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MATERIAL DIDÁTICO

Turma: CP9 MATERIAL/DISCIPLINA: Língua Portuguesa DATA:

PROFESSORA: MARIANA SAMPAIO ALUNO:

Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. b) "Naquele fundo de sacristia, escondida ou arredada
como se fora uma imagem quebrada cuja ausência do altar
Onde há maior engajamento das pessoas no trabalho? o decoro do culto exige, encontrei a cadeirinha azul, [...]"
Para responder essa pergunta, a consultoria Marcus (1º parágrafo) - predicativo do sujeito.
Buckingham Company fez uma pesquisa em 13 países, c) "[...] tinha um ar desdenhoso e fatigado de fidalga
entrevistando cerca de mil pessoas de várias empresas em elegante para quem os requintes da etiqueta e galanteios
cada um. Os Estados Unidos e a China estão empatados dos salões são já coisas velhas e comezinhas." (1º
em primeiro lugar (com 19% de engajamento total cada), o parágrafo) - predicativo do objeto.
que não chega a ser uma surpresa diante da potência de d) "[...] Deves preferir a paz do aniquilamento à glória de
suas economias. Mas aí começam as novidades: em figurares numa coleção de objetos antigos, [...]" (15º
segundo lugar está a Índia, com 17%, e em terceiro, o parágrafo) - complemento nominal.
Brasil, com 16% de engajamento, acima de países como a e) "Representava cada qual uma dama do antigo regime."
(1º parágrafo) - sujeito.
Inglaterra, o Canadá, a Alemanha, a Itália e a França.
Solicitou-se aos entrevistados hierarquizar oito afirmações
3. Observe a conjugação do verbo sublinhado no excerto a
básicas, como “no trabalho, sei claramente o que esperam
seguir.
de mim” ou “serei reconhecido se fizer um bom trabalho”.
Para os autores, a diferença de engajamento em cada país
"[...] a prece fervente que esse exilado fazia a Deus para
seria explicada de acordo com o grau de confiança que o
que pusesse termo ao seu exílio [...]" (13º parágrafo)
entrevistado teria sobre a utilização de suas capacidades
pessoais no trabalho. Mas há nuances: no Brasil, assim
Assinale a opção em que o verbo destacado também foi
como na França, Canadá e Argentina, a afirmação “meus
conjugado corretamente.
colegas me apoiam” recebeu também grande destaque,
a) Era preciso que as crianças se entretessem.
enquanto na Inglaterra e na Índia se valoriza mais o fato de
b) Quando o senhor rever o relatório, entenderá.
ter colegas que compartilhem os mesmos valores.
c) Ele gostava de palavras que proviessem do grego.
d) Falaria com ele sobre o assunto assim que o revesse.
(Adaptado de: NOGUEIRA, P. E. A preguiça é mito? Época
e) Surpreendentemente, todos conviram com o chefe.
Negócios. ago. 2015. n.102. p. 21.)

1. Acerca dos recursos linguísticos sublinhados no texto,


assinale a alternativa correta.
4. Leia o fragmento a seguir.
a) A expressão “cerca de” pode ser substituída por “acerca
de” sem prejuízo do sentido original.
[...] "Essa frase, compreensível apenas para quem sabe
b) A expressão “em cada um” impede ambiguidade em
que os pastores da estepe húngara tangem o gado com
torno das empresas nas quais as pessoas foram
chicotes compridos, terminados numa ponta de crina, cujos
entrevistadas.
estalos metem medo à bicharada [...] (9º parágrafo)
c) O conectivo “Mas” serve para contrapor “surpresa” e
“novidades”.
Assinale a opção em que o termo destacado NÃO
d) O termo “aí” refere-se à “potência de suas economias”.
apresenta a mesma função sintática do vocábulo grifado
e) O conectivo “enquanto” pode ser substituído por “ao
acima.
passo que” sem prejuízo do sentido original.
a) “A pobreza do povo [...]" (7º parágrafo)
b) "[...] provérbios de qualquer povo [...]" (1º parágrafo)
c) "[...] na contemplação de seus animais [...]" (5º
2. Assinale a opção que apresenta a correta função
parágrafo)
sintática do termo destacado.
d) "[...] as coisas dos outros, [...]" (6º parágrafo)
a) "[...] Que figura faria o elefante de hoje, resto exótico da
e) "O espetáculo do mundo, [...]" (8º parágrafo)
fauna terciária, ao lado do megatério? (12º parágrafo) -
objeto direto.
5. Leia o trecho a seguir.

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"A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque Porém, é a atividade semântica que intermedeia a
"vintém poupado, vintém ganhado", replicará o vizinho conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos,
farrista, com razão igual: "Da vida nada se leva." (1º estabelecendo a relação entre o EU e o Universo, e, junto
parágrafo) com a alteridade (relação do EU com o Outro, de caráter
interlocutivo), permite a identificação da linguagem como
Marque a opção em que a reescritura do trecho citado tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas
mantém o seu sentido original e respeita a norma-padrão significar alguma coisa para o outro.
da língua. A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e
a) Assim o sábio, que preconiza o limite das despesas, já revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da
que “vintém poupado, vintém ganhado”, o vizinho farrista, imaginação. Logo, é ao mesmo tempo significação, modo
com razão igual, replicará: “Da vida nada se leva.” de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de
b) O vizinho farrista replicará com igual razão: “Da vida conhecimento, uma organização verbal do pensamento, e
nada se leva”, a quem preconiza o sábio limite das designação ou referência, aplicação dos conceitos às
despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado.” coisas extralinguísticas. [...].
c) Com igual razão, o vizinho, farrista, responderá: “Da vida No processo de leitura do texto, para que o leitor se
nada se leva” àquele que defende o limite, sábio, das aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine
despesas, já que “vintém poupado, vintém ganhado.” não apenas o código linguístico, mas também compartilhe
d) Então, com igual razão o vizinho, replicará, farrista: “Da bagagem cultural, vivências, experiências, valores,
vida nada se leva” a quem preconiza, sábio, o limite das correlacione os conhecimentos construídos anteriormente
despesas, pois “vintém poupado, vintém ganhado.” (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas
e) Aquele, que preconiza o limite sábio das despesas, informações expressas no texto; faça inferências e
porque “vintém poupado, vintém ganhado”, farrista, comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura
replicará o vizinho, com igual razão: “Da vida nada se leva.” fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as
intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.
Em resumo, é fundamental que, por meio de uma
série de contribuições, o interlocutor colabore para a
Leitura - leituras: quando ler (bem) é preciso construção do conhecimento. Assim, ler não significa
traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir
“[...] Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) com o outro (o autor), aceitando, ou não, os propósitos do
não compreenderam logo. Creio mesmo é impossível interlocutor.
compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos
assim esquematizados sem uma certa prática.” Profª Marina Cezar – Revista Villegagnon. Ano IV. Nº 4.
Mário de Andrade – Artista 2009 – Texto adaptado.

