Você está na página 1de 26

Assistência Nutricional nas Doenças Neurológicas e Imunes

DEMÊNCIAS (DOENÇA DE
ALZHEIMER) E DOENÇA DE
PARKINSON
DOENÇA DE ALZHEIMER

 Alois Alzheimer
 Descreveu a doença, em 1906.
 Estudou e publicou o caso da sua paciente
“Mulher saudável, aos 51 anos, desenvolveu perda
progressiva de memória, desorientação, distúrbio de
linguagem”
 Examinou o cérebro e descreveu as alterações
causadas pela doença. 2
DOENÇA DE ALZHEIMER

 Doença degenerativa, caracterizada pela perda progressiva das


funções cognitivas devido a danos no tecido cerebral. É a mais
comum forma de demência em idosos (50-70%)
 Em 2011, as estimativas indicavam 24 milhões de pessoas
acometidas pela doença no mundo
 No Brasil estima-se que 1 milhão de pessoas sofram desta
doença
 Até 2030 =>72 milhões no mundo

3
DOENÇA DE ALZHEIMER

 Os fatores de risco para desenvolvimento da DA são:


 Idade e história familiar.
 Porém, além destes fatores não modificáveis, fatores ambientais,
como estilo de vida, sedentarismo, maus hábitos alimentares e
certas patologias, dentre elas a hipercolesterolemia, diabetes,
hipertensão e obesidade

4
DOENÇA DE ALZHEIMER

Idosos sadios podem apresentar


algumas das alterações no cérebro, mas
os sintomas não são observados
conjuntamente e nem com a mesma
intensidade que na DA.

5
DOENÇA DE ALZHEIMER

 Desenvolve de forma lenta e gradual, piorando ao longo dos anos.


 Memória, pensamento, julgamento, linguagem, resolução de problemas,
personalidade...
 Podendo se tornar apáticas, agressivas ou se isolar socialmente.

 Perda progressiva e persistente das funções cognitivas (linguagem


e memória) e não cognitivas (habilidades motoras e orais)
6
DOENÇA DE ALZHEIMER

Início precoce (familiar):


Início tardio: forma mais
surgimento prematuro (< 60
comum, é caracterizada por
anos), com uma forte
acometer mais tardiamente
componente genética, e
(>60 anos) e de etiologia
representando de 1% a 6%
complexa.
de todos os casos da doença.

Ambas as formas da doença são definidas pelas mesmas


características patológicas, principalmente o decréscimo das funções
cognitivas, afetando, sobretudo, a memória recente, a linguagem,
a capacidade de julgamento, a atenção e as funções executivas. 8
DOENÇA DE ALZHEIMER - TRATAMENTO

Intervenções
Farmacológicas Nutricional
psicossociais

Neurologista/
Psiquiatra Nutricionista Psicólogo Fonoaudiólogo Fisioterapeuta
DOENÇA DE ALZHEIMER

Comprometimento da linguagem, independência e autonomia →


perda da capacidade de realizar as atividades (comer, tomar
banho e caminhar), hiporexia, dificuldade em mastigar e de
distinguir o alimento, disfagia, recusa alimentar, disgeusia, perda de
peso involuntária → desnutrição e sarcopenia → Pior
progressão da doença.
DOENÇA DE ALZHEIMER - DESNUTRIÇÃO

55,2% apresentavam risco de desnutrição,


64,6% perda de peso involuntária
55,3% redução de linfócitos
43,7% sarcopenia grave
DOENÇA DE ALZHEIMER - DESNUTRIÇÃO

 A Mini Avaliação Nutricional (MAN) é uma das ferramentas mais


utilizadas para triagem nutricional do idoso internado,
institucionalizado ou no domicílio216. Outro método muito utilizado
na prática clínica é a Avaliação Subjetiva Global (ASG).
DOENÇA DE ALZHEIMER - RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS

 De acordo o estado nutricional;


 Atentar para perda de peso e desnutrição;
 PTN: fundamental para manter a massa muscular;
 CHO: priorizar os complexos;
 LIP: priorizar mono e polissaturado e fontes de ômega 3. Evitar trans e
saturadas;
 Progressão da doença: refeições podem ser esquecidas. Monitorar!
 Vitamina e mirerais de acordo DRI
 Ofertar alimentos fontes de antioxidantes.
DOENÇA DE ALZHEIMER - RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS
DOENÇA DE ALZHEIMER - RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS

Embora ainda não exista comprovação do real benefício da dieta


mediterrânea no cérebro, seu efeito na melhoria da saúde cardiovascular,
comparado à dieta ocidental típica, parece reduzir o risco de demência e um
envelhecimento mais lento do cérebro
DOENÇA DE ALZHEIMER

Acompanhante Alimentação
Consistência
para ajudar nas saudável e
da dieta
refeições variada

Refeições
Refeições Aumentar a
coloridas e
fracionadas Dens. Kcal
fracionada

Criar rotina e Não esqueça


Avaliar
horários para de oferecer
suplementação
as refeições líquidos
DOENÇA DE ALZHEIMER - RECOMENDAÇÕES
NUTRICIONAIS

CONFORT FOOD: papel fundamental para garantir a melhor ingestão


por via oral (significa realizar refeições que tragam prazer, seja livre de
padrões pré-determinados e restrições ou controle
DOENÇA DE ALZHEIMER

Estudar, fazer jogos inteligentes, participar de atividades


em grupo são boas práticas que ajudam a proteger o
cérebro contra a degeneração natural que ocorre
conforme envelhecemos.
Dúvidas??
DOENÇA DE PARKINSON

 A DP é uma das doenças neurodegenerativas mais prevalentes,


ocasionada pela diminuição de dopamina no cérebro, que evolui
de forma crônica e progressiva

 É caracterizada pelos quatro sinais motores cardinais: tremores,


bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural, além de
outras manifestações clínicas não motoras.

 Com a progressão da DP, surgem outros sintomas, incluindo


disfagia, disartria, gastroparesia e motilidade gastrointestinal
prejudicada, fadiga, depressão e comprometimento cognitivo
RISCO DE DESNUTRIÇÃO

prevalência de desnutrição
e de risco nutricional é,
respectivamente, de
8% e 35,3%

 Podemos utilizar a Mini MAN ou o


MUST para avaliação de risco
nutricional
DOENÇA DE PARKINSON

 Existe mais risco de perda de peso/ desnutrição à medida que a


patologia avança.
 Sintomas como depressão, comprometimento cognitivo e déficits
olfativos diminuem o apetite
 Alterações na mastigação, na deglutição e na motilidade
intestinal podem afetar a ingestão e absorção de nutrientes
DOENÇA DE PARKINSON
DOENÇA DE PARKINSON

 A constipação é o sintoma não motor mais frequente. Decorre de


um processo neurodegenerativo, envolvendo o sistema nervoso
entérico e a discinesia do assoalho pélvico, associado ao efeito
colateral de certos medicamentos para DP;
 Fatores ambientais, como reduzida atividade física e hidratação,
contribuem para o agravamento do sintoma

 Tratamento: aumento da ingestão de fibras e melhor hidratação,


além do possível uso de PEG
 Estudos recentes com uso de probióticos auxiliando na melhora da
consistência das fezes > ???
REFERÊNCIAS

 BRASIL, Ministério da Saúde. Alzheimer. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/a/alzheimer#:~:text=A%20Doen%C3%A7a%20de%20Alzheimer%20(DA,neurops
iqui%C3%A1tricos%20e%20de%20altera%C3%A7%C3%B5es%20comportamentai.
 COSTA, I. Terapia Nutricional em Doenças Neurológicas - Revisão de Literatura.
Rev Neurocienc 2010;18(4):555-560.
 FALCO, A. et al. Doença de Alzheimer: hipóteses etiológicas e perspectivas de
tratamento. Quim. Nova,Vol. 39, No. 1, 63-80, 2016.
 LECHETA, D. R. et al. Rev. Nutr. vol.30 no.3 Campinas maio / junho 2017.
Problemas nutricionais em idosos com doença de Alzheimer: risco de desnutrição
e sarcopenia.
 OLIVEIRA, J. P. et al. Efeitos do ômega-3 em indivíduos com a doença de Alzheimer.
RBONE. v. 12 n. 76 (2018): Suplementar 2

Você também pode gostar