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ABDOME AGUDO

KELLY RUTH RAMOS CORDOVA


KESIA PAES
LONDRINA - 2020
O É uma síndrome dolorosa aguda de intensidade variável, que
leva o paciente a procurar a Urgência e requer tratamento
imediato, clínico e cirúrgico;

Condições cirúrgicas e sua classificação do Abdome Agudo:


O Obstrutivo;
O Inflamatório;
O Perfurativo;
O Hemorrágico;
O Vascular.

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ANAMNESE
Investigar as características da dor;
Náuseas/Vômitos;
Função intestinal;
Sintomas urinários;
História ginecológica;
Febre;
Medicações em uso;
Cirurgias prévias;
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EXAME FÍSICO
Geral
Abdominal (Inspeção/Ausculta/Percussão e Palpação)
◦ Distensão;
◦ Cicatrizes;
◦ RHA abolidos, diminuídos ou aumentados;
◦ Percussão;
◦ Retraimento voluntário x involuntário;

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EXAMES
Laboratoriais:
◦ Hematológico completo;
◦ Urina I e Urocultura;
◦ Amilase/Lipase;
◦ Função hepática;
◦ Eletrólitos;
◦ Ur/Cr;
◦ ß-HCG;
◦ Fezes?

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Imagem e outros exames:
◦ Radiografia de Abdome em decúbito dorsal e uma incidência
anteroposterior em posição ortostática;
(“Rx de Abdome em pé e deitado”)

◦ Rx em decúbito lateral esquerdo com raios horizontais;


◦ Rx de Tórax posteroanterior;
◦ USG;
◦ TC;
◦ Punção;
◦ Videolaparoscopia;

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OBSTRUTIVO
Alteração estado geral;
Desidratação + taquicardia sem febre + hipotensão;
Parada de eliminação de gases e fezes;
Abdome distendido + dor tipo cólica + RHA aumentados;
RX: distensão de alças + nível hidroaéreo;
Exemplo: fecaloma, obstrução pilórica, corpo estranho, aderências.

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Tratamento
- Suporte clínico:
Hidratação
Reposição hidroeletrolítica
Descompressão gástrica
Ventilação
Estabilização hemodinâmica
Antibioticoterapia
Apoio nutricional
- Cirúrgico

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PERFURATIVO
Queda do estado + taquicardia + hipotensão + choque;
Dor em “facada”/”pontada”;
Abdome em tábua (contratura);
Desaparecimento da macicez hepática;
RX com pneumoperitôneo;
Exemplos: úlcera péptica e neoplasia perfurada.

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Tratamento
- Geral:
Aspiração gástrica
Hidratação
Tto de sepse, ventilação, analgesia
- Específico:
Etiologia da perfuração
Laparotomia
Laparoscopia
Tto da perfuração e da doença

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VASCULAR
Dor intensa em aperto (dissociação entre a queixa e o EF)
Fezes em “geleia de framboesa” (isquemia intestinal)
LDH, FA, CPK, amilase aumentadas
Acidose metabólica

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TTO: DX precoce
Embolia arterial  Embolectomia
Trombose arterial revascularização
Trombose venose anticoagulação
Isquemia não oclusiva  papaverina

Avaliar viabilidade intestinal e evitar Sd intestino curto

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INFLAMATÓRIO
Alteração do estado geral;
Febre + taquicardia;
Desidratação + vômitos;
Descompressão brusca dolorosa (DB +);
RHA diminuídos;
HMG com leucocitose (desvio pode aparecer);
Exemplos: apendicite, colecistite, pancreatite aguda, diverticulite, DIP
e abscessos;

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INFLAMATÓRIO – Apendicite aguda
Apagamento da linha do psoas;
Escoliose antálgica;
Níveis líquidos na FID;
Fases fisiopatológicas:
Pneumoapêndice; 1º Fase: Inflamatória/edematosa;
2º Fase: Supurativa/purulenta/fibrinosa;
Fecalito; 3º Fase: Gangrenosa/Necrótica/Isquêmica;
4º Fase: Perfurativa;

Sinais propedêuticos – Blumberg, Rovsing, Lennander, Obturador, Psoas e outros.

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ESCALA DE ALVARADO

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Colecistite aguda
Obstrução ducto cístico
Litíasica (95%), alitíasica (5%)
Dor HCD (* sinal de Murphy), náuseas, vômitos, febre
DX: Enzimas canaliculares e bilirrubinas, USG abdome, CPRE
TTO: Cirúrgico- Colecistectomia videolaparoscópica, antibioticoterapia curta duração.

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Pancreatite aguda
Enzimas  autodigestão do pâncreas
Etiologia: litíase biliar, etilismo, hipertrigliceridemia, idiopática
Dor abdominal em faixa no abdome superior e no dorso; vômitos, sinais de toxemia
Sinal de Cullen e sinal de Grey Turner
Dx: amilase e lipase séricas (qualitativos)
Critérios de Ranson

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Critérios de Ranson

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Escala de Balthazar
USG abdome
TC abdome *coleções e necrose

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Critérios de Atlanta

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Pancreatite aguda
TTO:
Leve = jejum, hidratação e controle da dor
Graves: suporte, sng, atb (necrose infectada e gás no retroperitônio), evitar jejum > 48h (dieta
enteral)
Cirúrgico: necrosectomias

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Diverticulite aguda
Ação erosiva do fecálito ou do aumento da pressão intraluminal perfuração e peritonite
Dor em FIE e febre persistentes / pneumatúria e infecção urinária (fístula colovesical)
EF: defesa e peritonite QIE
TC abdome e pelve (padrão-ouro)
TTO: classificação de Hinchey

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Classificação de Hinchey

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HEMORRÁGICO
Palidez cutâneo-mucosa + pulso fino e rápido + hipotensão;
Dor súbita e difusa; DB +; RHA diminuídos
Se estável: USG abdome e TC abdome
TTO: reposição volêmica
Exemplo: gravidez ectópica rota, ruptura do baço (sinal de Kehr), ruptura de aneurisma de
aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, endometriose, ruptura de
tumores hepáticos.

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Classificação do choque
hemorrágico

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Referências

1. BRUNETTI, A. et al. Abdômen Agudo. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (3): 358-
67, jul./set.
2. TOWNSEND, C. M. et al. Sabiston, tratado de cirurgia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
3. https://emedicine.medscape.com/article/171886-overview

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