“Eu sou um escritor difícil 6. Leia o fragmento:


Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil “[...] a relação entre o Eu e o Universo [...]” (2º parágrafo)
De se acabar duma vez:
É só tirar a cortina Assinale a opção em que a palavra sublinhada foi formada
Que entra luz nesta escurez.” pelo mesmo processo que a palavra destacada acima.
a) O beija-flor voou feliz até o ninho.
Mário de Andrade – Lundu do escritor difícil b) Infeliz aquele que não ama o próximo.
c) – Silêncio! Pediu o professor à turma.
d) O resgate dos feridos aconteceu normalmente.
No eterno criar e recriar da atividade verbal, a e) A falta cometida pelo jogador foi desleal.
criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a
materialidade e a historicidade são propriedades essenciais 7. Marque a opção em que a função sintática do termo
da linguagem, indispensáveis a todos os atos da fala, sublinhado é idêntica à da expressão destacada neste
sejam eles presente, passados ou futuros. trecho:

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aprendizado. É o leitor o livro.


“[...] aplicação dos conceitos às coisas extralinguísticas. Dias atrás gravei um comercial de rádio em prol do
[...]” (3º parágrafo) Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores
a) Deu-lhe muitos presentes de aniversário. exatamente isso: os meus livros são os seus livros. E são,
b) Levou a irmã ao médico hoje pela manhã. de fato. Não existe livro sem leitor. Não existe. É um objeto
c) Aludi à carta que você me enviou. fantasma que não serve para nada.
d) Deixou o paciente à espera por horas. Aquele garoto de Moçambique não vê assim. Para
e) Marta tem certeza de sua amizade. ele, o livro é de quem traz o nome estampado na capa,
como se isso sinalizasse o direito de posse. Não tem ideia
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: de como se dá o processo todo, possivelmente nunca
entrou numa livraria, nem sabe o que é tiragem.
O dono do livro Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar
colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que para
Li outro dia um fato real narrado pelo escritor isso tenha roubado o livro de uma garota sem perceber.
moçambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez chegou Ela era a dona do livro. E deve ter ficado
em casa no fim do dia, já havia anoitecido, quando um estupefata. Um fã do Mia Couto afanou seu exemplar. Não
garoto humilde de 16 anos o esperava sentado no muro. O levou o celular, a carteira, só quis o livro. Um danado de
garoto estava com um dos braços para trás, o que uma amante da literatura, deve ter pensado ela. Assim são
perturbou o escritor, que imaginou que pudesse ser as histórias escritas também pela vida, interpretadas a seu
assaltado. modo por cada dono.
Mas logo o menino mostrou o que tinha em mãos:
um livro do próprio Mia Couto. Esse livro é seu? perguntou Martha Medeiros. Jornal ZERO HORA – 06/11/11. Revista
o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim devolver. O O Globo, 25 de novembro de 2012.
garoto explicou que horas antes estava na rua quando viu
uma moça com aquele livro nas mãos, cuja capa trazia a
foto do autor. 8. Assinale a opção em que a troca da palavra sublinhada
O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que já pela que está entre parênteses mantém corretas as
havia visto em jornais. Então perguntou para a moça: Esse relações de sentido e a regência nominal ou verbal.
livro é do Mia Couto? Ela respondeu: É. E o garoto mais a) “[...] pessoas que ainda não estejam familiarizadas com
que ligeiro tirou o livro das mãos dela e correu para a casa os livros [...]” (4º parágrafo) – (entre)
do escritor para fazer a boa ação de devolver a obra ao b) “O livro é de quem tem acesso às suas páginas [...]” (6º
verdadeiro dono. parágrafo) – (ante)
Uma história assim pode acontecer em qualquer c) “[...] os cenários, a voz e o jeito com que se
país habitado por pessoas que ainda não estejam movimentam.” (6º parágrafo) – (em)
familiarizadas com os livros – aqui no Brasil, inclusive. De d) “[...] mas que reflete em quem lê de uma forma muito
quem é o livro? A resposta não é a mesma de quando se pessoal” (6º parágrafo) – (para)
pergunta: “Quem escreveu o livro?”. e) “[...] na capa, como se isso sinalizasse o direito de
O autor é quem escreve, mas o livro é quem lê, e posse.” (8º parágrafo) – (a)
isso de uma forma muito mais abrangente do que o
conceito de propriedade privada – comprei, é meu. O livro é TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
de quem lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir.
mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido
encontrado num banco de praça. Laivos de memória
O livro é de quem tem acesso às suas páginas e
através delas consegue imaginas os personagens, os “... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São do ao fim dessa primeira etapa,
leitor as sensações provocadas, a tristeza, a euforia, o mais ainda se convencerão de que
medo, o espanto, tudo que é transmitido pelo autor, mas abraçaram uma carreira difícil,
que reflete em quem lê de uma forma muito pessoal. É do árdua, cheia de sacrifícios,
leitor o prazer. É do leitor a identificação. É do leitor o mas útil, nobre e, sobretudo bela.”

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esquadras persa (490 a.C.), mongol (1281) e a incrível


(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964) Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a
Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento
divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos
do mar.
(CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memória. O cenário marítimo também é o responsável pela
In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p. 42-50. causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios
Texto adaptado) afundados nas batalhas navais, cujas baixas por
afogamento são certamente mais numerosas do que as
causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos
9. Assinale a opção em que o uso do acento grave, estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o
indicativo de crase, é facultativo. cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo
a) “[...] novos rumos à minha vida.” (2º parágrafo) da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos,
b) “[...] resistir à sedução e ao fascínio [...].” (3º parágrafo) levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais
c) “[...] às nossas caras famílias de origem [...].” (6º apenas três sobreviveram.
parágrafo) Aliás, o instante do afundamento de um navio é um
d) “[...] às respectivas cidades de nascimento [...]” (6º momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes
parágrafo) que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito
e) “[...] às vezes totalmente diversos [...].” (17º parágrafo) da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que
estiverem nas proximidades do navio no momento da
submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. dias, semanas, em suas balsas à deriva, em um mar batido
pela ação dos ventos, continuamente borrifadas pelas
Sobre o mar e o navio águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o
frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do
Na guerra naval, existem ainda algumas Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos
peculiaridades que merecem ser abordadas. invernais limitam cabalmente o tempo de permanência
Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o n’água dos náufragos, tornando fundamental para a sua
mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações sobrevivência a rapidez do socorro prestado.
terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras O navio também é um engenho de guerra singular.
definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do
estreitos, nas baías e enseadas. marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de
Em uma batalha em mar aberto, certamente, conduzir homens e armas até o cenário da guerra.
poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre
engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase
as forças navais podem se valer das características sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e
geográficas locais, como fez o comandante naval grego país.
Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a
baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua (CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In:
formatura, evitando o envolvimento pela força naval __________. Uma história das Guerras Navais: o
numericamente superior dos invasores persas. desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego
As condições meteorológicas são outros fatores do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro:
que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as FEMAR, 2013. p. 396-398)
operações nos teatros marítimos. O mar grosso, os
vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente
na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos 10. Marque a opção em que a função sintática do pronome
ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, relativo está corretamente indicada.
não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações a) “[...] que merecem ser abordadas.” (1º parágrafo) –
navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno objeto direto
relembrar que o vento e a força do mar destruíram as

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b) “[...] onde pôde proteger [...]” (3º parágrafo) – adjunto vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para receber e
adverbial efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as horas,
c) “[...] cujas baixas por afogamento [...]” (5º parágrafo) – possui calendário. É verdade, recebi uns torpedos, e com
aposto dificuldade, enviei outros, bem raros. Imagine tirar fotos,
d) “[...] dos quais apenas três [...]” (5º parágrafo) – objeto conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por
indireto um desajustado à vida moderna. Isto não! No computador,
e) “[...] que conseguem saltar [...]” (6º parágrafo) – adjunto por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social,
adnominal digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas
compras e pesquisas... Fora dele, tenho meus cartões de
11. Assinale a opção em que o comentário sobre o crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e,
emprego do sinal de pontuação está correto. muito importante, sei de cabeça todas as minhas senhas,
a) “Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar.” que vão se multiplicando. Haja memória!
(2º parágrafo) – os dois pontos foram empregados para Mas, no caso dos celulares, o que me chama
anunciar uma enumeração explicativa sobre o mar. mesmo a atenção é que as pessoas parecem não se
b) “[...] o vento e a força do mar destruíram as esquadras desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para
persa (490 a.C.), mongol (1281) e a invencível Armada alguém, ou entrando em contato com a internet,
Espanhola (1588) [...].” (4º parágrafo) – o uso dos acompanhando o movimento das postagens do face, ou
parênteses e das vírgulas destaca um comentário à mesmo brincando com seus joguinhos, como procedem
margem do que se afirma. alguns taxistas, naqueles instantes em que param nos
c) “[...] salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que sinais ou em que o trânsito está emperrado.
denominou de kamikaze o vento divino salvador) [...].” (4º Não há como negar, contudo, que esta utilização
parágrafo) – os parênteses foram empregados para indicar constante do aparelhinho tem causado desconfortos
uma nota emocional naquilo que o autor relato. sociais. Comenta a Danuza Leão: “Outro dia fui a um jantar
d) “Aliás, o instante do afundamento de um navio é um com mais seis pessoas e todas elas seguravam um celular.
momento crucial [...].” (6º parágrafo) – a vírgula foi utilizada Pior, duas delas, descobri depois, trocavam torpedos entre
para separar um aposto, indicando a supressão de um elas.” Me sinto muito constrangido quando, num grupo, em
grupo de palavras. torno de uma mesa, tem alguém, do meu lado, falando,
e) “O navio também é um engenho de guerra singular.” (7º sem parar, pelo celular. Pior, bem pior, quando estou só
parágrafo) – o ponto é empregado para indicar o término de com alguém, e esta pessoa fica atendendo ligações
uma oração declarativa, assinalando uma pausa no contínuas, algumas delas com aquela voz abafada,
enunciado. sussurrante... Pode? É frequente um casal se sentar a uma
mesa colada à minha, em um restaurante e, depois, feitos
Os celulares os pedidos aos garçons, a mulher e o homem tomam, de
imediato, os seus respectivos celulares. E ficam neles
Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente conversando quase o tempo todo, mesmo após o início da
agora com, pelo menos, dois. O que me pergunto é como refeição. Se é um casal de certa idade, podem me
se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como argumentar, não devia ter mais nada para conversar.
viver hoje sem ele? Uma epidemia neurótica grave atacaria Afinal, casados há tanto tempo! Porém, vejo também
a população? Certamente! Quem não tem seu celular hoje casais bem mais jovens, com a mesma atitude,
em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, consultando, logo ao se sentarem, os celulares para ver o
com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao movimento nas redes sociais, ou enviando torpedos, a
progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi maior parte do tempo. Clima de namoro, de sedução, é que
crescendo com a possibilidade de suas crescentes não brotava dali. Talvez, alguém parece ter murmurado, em
utilizações. Me poupem de enumerá-las, pois só sei de meu ouvido, assim os casais encontraram uma maneira
algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria eficiente de não discutirem. Falando com pessoas não
mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser presentes ali. A tecnologia a serviço do bom entendimento,
humano com a vida e com as outras pessoas. de uma refeição em paz.
Até que não custei tanto assim a aderir a este Mas vivencio sempre outras situações em que o
telefoninho! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem uso do celular me prende a atenção. Entrei em um
me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da consultório médico, uma senhora aguardava sua vez na

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sala de espera. Deu para perceber que ela acabava de como elas, bastante exasperadas, iriam enfrentar uns
desligar seu aparelho. Mas, de imediato, fez outra exames, na verdade, delicados.
chamada. Estava sentado próxima a ela, que falava bem
alto. A ligação era para uma amiga bem íntima, estava
claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo. Em
breves minutos, não é por nada não, fiquei sabendo de 13. Em que opção o significado do vocábulo sublinhado
alguns “probleminhas” da vida desta senhora. Não, não vou está corretamente indicado?
aqui devassar dela, nem a própria me deu autorização para a) “Apenas uns poucos retrógrados, [...].” (1º §) - idosos
tal... Afinal, sou uma pessoa discreta. Não pude foi evitar b) “[...] avessos ao progresso tecnológico.” (1º §) -
escutar o que minha companheira de sala de espera... favoráveis
berrava. Para não dizer, no entanto, que não contei nada, c) “[...], como procedem alguns taxistas, [...].” (3º §) -
também é discrição demais, só um pequeno detalhe, sem insistem
maior surpresa: ela estava a ponto de estrangular o marido. d) “O homem, não posso afiançar, aprontava [...].” (5º §) -
O homem, não posso afiançar, aprontava as suas. Do outro garantir
lado, a amigona parecia estimular bem a infortunada e) “[...] parecia estimular bem a infortunada senhora.” (5º §)
senhora. De repente, me impedindo de saber mais fatos, a - rica
atendente chama a senhora, chegara a sua hora de
adentrar ao consultório do médico. Não sei como ela, 14. “E toda ânsia nos mantém reféns.” (4º §). Em que
bastante exasperada, iria enfrentar um exame, na verdade, opção o verbo “manter” está empregado corretamente, de
delicado. Não deu para vê-la sair pela outra porta. É, os acordo com a norma padrão?
celulares criaram estas situações, propiciando já a a) O funcionário sabia que, se mantesse o celular ligado
formação do que poderá vir a ser chamado de durante o expediente, alguém poderia reclamar.
auditeurismo, que ficará, assim, ao lado do antigo b) Meu pai e minha mãe manteem os mesmos telefones
voyeurismo. celulares desde 2012 e não pretendem comprar aparelhos
novos este ano.
(UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão. Os celulares. In: ______. c) "Pedro, mantenhas teu celular desligado durante o
A vida e o tempo em tom de conversa. 1ª Ed. Rio de filme." – pediu um colega.
Janeiro: Odisseia, 2013. P. 150-153.) d) “Enquanto mantiverem seus celulares ligados, não
começaremos a reunião,” reclamou o chefe.
e) O fiscal solicitou aos candidatos que mantivéssem os
12. Assinale a opção em que a reescritura da frase, celulares desligados durante a prova.
flexionada no plural, manteve-se coerente e plenamente de
acordo com a modalidade padrão da língua portuguesa.
a) “Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me 15. Leia os trechos abaixo:
quebrado uns galhos importantes [...].” (2º §) / Nem
podemos de reconhecermos que eles tem nos quebrado I. “Até que não custei tanto assim a aderir [...] (Texto 1, 2º
uns galhos importantes... §)
b) “Nem lembro que ele marca as horas, possui II. “[...] levam o celular até para o banheiro.” (Texto 2, 5º §)
calendário.” (2º §) / Nem nos lembramos que eles marcam
as horas, possuem calendário. Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego
c) “[...] sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se dos elementos destacados está correto.
multiplicando. Haja memória!” (2º §) / ...sabemos de cabeça a) No primeiro trecho, o elemento sublinhado funciona
todas as nossas senhas, que vão se multiplicando. Hajam como preposição; no segundo, funciona como advérbio de
memórias! tempo.
d) “[...] vivencio sempre outras situações em que o uso do b) No primeiro trecho, a expressão indica realce; no
celular me prende a atenção.” (5º §) / ... vivenciamos segundo, a palavra em destaque é denotativa, indicando
sempre outras situações em que o uso do celular nos inclusão.
prendem as atenções. c) As características morfológicas e semânticas dos
e) “Não sei como ela, bastante exasperada, iria enfrentar elementos em destaque são idênticas em ambos os
um exame, na verdade, delicado.” (5º §) / Não sabemos trechos.

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d) No primeiro trecho, a expressão indica inclusão; no I. A inserção de uma vírgula depois de vagava (ref. 8) não
segundo, “até” é advérbio de tempo. altera o sentido original da frase e mantém sua correção
e) Em ambos os trechos, temos elementos denotativos que gramatical.
apresentam significados complementares. II. Todos os travessões do sexto parágrafo são usados
para marcarem falas dos personagens.
III. A substituição da vírgula antes de entretanto (ref. 32)
16 Que opção obedece, plenamente, à modalidade padrão por ponto e vírgula não altera o sentido original da frase
da língua portuguesa? e mantém sua correção gramatical.
a) Para muitas pessoas, o barulho das ondas do mar ao
mesmo tempo fascinam e assustam. Quais estão corretas?
b) Os jovens e os sonhadores, costumam, escrever seus a) Apenas I.
nomes nas areias da praia, indelevelmente. b) Apenas II.
c) É extraordinário a alegria e o medo de uma criança, ao c) Apenas III.
lembrar da primeira vez que viu o mar. d) Apenas II e III.
d) As pessoas urbanas e apressadas não vêm nada e) I, II e III.
demais nas paisagens marítimas.
e) Prudência é necessário quando se entra ao mar, 20. Assinale a alternativa que contém apenas palavras
transmutado pela ressaca. com dígrafos consonantais.
a) Carducci (ref. 1) – líquidos (ref. 10) – caixa-baú (ref.
17).
b) chamava (ref. 3) – indigente (ref. 13) – Pappalardo
17. Em que opção o termo sublinhado tem o mesmo valor (ref. 14).
sintático que a oração destacada em "No meu primeiro c) conhecer (ref. 5) – cheiro (ref. 9) – pequenos (ref. 21).
navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno." (ref. d) gesto (ref. 07) – tamanhos (ref. 19) – Charles (ref. 22).
19)? e) quadrangulares (ref. 18) – garrafas (ref. 24) – chapa
a) "[...] e dei-me conta de que me tornara marinheiro [...]." (ref. 27).
(ref. 12)
b) "O navio passou a ser a minha segunda casa, onde eu TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
permanecia mais tempo [...]." (ref. 32) Pessoas habitadas
c) "Do que me mostraram eu não sabia muito." (ref. 33)
d) "[...] quando buscamos as boas recordações, elas vêm 1
Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela
desse tempo [...]." (ref. 15) comentava sobre uma terceira pessoa, que eu não
e) "[...] é uma das coisas mais belas, que só há entre nós conhecia. Descreveu-a como sendo 2boa gente, esforçada,
[...]." (ref. 14) ótimo caráter. 3"Só tem um probleminha: 4não é habitada".
Rimos. Uma expressão coloquial na França – habité‚ – mas
18. Em que opção a expressão sublinhada tem o seu nunca tinha escutado por estas paragens e com este
significado corretamente explicitado? sentido. Lembrei-me de uma outra amiga que, de forma
a) “[...] ao lembrar, talvez porque as vencemos [...].” (ref. 1) parecida, também costuma dizer 5"aquela ali tem gente em
- postergadamente casa" quando se refere a 6pessoas que fazem diferença.
b) “Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe [...].” (ref. 7
Uma pessoa pode ser altamente confiável, gentil,
2) - paulatinamente carinhosa, simpática, mas, se não é habitada, rapidinho
c) “Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, coloca os outros pra dormir. Uma pessoa habitada é uma
[...].” (ref. 3) - precipuamente pessoa possuída, não necessariamente pelo demo, ainda
d) “Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio.” (ref. 4) - que satanás esteja longe de ser má referência. Clarice
ultimamente Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino
e) “Ao final, minha mãe veio em minha direção [...].” (ref. 5) dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na
- finalisticamente ocasião. 8A Suíça, de fato, é um país de contos de fada
onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida
19. Considere as afirmações abaixo. parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas 9falta uma
ebulição que a salve do marasmo.

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Retornando ao assunto: pessoas habitadas 10são aquelas necessariamente pelo demo, ainda que satanás esteja
possuídas por si mesmas, em diversas versões. Os longe de ser má referência.”) – primeira tentativa de
habitados estão preenchidos de indagações, angústias, conceituação do tema: Uma pessoa habitada é uma
incertezas, mas não são menos felizes 11por causa disso. pessoa possuída.
Não transformam suas "inadequações" em doença, mas ( ) Terceiro andamento (2º parágrafo: “Clarice Lispector
em força e curiosidade. Não recuam diante de certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino dizendo
encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A
adotam as opiniões dos outros para facilitar o diálogo. São Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo
pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma
do script, sem 12nenhuma disposição para serem bonecos pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que
de ventríloquos. Ao contrário, encantam pela verdade a salve do marasmo.”) – A Suíça como exemplo de um país
pessoal que defendem. 13Além disso, mantêm com a sem demônios.
solidão uma relação mais do que cordial. ( ) Quarto andamento (3º parágrafo) – Nova tentativa de
14
Então são as criaturas mais incríveis do universo? Não conceituação de uma pessoa habitada: Uma pessoa
necessariamente. Entre os habitados há de tudo, gente habitada é uma pessoa possuída por si mesma.
fenomenal e também assassinos, pervertidos e demais ( ) Quinto andamento (4º parágrafo) – explicitação do
malucos que não merecem abrandamento de pena pelo conceito de pessoas habitadas por meio de tipificação e
fato de serem, em certos aspectos, bastante interessantes. exemplificação.
Interessam, mas assustam. Interessam, mas causam dano. ( ) Sexto andamento (5º parágrafo) – Expressão da
15
Eu não gostaria de repartir a mesa de um restaurante vontade ou desejo da enunciadora pelo uso de uma
com Hannibal Lecter, "The Cannibal", 16ainda que eu não sequência verbal optativa.
tenha dúvida de que o personagem imortalizado por
Anthony Hopkins renderia um papo mais estimulante do Está correta, de cima para abaixo, a sequência:
que uma conversa com, 17sei lá, Britney Spears, que 18só a) V, F, F, V, F.
tem gente em casa porque está grávida. b) V, V, V, V, V.
Que tenhamos a sorte de esbarrar com seres habitados e c) F, V, V, F, V.
ao mesmo tempo inofensivos, cujo único mal que possam d) V, F, V, F, V.
fazer seja nos fascinar e nos manter acordados uma
madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é melhor ainda. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o soneto “Descreve o que era naquele tempo a cidade
MEDEIROS, Martha. In: Org. e Int. SANTOS, Joaquim da Bahia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696)
Ferreira dos.
As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva, 324-325. A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
21. O primeiro parágrafo corresponde ao primeiro E podem governar o mundo inteiro.
andamento do texto, que pode ser chamado de
apresentação do tema – pessoas habitadas são pessoas Em cada porta um bem frequente olheiro,
que fazem diferença. Abaixo, há uma possibilidade de Que a vida do vizinho e da vizinha
divisão do restante da crônica em andamentos, aos quais Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
são acrescentadas nomeações. Para o levar à praça e ao terreiro.

