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1. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas
tinham se tornado incontroláveis.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das
nossas falhas.
9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando
fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.
Não importa o que ou quanto nós usávamos. Em Narcóticos Anônimos, estar limpo
tem que vir em primeiro lugar. Percebemos que não podemos usar drogas e viver.
Quando admitimos nossa impotência e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas
(Sempre lembrando que admitir é diferente de aceitar, admito que sou adicto, mas
não aceito que preciso de ajuda. Mas só adquirimos a aceitação na última fase do
processo de luto), abrimos a porta da recuperação. Ninguém conseguia nos
convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos que admitir. Quando algum
de nós fica em dúvida, ele se pergunta: “Posso controlar o uso de substâncias
químicas que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?’’
A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o
resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período.
Impotência significa nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar,
como podemos nos iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temos
escolha,” mostramos a incapacidade de parar de usar, mesmo com a maior força de
vontade e o desejo mais sincero. No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de
tentar justificar nosso uso.
Estando limpos e trabalhando este passo, somos libertados dos nossos grilhões. Entretanto,
nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste passo;
aprendemos a vivê-los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos oferecer.
Encontramos esperança. Podemos aprender a funcionar no mundo em que vivemos.
Podemos encontrar sentido e significado na vida e sermos resgatados da insanidade,
depravação e morte.
Ao admitir que não temos poder sobre a adicção, completamos a primeira parte do
Passo Um, se pararmos aqui, saberemos apenas meia verdade (Somos mestres em
manipular a verdade). Ao admitir a incapacidade de administrar nossas próprias vidas,
completamos a segunda parte do Passo Um. Agora acabamos de abrir a porta para
que um Poder Maior do que nós, nos ajude. Não é onde estávamos que importa,
mas, para onde estamos indo!
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PASSO DOIS
‘’Viemos acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.’’
Este passo abrange também dois conceitos: PODER SUPERIOR E SANIDADE. Para
grande parte dos DQs a noção de ‘’Deus’’ está profundamente distorcida e
desalinhada, seja pela descrença, seja pela fé cega e inoperante. Com base nisso Bill
e Bob (Fundadores de Narcóticos Anônimos) denominaram como ‘’Poder Superior’’ e
não ‘’Deus’’ está força sobrenatural que irá fortalecer-nos, nos primeiros passos da
vida em sobriedade. ‘’Deus’’ envolveria todos os preconceitos existentes, enquanto
‘’Poder Superior’’ consistiria em um termo neutro, sendo possível ser construído
pela primeira vez pelo DQ em recuperação, o que lhe garante maior liberdade e
menos reservas.
O Passo Um, deixa-nos a necessidade de acreditar em algo, que nos ajude com a
impotência, inutilidade e desamparo. Deixando também um vazio a ser preenchido,
sendo este um dos propósitos do segundo Passo.
Ao pararmos de usar drogas, começamos a sentir a dor de viver sem elas ou algo que
as substitua. Sendo assim, a dor nos força a busca por um Poder Superior maior do
que nós, que possa aliviar nossa obsessão de usar. A compreensão do nosso Poder
Superior fica a nosso critério. Os únicos critérios são que ele seja amoroso,
cuidadoso e maior do que nós. Não há necessidade de ser religioso, o importante é
abrirmos nossas mentes para acreditar. Ao ver funcionando na vida de outras
pessoas, começamos a ver evidências de um Poder que antes não podia ser
explicado completamente. Diante disso, começamos a aceitar um Poder maior que
nós. Podemos utilizar esse Poder muito antes de compreendê-lo. À medida que
vemos coincidências e milagres acontecendo em nossas vidas, a aceitação se
transforma em confiança. Ao aprendermos a confiar nesse Poder, começamos a
superar o nosso medo da vida. Precisamos aceitar este Passo para começarmos a
trilhar o caminho da recuperação. Quando nossa crença estiver fortalecida,
estaremos preparados para o Passo Três.
Princípios espirituais do Passo Dois: Mente Aberta, Boa Vontade, Fé, Confiança e
Humildade.
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PASSO TRÊS
‘’Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós O
compreendíamos.’’
Muitos dizem entregar suas vidas e as suas vontades aos cuidados de seu Poder
Superior, mas na hora de renunciar algo que realmente gostam, decidem que aquilo
não é tão importante e, portanto, não precisa ser cuidado pelo Poder Superior
(Entrega de manhã, pega de volta à tarde). Fazendo apenas a entrega das coisas
insignificantes, e as realmente importantes resolve segundo a sua vontade. Sendo
assim, os resultados continuaram sendo os mesmos.
O terceiro Passo, não diz que: ‘’ Entregamos nossas vontades e nossas vidas aos
cuidados de Deus’’ diz que: ‘’ Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos
cuidados de Deus’’. Nós decidimos, não foram as drogas, nossas famílias, uma
autoridade, um juiz, um terapeuta ou um médico. Pela primeira vez, desde aquela
onda, tomamos uma decisão por nós mesmo.
‘’Tome minha vontade e minha vida. Oriente-me na minha recuperação. Mostre-me
como viver.’’ O alívio de ‘’abrir mão e entregar a Deus’’ ajuda-nos a desenvolver uma
vida que vale a pena viver.
PASSO QUATRO
Representa: ‘’Nosso esforço enérgico e meticuloso para descobrir quais foram, e são,
esses obstáculos em cada um de nós. Queremos descobrir exatamente como,
quando, e onde nossos desejos naturais nos deformaram’’
Devemos ter muita coragem para nos mostrar como realmente somos. Quando se
trata de falar sobre as próprias conquistas, caprichamos nos detalhes, mas quando o
assunto é nossa derrota, escasseiam-se as palavras.
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PASSO CINCO
‘’Admitimos a Deus, a nós mesmo e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas’’
Uma vez que concluído o Passo anterior (A escrita do inventário pessoal), segue o
momento da partilha deste inventário. Que pode ser tanto amedrontador como
libertador.
Tendo este Passo duas finalidades: o desabafo (a libertação de muitos dos fantasmas
do passado, que nem se imaginava lembrar/falar sobre eles algum dia) e o retorno (a
devolutiva que o(s) padrinho(s) dará após a conclusão do inventário, relacionando os
principais pontos da sua história, assim como as principais características de
personalidade, que contribuíram para o desenvolvimento do DQ. É claro que se esse
padrinho tiver alguma formação específica, além da própria experiencia pessoal, este
retorno pode se enriquecer ainda mais.)
PASSO SEIS
‘’Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter’’
Mas antes de focar nestas modificações anteriores, este Passo aborda novamente a
relação já estabelecida com o Poder Superior. A fé deve estar mais madura, muito
mais do que quando foi feita a entrega no 3* Passo, agora a exigência é uma ação
conjunta com o Poder Superior.
O Passo Seis nos ajuda a caminhar numa direção espiritual. Por sermos humanos,
nós nos desviamos do caminho. A rebeldia é um defeito de caráter que nos prejudica
nesse ponto, não precisamos perder a fé quando ficamos rebeldes. A rebeldia pode
provocar indiferença ou intolerância, que poderão ser superadas com esforço
persistente. Continuamos pedindo Boa vontade. Fé, Humildade e Aceitação acabarão
por substituir o orgulho e a rebeldia.
Uma vez que reconhecidas as falhas no 4* e 5* Passos, e decidido realizar uma ação
conjunta com o seu Poder Superior, o DQ está pronto para solicitar humildemente
que Este o ajude, já que a sua parte já foi feita.
‘’A humildade se torna uma virtude, já que somente quem pode apreciar as próprias
fraquezas, pode se prevenir e tentar modificá-las, e assim tornar-se mais virtuoso’’
Muitos de nós estão dispostos a trabalhar este Passo sem reservas, na base da pura
fé cega, pois estamos cansados do que temos feito e de como nos sentimos.
Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias. Aos
poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão da adicção e entramos na
corrente da vida. Este crescimento não é resultado de um desejo, é resultado de
ação e oração.
O objetivo principal do Passo Sete é sair de nós mesmos e lutar para alcançar a
vontade do nosso Poder Superior.
Aceitar e escutar os defeitos dos outros pode nos ajudar a nos tornamos humildes e
pode abrir caminho para que nossos próprios defeitos sejam aliviados (Sendo um
dos perigos, é que sejamos excessivamente duros conosco).
Princípios espirituais do Passo Sete: Rendição (num nível mais profundo), Confiança,
Fé, Paciência e Humildade.
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PASSO OITO
‘’Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a fazer
reparações a todas elas’’
Durante o processo da doença, acabamos por prejudicar muito mais do que a nós
mesmos. Todos aqueles que de alguma forma comparte um trecho do caminho do
DQ na ativa, pode ser prejudicado, ora diretamente por causa do uso de drogas
(roubos, dívidas, negligências, etc.), ora pelos comportamentos desregrados e
descontrolados provocados pelo mesmo (agressões, omissões, mentiras, etc.)
Sugere-se uma divisão destes danos, classificando-os por TIPOS e por INTENSIDADE,
a fim de facilitar a prática do Passo seguinte. São quatro tipo de danos, de acordo
com a área da vida que tenha sido afetada:
1. Morais
2. Físicos
3. Materiais
4. Sexuais
Estes danos podem afetar o outro em intensidades diferentes, de acordo com o vínculo que
se tenha com a pessoa prejudicada, assim como o contexto em que o dano aconteça. Estes
danos podem ser de seguintes intensidades:
1. Circunstancial
2. Psicológica
3. Emocional
Em alguns casos, podemos não conhecer as pessoas com quem fomos injustos.
Quando usávamos, qualquer pessoa com quem entrássemos em contato corria o
risco de sair prejudicada. Muitos membros mencionam os seus pais, cônjuges, filhos,
amigos, amantes, outros adictos, conhecidos ocasionais, colegas de trabalho,
patrões, professores, senhorios e desconhecidos. Podemos também nos incluir na
lista, pois na nossa adicção ativa estávamos lentamente cometendo suicídio.
Podemos achar benéfico fazer uma lista separada das pessoas a quem devemos
reparações financeiras.
Princípios espirituais do Passo Oito: Honestidade, Coragem, Boa vontade e
Compaixão.
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PASSO NOVE
‘’Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse
prejudicá-las ou a outras’’
Três principais distinções que devem ser feitas antes de realizar as reparações:
1. Reparações possíveis/Reparações impossíveis.
2. Prejudicam o outro/Não prejudicam o outro.
3. Põem em risco a sobriedade/Não põem em risco a sobriedade.
São reparações impossíveis aquelas em que não se pode ter acesso à pessoa
prejudicada, como em casos de morte ou perda de contato permanente. Pode-se
prejudicar o outro com a reparação quando este não se encontra em condições
(emocionais ou sociais) apropriadas para trazer uma antiga questão à tona, o que
desencadearia uma nova série de problemas que podem ser evitados. Uma
reparação pode pôr em risco a sobriedade do DQ quando o mesmo não se encontra
em condições (emocionais ou sociais) apropriadas para enfrentar a pressão interna e
externa que uma reparação supõe, ou quando a reparação envolve outros DQs em
uso. Nestes casos, normalmente devem-se preferir as reparações indiretas, ou seja,
formas alternativas de reparar o dano, sem envolver as pessoas prejudicadas
diretamente, podendo ser através de oração, intenções pessoais, ou até mesmo,
ajudar outras pessoas, ou instituições que representem internamente aquele que
foi, de fato, prejudicado.
PASSO DEZ
Após ter conseguido uma mudança efetiva na forma de enxergar a própria vida, assim como
a doença que nos aflige, e de ter tomado as atitudes necessárias para realizar modificações
significativas tanto em suas relações pessoais quanto na forma de estar no mundo, o DQ
necessita agora desenvolver uma forma de manter estas mudanças, de torná-las
duradouras, permanentes.
Diariamente, o DQ precisa então rever as suas atitudes, a postura perante a vida, as suas
relações, a maneira em que lidou com os conflitos, com as frustrações e decepções, com as
alegrias e com o sucesso. Isto sempre contando com a bagagem adquirida ao longo dos
Passos anteriores: admitindo as fraquezas, inconsistências e a perda do controle, visando
primordialmente a busca espiritual, a necessidade de auto conhecimento e mudança de
comportamento, sempre tentando realizar as reparações necessárias o mais rápido possível.
Por isso a principal diferença entre este Passo, e os anteriores (4º e 5º) é que naquele
momento estávamos nos referindo à vida regressa, anterior à recuperação, mas agora se
trata de descobrir as questões fundamentais do nosso dia a dia, do nosso processo de
recuperação, da nossa vida em sobriedade, visando sempre, como já foi dito, não apenas a
prevenção da recaída, mas sim a melhora na qualidade de vida (KURLANDER, 2012).
PASSO ONZE
‘’Procuramos através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da
maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em
relação a nós, e o poder de realizar essa vontade’’
Depois de termos transitado pelos Passos anteriores, através dos quais fomos
levados a rever a nossa doença, a nossa história, os nossos relacionamentos, os
nossos ressentimentos, e tudo aquilo que de alguma forma colaborou com o
desenvolvimento de muitos dos nossos comportamentos inadequados, estamos
agora sendo levados a darmos um passo mais profundo no contato com o nosso
Poder Superior, a fim de que possamos ter com ele um contato consciente, uma
forma de relação que seja efetiva de fato.
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PASSO DOZE
‘’Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar
esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades’’
Assim, o 12º Passo nos fala que devemos, antes de mais nada, termos
experimentado um verdadeiro despertar espiritual através da vivência consciente e
honesta de cada um dos princípios contidos nos Passos anteriores, e este despertar
espiritual tem o seu auge no Passo anterior, através do qual conseguimos vivenciar o
contato consciente com Deus, da nossa maneira, honesta e legítima. Ao falar de
despertar espiritual entende-se como uma nova maneira de enxergar a realidade,
uma forma espiritualizada, transcendentalizada, de enxergar a vida, através da qual
tanto os problemas quanto os desafios, o passado, o presente e o futuro, ganham
uma nova dimensão.
Sem este despertar, pouco ou nada poderá ser feito de profundo e permanente em
relação a outros DQs, que é também a culminação do processo individual de
recuperação: a capacidade de transmitir a mensagem.
Princípios espirituais do Passo Doze: Amor incondicional, Abnegação e
Perseverança.
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a) Passos de Admissão – 1º ao 3º
b) Passos de Ação – 4º ao 7º
c) Passos de Reparação – 8º e 9º
Divisão semelhante é citada por Viana (em 2012), Conselheiro da FEBRACT, mas
subdividindo os Passos de Ação em duas categorias: os de autoconhecimento (4º e 5º) e os
de mudança (6º e 7º). Kurlander (2012) propõe uma nova alternativa de subdivisão destes
Passos, modificando basicamente a função dos primeiros cinco:
a) Passos de Posicionamento – 1º ao 5º
b) Passos de Ação – 6º ao 9º
Como foi dito, talvez a principal mudança nesta subdivisão seja a maneira de analisar os
primeiros cinco Passos, considerando-os como Passos de Posicionamento. Isto significa que
este “pentateuco” inicial ajudaria o DQ a mudar a forma em que enxerga algumas
realidades relacionadas à sua doença e à sua pessoa, de acordo com a proposta de cada
Passo.
O 1º Passo, sendo o da Admissão da doença, o posiciona perante a sua condição de
portador de uma doença incurável, progressiva e fatal, que afeta diretamente a sua
qualidade de vida, os seus relacionamentos, a sua capacidade, e principalmente as suas
emoções. Desta forma a ideia mágica de que “paro quando quiser” deve desaparecer,
dando lugar à noção da realidade do perigo.
Assim, chegado neste ponto, o DQ está posicionado num lugar privilegiado, desde o qual
pode enxergar a sua realidade de forma mais clara e natural, estando mais preparado para
iniciar a ação concreta, sugerida pelos Passos seguintes: os Passos de Ação.
O 10º Passo propõe a manutenção do olhar vigilante sobre si mesmo, a fim de que
comportamentos de risco não se instalem despercebidamente, podendo levar a uma
recaída, e para isto propõe a utilização do inventário diário, como já foi visto.
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CONCLUSÃO
O programa de recuperação dos 12 Passos se constitui numa metodologia que, embora não
científica, apresenta tamanha profundidade, complexidade e abrangência que tem sido
capaz de recuperar milhares de indivíduos de todas as classes sociais e culturais, devastados
pelos mais diversos vícios, nos seus quase setenta anos de existência.
O programa abrange todas as áreas da vivência humana: a sua relação consigo mesmo e
com o outro, com o objeto de desejo e compulsão, com os seus erros e acertos, com a sua
história, com o seu futuro, seus anseios e seus medos. Assim, sem grandes pretensões, os
12 Passos se tornam uma acessível ferramenta tanto para os grandes estudiosos quanto
para os leigos e simpatizantes, colocando-se a serviço de quem quer que necessite de ajuda.
Possivelmente Bill e Bob descobriram algo muito maior do que puderam imaginar a
princípio, como quando o arqueólogo descobre o primeiro osso de um fóssil enorme, que
ainda demorará muito tempo em ser desenterrado por completo. Talvez por isso sejam
inesgotáveis, e quanto mais se pensa e se escreve sobre eles, mais portas se abrem, mais
possibilidades de interpretação e aplicação aparecem. Como as panaceias (planta,
beberagem, simpatia, ou qualquer coisa que se acredite que possa remediar vários ou todos
os males) de todas as épocas, cujos benefícios se estendem muito além do primeiro uso
indicado. Por isto é impossível finalizar uma reflexão sobre os 12 Passos com conclusões
concretas, já que quanto mais se escava na terra, mais novos e impressionantes fósseis
vivos aparecem.
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