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CONCEITO

A doença de Alzheimer é a perda progressiva da função mental, caracterizada pela


degeneração do tecido do cérebro, incluindo a perda de células nervosas, a acumulação de
uma proteína anormal chamada beta-amiloide e o desenvolvimento de tranças
neurofibrilares.

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se


manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das
atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações
comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema
nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas,
tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa
toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o
hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o
raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A
Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de
idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento
multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que
ajudam a retardar a evolução dos sintomas. Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer,
porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e
familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem
encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar
a qualidade de vida dos pacientes.

EPIDEMIOLOGIA

A doença de Alzheimer é um tipo de demência, que é uma diminuição, lenta e


progressiva da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a
capacidade para aprender.
• 65 a 74 anos: 3%

• 75 a 84 anos: 17%

• 85 ou mais: 32%

A doença de Alzheimer afeta mais as mulheres do que os homens, em parte


porque as mulheres vivem mais. Há uma previsão de aumento significativo no
número de pessoas com a doença de Alzheimer conforme aumenta a proporção
de pessoas idosas

Em 60 a 80% dos idosos, a causa da demência é a doença de Alzheimer. É rara


sua existência em pessoas com menos de 65 anos de idade. Torna-se mais
comum com o aumento da idade. Nos Estados Unidos, estima-se que 10% das
pessoas com 65 anos de idade ou mais sofram da doença de Alzheimer. O
percentual de pessoas com doença de Alzheimer aumenta com a idade:

A DA representa 70 a 80% dos casos de demência, sendo uma causa extrema-


mente prevalente. Acredita-se que há tendência de aumento nesse número devido ao
evidente envelhecimento populacional.
Inúmeros fatores associados a maior propensão ao desenvolvimento da DA tem
sido estudados e evidenciados, bem como fatores protetores, estes que ainda são
controversos na literatura. Abaixo apresentamos alguns exemplos.
Os fatores de risco mais importantes para DA são: idade; história familiar; grupo
genético ApoE4, SORL1, PSEN1 e PSEN2; doenças vasculares e metabólicas como
hipertensão arterial, AVC e diabetes; estilo de vida como tabagismo e sedentarismo
e elementos sociodemográficos como escolaridade. Dentre os fatores protetores
destacam-se atividade física regular, atividades intelectuais e sociais; alta escolarida-
de; dieta rica em antioxidantes; uso de estatinas e anti-inflamatórios de forma mode-
rada durante a vida.

FATORES DE RISCO

Os fatores de risco mais importantes para DA são: idade; história familiar; grupo

genético ApoE4, SORL1, PSEN1 e PSEN2; doenças vasculares e metabólicas como

hipertensão arterial, AVC e diabetes; estilo de vida como tabagismo e sedentarismo

e elementos sociodemográficos como escolaridade.

Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:


• A idade e a história familiar: a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar
que já sofreu do problema;
• Baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente
executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de
estímulos cerebrais.

FATORES PROTETORES

Dentre os fatores protetores destacam-se atividade física regular, atividades intelectuais e sociais; alta
escolaridade; dieta rica em antioxidantes; uso de estatinas e anti-inflamatórios de forma moderada durante
a vida.

• Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa;


• Fazer exercícios de aritmética;
• Jogos inteligentes;
• Atividades em grupo;
• Não fumar;
• Não consumir bebida alcoólica;
• Ter alimentação saudável e regrada;
• Fazer prática de atividades físicas regulares.
PROGRESSÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

A progressão da DA pode ser também avaliada pelo tempo de instalação das alterações. A fase pré-clínica
cursa com comprometimento cognitivo leve. Nos primeiros anos (1-3 anos) é denominada fase leve; 2 a 8
anos caracteriza a fase moderada e 6 a 12 anos a fase grave já com comprometimento avançado com
funcionalidade prejudicada.

FISIOPATO- hellen

A doença de Alzheimer causa as seguintes anomalias no desenvolvimento do tecido cerebral:

• Depósitos de beta-amiloide: Acumulação de beta-amiloide (uma proteína anormal e


insolúvel) que se acumula, pois as células não podem processar e removê-la

• Placas senis ou neuríticas: Aglomerados de células nervosas mortas em torno de um núcleo


de beta-amiloide

• Tranças neurofibrilares: Fios trançados de proteínas insolúveis na célula nervosa

• Aumento dos níveis de tau: Uma proteína anormal componente das tranças neurofibrilares e
do beta-amiloide

Tais anomalias se desenvolvem em algum grau em todas as pessoas à medida que envelhecem, mas são
muito mais numerosas em pessoas com a doença de Alzheimer. Os médicos não têm certeza se as
anormalidades no tecido cerebral causam a doença de Alzheimer ou resultam de algum outro problema
que faz com que ocorra tanto a demência quanto as anormalidades no tecido cerebral.

Os pesquisadores também descobriram que as proteínas anormais na doença de Alzheimer (beta-amiloide


e tau) se assemelham às proteínas anormais nas doenças causadas por príons. Ou seja, são mal
dobradas e fazem com que outras proteínas fiquem mal dobradas, levando à progressão da doença.
Inflamação também pode contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Tem sido observada
inflamação no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer.

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