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#importante
A apresentação hipoativa corresponde a cerca de
50% dos casos, enquanto ela e o subtipo mista
representam conjuntamente 80% de todos os casos
de delirium.
• Idade avançada;
• Desidratação;
• Internação em UTI.
#importante
Qualquer condição médica pode precipitar delirium
em um indivíduo suscetível.
5.3 ETIOLOGIA
A etiologia pode ser única ou múltipla. Na prática, verificamos que, na maioria dos
casos, há mais de um dos diversos fatores desencadeantes presentes, os quais
serão elencados na sequência e divididos em setores, para facilitar o aprendizado.
• Distúrbios metabólicos:
• Infecções:
• Pneumonia;
• Infecção urinária;
• Sepse;
• Meningite.
• Substâncias:
• Benzodiazepínicos;
• Anticonvulsivantes;
• Antidepressivos;
• Antiparkinsonianos;
• Hipotensores;
• Bloqueadores H2;
• Digitálicos.
• Substâncias:
• Corticoides;
• Fenotiazinas;
• Antibióticos, por exemplo, quinolonas;
• Hipoglicemiantes;
• Quimioterápicos;
• Álcool ou drogas ilícitas;
• Uso simultâneo de três ou mais medicamentos quaisquer— polifarmácia.
• Doenças cardíacas:
• Arritmias;
• Síndrome coronariana aguda;
• Insuficiência cardíaca descompensada.
• Tumores;
• Metástases;
• Epilepsia;
• Acidente vascular isquêmico ou hemorrágico;
• Encefalopatia hipertensiva;
• Convulsões ou status não convulsivo.
• Traumas:
• Anestesia;
• Cirurgia;
• Queimadura;
• Fratura.
• Ambientais:
• Outros:
#importante
Nos casos de delirium, vale lembrar as possíveis
causas medicamentosas. As infecções agudas, as
medicações sedativas e com carga anticolinérgica
são as principais causas de delirium no idoso.
• Analgésicos:
• Agonistas dopaminérgicos:
• Pramipexol;
• Cabergolina;
• Amantadina;
• Levodopa.
• Anticolinérgicos:
• Atropina;
• Difenidramina;
• Escopolamina.
• Anticonvulsivantes:
• Carbamazepina;
• Valproato;
• Fenitoína.
• Relaxantes musculares:
• Baclofeno;
• Ciclobenzaprina;
• Hipoglicemiantes orais.
• Hipnóticos e sedativos:
• Benzodiazepínicos;
• Barbituratos.
• Antidepressivos:
• Cardiovascular:
• Antiarrítmicos;
• Betabloqueadores;
• Diuréticos;
• Clonidina;
• Digoxina;
• Metildopa.
• Antivirais: aciclovir;
• Antifúngicos: anfotericina B;
• Antimaláricos:
• Cloroquina;
• Hidroxicloroquina.
• Antibióticos:
• Cefalosporinas;
• Fluoroquinolonas;
• Isoniazida;
• Macrolídeos;
• Penicilinas;
• Sulfonamidas;
• Rifampicina;
• Linezolida.
• Gastrintestinais:
• Bloqueadores H2;
• Loperamida;
• Antieméticos;
• Antiespasmódicos.
5.4 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de delirium é estabelecido pela presença de alteração do nível de
consciência e da atenção, acompanhado com pensamento desorganizado com início
agudo e curso flutuante. O quadro é fácil de ser identificado em um ambiente de
pronto-socorro ou UTI, porém, pode ser mais difícil em instituição de longa
permanência ou mesmo em domicílio. As alterações comportamentais próprias das
demências também podem dificultar o diagnóstico de delirium, e determinar a sua
causa é a parte mais desafiadora.
Conforme o raciocínio clínico é exercitado sobre essas causas, fica mais fácil
identificá-las. Uma forma é tentar guiar-se pela história clínica, que obviamente deve
ser detalhada, e pela presença de doenças prévias e de fatores de risco para
doenças agudas.
São critérios diagnósticos, de acordo com o DSM-5: Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais:
• Achados clínicos não são explicados por outra doença neurocognitiva e não estão
relacionados à sedação ou coma;
• Vigilante: hiperalerta;
• Letárgico: sonolento, facilmente despertado;
• Estupor: difícil despertar;
• Coma: não despertável.
#importante
Como inúmeras podem ser as causas de delirium,
seu diagnóstico etiológico será desafiador.
Na maioria dos casos, com uma história detalhada e um exame clínico minucioso,
direciona-se a investigação complementar, e, com poucos exames, a etiologia é
identificada. Deve-se lembrar de analisar os sinais vitais completos, inclusive com
oximetria de pulso e glicosimetria capilar. Exames laboratoriais como hemograma,
eletrólitos, funções renal e hepática e análise urinária são os mais básicos.
Eletrocardiograma e radiografias de tórax ou óssea, no caso de suspeita de fratura,
também são rápidos e facilmente obtidos. Como secundários, pensaríamos em
dosagem de hormônio tireoestimulante, marcadores de necrose miocárdica,
dosagem de vitaminas, liquor e dosagem de drogas específicas. E, por fim, a
tomografia de crânio, para auxiliar no diagnóstico de doenças do sistema nervoso
central, se necessário.
5.6 DESFECHOS
Os principais desfechos relacionados ao delirium são internação prolongada, declínio
cognitivo e funcional, maior risco de institucionalização e maior mortalidade. Uma
meta-análise de oito estudos, com 573 pacientes no total, mostrou que a
mortalidade em seis meses é duas vezes maior no grupo que desenvolveu delirium. E
estudos posteriores que ajustaram os dados para demência e outros possíveis
fatores de confusão mostraram, ainda, maior mortalidade em seis e 12 meses nos
pacientes que tiveram delirium durante a internação.
5.7 TRATAMENTO
#importante
O tratamento do delirium baseia-se nas adequações
ambiental e do paciente, suporte familiar e de
equipe de saúde e retirada de fatores
desencadeantes.
São princípios de prevenção e tratamento do delirium:
• Tratamento da dor;
As doses são: