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COMO

VENCER AS
DROGAS

7 práticas diárias para VENCER a


desintoxicação, SUPERAR os sintomas de
abstinência e se LIBERTAR das drogas.

RODRIGO LONGO
COMO VENCER
AS DROGAS

AUTOR

RODRIGO LONGO
ADMINISTRADOR DE EMPRESAS
CONSELHEIRO TERAPÊUTICO EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA
sossobriedade@gmail.com.br

w w w . s o s s o b r i e d a d e . c o m . b r
A dependência química é uma doença
multifatorial, que envolve diversos
aspectos individuais, psicológicos e
sociais. Conhecer mais sobre a doença é
o primeiro passo para iniciar o processo
de recuperação. Neste e-book, você vai
conhecer as 3 etapas do processo de
recuperação da dependência química e 7
práticas diárias para vencer as drogas.

Mas não se preocupe se você não sabe


por onde começar!

Este material te ensinará como iniciar a


sua recuperação através de um método
já utilizado no tratamento da dependência
química, que ensina práticas essenciais
para a vida em sobriedade. Além disso,
estaremos à disposição para ajudá-lo
nessa caminhada.
SUMÁRIO

05 O que é a dependência química?


16 O que é síndrome de abstinência?
25 Comportamentos compulsivos e os Sintomas de
Abstinência Demorada (SAD)
32 Hábitos e comportamentos negativos facilitadores dos
SADs
38 O processo de recuperação
47 7 Práticas diárias para vencer as drogas
58 Onde buscar ajuda? Informações úteis
62 Sobre o autor
63 Referências

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
5
O QUE É A DEPENDÊNCIA
QUÍMICA?

A dependência química é uma doença crônica e


multifatorial de aspectos biopsicossociais, que pode
variar de acordo com o tipo de droga usada e a
frequência de uso. Isso significa que diversos fatores
podem contribuir para o desenvolvimento da dependência
química, como os fatores genéticos, psicológicos, sociais
e ambientais.

FATORES GENÉTICOS FATORES PSICOLÓGICOS FATORES SOCIAIS

- Predisposição - Obsessão
- Família disfuncional
- Tolerância - Compulsão
- Vulnerabilidade social
- Transtornos mentais

Figura 1. Fatores Biopsicossociais

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

FATORES GENÉTICOS
Predisposição: capacidade do organismo de metabolizar melhor determinada substância. Quando
isso acontece, o indivíduo pode aceitar melhor a substância com relação a outras pessoas.
Tolerância: se desenvolve naturalmente à medida que a frequência de uso vai aumentando. O
organismo vai se adaptando à droga e começa a criar resistência naturalmente, fazendo com que
seja necessário doses cada vez maiores e em espaços mais curtos de tempo, para se obter o
mesmo efeito

FATORES PSICOLÓGICOS
Obsessão: é uma doença psíquica que o dependente químico geralmente desenvolve após iniciar
o uso de drogas.
É o pensamento fixo numa única coisa, no caso a droga.

Compulsão: também chamada de fissura, é o desejo incontrolável de usar droga. Há muitos


relatos de pessoas que não queriam usar, mas não conseguiam se controlar, pois a vontade era
compulsiva, ou seja, incontrolável.

Transtornos mentais: os transtornos mentais podem favorecer o uso de drogas. Algumas


pessoas que sofrem de transtornos mentais (esquizofrenia, ansiedade, depressão, etc.) podem
encontrar nas drogas uma forma de se automedicar para aliviar os sintomas do transtorno. Porém,
os transtornos também podem se desenvolver como consequência do uso crônico de drogas.

FATORES SOCIAIS
Família disfuncional: São famílias com problemas de relacionamento. Os constantes conflitos
familiares podem favorecer o desenvolvimento da dependência química. Com a dependência
química, os relacionamentos familiares se tornam cada vez mais problemáticos se tornando um
círculo vicioso.

Vulnerabilidade social: A falta de acesso à educação, saúde, esporte e cultura contribuem para o
desenvolvimento da dependência química, bem como a exposição à ambientes com alta taxa de
consumo de drogas, violência, prostituição e criminalidade.
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Dependência química: uma doença física
Como uma doença física, a dependência química é uma doença:

 incurável,
 progressiva,
 e de término fatal.

Incurável: O organismo sofre modificações radicais no seu


funcionamento normal para poder adaptar-se ao álcool e as drogas, que
inicialmente são substâncias estranhas, intoxicantes, que com o tempo
passam a ser assimiladas diariamente.

Como o organismo se adapta àquilo que não consegue evitar, acaba


conseguindo funcionar “normalmente” com essa nova substância
circulante. Mas, como é característico também, acaba necessitando
dessa substância para poder continuar funcionando “normalmente”, já
que a partir do momento em que ocorrem modificações mais profundas
no organismo, este não conseguirá tão facilmente voltar a funcionar como
antes, e por isso exigirá diariamente a substância a qual forçadamente se
adaptou. A isto podemos chamar de dependência física.

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Mas por que Incurável?

Como toda estrutura inteligente, o organismo funciona de forma a evitar


o desperdício de energia e informação, por isso otimiza sempre o seu
desempenho, procurando não gastar tempo e energia além do
estritamente necessário.

Quando o organismo se adapta a uma substância, ele retém as


informações referentes a esta substância como, por exemplo, o tipo de
substância, a quantidade em que é ingerida (dosagem), e a frequência
de uso, o que significa que criará uma memória da substância referida.

Esta memória pode ser chamada de memória biológica, e é uma das


principais responsáveis pelo fato da dependência química ser incurável.

IMPORTANTE LEMBRAR!

A memória biológica está formada pelas


informações referentes ao tipo de substância, à
quantidade consumida e à frequência de uso.
consumo.

A memória biológica é criada naturalmente pelo organismo, e


não se tem nenhum controle sobre ela. Nada pode ser feito para
apagá-la, e é justamente esta uma das características que tornam a
dependência química uma doença incurável. 9

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Progressiva: Significa que progride, que avança. De fato, a


dependência química é uma doença progressiva porque vai se
tornando cada vez mais grave com o passar do tempo. Não é
uma doença que se estaciona num ponto determinado.

Esta progressão acontece tanto em relação ao


comprometimento pessoal do indivíduo com a
droga, quanto à quantidade e frequência do uso.

Em relação ao comprometimento pessoal pode-se observar, em


praticamente todos os casos, como a droga vai progressivamente
tomando conta de todas as áreas da vida do indivíduo. Pode
começar consumindo somente aos finais de semana e em
algumas festas, tendo um comprometimento social, familiar,
escolar e laboral mínimo, mas com o tempo a frequência
aumenta e inevitavelmente colocará em risco as suas relações
sociais e familiares, assim como o seu desempenho escolar e
laboral.

Uma vez que a quantidade e frequência de uso aumentam,


inevitavelmente se verão comprometidas as outras áreas da vida,
e cada vez num grau maior.
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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Aquele que começa a ter um desempenho laboral menor por


causa da droga, numa hora ou outra chegará a não conseguir ter
mais nenhum tipo de desempenho laboral. Aquele que vê as suas
relações familiares e sociais comprometidas por causa da droga,
chegará a perdê-las por completo.

Mas por que a quantidade e a frequência aumentam?

Qualquer pessoa que comece a fazer uso de drogas com certa


frequência, por mínima que seja (uma vez por semana, por
exemplo), desenvolverá automaticamente a chamada tolerância
orgânica.

A Tolerância se desenvolve naturalmente, sem nenhuma


participação voluntária do usuário, porque o organismo começa a
acostumar-se à droga utilizada, começa a criar certa resistência
natural que faz com que sejam necessárias doses maiores e em
espaços mais curtos de tempo para obter o mesmo efeito.

IMPORTANTE LEMBRAR!

Tolerância é: maiores quantidades em


maior frequência para obter o mesmo efeito.

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Por este motivo o dependente sente-se


naturalmente impelido a aumentar as doses Não existe uso
controlado para
normais, assim como a aumentar a frequência de quem é dependente
químico. Após a
uso. Isso ocorre cada vez mais sem que o doença estar
instalada (memória
dependente o perceba, já que o que ele busca é
biológica) e a

simplesmente o mesmo efeito. Este é também tolerância do


organismo ter se
um dos fatores que contribuem para que, em desenvolvido, o
dependente químico
alguns casos, o dependente troque a sua droga terá que permanecer
em abstinência de
de preferência por uma droga mais forte como, sua droga de
dependência, seja
por exemplo, a frequente troca da maconha pela
através de

cocaína, e desta pelo crack. medicamentos para


controlar a vontade
de usar, ou através
Esta troca acontece porque o organismo cria de um
acompanhamento
uma resistência natural à droga que faz com que profissional, terapia e
um novo estilo de
ela não consiga mais provocar o efeito desejado. vida mais saudável.

Ocorrendo esta troca, de uma droga leve por outra mais forte,

ocorre também a progressão da doença, já que neste momento

de troca a dependência química atinge um grau mais elevado no

seu caráter de doença progressiva.

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Fatal: A dependência química é uma doença de término fatal.

Por que?

Porque leva à morte, um dependente químico que não estacione


a sua doença certamente acabará morrendo por causa dela.

Mas nem todas as drogas podem chegar a provocar a morte,


ou podem?

Em termos de morte, podem ser distinguidos dois conceitos:

 a morte por overdose


 a morte por desregramento

A overdose refere-se aos efeitos nocivos diretos de uma droga


sobre o corpo, no qual interagem o potencial de ação da droga, a
quantidade utilizada e a maneira em que a droga é utilizada,
assim como as características pessoais do indivíduo e do seu
contexto.

Ou seja, há drogas que possuem um nível de toxicidade elevado,


e que por isso, se usadas em grandes quantidades, e por uma
via específica (Inalada, injetada, etc.), podem provocar a
overdose, ou seja, a morte.
Nem todas as drogas provocam overdose, as mais comuns são
álcool, a heroína, a cocaína e o crack. 13

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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Por outro lado existe também a morte provocada pelo


desregramento, isto significa, a falta de regras e organização na
vida do dependente químico. Seriam as chamadas
consequências secundárias.

Quantos tipos de morte podem ser provocados direta ou


indiretamente pela droga e o álcool?

Acidentes com carros, acidentes de trabalho, brigas, violência, e


tantas outras formas de morte que, camufladamente, encontram
no álcool ou na droga alguns dos seus principais motivos.

Isto sem falar nas doenças adquiridas tanto pelo uso da droga
(HIV, Hepatite, etc.), pelo desregramento de vida (HIV, Destes,
anemia), e pela falta de defesas do organismo causada pela má
alimentação, a falta de sono, o nível de toxicidade no organismo
(doenças oportunistas).

Desta forma, pode-se concluir que qualquer dependente químico


que não estacione a sua doença deixando de fazer uso de
qualquer tipo de droga (incluindo o álcool) muito provavelmente
se encaixará num destes exemplos dados anteriormente.
Isto não quer dizer que o dependente químico necessariamente
morrerá em idade precoce, mas sim que a sua vida será muito
mais curta do que seria de maneira natural.
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O QUE É A DEPENDÊNCIA QUÍMICA?

Como apresentado até agora, a


dependência química é uma doença
de alta complexidade e exige um
tratamento adequado, em etapas que
veremos no capítulo “O processo de recuperação”.

Por ser uma doença incurável, muitas pessoas tentam parar mas
não conseguem, passam por sucessivas recaídas e tentativas
fracassadas, mas não conseguem por não conhecerem a doença e
como ela funciona. E esse é o propósito desse e-book, ajudar as
pessoas a parar de usar drogas. Para isso vamos entender o que é
a Síndrome de abstinência e como passar por ela.

IMPORTANTE LEMBRAR!

Para vencer as drogas, é necessário a mudança


do seu estilo de vida. Hábitos e lugares de
consumo, amigos, e situações que favorecem e
estimulam o uso devem ser substituídas por um
estilo de vida mais saudável, principalmente na
fase de desintoxicação, fase que os sintomas de
abstinência surgem e podem comprometer o
processo de recuperação.

Agora que sabemos o que é de fato a dependência química,


vamos para o próximo passo: entender o que acontece
quando uma pessoa tenta parar de usar drogas. 15

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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?
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O QUE É
SÍNDROME DE
Neste capítulo você vai
aprender sobre o que é ABSTINÊNCIA?
e quais os sintomas de
abstinência mais
comuns nos diferentes  Síndrome de Abstinência Aguda (SAA)

tipos de drogas e  Sintomas comuns de abstinência

porque eles acontecem  Síndrome de Abstinência Demorada (SAD)

após a interrupção do
uso.
Síndrome de abstinência ou sintomas de abstinência é o
"conjunto de modificações orgânicas que se dão em razão
da suspensão brusca do consumo de álcool e outras
drogas”. São sinais de aviso que aparecem devido à
suspensão do uso. Estes sintomas configuram a
dependência química e uma pessoa que sofre com estes
sintomas, certamente é dependente química.

Estes sintomas podem ser físicos e psicológicos, e sua


intensidade pode variar de acordo com a droga e com o nível
de dependência da pessoa.

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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AGUDA (SAA)

São sintomas que aparecem até 72 horas após o uso, como


compulsão, tremores, vontade de desistir, irritação, dores, mal-
estar de diversos tipos. Estes sintomas variam de acordo com
a droga.

Sintomas comuns de abstinência

Na tabela abaixo, estão relacionados os sintomas mais comuns


do álcool, cocaína, crack e maconha.
Figura 2. Sintomas de Abstinência Aguda - SAA

ÁLCOOL COCAÍNA CRACK MACONHA


Tremores Fissura Fissura Fissura

Alucinações e
Paranoia Paranoia intensa Ansiedade
delírios
Instabilidade de Agitação
Convulsões Instabilidade de humor
humor psicomotora

Sudorese Irritabilidade Irritabilidade Irritabilidade

Insônia Hipersonia Hipersonia Insônia

Ansiedade ansiedade x depressão Ansiedade intensa Ansiedade

Diminuição do Diminuição do
Variação do apetite Variação do apetite
apetite apetite
Pensamentos
Tristeza e angústia Ideação suicida Angústia
obsessivos

Delirium tremes*

* Delirium Tremens é um estado de confusão mental somado com perturbações como diminuição da claridade de
percepção do ambiente, confusão, alucinações e ilusões vívidas e tremores intensos. Os efeitos físicos podem
incluir agitação, tremores, arritmia cardíaca e sudorese. Casos mais graves, com episódios de hipertermia ou
convulsões, podem resultar em morte.
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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?

Figura 3. Relação entre a interrupção do uso do álcool e o aparecimento de sintomas


como tremores, alucinações e delirium tremens.

Porcentagem de pacientes que


apresentaram sintoma de SAA
70

60

50

40

30

20

10

0
1 2 3 4 5 6 7 Dias após parar de beber

Convulsões
Hiperatividade motora e autonômica, alteração de senso de percepção
tremores

Fonte: Adaptado de Vitor e Adams, 1953 (In Trevisam e col. 1998)

Figura 4. Fases da síndrome de abstinência da cocaína

FASE DURAÇÃO CARACTERÍSTICAS


Intensa fissura em seu
início, irritação e agitação.
Até 5 dias após o uso da
FASE 1 Crash
droga
Evolui para
hipersonolência, depressão
e exaustão.
Reemergência da fissura,
concomitante a quadros
FASE 2 Abstinência Até 10 semanas após a fase 1
depressivos e ansiosos
episódicos.
Redução gradativa da
FASE 3 Extinção Até 6 meses após a fase 2
fissura.

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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?

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SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)

São sintomas menos físicos e com características mais


emocionais e psicológicas que ocorrem a partir de meses ou
anos após o uso final da droga.

A American Society of Addiction define a SAD como sendo “...a


presença de sinais e sintomas de substâncias específicas
comuns a abstinência aguda, que persistem além do tempo
esperado pelos prazos indicados de abstinência aguda.”

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Mudanças de humor: não somente a mudança de humor
normal, mas uma reação desproporcional, ou seja, muito além
do normal. Alguém que fez algo que provoca a raiva, a pessoa
pode reagir com uma intensidade maior (muita raiva), ou
emocionalmente menor que o normal (apatia).

Dificuldades com a memória: principalmente com a memória a


curto prazo (aproximadamente 30 minutos).

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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?

Ansiedade: preocupação constante com o futuro, semelhante


com a obsessão, estudada anteriormente, mas neste caso a
ansiedade pode estar relacionada com outras coisas, como
trabalho, relação amorosa, um problema específico que a
pessoa está enfrentando, entre outras coisas.

Irritabilidade: a pessoa se irrita por pequenas coisas, “tudo lhe


irrita”, semelhante às reações desproporcionais relacionadas a
mudança de humor.

Oscilação na disposição física: se cansa mais facilmente do


que o normal. Hora se sente disposto hora se sente indisposto e
cansado.

Apatia: Fisicamente e emocionalmente, não consegue ter


reações expressivas de alegria/tristeza, motivação e ânimo para
fazer as coisas.

Perturbação do sono: Tanto a insônia como a hipersonia


(sonolência excessiva). Sonhos e pesadelos com droga são
comuns nesse sintoma.

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O QUE É SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA?

Dificuldade em controlar os impulsos, resolver problemas e


tomar decisões: Agir sem pensar, falar coisas de forma
impensada e depois se arrepender, criar problemas e não
conseguir resolvê-los e ter dificuldades para tomar decisões
simples, por não conseguir ponderar situações e avaliar relação
custo/benefício das coisas.

Vontade de usar: desejo e fissura sem causa aparente. Muitas


vezes a vontade vem do nada, sem motivo específico. Sonhos
com drogas são recorrentes.

Normalmente, a Síndrome de Abstinência Demorada tem


sintomas parecidos e comuns para todas as drogas, mas não
são exatamente idênticos.

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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)
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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA
(SAD)

A recuperação da dependência química exige uma busca


contínua de manutenção do novo estilo de vida adotado.

Aquele que não busca estar envolvido com algum tipo de


atividade relacionada ao cuidado da doença e a melhoria
constante do estilo de vida (saúde física, mental, emocional e
espiritual) começa, aos poucos, experimentar os sintomas de
abstinência demorada, o que pode facilitar a recaída.

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Gonçalves (2002), em uma pesquisa realizada com dependentes
em recuperação, constatou que ”Foi preciso mudar o ambiente
(fazer coisas novas) para que o ambiente modificado (...) possa
interferir sobre o indivíduo, modificando-o”. O autor define esta
questão como ”positivamente reforçadoras” de comportamento e de
mudança de estilo de vida, a fim de prevenir recaídas.

Por isso, durante o dependente químico deve buscar todas as


ferramentas necessárias para se fortalecer, que veremos no
capítulo “Práticas diárias para vencer as drogas”, e assim começar
a lidar com os desafios e dificuldades da vida em sobriedade.
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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS www.sossobriedade.com.br

SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)

Durante o uso, o dependente químico era acostumado a lidar


com os desafios e dificuldades sob o efeito de álcool e/ou
drogas, o que só aumentavam os problemas. Agora, em
sobriedade, ele tem o grande desafio de aprender viver a sua
vida de maneira sóbria, enfrentando as adversidades e os
desafios com lucidez e serenidade.

Dessa forma, é necessário aprender um novo repertório de


comportamentos para lidar com as diversas situações da nossa
vida, em especial aquelas que temos mais dificuldades.

Skinner (1974) define repertório comportamental como sendo


um conjunto de comportamentos resultantes da história de vida
do indivíduo, de suas relações com as pessoas e com o
ambiente ao longo de sua vida.

Através desta definição, podemos dizer que os antigos


comportamentos que faziam parte do repertório do dependente
químico, em grande parte, eram decorrentes da sua vida de
adicção, que tinham como elementos reforçadores o prazer do
álcool e/ou drogas e outros prazeres ligados ao uso, como
certos ambientes, jogos, prostituição, etc.
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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS www.sossobriedade.com.br

SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)

Skinner (1974) ainda afirma que, o repertório de


comportamentos de um indivíduo é o resultado de um processo
de condicionamento do comportamento, promovido pelas
condições ambientais e seus diferentes eventos e situações
reforçadoras.

Para melhor compreensão destes conceitos, podemos resumir


este sistema através de dois modelos de comportamentos:

Exemplo 1. Modelo dos antigos comportamentos

AMBIENTE / SITUAÇÃO

DIFICULDADE DO INDIVÍDUO (ESTRESSE)

COMPORTAMENTO DE FUGA / ESQUIVA

COMPENSAÇÃO (uso de álcool e/ou drogas)

Obs.: A compensação também pode ser canalizada para outras


coisas como comida, sexo, jogos, trabalho, etc.

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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS www.sossobriedade.com.br

SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)

Agora, vejamos um exemplo de novos padrões de


comportamento.
Exemplo 2. Modelo de novos comportamentos
AMBIENTE / SITUAÇÃO

DIFICULDADE DO INDIVÍDUO (ESTRESSE)

ENFRENTAMENTO

SOLUÇÃO DO PROBLEMA / NOVAS HABILIDADES

Com este novo modo de se comportar, o indivíduo aprende a


enfrentar situações que antes não enfrentava. É claro que, um
repertório de comportamentos não é simples de aprender, leva
tempo e muitas vezes necessita da ajuda de pessoas
especializadas, o que iremos falar no capítulo “Práticas diárias
para vencer as drogas”.

IMPORTANTE!
É importante lembrar também, que nem sempre, o uso de álcool e/ou drogas está
relacionado ao estresse, problemas e frustrações. Com a rotina de uso, o dependente está
condicionado a usar automaticamente, muitas vezes sem motivo aparente, mas
simplesmente porque está em um círculo vicioso que já não requer mais um motivo
específico para usar e que já não consegue mais sair.

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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS E OS www.sossobriedade.com.br
SINTOMAS DE ABSTINÊNCIA DEMORADA (SAD)

Assim, o dependente químico deve modificar o seu ambiente e


aprender novos padrões de comportamentos, diferentes dos
anteriores, para que o ambiente modificado e as novas maneiras
de lidar com as situações possam reforçar comportamentos
adequados e que produzem consequências saudáveis, e assim
evitar os sintomas de recaída e melhorar a qualidade de vida.

Os hábitos e comportamentos, pensamentos e emoções


negativas do dependente químico, diminuem a qualidade de vida
e, consequentemente, promovem os sintomas de abstinência. O
dependente pode estar bem, sóbrio por meses ou anos, porém
se ele regredir em hábitos e comportamentos e não saber
gerenciar suas emoções os sintomas podem voltar a aparecer e
contribuir para uma recaída.

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HÁBITOS E COMPORTAMENTOS
NEGATIVOS FACILITADORES DOS SADs 32
Os hábitos e comportamentos
influenciam diretamente a nossa
qualidade de vida e a nossa recuperação,
o que pode contribuir para o aparecimento
dos Sintomas de Abstinência Demorada.

HÁBITOS E COMPORTAMENTOS
NEGATIVOS FACILITADORES DOS SADs

Os hábitos e comportamentos negativos podem ser o reflexo da


sequência anterior (Figura 1. Modelo Antigo de
Comportamentos) e a compensação como forma de aliviar o
estresse causado pelas dificuldades das situações do dia-a-dia e
do comportamento de fuga/esquiva. Por várias vezes em que o
indivíduo reprime o estresse, ele desenvolve uma série de
hábitos e comportamentos compulsivos, como forma de
compensar esse estresse e ansiedade. 33

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HÁBITOS E COMPORTAMENTOS NEGATIVOS www.sossobriedade.com.br

FACILITADORES DOS SADs

EXPLICANDO!
COMPORTAMENTO DE FUGA: comportamento emitido pela pessoa para evitar situações
desagradáveis e aversivas, como uma discussão, uma dificuldade pessoal ou uma frustração.
COMPORTAMENTO DE ESQUIVA: consequência da fuga, ou seja, após a experiência de
fuga, o indivíduo buscará se esquivar antes da situação ocorrer para não ter que fugir.

Hábitos “são aquelas atitudes, positivas ou negativas, que


repetidas uma e outra vez se tornam quase que automáticas”.
Os hábitos tornam-se tão corriqueiros na vida de uma pessoa,
que ela não precisa pensar para eles acontecerem, ou seja, ela
pratica-os sem pensar.

Kurlander (2013) afirma que:

Nos casos dos dependentes químicos estamos falando, é claro, de impotência


perante hábitos negativos. Muitos defeitos de caráter, como a mentira, por
exemplo, se tornam tão comuns na vida do dependente que chegam a se
transformar em hábitos. é o caso da pessoa que já não mente somente quando a
situação o “requer”, mas mente o tempo inteiro, mesmo nas situações mais
insignificantes.

Comportamento é definido como o “conjunto de interações


entre o indivíduo e o ambiente. Existem diversos tipos de
comportamentos, como o verbal, o não-verbal (pensamento), o
comportamento social, o comportamento de fuga/esquiva, entre
outros.
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HÁBITOS E COMPORTAMENTOS NEGATIVOS www.sossobriedade.com.br

FACILITADORES DOS SADs

Sendo assim, o grande desafio é “substituir a rotina centrada na


droga por novos hábitos.” Os hábitos devem ser revistos como
forma de evitar e controlar os “estímulos de eventos
desencadeadores do comportamento de consumo”, como afirma
Marques (2008). Isso quer dizer que estes estímulos podem
enfraquecer a pessoa que está em recuperação, e que a melhor
forma de lidar com isso é a mudança de hábitos e
comportamentos.

NOTA!
Hábitos e comportamentos como, frequentar determinados lugares, falar de determinados
assuntos que lembram a vida de adicção, lembrar das falsas conquistas como roubos,
deturpações sexuais, brigas, quantidade de drogas que usava, entre outros hábitos podem
colocar o dependente químico em contato com a sua antiga realidade e desencadear os
sintomas de abstinência demorada novamente.

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Muitas vezes esses hábitos e comportamentos são uma forma
de aliviar a tensão gerada pelo estresse e ansiedade, mas que a
longo prazo podem provocar sintomas de abstinência e uma
possível recaída, ou seja, comportamentos que produzem
problemas a longo prazo em troca do alívio imediato e
momentâneo.

Estas ações produzem intensa excitação e euforia, seguida por


dor e desconforto.

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HÁBITOS E COMPORTAMENTOS NEGATIVOS www.sossobriedade.com.br

FACILITADORES DOS SADs

Dentre os hábitos e comportamentos, pensamentos e emoções, destacam-se os


que mais influenciam na recuperação e que podem contribuir com o reaparecimento
dos Sintomas de Abstinência Demorada:

Hábitos e comportamentos

 Mentiras;
 Manipulações;
 Vida sem regras, organização e disciplina;
 Impaciência (não saber adiar prazeres, querer tudo para agora);
 Procrastinação (deixar tudo para depois, adiar compromissos importantes).
 Álibis/justificativas (está sempre tentando justificar os erros para se esquivar das
consequências);
 Reclamações excessivas sobre tudo (não está contente com nada, tudo parece
estar ruim, demonstra grande insatisfação e descontentamento com tudo);
 Embalismo (fazer as coisas por influencia dos outros, não ter opinião própria).

Pensamentos e emoções

 Intolerância a frustração (querer tudo do seu jeito, reação desproporcional


quando as coisas não saem como esperava);
 Pensamento fixo (obsessão) em uma única coisa, normalmente que proporciona
muito prazer ou alívio de um desconforto/tensão;
 Hipersensibilidade (se magoa facilmente e com qualquer coisa);
 Falta de aceitação (não aceita a realidade como ela é, sempre tenta ajustar a
realidade, pessoas e situações conforme as suas necessidades);
 Ingratidão (causadora das reclamações excessivas).

Estes hábitos e comportamentos podem ser uma forma de compensar o


desconforto gerado pelos sintomas de abstinência, como podem também ser uma
consequência destes sintomas, podendo assim, iniciar um processo de recaída.

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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

Como vimos anteriormente, a dependência química é uma doença


incurável e envolve diversos aspectos individuais, sociais e
ambientais. Dessa forma, a recuperação tem 2 objetivos básicos:

 Parar a doença
 Recuperar a pessoa

Esses objetivos estão intimamente relacionados e se


complementam entre si, o que quer dizer que um não ocorre sem
o outro e vice-versa. Para que aconteça a recuperação da pessoa
é preciso manter a abstinência, mas só será possível manter a
abstinência se houver uma genuína e efetiva recuperação pessoal
(hábitos e comportamentos). 39

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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

O processo de recuperação pode ser dividido em 3 etapas:

Figura 5. Etapas do processo de recuperação

DESINTOXICAÇÃO CONSCIENTIZAÇÃO RECUPERAÇÃO


(0 a 3 meses) (tempo indeterminado) ESTÁVEL

Desintoxicação (0 a 3 meses): período em que o organismo


está eliminando a substância do corpo. É nessa fase que os
sintomas de abstinência aguda são mais intensos, por isso, toda
forma de proteção é válida, como não frequentar os lugares de
consumo, evitar os companheiros de uso e se privar de
quaisquer situações que possam estimular a recaída.

Nesta fase, é sugerido buscar ajuda profissional como um


psicólogo, terapeuta, grupos de apoio e medicamento prescrito
por um médico para aliviar os sintomas de abstinência e a
vontade de usar drogas.

SUPORTE!

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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

DICAS PARA A DESINTOXICAÇÃO!


Alimentação: ter uma boa alimentação pode ajudar na fase de
desintoxicação. Alimentos como beterraba, brócolis, espinafre e
limão. BEBA MUITA ÁGUA! O organismo quando hidratado, repele
com mais facilidade as substâncias.

Sono regular: ajuste seu hábito de sono, não durma demais e


nem de menos, mas o adequado (8 horas). Começar a criar novos
hábitos saudáveis ajudam a passar pela desintoxicação sem
sofrimento excessivo.

Pratique atividades físicas: as atividades físicas produzem e


liberam endorfina no organismo, o que melhorar o bem-estar,
melhoram o sono e alivia o estresse e a ansiedade. Pratique
atividades físicas!

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O processo de desintoxicação exige boa vontade, motivação e


dedicação para que a adaptação com o novo estilo de vida
tenha sucesso. Utilize estas dicas para que esta fase seja
superada sem sofrimento excessivo e para criar os recursos
físicos, psicológicos e emocionais necessários para iniciar a
próxima etapa: a etapa da conscientização.
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Conscientização (tempo indeterminado): não há tempo
determinado para a etapa da conscientização. Este é um período
crítico de compreensão da própria personalidade, dos hábitos e
comportamentos e da realidade que a pessoa está vivendo.
Algumas pessoas não conseguem avançar nesta fase ou tem
muitas dificuldades, pois não conseguem aceitar a condição em
que se encontram, muito menos os hábitos e comportamentos
que as levam ao uso de álcool e drogas.

Por isso não há tempo determinado, pois depende do quanto a


pessoa esteja disposta a ouvir e aceitar e o quão aberta ela está
para as mudanças necessárias durante o processo de
recuperação.
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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

Por mais que a situação esteja mostrando a realidade, o


dependente não consegue associar os seus comportamentos
com a adicção, ou seja, ele acredita que uma coisa não tem nada
a ver com a outra, e que o uso de drogas é “falta de vergonha na
cara” e que é só ter “força de vontade” que ele consegue parar.

Mas sabemos que a dependência química é uma doença


incurável e que não basta só força de vontade, mas estratégias
bem delimitadas e com objetivos concretos de recuperação.

É preciso olhar para si mesmo, aceitar as próprias fraquezas, ver


o que não via antes e ter ciência do que te leva às drogas e do
que pode te proteger delas.
Por isso, é crucial seguir um programa de recuperação e não
contar somente com a força de vontade, mas com todos os
recursos disponíveis e toda ajuda possível.

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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

DICAS PARA A CONSCIENTIZAÇÃO!


Busque ajuda profissional: tomar ciência dos próprios hábito e
conhecimentos parece simples, mas não é tarefa fácil. Por isso,
busque ajuda profissional com um psicólogo, terapeuta, etc.

Participe de grupos de apoio: os grupos de apoio são


importantes tanto para criar vínculos de recuperação, como para
aprender com outras pessoas que já estão nesse processo há
mais tempo. É uma ótima forma de identificar padrões de
comportamentos negativos, através da experiência vivida por
outras pessoas. Os dois grupos mais conhecidos são Alcoólicos
Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos.

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“O processo de admissão da doença, de reconhecer


as próprias fraquezas e limitações é uma das tarefas
mais complicadas e doloridas que uma pessoa pode
desenvolver, mas ao mesmo tempo é libertadora, é
aliviante e depois de um tempo, a sensação é de
que a pessoa se libertou de um fardo que
carregava durante anos.
Vale a pena viver essa experiência!”

44
Recuperação estável: nessa etapa, a recuperação se torna
mais tranquila e a pessoa começa a colher bons frutos, resultado
de seu esforço e de sua superação. As etapas mais difíceis e
dolorosas já passaram, a desintoxicação e a conscientização. Na
recuperação estável, a pessoa experimenta a sensação
libertadora de não ser mais escravo da droga. É uma fase muito
edificante de vida, coisas boas começam a acontecerem, pois o
processo de recuperação foi construído em cima de uma base
sólida, com estratégia e planejamento de vida, considerando as
principais mudanças necessárias, descritas anteriormente.

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O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO

Mudanças como melhora na saúde física, mental e emocional,


confiança da família, novos amigos e novos grupos e
principalmente a motivação pela vida e por novos
empreendimentos pessoais são comuns nessa etapa. Em outras
palavras, a pessoa retoma o gosto pela vida e começa a acreditar
que é possível viver sem a droga, pois enxerga uma vida melhor
sem ela.

Na recuperação estável, a vontade de usar drogas se torna cada


vez menos frequente, e mesmo quando a vontade vem, a pessoa
não quer mais usar por vontade própria, pois ela cria recursos
internos e externos para driblar a vontade.

DICAS PARA A RECUPERAÇÃO ESTÁVEL!


Manutenção: após todas as conquistas obtidas no processo de
recuperação, é fundamental a manutenção destas conquistas.
Muitos acreditam que depois de terem chegado a esta altura do
processo de recuperação nada mais pode abalar a forte estrutura adquirida.
Desta forma muitos dependentes químicos se tornam omissos nas suas
obrigações relacionadas à própria recuperação, considerando terem chegado
aonde pretendiam chegar.
A manutenção é a principal ferramenta da recuperação, pois é ela que garante a
continuidade do processo. Continue frequentando grupos de apoio e continue
buscando ajuda profissional sempre que precisar. A recuperação é para a vida toda!

QUER MAIS DICAS DE MANUTENÇÃO? FALE CONOSCO!

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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA
VENCER AS DROGAS 47
7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER
AS DROGAS

Vimos até aqui, o que é a dependência química, suas principais


características, os sintomas de abstinência, e os hábitos e
comportamentos que estão envolvidos tanto no processo de
progressão da doença, quanto na sua recuperação. Agora, vamos a
prática!

Vamos conhecer as principais práticas diárias para uma pessoa se


libertar das drogas e melhorar a sua qualidade de vida, de modo que
a droga não tenha mais função em sua vida.

É importante considerar que nem todas estas práticas depende


exclusivamente do dependente, e muito menos, ele vai conseguir
realizar todas as mudanças sozinho. Então, aí vai a primeira dica: o
grande segredo para vencer as drogas é pedir ajuda, não querer
fazer tudo sozinho e achar que já sabe tudo o que precisa! 48

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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Busque ajuda profissional

A ajuda profissional é essencial para iniciar o processo de recuperação.


Grande parte das mudanças e práticas que vamos apresentar aqui será
necessário a ajuda externa de um profissional especializado em dependência
química, grupos de apoio, em alguns casos, se for necessário, uma
internação por um período curto de tempo para que a desintoxicação seja
feita com sucesso. É difícil iniciar um processo de mudança sozinho, se o
dependente soubesse realizar todas estas práticas,
não teria comprado este e-book e não estaria usando
álcool e/ou droga.
Algumas ajudas profissionais que recomendamos são:

 Psicólogo especializado em dependência química;


 Médico psiquiatra;
 Grupos de apoio (Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos);
 Clínica de recuperação (tratamento sob regime ambulatorial de
internação);
 Comunidade Terapêutica (tratamento sob regime residencial de
internação;
 CAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas

Estas são algumas dicas de ajuda profissional disponíveis, porém, cada uma
delas tem suas características e singularidades. Procure as que mais
satisfazerem as suas necessidades e oferecerem um programa que esteja
adequado com o que você procura. No capítulo “Informações Úteis”
relacionamos alguns links para facilitar a sua busca.
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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Fortaleça a autoestima

Entende-se por autoestima um conjunto de


sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre
seu próprio valor, competência e adequação,
ou seja, uma autoavaliação global que se
reflete em uma atitude positiva ou negativa em relação a si mesmo. É a forma
como o indivíduo se valoriza, o valor real que sente que possui de fato, o
modo como ele vivencia a experiência de ser ele mesmo.
Com o uso crônico de álcool e/ou drogas a autoestima fica totalmente
comprometida, e você vai ter que recuperá-la, desenvolvê-la, ajustá-la.

 Desenvolver as habilidades e qualidades (use o seu potencial que ficou


em desuso por causa da dependência, retome algo que você parou de
fazer, como hobbies, esporte, música, etc.);
 Valorize e reforce suas boas ações e conquistas e não espere que as
pessoas façam isso. Comece a reconhecer o que você faz de bom;
 Evite situações e pessoas que colocam você para baixo e estimulem
sentimento de inferioridade;
 Procure situações que te deixam feliz e esteja ao lado de pessoas que
enxergam coisas boas em você, que acreditam em você e no seu
potencial;
 Enxergue as dificuldades com algo a ser superado, não como algo
impossível de ser realizado. Comece a creditar em você mesmo.

A autoestima se desenvolve a partir de como o indivíduo sente-se enxergado


no meio em que vive, por isso, esteja ao lado de pessoas que te deixam pra
cima, feliz e valorizado.
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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Mude a sua forma de pensar

Alguns pensamentos são grandes sabotadores da nossa vida. Muitos deles


norteiam as nossas emoções e as nossa ações. Os pensamentos interferem
diretamente na nossa autoestima, nossa recuperação e na nossa vida como
um todo.

Outro fator importante, são os pensamentos daquilo que temos como verdade
absoluta e que acreditamos que funciona para nós, mas que nunca nos
questionamos se isso realmente é verdade e acontece de fato. Por exemplo, o
pensamento desonesto, de que tiramos vantagem do outro ou da situação e
que nos damos bem sempre desse jeito. O pensamento ilusório de que basta
controlar o uso de álcool e/ou drogas, de que “eu consigo ter o controle”, os
outros não tem, mas eu tenho. Muitos não conseguem para de usar ou
recaem por causa deste pensamento, de que ele é forte, os outros não são.

 Reforce pensamentos como: “tenho que ser honesto comigo mesmo”,


“estou me manipulando?”, “porque estou pensando isso”;
 Pense na ação x reação e causa x efeito, por exemplo, “se eu fiz isso qual
será a consequência?”. Agir sem pensar é ser impulsivo e traz
consequências danosas para a nossa vida;
 Ocupe satisfatoriamente o tempo para evitar os pensamentos obsessivos.

Muitas pessoas desistem do processo de recuperação por não saberem lidar


com os pensamento obsessivos pela droga. Elas se autossabotam, se
manipulam
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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Analise seus sentimentos e emoções

O sentimentos e emoções norteiam grande


parte das nossos pensamentos e ações.
Afeto é estado psicológico que o ser humano
experimenta perante alguma situação ou pessoa, como a ansiedade, medo,
angústia, carinho, amizade, amor. Emoção é a manifestação física do afeto,
como por exemplo: “gelo na barriga”, sudorese, tremores, choro, riso,
palpitações, e tantas outras formas através das quais o nosso corpo nos
informa, o quanto estas situações ou pessoas são agradáveis ou
desagradáveis para nós. Sentimento é a junção do afeto com a emoção, ou
seja, uma experiência muito significativa que pode influenciar diretamente a
nossa maneira de enxergar as coisas e se comportar de uma determinada
maneira. Assim, buscar a autoanálise como forma de adquirir
autoconhecimento, é fundamental para o processo de recuperação.

 Supere os sentimentos e emoções negativas (raiva, inveja, vingança,


culpa, ressentimentos, intolerância, frustração);
 Procure um psicólogo para ajudá-lo a lidar com os seus sentimentos e
emoções. A psicoterapia é um ótimo recurso para dar um novo significado
para sentimentos negativos enraizados há muito tempo;
 Pratique boas ações como forma de alimentar sentimentos e emoções
positivos;
 Repare erros do passado para se libertar de mágoas e ressentimentos;
 Evite ambientes, situações, pessoas e conversas negativas e pessimistas;

É importante lembrar que, quando se trata de sentimentos e emoções, é


sempre aconselhável buscar ajuda profissional.
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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Desenvolva suas habilidades sociais

As habilidades sociais ´são repertórios de


comportamentos poderosos que auxiliam na
recuperação. Ser habilidoso socialmente
aumenta as chances de consequências
agradáveis, minimizam as desagradáveis e auxiliam
na solução de conflitos que vivenciamos no dia-a-dia. Isso melhora a nossa
qualidade de vida, e consequentemente, melhora a vida em sobriedade,
prevenindo a pessoa de uma possível recaída.

 Busque defender seus interesses de forma clara e assertiva (valorize o


diálogo);
 Exija seus direitos sem negar os dos outros (seja empático e desenvolva a
tolerância);
 Faça elogios às outras pessoas;
 Aprenda a fazer críticas construtivas;
 Quando precisar de ajuda, PEÇA!
 Não crie expectativas demasiadas com relação ao comportamento das
outras pessoas;
 Aprenda a enxergar as coisas através de múltiplas perspectivas.
Abandone a sua verdade absoluta e aprenda a ter um plano B;

Estas habilidades podem ajudar você a melhorar seu convívio com as outras
pessoas, obter êxito na solução de conflitos e abrir novas portas, seja para
novas amizades, novas oportunidades profissionais ou para reatar vínculos
destruídos pela adicção.

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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

Evite vínculos dependentes

A dependência do vínculo ou codependência é considerada uma doença


emocional que pode afetar toda a família do dependente químico.
Normalmente, o codependente pode ser a esposa, mãe, pai, irmãos ou
alguém que convive diretamente com o dependente químico.

O codependente acaba vivendo em função do dependente químico,


controlando a sua vida, fazendo coisas que, por causa da doença ele não
conseguia mais fazer, não conseguia mais cumprir com suas
responsabilidades, porque ele perdeu o controle, e isso é extremamente
prejudicial para a recuperação, além de perpetuar a doença. Na recuperação
romper com estes vínculos é de fundamental importância. Romper não
significar não conviver mais com o codependente, mas mudar a forma como
se relaciona com ele. Para isso, é necessário fazer algumas mudanças, tais
como:

 Não deixe que os outros façam por você. Cumpra as suas


responsabilidades;
 Seja seguro e independente.
 Comece a tomar decisões;
 Quando tiver um problema, peça ajuda, mas de preferência para outra
pessoa.
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Fortalecimento pessoal

Anteriormente, falamos da importância de desenvolver a autoestima, a


estrutura psicológica e mental. Quando estas estruturas estiverem
fortalecidas, é preciso fortalecê-las constantemente, como forma de manter a
qualidade de vida e sobriedade. Para isso, daqui em diante relacionamos as
mudanças necessárias para a manutenção da estrutura de vida conquistada.
Quando falamos de fortalecimento pessoal, devemos pensar que nós seres
humanos somos constituídos por 4 estruturas básicas: estrutura física, mental,
emocional e espiritual. Assim, devemos fortalecer estas 4 estruturas para ter
uma vida plena e de qualidade. Abaixo seguem algumas dicas para você
praticar no dia-a-dia:
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7 PRÁTICAS DIÁRIAS PARA VENCER AS DROGAS

 Assuma responsabilidades e papéis de compromisso;


 Fortaleça a autoconfiança e a segurança, cumprindo as responsabilidades
e exercendo os papéis de compromisso (não desistir na primeira
dificuldade);
 Trace metas e objetivos;
 Encare os fracassos como aprendizado e como uma oportunidade de
crescimento;
 Aceite e peça ajuda aos outros quando necessário;
 Evite o sedentarismo e a apatia. SEJA ATIVO!
 Pratique atividades físicas (as atividades físicas proporcionam a sensação
de bem-estar, diminui a ansiedade e o estresse);
 Tenha uma alimentação equilibrada. Evite a compulsão alimentar;
 Pratique o hábito da leitura;
 Frequente grupos sociais saudáveis, de preferência que não tenha a rotina
de consumo compulsivo de álcool e drogas;
 Se você tem um religião, busque reviver a sua espiritualidade e dar
sentido a ela, participando ativamente da comunidade a qual você
pertence;
 Busque resolver seus conflitos com outras pessoas. Grande parte das
razões que levam uma pessoa a usar drogas, são os problemas nos
relacionamentos.

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Existem muitas alternativas para o tratamento da dependência
química. Relacionamentos aqui, diversas informações, recursos,
práticas diárias que certamente irão ser bastante úteis no seu dia-
a-dia de recuperação. É importante lembrar que a motivação por
ficar sóbrio e a dedicação diária é a condição básica para que o
processo de recuperação seja alcançado com êxito. Na próxima
página selecionamos algumas informações úteis para você!
Se você precisar de ajuda para iniciar a sua recuperação, entre em
contato conosco. Iremos ajudá-lo com prazer!

SOS SOBRIEDADE
QUER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
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ONDE BUSCAR AJUDA?
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WEBSITES

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www.antidrogas.com.br
www.febract.org.br
www.confenact.org.br
www.mundosemdrogas.org.br

PROGRAMAS DO GOVERNO

Programa Recomeço
Políticas sobre Drogas
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD)
Ministério da Saúde – Portal da Saúde
CAPS – Centro de Atenção Psicossocial

GRUPOS DE APOIO

Alcoólicos Anônimos (AA)


Alcoólicos Anônimos para familiares (Al-Anon)
Narcóticos Anônimos (NA)
Narcóticos Anônimos para familiares (Nar-Anon)

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INFORMAÇÕES ÚTEIS

CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO E COMUNIDADES TERAPÊUTICAS NO BRASIL

Acre (AC) Paraíba (PB)


Alagoas (AL) Paraná (PR)
Amapá (AP) Pernambuco (PE)
Amazonas (AM) Piauí (PI)
Bahia (BA) Rio de Janeiro (RJ)
Ceará (CE) Rio Grande do Norte (RN)
Distrito Federal (DF) Rio Grande do Sul (RS)
Espírito Santo (ES) Rondônia (RO)
Goiás (GO) Roraima (RR)
Maranhão (MA) Santa Catarina (SC)
Mato Grosso (MT) São Paulo (SP)
Mato Grosso do Sul (MS) Sergipe (SE)
Minas Gerais (MG) Tocantins (TO)
Pará (PA)

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CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO E COMUNIDADES TERAPÊUTICAS NO BRASIL

Acre (AC) Paraíba (PB)


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Amapá (AP) Pernambuco (PE)
Amazonas (AM) Piauí (PI)
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Ceará (CE) Rio Grande do Norte (RN)
Distrito Federal (DF) Rio Grande do Sul (RS)
Espírito Santo (ES) Rondônia (RO)
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AUTOR

Rodrigo Longo é formado em Administração de Empresas e


idealizador do blog SOS Sobriedade.
É conselheiro terapêutico formado pela Federação
Latinoamericana de Comunidades Terapêuticas (FLACT) e
possui diversos cursos em dependência química. Atualmente
é coordenador interno na Comunidade Terapêutica Nova
Jornada, onde atua no tratamento da dependência química,
na elaboração de métodos de tratamento e realiza diversas
palestras, cursos e treinamentos de equipe.

É um incansável pesquisador sobre o assunto e sua paixão é


poder ajudar as pessoas a se libertarem das drogas!

Se você quiser saber mais informações sobre mim e o meu trabalho,


acesse o blog www.sossobriedade.com.br

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REFERÊNCIAS

ALCOÓLICOS ANÔNIMOS. Os Doze Passos. Disponível em:


<http://www.alcoolicosanonimos.org.br/36-principios/os-doze-passos.html>. Acesso
em 30 dez. 2013.

GONÇALVES, F.C.L.; GONÇALVES, M.J.L.; GUARANY, M.A. Dificuldades para


abandonar as drogas: Uma comparação de relatos de egressos de sistemas de
tratamentos fechado e aberto. Belém: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da
UNAMA , 1999.

KURLANDER, Pablo Andrés. Os Doze Passos na Comunidade Terapêutica.


Disponível em: <http://www.novajornada.org.br/estagio.html>.

LIMA, Débora Silva de. Alcoolismo no trabalho: Uma percepção sobre as condições
do servidor alcoolista. Brasília: Universidade de Brasília, 2009.

MARQUES, Kátia Indira da Graça. Dificuldades na manutenção da abstinência nos


toxicodependentes em tratamento. Santiago: Campus Universitário da Cidade da
Praia, 2008. Disponível em:
<http://bdigital.unipiaget.cv:8080/jspui/bitstream/10964/98/1/Katia%20Marques.pdf>.

MILBY, J.B. A dependência de drogas e seu tratamento. São Paulo: Pioneira, 1988.

SKINNER, Burrhus Frederic. About behaviorism. New York: Alfred A. Knopf, 1974.

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