Alzheimer • A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”. Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. Epidemiologia • Apenas no Brasil, onde hoje há mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acredita-se que quase 2 milhões de pessoas têm demências, sendo que cerca de 40 a 60% delas são do tipo Alzheimer. Mas esses dados ainda são subestimados e difíceis de serem exatos, devido muitas pessoas não receberem diagnóstico correto, ou mesmo não chegarem ao médico para um diagnóstico. • A doença de Alzheimer costuma evoluir de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. Sintomas • Falta de memória para acontecimentos recentes; • Repetição da mesma pergunta várias vezes; • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais; Irritabilidade, desconfiança injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. Diagnóstico • O diagnóstico pode ser realizado através de exame clínico, neurológico e psiquiátrico, além de rastreamento neuropsicológico, exames de sangue e de imagem (Tomografia do Cérebro e Ressonância Magnética do Cérebro). Tratamento • A doença é incurável. O objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado nas fases mais precoces. • Numa doença que é progressiva nem sempre é fácil avaliar resultados. Por essa razão, é fundamental que os familiares utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas. A memória está melhor? Os afazeres diários são cumpridos com mais facilidade? O quadro está estável? O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da medicação? Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento.