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O delirium é uma síndrome adquirida, com redução do estado de alerta, de percepção, da habilidade de
manter e de desviar a atenção de forma apropriada. Como as demências, o delirium é caracterizado por
comprometimento cognitivo global. Seu início, entretanto, é súbito, e seu curso apresenta flutuações
marcantes do déficit cognitivo ao longo do dia, com alternância do estado de consciência, da cognição, da
atenção e de alterações do ciclo do sono
Alucinações visuais e ideias delirantes são comuns. Condições médicas, como infecções, condições tóxicas e
metabólicas, são causas típicas do delirium. A demência e o delirium frequentemente
coexistemparticularmente em pacientes hospitalizados, e a demência é um fator de risco para o delirium. A
presença do delirium no idoso impõe a necessidade de uma reavaliação rigorosa das funções cognitivas,
após o término de um episódio dessa doença.
Além das manifestações supracitadas, o delirium geralmente está associado a perturbações no ciclo sono-
vigília, seja com sonolência diurna (excessiva ou não), insônia ou agitação noturna, chegando, em alguns
casos, a uma inversão completa dos comportamentos diurnos e noturnos.
Perturbações emocionais como ansiedade, depressão, irritabilidade, euforia ou apatia também são comuns,
podendo haver rápida oscilação entre estados do humor distintos. A expressão dessas alterações torna-se
evidente quando o idoso grita, amaldiçoa, se queixa ou murmura, principalmente a noite ou em ambientes
com privação de estímulos.
Concluíram, após estudos clínicos e experimentais, que o delirium era consequente à redução da taxa de
metabolismo cerebral, documentado pelo alentecimento difuso no padrão do eletroencefalograma.
a incidência de delirium pode servir como barômetro para a qualidade de atendimento hospitalar, visto
que em grande parte dos casos a síndrome é decorrente de uma complicação iatrogênica
Característica marcante do delirium é a flutuação dos sintomas, que dificulta muitas vezes o seu diagnóstico.
Disfunção global da cognição é manifestação essencial: o prejuízo do pensamento encontra-se
invariavelmente presente, tornando-se vago e fragmentado
Entre as condições cirúrgicas, os fatores etiológicos podem estar presentes no pré-operatório, como idade
avançada e comorbidades; no intraoperatório, pelo tipo de anestesia, duração e tipo de cirurgia, hipotensão
e hipoxia; e no pós-operatório, incluindo fatores como dor, infecção, analgesia, sedação, imobilização, entre
outros. Alguns biomarcadores têm sido identificados para explicar os mecanismos do delirium no pós-
operatório (
FATORES DE RISCO
Inúmeros fatores de risco para delirium têm sido identificados. No paciente hospitalizado, é importante a
distinção entre fatores predisponentes (fatores já presentes à admissão) e fatores precipitantes (fatores
diversos que contribuem para o desenvolvimento de delirium)
Considerando-se a idade como fator de risco, sabe-se que os pacientes idosos são mais suscetíveis a
apresentar delirium, com envolvimento de múltiplas causas. Entre as principais, incluem-se: menor reserva
funcional hepática e renal, com comprometimento da farmacocinética e farmacodinâmica dos fármacos;
maior suscetibilidade a doenças sistêmicas, com uso comum de mais de um fármaco; menor capacidade de
resposta ao estresse; decréscimo de células do córtex cerebral, da produção de acetilcolina e menor
plasticidade de receptores muscarínicos, com aumento da toxicidade, principalmente com o uso de
fármacos com ação anticolinérgica.
Um modelo preditivo para fatores precipitantes também foi desenvolvido para pacientes idosos
internados. Foram identificados 5 fatores precipitantes independentes: restrição física, má nutrição
(albumina menor do que 3 g/dℓ), uso simultâneo de mais de três medicamentos (principalmente substâncias
psicoativas), uso de sonda vesical e iatrogenia. Fatores psicossociais como estresse psicológico e perda do
suporte social podem contribuir para o desenvolvimento de delirium em pacientes hospitalizados
FISIOPATOLOGIA DESCONHECIDA, No entanto, alguns fatores têm sido rotulados como responsáveis para o
desenvolvimento da síndrome, especialmente toxicidade a fármacos e resposta a inflamação e estresse
DIAGNOSTICO: Para avaliação inicial de delirium por profissionais de saúde, não treinados na área
psiquiátrica, destaca-se o CAM (Quadro 27.3), que abrange 9 itens derivados de critérios do DSM III-R, e
formulados em linguagem de simples compreensão (Wei et al., 2008). É um dos instrumentos mais utilizados
na prática médica, sendo traduzido para 14 idiomas. O estudo de validação e confiabilidade da versão em
língua portuguesa do CAM mostrou que esse instrumento é útil em nosso meio na investigação inicial de
delirium (Fabbri et al., 2001). A partir desses 9 critérios, foi composto um algoritmo no qual os critérios (1) e
(2) associados aos critérios (3) ou (4) já estabelece o diagnóstico de deliriuM
PREVENÇÃO
Por meio de estudo sobre prevenção, com a identificação e intervenção em fatores de risco como prejuízo
cognitivo, imobilidade, privação do sono, déficit sensorial (visual e auditivo) e desidratação, observou-se
redução de 40% dos casos de delirium em pacientes idosos hospitalizados; além disso, também houve
redução na duração dos episódios de delirium nos pacientes que foram acometidos pela síndrome
TRATAMENTO- Os antipsicóticos constituem-se como primeira linha na terapêutica, sendo o haloperidol
considerado o fármaco de escolha
REF: TRATADO, BVS ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE. Qual é a orientação atualizada do Ministério da Saúde
para rastreamento e prevenção do câncer da próstata?, Análise descritiva do rastreamento do câncer de
próstata no contexto assistencial de atuação das Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal
ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA:
Patologia
Acima de 95% das neoplasias da próstata correspondem ao adenocarcinoma, e o restante divide-se entre
sarcomas, carcinomas epidermoides e carcinoma de células transicionais. Os adenocarcinomas estão
localizados principalmente na zona periférica (75%), a postergar o surgimento de sintomas, ficando a zona
de transição com 25% e a zona central com 5% dos casos. É de fundamental importância, para tratamentos
adequados, o estudo histológico dos adenocarcinomas da próstata, consistindo, inclusive, emfatores
prognósticos, influenciando o comportamento biológico do tumor e a sobrevida do paciente. A graduação
histológica mais utilizada mundialmente é a de Gleason, que valoriza o padrão glandular e sua relação com o
estroma prostático.
Os tumores são assim classificados: grau 1 – tumor que consiste em glândulas pequenas, uniformes, com
alterações nucleares discretas; grau 2 – tumor com ácinos de tamanho médio, separados por estroma,
arranjados mais proximamente; grau 3 – tumor com grande variação no tamanho e organização glandular,
infiltrando o estroma e os tecidos vizinhos; grau 4 – tumor que mostra grande atipia celular e extensa
infiltração; grau 5 – tumor caracterizado por camadas de células indiferenciadas.
Quadro clínico
PERGUNTAS
Fatores genéticos como alteração nos genes BRCA 1 e 2 e ATM estão associados ao
aparecimento da doença em fases mais precoces da vida e com casos de pior evolução
prognóstica.