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ALZHEIMER

Academico(a) Katiane Pinho Resumo


Graduando(a) em Enfermagem
pela Faculdade Mauá de Goiás Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência
E-mail: neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é desconhecida, mas
acredita-se que seja geneticamente determinada.

Orientadora: Hellen Caroline A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do


Costa Vieira sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem então
Faculdade Mauá de Goiás fragmentos de proteínas mal cortadas tóxicas, dentro dos neurônios e
Licenciada em Pedagogia e
nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa
Educação Física.
toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões
Especialista em Gestão & Tutoria e
Educação Física Escolar do cérebro, como hipocampo, que controla a memória, reconhecimento
E-mail: de estímulos e pensamento. A doença de Alzheimer costuma evoluir de
hellen.vieiraprof@gmail.com forma lenta. Ocorre a degeneração dos neurônios e acontece de forma
progressiva.
Recebido em 21/04/23

Aceito em xx/xx/xx
Palavras chaves: Alzheimer, Doenças, Neurodegenerativas.
Abstract

Alzheimer's disease is the most common form of neurodegenerative


dementia in older people. The cause is unknown, but it is believed to be
genetically determined. The disease sets in when the processing of
certain proteins in the central nervous system starts to go wrong.
Fragments of toxic, poorly cut proteins then appear inside neurons and
in the spaces between them. As a consequence of this toxicity, there is a
progressive loss of neurons in certain regions of the brain, such as the
hippocampus, which controls memory, stimulus recognition and
thinking. Alzheimer's disease usually develops slowly. The
degeneration of neurons occurs and happens progressively.
Keywords: Alzheimer's, Diseases, Neurodegenerative.

Introdução

Doenças neurodegenerativas são aquelas que causam a degeneração dos


neurônios de forma irreversível. Essas células são fundamentais para o funcionamento
do sistema nervoso. Em grande parte essas doenças, se não houver intervenção, logo no
início e um tratamento adequado, o paciente poderá perder suas funções físicas,
motoras, fisiológicas e até mesmo sua capacidade cognitiva.

O Alzheimer é uma patologia que pode ser classificada em maior ou menos


grau, ou seja, existem pacientes portadores que estão em estado inicial e ainda não
possuem comprometimento significativo da memória e das habilidades físicas, motoras
e intelectuais. No entanto existem casos em que o portador se encontra em um estado
mais tardio, com quadro demencial, por exemplo, onde na maior parte do tempo não
responde por ele, e não tem controle. Além da perda da capacidade de resolver questões
simples e coordenação motora, suas memórias oscilam, necessitando assim, de cuidados
especiais que demandam maior tempo de cuidado dos responsáveis.

As inúmeras pesquisas feitas atualmente visam conhecer um tratamento baseado


na estabilização dos sintomas. Apesar de tentar descobrir uma cura, tais estudos não
encontraram um método para a reconstrução dos neurônios e áreas afetadas pelo
Alzheimer.

Mesmo ainda não possuindo cura, meios de intervenções que ajudam a melhorar
a qualidade de vida dos portadores da doença foram desenvolvidos. Assim como os
portadores, os cuidados são afetados emocional e fisicamente pela doença e demandam
de um atendimento focado. Por isso esse estudo busca realizar um levantamento de
produções, que apresentam tipos de intervenções, como por exemplo, grupos de apoio,
que busca melhorar a qualidade de vida entre os pacientes neurodegenerativos e seus
cuidadores.

Em relação as intervenções de grupos, atualmente em instituições que acolhem


pacientes acometidos por tal patologia, nota-se que existem vários grupos que atuam de
forma direta e indireta, visando proporcionar saúde. Muitas dessas intervenções são
encontradas documentadas em materiais bibliográficos que trazem os resultados das
ações promovidas por modalidades grupais, como psicoeducacionais, grupos de apoio, e
grupos com familiares.

Metodologia

Grupo de pesquisadores validaram uma metodologia que pode revolucionar o


diagnóstico da doença de Alzheimer: exame diagnóstico criado pelos cientistas é capaz
de mapear o acúmulo de peptídeo beta amiloide (proteína encontrada na membrana
gordurosa que envolve as células nervosas).

A doença de Alzheimer é responsável por cerca de 70% dos casos de demência


neurodegenerativa em idosos, e seu diagnóstico ainda é complexo e pouco preciso,
sendo feito, na maioria das vezes por método de exclusão. Seu diagnóstico e dificultado
pelo fato de que a doença se inicia anos antes de surgirem os sintomas, como perda de
memória e dificuldade para solucionar problemas.

Em portadores da doença, esse peptídeo se agrupa de forma irregular e promove


a deposição de placas no córtex cerebral. Além disso aliado a outros exames, pode ser
uma ferramenta que possibilite melhora na precisão do diagnóstico diferencial entre
outras doenças degenerativas.

O método já foi testado em voluntários, contudo ainda não está muito disponível.

A metodologia validada por pesquisadores constituiu na reprodução do 11C-


PIB, rádio fármaco que atua como um marcador do acúmulo de peptídeo beta- amiloide
no cérebro humano. O rádio fármaco foi desenvolvido em uma universidade nos EUA,
porém o produto ainda não tem patente, sua comercialização é limitada, porque possui
meia-vida física muito curta apenas 20 minutos. Para testar o novo método diagnóstico
foram selecionados um grupo caso e um grupo controle: 17 idosos com suspeita de
Alzheimer e 19 saudáveis realizaram os exames, foram produzidos pelo software,
gráficos que mostraram a comparação das médias de ambos os grupos. A realização da
tomografia em nós voluntários utilizando o rádio fármaco é injetado na veia de
pacientes e funciona como um marcador, ligando-se temporariamente a proteína
amiloide agrupada no córtex cerebral, até que desapareça por completo. O registro da
emissão de raios gama usando equipamento de tomografia PET permite a construção da
imagem na qual as placas amiloides do cérebro daquele paciente podem ser vistas de
forma tridimensional. É preciso ter toda uma logística para que o teste seja feito antes de
o rádio fármaco desaparecer.

A escolha do tema foi por ser de grande interesse, respeitando os autores e o


assunto a ser pesquisado, o trabalho está sendo obtido através de pesquisas
bibliográfica, desde o antepassado até os dias atuais, em artigos, trabalhos acadêmicos, e
sites de pesquisas.

Resultados

Não há cura para a doença de Alzheimer, mas existem medicamentos que podem
impedir que os sintomas piorem por um período.

A doença de Alzheimer afeta cada pessoa de maneira diferente. O tempo e a gravidade


podem ser diferentes para cada pessoa, e pode ser difícil determinar em qual estágio o
paciente está, porque os estágios podem se sobrepor e servem apenas como uma
diretriz. Em muitos casos, para a simplificação, os estágios são divididos em 3 ou 4
estágios, no entanto para melhor atendimento dos sintomas da doença, encontra-se na
literatura internacional, a divisão da doença em 7 estágios.

Sintomas da doença de Alzheimer em seus 7 estágios:

 Estágio 1 - Assintomático: O primeiro estágio da doença de Alzheimer é


assintomático, apesar de já haver danos cerebrais em virtude do início do
desenvolvimento da doença. A pessoa consegue seguir suas atividades normais,
sem sinais por cerca de 10 ou 20 anos.

 Estágio 2 - Esquecimento: Nesse estágio, o principal sintoma característico da


doença de Alzheimer começa aparecer: o esquecimento. O nome de pessoas,
lugares e afins dados são esquecidos com frequência, mas a pessoa acaba não
dando importância por achar que é da idade e acaba sendo imperceptível para
quem o cerca e por exames clínicos.
 Estágio 3 - Declínio cognitivo leve: Aqui os sintomas de Alzheimer já começam
a ser percebidos pelas pessoas em volta, pois o nome de pessoas conhecidas há
pouco é esquecido junto com notícias, leituras e até o local de guarda de objetos.
Também é comum que a pessoa comece a repetir histórias e casos que acabará
de contar e pode começar a enfrentar dificuldades para realizar tarefas
domésticas e profissionais. Nesta fase, o diagnóstico precoce da doença pode ser
realizado pelo neurologista através de alguns testes clínicos.

 Estágio 4 – Declínio cognitivo moderado: No estado 4 do Alzheimer, os


sintomas começam a ficar cada vez mais evidentes, através do esquecimento de
eventos recentes e de histórias pessoais e de conhecidos ou familiares próximos.
Atividades que exijam planejamento também são encarados com maior
dificuldade, além de ter maior dificuldade em realizar contas matemáticas
simples. Alguns sinais comportamentais como, tristeza ou raiva, podem começar
a ser percebidos nessa fase, no qual o diagnóstico fica mais evidente.

 Estágio 5 – Declínio cognitivo moderado- avançado: o paciente começa a ter


dificuldades muito maiores com informações simples, como o seu próprio
endereço e outros dados de fácil memorização. A localização temporal fica
prejudicada e o indivíduo se atrapalha em saber a data do dia. Atividade simples
como escolher roupas realizar higiene básica, como se comportar em
determinados situações também ficam comprometidas. Histórias dos tempos da
juventude começam a aparecer com mais frequência.

 Estágio 6 – Declínio cognitivo avançado: Essa é uma das fases mais importantes
da doença, em que as capacidades cognitivas, motoras e emocionais do paciente
ficam bastante comprometidas. Além de esquecer de momentos importantes e
marcantes sobre si mesmo, o indivíduo perde a capacidade de situar em seu
presente problemas de sono confusão mental, irritabilidade, agressividade,
hipervigilância e pensamentos obsessivos e persecutórios podem ocorrer. Alguns
pacientes também começam a ter dificuldades motoras, não conseguindo vestir a
própria roupa ou colocar os sapatos de forma adequada. É nesta fase também
que a pessoa pode começar a ter problemas em controlar as fezes e urina,
necessitando de supervisão e cuidados constantes.
 Estágio 7 – Declínio cognitivo avançado-tardio: No último estágio da doença de
Alzheimer há um comprometimento total da integridade da pessoa ela necessita
de um tutor. Suas capacidades motoras ficam muito restritas devido à rigidez dos
músculos e articulações. Problemas para comer podem surgir pela dificuldade de
mastigar e engolir normalmente. O humor também fica completamente
comprometido, pois o paciente fica apático, e letárgico.

Considerações finais

Todos nós iremos envelhecer um dia, pois esse é o curso natural das coisas, a
vontade é de estar sempre com vigor e bem de saúde, mas nem sempre é possível, mas o
que é possível é; proporcionar momentos agradáveis, de respeito, consideração, e
empatia por familiares e até terceiros acometidos por esse mal (Alzheimer) que apesar
de não ter cura, tem tratamentos medicamentosos, e várias outras formas de cuidados
especiais, psicológicos, cuidados terapêuticos, entre outros. É necessário que todos
tenham a sensibilidade de entender que pessoas acometidas não tem culpa de nada,
como dito; a evolução dessas doenças é progressiva, e demorada, o paciente pode viver
uma vida normal, até o momento que ele precisará de apoio, então é importante que
pessoas com esse quadro na família se preparem para ter certeza de que fará a coisa
certa, os idosos são nosso legado, e é isso o que realmente importa.

A doença de Alzheimer é um distúrbio neurodegenerativo que afeta o cérebro e


causa perda de memória, declínio cognitivo e outros sintomas neurológicos. É a causa
mais comum de demência em adultos mais velhos e piora gradualmente com o tempo.
A causa exata da doença de Alzheimer não é totalmente compreendida, mas
acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de
vida. A doença é caracterizada pelo acúmulo de proteínas anormais no cérebro,
incluindo beta-amilóide e tau.
Atualmente não há cura para a doença de Alzheimer, mas existem tratamentos
disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença.
Esses tratamentos incluem medicamentos que podem melhorar a função cognitiva e
terapias comportamentais que podem ajudar a controlar o humor e o comportamento.
Além dos tratamentos médicos, também existem mudanças no estilo de vida que
podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, como manter
uma dieta saudável, praticar exercícios regularmente, dormir o suficiente e praticar
atividades mentalmente estimulantes. É importante consultar um profissional de saúde
para recomendações e orientações personalizadas.

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