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Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência no mundo atingindo aproximadamente 50


milhões de pessoas, com tendência ao aumento do número de casos devido ao envelhecimento da população.
No Brasil a estimativa é que 1,2 milhão de pessoas tenham a doença.

A demência é caracterizada pelo declínio gradual e progressivo das funções mentais como orientação, atenção,
memória, linguagem e capacidades motoras. O principal fator de risco para o seu aparecimento é a idade, sendo
a baixa escolaridade outro fator importante.

Na doença de Alzheimer o sintoma inicial é a diminuição progressiva da memória associada a prejuízo de outras
funções mentais, de intensidade suficiente para alterar o funcionamento do indivíduo, afetando sua capacidade
de realizar tarefas e interagir com outras pessoas. O quadro inicial característico consiste em dificuldade de
lembrar conversas recentes, nomes ou eventos, comunicação prejudicada, desorientação, alterações de
comportamento, agitação, insônia, agressividade, e mais tardiamente prejuízo para falar, engolir e caminhar. À
medida que a doença avança outras funções são comprometidas causando sintomas comportamentais como
agitação, insônia e delírios. Nas fases avançadas os indivíduos tem dificuldade de realizar as atividades básicas da
vida diária como tomar banho, vestir-se, comer e usar o banheiro. Nesta etapa podem ter dificuldade de
comunicação e locomoção, perdendo sua autonomia e se tornando acamados e dependentes de cuidados.

O diagnóstico é baseado na história clínica, exame do estado mental e exames de neuroimagem. Estão
disponíveis vários testes de avaliação cognitiva, que são aplicados no paciente pelo médico e que permitem
identificar o comprometimento das funções mentais. Em indivíduos com dificuldade de comunicação é
importante obter informações junto a familiares e cuidadores. Os exames de neuroimagem, principalmente
ressonância magnética, permitem identificar alterações cerebrais sugestivas da doença. A análise das proteínas
Beta-amilóde e Tau total e fosforilada no líquido cefalorraquidiano, obtido por punção lombar, também auxilia o
diagnóstico, porém é um exame invasivo. Atualmente está disponível a pesquisa destas proteínas no sangue,
facilitando o diagnóstico, porém o custo é elevado.

O tratamento é feito por equipe multidisciplinar, abrangendo vários profissionais de diversas áreas, como
psicologia, psiquiatria, neurologia, fonoaudiologia, fisioterapia. Não existe cura definitiva para a doença e o
objetivo do tratamento é retardar a progressão da doença, evitar a piora funcional e auxiliar na reabilitação do
indivíduo. É importante a orientação da família e cuidadores sobre a evolução da doença. Alguns medicamentos
disponíveis são capazes de melhorar as funções mentais, incluindo a memória, atenção e capacidade funcional
do indivíduo, porém com efeitos limitados e temporários, devendo ser introduzidos o mais precocemente
possível para que seu benefício seja mais duradouro.

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