Assinale com V quando o que se diz sobre a divisão do Muitos mulatos desavergonhados,
texto e a nomeação de suas partes, ou andamentos, for Trazidos sob os pés os homens nobres¹,
verdadeiro e com F quando for falso. Posta nas palmas toda a picardia,

( ) Segundo andamento (2º parágrafo: “Uma pessoa Estupendas usuras nos mercados,
pode ser altamente confiável, gentil, carinhosa, simpática, Todos os que não furtam muito pobres:
mas, se não é habitada, rapidinho coloca os outros pra E eis aqui a cidade da Bahia.
dormir. Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não

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(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.) sentimento de 2plenitude ao poder assistir à manifestação
artística de seus ídolos ali de pertinho. Diante de tantas
incompreensões em torno de uma condição diferente que
1
Trazidos sob os pés os homens nobres: na visão de muitos querem ver como igual, poder estar ali vibrando
Gregório de Matos, os mulatos em ascensão subjugam livremente, com toda a 3estereotipia que 4lhe é 5peculiar,
com esperteza os verdadeiros “homens nobres”. 6
parecia um 7alento sem igual.
Em abril passado, de volta ao país latino, o grupo, um dos
mais populares do mundo, que já deixou outras marcas
22. No soneto, o pronome “o” refere-se a inclusivas em sua trajetória, como ter feito o encerramento
a) “mundo”. da Paralimpíada de Londres, em 2012, 8não só convidou o
b) “terreiro”. agora adolescente Huillo para a festa 9como o colocou para
c) “conselheiro”. dançar.
d) “olheiro”. A multidão ouviu e ovacionou o novato artista, que cantou e
e) “vizinho”. tocou ao piano, ao lado dos músicos consagrados, uma
canção chamada “Different is Ok”, “Ser diferente é normal”,
. dando um intervalo nos hits tão esperados para uma
23. Marque a alternativa em que a palavra em destaque pequena reflexão a respeito de aproveitar a vida sendo
exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em: como é.
“… viu o progressivo desfazer-se das paredes…”. [...]
a) “Aquele telhado que lhe dera tanto trabalho…” O lugar da pessoa com deficiência precisa ser deslocado
b) “E o pequeno balcão da fachada, cercado de ar, parecia dos conceitos equivocados de dependência, de
um mirante espacial…” inabilidades, de incapacidades, de tristezas, de
c) “… quando já cessara na rua o movimento dos lotações.” recolhimento para 10o amplo convívio, para as
d) “Chega o instante em que compreendemos a oportunidades, para 11a visibilidade e para as potências
demolição…” resultantes de suas experiências.
e) “Talvez sejamos levados a essa compreensão pelo [...]
trabalho similar…” Aproveitar holofotes, fama, prestígio e adoração pública
diante desse caldo de humanidade 12latente 13parece ser
24. Em “E não é preciso imaginar a alegria de formas
14
oportunidade incrível 15para despertar novos
novas, mais claras, a surgirem constantemente de formas pensamentos e olhares a respeito das diferenças. Em um
caducas, para aceitar de coração sereno o fim das coisas _______ de duas horas, dedicar cinco minutos a causas
que se ligaram à nossa vida.”, os verbos sublinhados com poucas chances de protagonismo me 16parece um
integram orações subordinadas que se classificam, tempo valioso em sua _______ e simples de ser
respectivamente, como despendido.
a) adverbial final, adverbial final e adjetiva.
b) adverbial concessiva, substantiva objetiva indireta e Adaptado de: MARQUES, Jairo. Como uma das maiores
adjetiva. bandas de rock do mundo faz a diferença pela inclusão.
c) adjetiva, adverbial final e adjetiva. Disponível em: https://bit.ly/3OAjYix. Acesso em: 27 abr.
d) adjetiva, substantiva completiva nominal e adverbial 2022.
concessiva.
e) substantiva subjetiva, adverbial final e adjetiva.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 25. Sobre os recursos linguísticos empregados no texto,
Há seis anos, na Cidade do México, rodou o mundo a afirma-se:
imagem de um garoto com autismo se emocionando e
chorando ao ouvir a banda inglesa Coldplay, no palco, I. O pronome “lhe” (ref. 4) complementa o adjetivo
cantando “Fix You”, algo como “te consertar”, em “peculiar” (ref. 5).
português. 1Foi um momento de fazer passarinhar o II. As três ocorrências do verbo “parecer” (ref. 6, 13 e 16)
coração de quem tem fé na alma. conferem caráter de incerteza ao discurso do autor.
Ao lado do pai, também em prantos, o menino _______ um III. As correlativas “não só ... como” (ref. 8 e 9) estabelecem

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relação de adição no período. d) não constitui propriamente um destino (3º parágrafo) =


IV. “Para” (ref. 15) introduz a finalidade da expressão não é próprio da nossa decisão
“oportunidade incrível” (ref. 14). e) consagrada a lamber nossas feridas (3º parágrafo) =
destinada a nos martirizar
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II. 27. As normas de concordância verbal estão plenamente
b) II e IV. observadas na frase:
c) I, II e III. a) Não cabem aos que não arregaçam as mangas apontar
d) I, III e IV. seus dedos para os outros.
b) Costumam ser de grande valia quaisquer interpretações
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: que se faça com critério.
Origens do mal c) Não se devem aos nossos defeitos do passado a má
orientação que damos ao presente.
A mente é um livro-caixa, com entradas e saídas: atrás de d) Situam-se entre a vingança violenta ou confiança no
cada sofrimento, estranheza ou malvadez, deve haver futuro nossa escolha essencial.
alguma ofensa passada. Nossos sintomas e nossas e) O que constitui os artesãos das próprias reações é a confiança
aberrações seriam compensações ou retribuições: os que no futuro que criam.
foram ofendidos sofrem da reminiscência da injúria
passada, e os que passaram por abusos violentos atuam 28. É adequado o emprego do elemento sublinhado na
com a crueldade da qual já foram vítimas. frase:
Ora, de tudo o que aprendi na minha formação clínica de a) A figura do mendigo à quem logo reconhecemos era o
psicanalista, há uma regra que se verifica sempre: nossos Dudu.
males são efeitos de nossas interpretações (mais ou b) A proteção de Dudu, da qual meu pai empenhou-se,
menos capengas) do que os outros fizeram conosco. Não surtiu rápido efeito.
são consequências diretas das ações dos outros. c) O pouso da borboleta, de cuja assemelhava um
Por isso é possível mudar. Por isso o passado não constitui coroamento, emocionou o menino.
propriamente um destino – porque nunca somos apenas o d) Apenas por alguma moedinha de vintém Dudu sentia
efeito dos abusos sofridos. Em alguma medida, sempre atração.
decidimos o sentido e o alcance que atribuímos à violência e) Nem mesmo de uma vaga figura humana a imagem de
da qual fomos vítimas. Somos, portanto, os artesãos de Dudu se assemelhava.
nossas reações: escolhemos a vingança violenta contra o
mundo ou uma vida consagrada a lamber nossas feridas. 29. Meu pai libertou Dudu e advertiu os agressores: -
Ou, ainda, a coragem de ir em frente. Nunca mais façam isso, tratem de respeitar o próximo, este
Em matéria de psicologia clínica, vale um ditado que ouvi homem é como qualquer outro.
pouco tempo atrás, no norte rural do estado de Nova York.
Diz assim: “Não há como arregaçar as mangas se você 30Uma vez transposto para o discurso indireto, o texto
continua apontando seus dedos aos outros para culpá-los”. acima deverá ficar:

(Adaptado de CALLIGARIS, Contardo. Terra de ninguém. Meu pai libertou Dudu e advertiu os agressores
São Paulo: Publifolha, 2004, p. 238-239) a) para que nunca mais fizessem isso, que tratem de
respeitar o próximo, uma vez que esse homem seria como
qualquer outro.
26. Considerando-se o contexto, traduz-se b) que nunca mais fizessem aquilo, que tratassem de
adequadamente o sentido de um segmento do texto em: respeitar o próximo, que aquele homem era como qualquer
a) deve haver alguma ofensa passada (1º parágrafo) = outro.
inclui-se algum mal superado c) de que nunca mais façam isso, para tratarem de
b) sofrem da reminiscência da injúria (1º parágrafo) = respeitar o próximo, sendo este homem como qualquer
amargam a recordação da afronta outro.
c) Não são consequências diretas (2º parágrafo) = não d) para não fazerem mais isso, para tratar de se respeitar o
representam causas imediatas próximo, era um homem como qualquer outro.

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e) a fim que não venham a fazer mais isto, que tratem de b) No fragmento “Ainda assim, Nasser Al-Khater,
respeitar o próximo, fosse aquele homem como qualquer presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de
outro. 2022, afirmou que (...)” (ref. 31), a primeira e a segunda
vírgulas estão isolando o sujeito da oração, e a segunda e
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: a terceira vírgulas estão isolando o predicativo do sujeito.
Luc Boltanski e Ève Chiapello demonstram com clareza e c) As informações e a correção gramatical do texto não
sagacidade a capacidade antropofágica do capitalismo seriam preservadas caso, sem que fossem feitas outras
financeiro que “engole” a linguagem do protesto e da alterações, a vírgula após a palavra “novamente” (ref. 8)
libertação para transformá-la e utilizá-la para legitimar a fosse substituída por dois pontos.
dominação social e política a partir do próprio mercado. d) As vírgulas que separam a oração “onde estarão os
Na dimensão do mundo do trabalho, por exemplo, todo um torcedores VIP e SuperVIP” (ref. 27) justificam-se porque
novo vocabulário teve que ser inventado para escamotear isolam uma oração restritiva ligada à informação “áreas
as novas transformações e melhor oprimir o trabalhador. chamadas hospitality” (linha 28), expressão que as
Com essa linguagem aparentemente libertadora, passa-se antecede.
a impressão de que o ambiente de trabalho melhorou e o e) O uso da vírgula após a palavra “estádios” (ref. 25) não
trabalhador se emancipou. se justifica, pois ela isola uma oração subordinada
Assim houve um esforço dirigido para transformar o explicativa.
trabalhador em "colaborador", para eufemizar e esconder a
consciência de sua superexploração; tenta-se também 32. Assinale a opção em que o termo destacado no trecho
exaltar os supostos valores de liderança para possibilitar pertence a uma classe gramatical diferente dos demais
que, a partir de agora, o próprio funcionário, não mais o termos destacados nas outras opções.
patrão, passe a controlar e vigiar o colega de trabalho. Ou, a) "[...] gostava mais do vazio, do que do cheio." (5ª
ainda, há a intenção de difundir a cultura do estrofe)
empreendedorismo, segundo a qual todo mundo pode ser b) "Falava que vazios são maiores e até infinitos." (5ª
empresário de si mesmo. E, o mais importante, se ele estrofe)
falhar nessa empreitada, a culpa é apenas dele. É c) "No escrever o menino viu [...]" (8ª estrofe)
necessário sempre culpar individualmente a vítima pelo d) "Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva
fracasso socialmente construído. nela." (10ª estrofe)
e) "Você vai encher os vazios [...]" (12ª estrofe)
SOUZA, Jessé. Como o racismo criou o Brasil. Rio de
Janeiro: Estação Brasil, 2021. 33. Assinale a opção que apresenta a correta função
sintática do termo destacado.
a) "[...] Que figura faria o elefante de hoje, resto exótico da
11. O uso dos verbos “passar” (2º parágrafo) e “tentar” (3º fauna terciária, ao lado do megatério? (12º parágrafo) -
parágrafo) no texto, em sua forma pronominal, revela objeto direto.
a) adequação à forma analítica da voz passiva. b) "Naquele fundo de sacristia, escondida ou arredada
b) construção com conjunção integrante. como se fora uma imagem quebrada cuja ausência do altar
c) marcação da impessoalidade do discurso. o decoro do culto exige, encontrei a cadeirinha azul, [...]"
d) informalidade correspondente ao gênero discursivo. (1º parágrafo) - predicativo do sujeito.
e) ênfase na reciprocidade da linguagem. c) "[...] tinha um ar desdenhoso e fatigado de fidalga
elegante para quem os requintes da etiqueta e galanteios
31. Observando a pontuação no texto, é correto o que se dos salões são já coisas velhas e comezinhas." (1º
afirma em: parágrafo) - predicativo do objeto.
a) Para manter a correção gramatical do texto, no d) "[...] Deves preferir a paz do aniquilamento à glória de
fragmento “Embora seja um dos menores países do mundo figurares numa coleção de objetos antigos, [...]" (15º
– ocupa uma área que é metade do estado de Sergipe e parágrafo) - complemento nominal.
possui cerca de 2 milhões de habitantes – é gigante e) "Representava cada qual uma dama do antigo regime."
quando se fala em desenvolvimento, modernidade e (1º parágrafo) - sujeito.
infraestrutura” (ref. 13), é preciso inserir uma vírgula
imediatamente após o segundo travessão.

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34. No que refere às relações sintático-semânticas, c) O não uso do acento indicativo de crase nos enunciados
observe os fragmentos a seguir e as afirmações a eles “esperamos que outras culturas respeitem a nossa” (ref.
relacionadas: 11) e “Jornalistas que viajam a trabalho” (ref. 35), justifica-
se pela mesma razão: a não exigência da preposição “a”
I. No fragmento “o Catar tem investido para ser pelos verbos em questão: “respeitem” e “viajam”.
reconhecido como um centro cultural, educacional e d) A regência do verbo assistir depende do sentido que
tecnológico” (ref. 17), o termo destacado caracteriza-se constrói em seu uso. No fragmento “Autoridades locais já
como uma conjunção comparativa, na medida em que anunciaram que pretendem afrouxar as rédeas para os
estabelece uma ideia de comparação entre o Catar e um visitantes que forem assistir a Copa do Mundo, mas é
centro cultural e educacional. preciso estar atento” (ref. 2), no termo em destaque não há
II. No fragmento “Se para muitos de nós manifestações acento indicativo de crase porque o verbo assistir, nesse
como beijos e abraços” (ref. 19), o termo destacado é uma caso, constrói o sentido de cuidar, acompanhar, ajudar
preposição que exemplifica as manifestações. quem vai à Copa, por isso, “ficar atento”.
III. No fragmento “O código penal do país enquadra beijos, e) O pronome isso no fragmento “e é isso que pedimos aos
abraços e apertos de mãos entre pessoas do sexo oposto torcedores que respeitem” (ref. 10) retoma a afirmação
como atos obscenos” (ref. 22), o termo destacado é uma anterior: “Somos muito mais modestos e conservadores”
conjunção subordinada conformativa, pois explicita que (ref. 9), configurando-se numa anáfora pronominal.
beijos, abraços e apertos de mãos são tratados conforme
termos do código penal.
IV. No fragmento “Com uma cartela de atrações luxuosas Texto II
que se assemelham aos Emirados” (ref. 16), o termo
destacado é um pronome relativo, pois refere-se à Poema da necessidade
expressão “atrações luxuosas”.
V. No fragmento “esperamos que outras culturas respeitem É preciso casar João,
a nossa” (ref. 11), o termo destacado é uma conjunção é preciso suportar Antônio,
integrante, pois relaciona-se ao verbo “esperamos”. é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I, II, III e V. É preciso salvar o país,
b) II, III e IV. é preciso crer em Deus,
c) I, III e IV. é preciso pagar as dívidas,
d) I, IV e V. é preciso comprar um rádio,
e) II, III e V. é preciso esquecer fulana.

35. No que concerne a aspectos sintático-semânticos do É preciso estudar volapuque,


texto, está correto o que se afirma em: é preciso estar sempre bêbado,
a) O pronome isso no fragmento “Eu já disse isso e digo é preciso ler Baudelaire,
novamente” (ref. 7) retoma a afirmação do fragmento é preciso colher as flores
anterior: “A versão de que as pessoas não se sentem de que rezam velhos autores.
seguras aqui não é real” (ref. 6). Esse movimento textual
configura-se numa elipse por apagar os termos É preciso viver com os homens,
apresentados anteriormente, retomando-os por meio de um é preciso não assassiná-los,
pronome, o que se configura como uma estratégia coesiva é preciso ter as mãos pálidas
que evita a repetição. e anunciar o FIM DO MUNDO.
b) No fragmento: “Uma das leis mais severas que tem
preocupado a opinião pública é a que proíbe relações entre ANDRADE, C. D. In: Sentimento do mundo. Rio de Janeiro:
pessoas do mesmo sexo” (ref. 5), o verbo “tem” deveria Aguilar, 1964.
estar acentuado, pois concorda com “leis”, que está no 36. O verso do Texto II que apresenta o recurso
plural, por mais que esteja determinado pela expressão semântico da metáfora para fazer uma referência histórica
“uma das”. é

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a) “é preciso comprar um rádio” (2ª estrofe)


b) “é preciso esquecer fulana” (2ª estrofe)
c) “é preciso crer em Deus” (2ª estrofe)
d) “é preciso estar sempre bêbado” (3ª estrofe)
e) “de que rezam velhos autores” (3ª estrofe)

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