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Formação nível 5 – Alzheimer Portugal Delegação Centro
Pombal 2011

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A importância das demências

-Problema de saúde publica;


-Impacto familiar;
-Recursos sócio – económicos;
-Cuidados de saúde;
-Prognóstico;
-Terapêutica;
- Investigação

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Processo de envelhecimento:
Concretiza-se mediante 3 formas:

Normal – ausência de patologia biológica e mental séria.

Envelhecimento óptimo/bem sucedido – sob condições favoráveis


e propícias ao desenvolvimento psicológico.

Patológico – afectado por doença/patologia grave.

Demência
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Prevalência da Doença de Alzheimer

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Demência
Deriva da palavra em latim:

Dementia = perda das faculdades mentais

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Alois Alzheimer
Neuropsiquiatra alemão (1864 – 1915)

Em 1901 foi internada no Hospital Psiquiatrico de


Frankfurt uma mulher de 51 anos, August D., com sinais
de demência.

Nessa altura a demência dos pacientes idosos era


considerada normal e ligada à idade.

Alzheimer observou essa doente e fez o levantamento dos


pormenores da sua história clínica.

Em 1906 ela morre e Alzheimer faz-lhe uma autópsia


(vê placas senis constituídas por depósitos de proteínas
tóxicas entre as células nervosas.

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Definição de Alzheimer
“Doença cerebral degenerativa primária, de causa desconhecida(…),começa
de maneira insiduosa e lenta, evoluindo progressivamente durante vários
anos”

OMS

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Definição de Alzheimer

-Síndrome de declínio cognitivo e funcional, com variáveis manifestações não


cognitivas ou comportamentais associadas.

-Múltiplos domínios cognitivos estão afectados como a memória, linguagem,


praxis, cálculo, capacidade visuo-espacial e construtiva, juízo critico,
planeamento e abstracção.

-Interfere de forma significativa nas actividades da vida diária e qualidade de


vida.

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Factores de risco e protecção

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Doença de Alzheimer
Factores genéticos

-Mutações na proteína precursora da amilóide (PPA), presenilina (PS1 e PS2).


Elevado risco de DA para portadores
Explica menos de 5% dos casos de DA

-Genótipo APOE 4
Factor de susceptibilidade de DA esporádica
Aumenta o risco de doença 3x nos heterozigóticos e 15x nos homozigoticos.

Tol e al. Ver Neurol, 1999

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Demência ( DSM- IV)
American Psychiatric Association (1994)

Comprometimento da memória;
Em um ( ou mais) dos seguintes:

•Afasia ( comprometimento da compreensão, nomeação, leitura, escrita);


•Apraxia ( incapacidade para executar movimentos segundo ordens ou por
imitação);
•Agnosia ( incapacidade de reconhecimento de objectos familiares);
•Distúrbio na capacidade de execução ( comprometimento do planeamento,
organização, abstracção e atenção).

-Comprometimento no funcionamento ocupacional ou social;

-Declínio no nível prévio de funcionamento.

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Critérios Clínicos para Demência

•Critérios da NINCDS-ADRDA (National Institute of Neurological


and Communicative Disorders and stroke and Alzheimer`s Disease and Related
Disorders Association)

•Critérios para provável doença de Alzheimer;


•Critérios para possível doença de Alzheimer;
•Critérios para definitiva doença de Alzheimer;

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Critérios Clínicos para Demência

Alzheimer Provável
Presença de demência estabelecida por exame clínico, avaliação
estandardizada do estado mental.

Características necessárias:

•Défices em 2 ou mais áreas cognitivas, com agravamento progressivo


da memória e outras funções cognitivas, na ausência de delírio.
• Início entre os 40 e 90 anos
• Excluídas doenças sistémicas ou cerebrais potencialmente causadoras.

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Critérios Clínicos para Demência
Características que suportam o diagnóstico:

•Défices progressivos em funções cognitivas específicas,


como linguagem, habilidades motoras e capacidade visuo-
perceptiva.

•Incapacidade nas AVD e alteração do padrão de


comportamento.

•História familiar de doença similar

•Exames normais ou não específicos, como EEG, TAC…

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Critérios Clínicos para Demência

Características consistentes com o diagnóstico:

Alterações psiquiátricas e comportamentais;


Perda de peso
Aumento do tónus muscular, anomalias da marcha.

Características que tornam o diagnóstico improvável:

-Inicio abrupto, catastrófico


-Sinais neurológicos focais
-Crises ou alterações da marcha precocemente

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Critérios Clínicos para Demência

Alzheimer definitivo
Características clínicas de demência provável;

Confirmação histopatológica por biopsia ou autopsia.

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Diagnóstico diferencial da Demência

-Demências tratáveis ou reversíveis ( deficiências vitamínicas ácido


folico, B12; Doenças infecciosas ( sífilis, tuberculose) ou neoplásicas (
tumores do SNC)

-Estados confusionais agudos (delirium) – perturbação mental secundária


a condição médica geral.

-Depressão

-Declínio relacionado com a idade

-Declínio cognitivo ligeiro ( DCL)

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)

Critérios Clínicos para o DCL Petersen (2004b)

1.Queixas de memória, preferencialmente corroboradas por outra


pessoa
2 Défice de memória objectivo atendendo à idade e educação
3. Função cognitiva geral maioritariamente intacta
4. Actividades da vida quotidiana essencialmente preservadas
5. Ausência de demência
Delirium Demência
Inicio agudo, geralmente á noite Insidioso

Evolução flutuante Estável no dia

Duração de horas- semanas Meses a anos

Vigília anormal Geral/normal

Atenção diminuída – distracção Relativamente preservada

Orientação temporal baixa Desce nas fases tardias

Memória imediata baixa Nas fases iniciais

Pensamento delirante, desorganizado Pensamento empobrecido

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Depressão Demência

Inicio agudo, sub-agudo Inicio insidioso, progressão lenta

Défices funcionais a existirem são mais Défices funcionais são mais tardios
precoces e associados ao estado de humor

Défice mnésico subjectivo Défice mnésico objectivável


Maior consciência e verbalização dos Ausência de consciência de doença. –
défices – muitas queixas – “não sei”. minimiza os erro
Antecedentes Depressivos

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Etapas de diagnostico

-História do doente

-Avaliação do estado mental

-Avaliação laboratorial

-Neuroimagem

-Testes neuropsicológicos

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Avaliação Global ( um exemplo)

-História Social e Familiar

Avaliação:
-Cognitiva breve ( MMSE; Teste do Relógio; MoCa; BLAD)
-Neurocomportamental ( NPI; GDS)

-Funcional (Índice de Katzs; Índice de Barthel; DAD) Avaliação da


Incapacidade Funcional na Demência; Medida de Independência Funcional
(MIF)
- Medida Canadense do Desempenho Ocupacional (COPM)

-Desenvolvimento do programa individual / Plano Terapêutico

-Reavaliação periódica

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Quando fazer a avaliação
multidimensional?

•Quando avaliado pela primeira vez, para


elaboração de diagnóstico, de modo a servir de
padrão para avaliações posteriores;

•Periodicamente em intervalos regulares, uma


vez por ano;

•Sempre que o idoso esteja em situação de


risco: perdas de qualquer tipo, inicio de uma
doença, institucionalização hospitalar/ lar;

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