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Transtorno neurocognitivo maior

4 minutos

Os transtornos neurocognitivos, como conceito genérico, costumam


afetar a memória, a percepção ou a resolução de problemas. Não
existe uma cura para essa doença, mas os sintomas podem ser
tratados.

Última atualização: 09 fevereiro, 2021

O transtorno neurocognitivo maior é uma doença na qual são


afetadas as funções cerebrais superiores como consequência de
um dano neuronal. Com o tempo, o paciente terá sua autonomia
afetada mesmo nas atividades mais cotidianas.

Hoje em dia, à medida que a expectativa de vida aumenta com o


consequente envelhecimento da população, o transtorno
neurocognitivo maior é considerado um problema global. Não existe
cura para essa doença, mas os sintomas podem ser tratados.

Transtorno neurocognitivo maior


Os transtornos neurocognitivos, como conceito genérico,
geralmente afetam a memória, a percepção ou a resolução de
problemas. Ou seja, as chamadas funções neurocognitivas.
:
Os distúrbios neurocognitivos mais diretos incluem amnésia,
demência e delírio. O transtorno neurocognitivo maior costuma
afetar idosos acima de 60 anos.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, existem


aproximadamente 50 milhões de casos no mundo.

Sintomas e estágios

Esse tipo de transtorno provoca uma deterioração progressiva das funções cognitivas, o que pode
afetar gravemente a qualidade de vida do paciente.

Quando se trata do transtorno neurocognitivo maior, os principais


sintomas se manifestam através de afecções em diferentes áreas da
função mental. O paciente experimenta um processo
degenerativo em sua autonomia e capacidade de realizar
atividades. Destacam-se as seguintes:

A linguagem e a percepção
A memória, o pensamento ou o juízo.
O comportamento emocional ou a personalidade do paciente.

Além disso, há vários sintomas relacionados ao transtorno que o


paciente pode sentir: alucinações, depressão, agressividade ou
delírios. No processo evolutivo do transtorno neurocognitivo maior,
podem ser diferenciados três estágios, as quais descreveremos a
seguir.
:
Talvez você queira ler também: Um grupo de cientistas afirma ter
detido a deterioração cognitiva associada ao Alzheimer

Estágio inicial da doença

Os primeiros sintomas consistem em leves e graduais


manifestações. Acima de tudo, o paciente experimenta
esquecimentos não muito frequentes, e episódios de desorientação
no tempo ou no espaço.

Fase intermediária do transtorno neurocognitivo maior

Conforme a doença se desenvolve, as manifestações se tornarão


mais evidentes. O paciente começa a precisar de ajuda mesmo
para realizar atividades habituais, como por exemplo lavar-se,
realizar compras ou pagar contas.

Além disso, o esquecimento torna-se mais sério e frequente, e os


pacientes podem ficar desorientados em sua própria casa com
episódios leves de amnésia. Dificuldades na comunicação também
podem ser experimentadas.

Estágio avançado

No estágio mais avançado do transtorno neurocognitivo maior, à


medida que ocorre um progressivo agravamento, o paciente sente
cada vez mais dificuldade na realização das atividades, podendo
até apresentar um comportamento agressivo. No final, pode ocorrer
uma dependência e inatividade total.

O Alzheimer como forma de transtorno


neurocognitivo maior
Esse é um tipo de transtorno neurocognitivo no qual, principalmente, é afetada a memória.
:
O Alzheimer é a forma mais comum de demência. De fato, esta
doença aparece em 60-80% dos casos em que o transtorno
neurocognitivo maior é diagnosticado. Atualmente não existe uma
cura direta para a doença de Alzheimer, assim como não há para
o transtorno neurocognitivo maior.

Sim, há uma série de tratamentos focados nos sintomas a fim de


melhorar a qualidade de vida do paciente. Além disso, esses
tratamentos podem retardar o desenvolvimento da doença. Até hoje,
a doença de Alzheimer é uma das prioridades da pesquisa
biomédica.

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dizer adeus ao estresse

Tratamento do transtorno neurocognitivo


maior
É necessário lembrar que o transtorno neurocognitivo maior não tem
cura atualmente. O desenvolvimento progressivo da doença é
inevitável. Sendo assim, o tratamento é focado na melhoria da
qualidade de vida do paciente.

Em primeiro lugar, deve-se mencionar a importância do trabalho


em equipe de enfermeiros, médicos e assistentes sociais, pelo
fato de ser uma desordem multifatorial.

No tratamento desse transtorno, o papel do cuidador principal é


fundamental, pois é ele quem controla a evolução da doença. É
muito importante evitar complicações, aderir ao tratamento e
monitorar os efeitos colaterais dos medicamentos.

O apoio da família será essencial, de forma que o paciente esteja


sempre acompanhado. Além disso, as terapias ocupacionais e as
:
redes de apoio podem ajudar muito o paciente.

Em muitos casos é interessante prevenir certas causas secundárias


da doença, como a hipertensão, o colesterol ou a obesidade. A ideia
é agir contra os fatores de risco que possam predispor a essas
doenças.

Em conclusão, existe uma série de tratamentos usados para


certos sintomas que podem estar associados ao transtorno
cognitivo maior. Esses sintomas são as alucinações, os delírios, a
depressão ou a agressividade, entre outros. Os medicamentos
usados nesses casos são antipsicóticos, antidepressivos e
anticonvulsivantes.

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