosas (neurônios) e das ligações
entre elas (sinapses), com redução progressiva do
volume cerebral e aumento dos ventrículos.
O córtex diminui, “encolhe”, danificando as regiões envolvidas com os
pensamentos, planos e lembranças (hipocampo). Os ventrículos (espaços
preenchidos por fluido dentro do cérebro) ficam maiores.
ALZHEIMER E SÍNDROMES
DEMENCIAIS

A doença de Alzheimer possui características que a


diferenciam, como o início geralmente lento, afetando
principalmente a memória recente. Com a progressão da
doença, outras funções cognitivas vão surgindo, como
dificuldade na linguagem, orientação, atenção e
planejamento de tarefas. Uma característica importante é
que, geralmente, esses sintomas estão ausentes nas
fases iniciais do quadro da demência de Alzheimer.
FATORES DE RISCO

• Idade avançada;
• Sexo feminino;
• Histórico familiar da doença;
• Hipertensão;
• Diabetes;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Sedentarismo.
• Movimentos e fala
SINTOMAS repetitiva;
• Distúrbios do sono;
• Dependência progressiva;
• Dificuldade em tomar decisões; • Vagância.
• Perder-se em ambientes conhecidos;
• Dificuldades com a fala e a comunicação;
• Perda de memória, confusão e desorientação;
• Ansiedade, agitação, alucinação, desconfiança;
• Alteração da personalidade e do senso crítico;
• Dificuldades com as AVDs como alimentar-se e banhar-se;
• Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
ESTÁGIOS DA DOENÇA

• Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na


personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;
• Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar
tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e
insônia;
• Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas
diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para
comer. Deficiência motora progressiva;
• Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à
deglutição. Infecções intercorrentes.
PREVENÇÃO

• Manter atividades mentais desafiantes (p. ex., aprender novas


habilidades, fazer palavras cruzadas) ao ficar mais velho;
• Atividade física regular;
• Controle de hipertensão;
• Reduzir as concentrações de colesterol;
• Consumir dieta rica em ácidos graxos ômega 3 e pobre em
gorduras saturadas;
• Ingerir álcool em quantidades moderadas (Depois que a
demência se desenvolve, geralmente recomenda-se a abstenção
de álcool);
PROGNÓSTICO

Embora a taxa de progressão varie em pacientes com doença de


Alzheimer, o declínio cognitivo é inevitável. A média de sobrevida a
partir do diagnóstico é de 7 anos, embora esse número seja
discutível. O tempo médio de sobrevida depois que o paciente não
consegue mais andar é de cerca de 6 meses.
Considerando que ocorre degeneração da percepção e do
julgamento em pacientes com demência, pode haver necessidade
de designar um familiar, tutor ou advogado para supervisionar as
finanças e outros cuidados. Na demência avançada, as medidas
paliativas podem ser mais apropriadas.
DIAGNÓSTICO

• A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do


exame microscópico do tecido cerebral do doente após
seu falecimento. Antes disso, esse exame não é
indicado, por apresentar riscos ao paciente;

• O diagnóstico é realizado por ANAMNESE + EXAME


NEUROLÓGICO. Exames de sangue e de imagem,
como tomografia ou, preferencialmente, ressonância
magnética do crânio, devem ser realizados para excluir a
possibilidade de outras doenças.
TRATAMENTO

• Não existe cura para a doença de Alzheimer, ainda. Os


objetivos do tratamento consistem em aliviar os sintomas
existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que
boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta
da doença, garantindo assim uma melhor qualidade de
vida;
• Os tratamentos indicados podem ser divididos em
farmacológico, com uso de alguns medicamentos, e não
farmacológico.
TRATAMENTO

• Os inibidores da colinesterase melhoram moderadamente


a função cognitiva e a memória em alguns pacientes. Há
quatro disponíveis. Em geral, donepezila, rivastigmina e
galantamina são igualmente eficazes, mas a tacrina
raramente é usada por causa da sua hepatotoxicidade;
• Outros fármacos estão sendo estudados. A eficácia de
vitamina E em altas doses (1.000 UI, por via oral, uma ou
duas vezes ao dia), selegilina, anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs), extratos de Ginkgo biloba e estatinas
não está clara.
• O tratamento não farmacológico consiste em:
1) Estimulação Cognitiva: uso de pensamento, raciocínio lógico,
atenção, memória, linguagem e planejamento. Através de jogos e
atividades;
2) Estimulação Social: resgate de histórias antigas, especialmente
envolvendo lembranças agradáveis e que tenham relevância
familiar, contato físico e afetuoso;
3) Estimulação física: além de alongamentos, podem ser indicados
exercícios para fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos
moderados, após avaliação do profissional desta área;
4) Organização do ambiente: o ambiente da pessoa com Doença
de Alzheimer influencia seu humor, sua relação com as pessoas e
até sua capacidade cognitiva. Deve ser livre de obstáculos, seguro
e não modificado, para evitar confusão mental.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• Memória prejudicada: Estimular a memória através da


repetição, do último pensamento que o paciente expressou
quando adequado; Orientar a realização de jogos que
estimulem a memória.
• Confusão cônica: Dar uma orientação simples de cada vez;
• Risco para quedas: Orientar familiares acerca da
organização do ambiente doméstico (barras de ferro,
tapetes, calçados, bengala);

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