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Uma vez que a demência é diagnosticada, é importante fazer anamnese com paciente e
cuidados; início, duração e evolução dos sintomas; caracterizar declínio cognitivo e
funcional; avaliar e pesquisar sintomas psiquiátricos comportamentais; fatores de risco;
medicamentos em uso e excluir delirium (isso excluiria diagnóstico de demência).
Demência de Alzheimer
A fisiopatologia envolve principalmente placas senis extracelulares contendo proteína B-
amilóide e emaranhados neurofibrilares intracelulares contendo proteína tau
hiperfosforilada. Essas proteínas são os marcadores neuropatológicos mais importantes
da DA.
Admite-se que existam fases pré-clínicas da doença em que os sintomas não se
manifestam mas nas quais todas essas alterações patológicas já estejam acontecendo no
cérebro.
O quadro clínico começa mais frequentemente após os 60 anos (existem as formas pré-
senis, com evolução mais agressiva). A piora é progressiva, gradual e contínua a despeito
do TTO. A progressão é variável, entre 2 e 20 anos. O diagnóstico é via
anatomopatológico, algo que não se faz na prática clínica.
Normalmente a doença passa por uma fase leve (2 a 3 anos) que é negligenciada pela
família/paciente.
• Prejuízo de memória recente, memória remota preservada;
• Desorientação, perda de habilidades visuoespaciais;
• Anomia, dificuldade em geração de listas de palavras;
• Erros de cálculo;
• Pode ocorrer: irritabilidade, indiferença e sintomas depressivos.
Demência vascular
A fisiopatologia envolve lesões primárias hemorrágicas e/ou isquêmicas. Elas podem ser
do subtipo grandes vasos (demência pós-infarto com início agudo) e de pequenos vasos
(demência subcortical/lacuna com início subagudo que pode parecer DA).
• Avaliação funcional
- Atividades básicas e instrumentais.
• Avaliação de humor e comportamento.
Exames complementares
Os exames laboratoriais serão bastante gerais (hemograma, eletrólitos, função hepática e
renal, B12 e ácido fólico, sorologias) e com o objetivo de excluir diagnósticos diferenciais
e causas reversíveis. Podem também serem pedidos EEG e líquor (em casos específicos,
pré-senis ou rapidamente progressivos).
Tratamento
1. Controle de comorbidades e fatores de risco;
2. Suspensão de medicamentos potencialmente deletérios;
3. Manutenção da máxima autonomia possível;
4. Informação e apoio ao paciente e familiares.